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Aquisição de Materiais

por | out 24, 2017 | Artigos

Fonte: NTC&Logística
Chapéu: Artigos

Introdução

Artigo tem por objetivo apresentar como é feito a aquisição de materiais desde a sua solicitação junto ao fornecedor, produção, estocagem e entrega ao cliente final. Neste trabalho serão demonstradas as seguintes etapas: Compras – Sua finalidade, o seu ciclo e sua estratégia. Escolha de fornecedores, recebimento e distribuição dos mesmos. Classificação ABC – É a classificação dos produtos ou materiais pela sua importância e preço. Programação de Materiais – É o cálculo de quanto material será usado na fabricação dos produtos. Pesquisa, identificação e escolha de fornecedores – Neste tópico serão analisados através de pesquisas de mercado os melhores preços e melhores condições de pagamentos sem se esquecer da qualidade dos produtos. Flexibilidade nas negociações visando satisfação mútua. Negociação da OC – Negociação do produto com o fornecedor para que ele entregue o seu produto na hora exata, fazendo com que a empresa não atrase na sua produção. Essa entrega tem que ser perfeita. Recebimento do material da OC – Conferencia da OC com a nota fiscal que é enviada pelo fornecedor, cujo objetivo é verificar se o material que está sendo entregue atende todas as condições que foram negociadas. MRP e Just in Time – MRP é o sistema computadorizado que controla a produção de forma a otimizar todo o processo. Just in Time é um sistema de administração que nada deve ser produzido, transportado ou adquirido antes da hora exata. Evita estoques desnecessários e também possíveis falhas de produção por falta de peças.

Os tópicos que serão apresentados tem como base matéria lecionada em sala de aula e livros sobre aquisição de materiais.


AQUISIÇÃO DE MATERIAIS – COMPRAS

A gestão da aquisição, a conhecida função de compras, assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios de hoje em face do volume de recursos, principalmente financeiros, envolvidos, deixando cada vez mais para trás a visão preconceituosa de que era uma atividade burocrática e repetitiva, um centro de despesas e não um centro de lucros. O posicionamento atual da função aquisição é bem diferente do modo tradicional como era tratada antigamente. Antes da Primeira Guerra Mundial, tinha papel essencialmente burocrático. Depois, já na década de 1970, devido principalmente a crise do petróleo, a oferta de varias matérias primas começou a diminuir enquanto seus preços aumentavam vertiginosamente. Nesse cenário, saber o que, quanto, quando e como comprar começa a assumir condição de sobrevivência e assim, o departamento de compras ganha mais visibilidade dentro da organização. Hoje a função compras é vista como parte do processo de logística das empresas, ou seja, como parte integrante da cadeia de suprimentos ( supply chain ). Por isso muitas empresas passaram a usar a denominação gerenciamento da cadeia de suprimentos ou simplesmente gerencialmente de suprimentos, um conceito voltado para o processo, em vez do tradicional compras, voltado para as transações em si, e não para o todo.
No sistema tradicional, o que havia era uma função de compras, isto é, uma negociação baseada em preço, prazo e qualidade. A burocracia resultante seguia um procedimento que datava do início do século, integrando apenas o uso mais recente de recursos de computação. Os imputs internos chegavam via PCP, que os geravam por meio do MRP ( materials requirement planning ) tradicional, iniciava-se uma série de cotações, geralmente via telefone, em função de um cadastro de fornecedores. Escolhia-se um deles em função do critério preço-prazo-qualidade. Emitia-se um pedido de compras que alimentava o MRP com as datas e quantidade previstas para entregas, o Controle de Qualidade (CQ) era alertado para preparar o roteiro de inspeção de recebimento, contas a pagar, por sua vez, preparava sua previsão de necessidade de fundos, a tesouraria incluía esta previsão no fluxo de caixa, o material a chegar, se aprovado, era colocado no almoxarifado, caso reprovado emitia-se uma nota fiscal de devolução e o processo reiniciava-se com o mesmo ou com outro fornecedor. Simples mas fonte permanente de situações irreconciliáveis na empresa. A área de compras também compete o cuidado com os níveis de estoque da empresa, pois embora altos níveis de estoque possam significar poucos problemas com a produção, acarretam um custo exagerado para sua manutenção. Baixos níveis de estoque, por outro lado, podem fazer com que a empresa trabalhe num limiar arriscado, onde qualquer detalhe, por menor que seja, acabe prejudicando ou parando a produção. A necessidade de adequação aos sistemas Just In Time (JIT) de muitas das empresas levou a modificações importantes, entre elas a criação da nova função de suprimentos. O departamento de compras também pode assumir vários outros papeis, um deles está relacionado com a negociação de preços com os fornecedores.essa negociação determinará o preço final dos produtos e , portanto, a competitividade da empresa. Mas ela pode ir mais longe, já que o comportamento do comprador pode mexer com vários aspectos da economia, como o nível de preços, o poder de compra do consumidor e o relacionamento entre os setores. Os objetivos de compras devem estar alinhados aos objetivos estratégicos da empresa como um todo, visando o melhor atendimento ao cliente interno e externo. Essa preocupação tem tornado a função compras extremamente dinâmica, utilizando-se de tecnologias cada vez mais sofisticadas e atuais como o EDI, a internet e cartões de crédito.


Estratégia de aquisição de recursos materiais

A definição de uma estratégia correta de compras pode dar a empresa uma grande vantagem competitiva.Se por um lado ela decidir produzir mais internamente, ganha independência mas perde flexibilidade. Por outro lado, se decidir comprar mais de terceiros em detrimento de fabricação própria, pode tornar-se dependente. Basicamente podemos ter duas estratégias operacionais que irão definir as estratégias de aquisição dos bens materiais, a verticalização e horizontalização. Ambas tem vantagens e desvantagens e, de um modo geral, o que é vantagem em uma passa a ser desvantagem na outra e vice-versa. Verticalização A verticalização é a estratégia que prevê que a empresa produzirá internamente tudo o que puder, ou pelo menos tentará produzir.Foi predominante no início do século, quando as grandes empresas praticamente produziam tudo que usavam nos produtos finais ou detinham o controle acionário de outras empresas que produziam os seus insumos. As principais vantagens da verticalização são a independência de terceiros – a empresa tem maior liberdade na alteração de suas políticas, prazos e padrão de qualidade, além de poder priorizar um produto em detrimento de outro que naquele momento é menos importante, ficando com elas os lucros que seriam repassados aos fornecedores e mantendo o domínio sobre tecnologia própria – a tecnologia que o fornecedor desenvolveu, muitas vezes com a ajuda da empresa, não será utilizada também para os concorrentes. A desvantagem é que ela exige maior investimento em instalações e equipamentos. Assim, já que a empresa esta desenvolvendo mais recursos e imobilizando-os, ela acaba tendo menor flexibilidade para alterações nos processos produtivos, seja para incorporar novas tecnologias ou par alterar volumes de produção decorrentes de variações no mercado. Horizontalização Consiste na estratégia de comprar de terceiros o máximo possível dos itens que compõem o produto final ou os serviços de que necessita. É tão grande a preferência da empresa moderna por ela que, hoje em dia, um dos setores de maior expansão foi o de terceirização e parcerias. De um modo geral não se terceiriza os processos fundamentais (core process), por questões de detenção tecnológica, qualidade do produto e responsabilidade final sobre ele. Pode ser definida como uma estratégia em que a empresa “faz bem algumas coisas”. A vantagem esta na redução de custos, na flexibilidade ganha para definir volumes de produção, engenharia simultânea (know how dos fornecedores) e foco no principal produto da empresa. A desvantagem é que se diminui o controle tecnológico, deixa de auferir lucros do fornecedor, a alta dependência de terceiros e a alta dependência de maior investimento. É evidente que para algumas empresas o suprimentos é mais importante que para outras, mas , em qualquer um desses casos, ele recebe grande atenção: uma empresa industrial média gasta mais da metade do seu faturamento em compras de materiais ou serviços. A função compras é tão antiga quanto a própria administração e tem crescido de forma acentuada nos últimos tempos em decorrência da evolução dos meios de comunicação e da aplicação de computadores e transmissão eletrônica de dados. Na definição de um sistema de compras é essencial a caracterização das interfaces com as outras unidades organizacionais da empresa – como planejamento e controle de produção, recebimento, contas a pagar e qualidade – para que o sistema não apresente pontos onde a responsabilidade pelas decisões não possam ser bem caracterizadas. A definição de uma adequada estratégia quanto ao dilema de horizontalização versus verticalização trará certamente uma vantagem competitiva à empresa. Uma analise das vantagens e desvantagens de cada uma delas, por si só já trará benefícios, pois implica entender criticamente os atuais métodos de trabalho. Não menos importante para a empresa é a definição de um código de ética a ser seguido por todos os colaboradores, que resulte em uma conduta homogênea em relação ao tratamento dado aos clientes quanto da venda dos produtos da empresa e aos fornecedores quando da compra de insumos.


Planejamento, Programação e Controle da Produção e dos Materiais (PPCPM)

O Planejamento, Programação e Controle da Produção e dos Materiais (PPCPM) ou Sistemas de Administração da Produção é responsável pelas decisões táticas e operacionais, referentes às seguintes questões:
 Que produzir e comprar

 Quanto produzir e comprar

 Quando produzir e comprar

 Com que Recursos produzir

Há diversas técnicas ou metodologias que permitem atacar essas questões:

Just In Time (JIT): técnica japonesa, cujos fundamentos se baseiam na produção da quantidade correta, no momento certo e entrega no prazo pré-estabelecido.

 Manufacturing Resources Planning (MRPII): técnica que se baseia no cumprimento de prazo e no mínimo estoque, utilizando a lógica da programação para trás, ou seja, somente começando trabalhos quando necessário.

 Teoria das Restrições (TOC): técnica que prioriza a identificação do gargalo e utiliza à lógica Tambor-Pulmão-Corda.

 Outras técnicas, tais como programação com capacidade finita, programação com base em heurísticas e uso de simulação em computador.

Escolha de um Fornecedor Ao escolher um fornecedor muitas empresas e organizações apenas analisam as questões financeiras e as de qualidade destes recursos, porem a função do fornecedor na empresa reflete nos produtos e/ou serviços prestados pela a própria empresa, ou seja, ele reflete nas ações dos estoques e na velocidade e eficiência produtiva da organização, logo alguns itens devem ser incluídos na escolha de um fornecedor eficiente.

1. Condições de pagamento;

2. Qualidade de matéria-prima;

3. Capacidade de cumprir os prazos determinados;

4. Logística e capacidade de reposição;

5. Flexibilidade

6. Confiabilidade

7. Localização do fornecedor 8. Comunicação

1. Condições de pagamento

As condições de pagamentos são elementos relevantes para a decisão do fornecimento, podendo ser pago a prazo, à vista para cada loteamento e parcelamento. Estas condições devem ser calculadas monetariamente (custo x beneficio).

2. Qualidade de matéria-prima

A qualidade é essencial na matéria-prima e para obter bons resultados, onde estes resultados serão julgados pelo mercado e principalmente pelos consumidores dos produtos e serviços.

3. Capacidade de cumprir os prazos determinados

A capacidade do fornecedor de cumprir os prazos é indispensável para as metas e objetivos estipulados no gerenciamento da empresa, pois são planejamentos pré-definidos para prazos e ajuste no estoque para que não atrasem e não deixar falhas nos reajustes de matéria-prima.

4. Logística e capacidade de reposição

A logística deve ser feita racionalmente e buscando transportes de fácil acesso a empresa, buscando eficiência e um serviço correto para que um atraso ou uma entrega errada não tenha efeitos negativos à imagem da organização.

5. Flexibilidade

A flexibilidade é um elemento importante nas escolhas, pois é uma facilidade de ajustar erros, acidentes e escolhas de seus clientes. Isto pode ser determinante para os resultados e influenciara provavelmente os objetivos.

6. Confiabilidade

A confiabilidade é conquistada com o tempo, pois os deveres da empresa e do fornecedor devem serem cumpridas e realizadas no prazo correta. Isto rendera uma fidelidade e confiabilidade de ambas as partes, criando uma relação amistosa.

7. Localização do fornecedor

A localização do fornecedor não é menos importante que nenhum item citado acima, pois é uma questão de logística, muitas vezes terceirizadas que podem causar atrasos ou adiamentos imprevisíveis que podem gerar mais custos e espaços físicos para a empresa.

8. Comunicação

A comunicação é essencial para acordos e compra x venda, é um fator que tem que ser explicado e verificado para não acontecer erros, causando prejuízos. Deve haver um follow-up (acompanhamento) da matéria-prima adquirida. Fornecedores

A ligação entre empresa e fornecedores é feita através da área de compras. Do ponto de vista do fornecedor a empresa é um cliente, afinal é abastecida pelos vendedores da empresa fornecedora e está sujeita a estratégias mercadológicas.


Como selecionar fornecedores

As fontes utilizadas para escolher os fornecedores vão desde anúncios nos jornais até visitas de inspeção a fabrica. Existem alguns procedimentos a serem seguidos na hora de selecionar o fornecedor. Deve-se selecionar aquele que tenha as melhores condições de fornecimento ao menor custo possível, desconto, qualidade e o conceito que o fornecedor tem no mercado. Além de outras características, como:

 Disponibilidade: verificar a disponibilidade do fornecedor em prestar todas informações necessárias( produtos ou serviços) para assegurar a empresa que este será um bom parceiro,probabilidade do fornecedor vir atendê-lo no que se refere a quantidade e qualidade das mercadorias , cumprimento dos prazos acordados.

 Reputação: a escolha por um fornecedor conhecido no mercado de trabalho facilita a busca de informações sobre o mesmo e evita maiores problemas.

 Serviços: Optar por fornecedores que oferecem vantagens como treinamentos, brindes, patrocínios etc, é sempre uma ótima opção.

 Localização: quanto mais próximo estiver localizado seu fornecedor menor será o valor do frete e do tempo de entrega, assim haverá menos investimentos em estoques e maior rotatividade dos produtos.

 Políticas de trabalho: baseia-se em formas de pagamento, entregas, e como recebe as reclamações. É importante que o fornecedor otimize seu tempo para administrar tais processos.

 Pontualidade: atraso no fornecimento de produtos tende a ter um impacto negativo em seus negócios, pois interfere diretamente no fluxo produtivo da empresa , compromete a entrega a seus clientes ou o aumento desnecessário de estoque, comprometendo também seu capital de giro .

A partir dessas fontes, origina-se uma lista aprovada de fornecedores a qual será analisada pelo agente de compras (responsável por entrar em contato com alguns fornecedores e obter informações quanto ao preço e á entrega). É preciso procurar continuamente por novos nomes e o desempenho dos fornecedores existentes deve ser seguido de perto porque os maus podem melhorar e os melhores podem se tornar descuidados. Algumas empresas distribui as grandes encomendas entre dois ou mais fornecedores para fins de comparação e para se proteger contra defeitos na entrega,por falta de administração , greves ou catástrofes naturais. A Importância das Técnicas de Negociação

O ato de negociar não é algo da atualidade. Há tempos empresários já se utilizam dessa técnica para fechar importantes negócios. Em qualquer Organização, independente do ramo profissional, é necessário utilizar de técnicas de negociação, as quais têm como objetivo comprar ou vender algo. Porém negociar vai além de comprar ou vender, visa encontrar um excelente desempenho no ato da negociação. Para que a mesma tenha cem por cento de sucesso é preciso que ambos envolvidos fiquem satisfeitos , caso contrário , esta negociação não será proveitosa para um dos negociadores. Sendo assim, o negociador que não obtiver lucro certamente não voltará a negociar com o outro, afinal esse negociador não teve a postura correta ocultando alguns pontos importantes da negociação o que é conhecido como “negociata”, ou seja, uma má negociação. Numa negociação é extremamente importante que haja esclarecimento entre as duas partes, ocorrendo tudo dentro dos conformes a probabilidade de existir futuras negociações é grande. Não é preciso estar no ambiente profissional para usufruir as técnicas de negociação, o ser humano está constantemente negociando alguma coisa, visando sempre sua satisfação.


O perfil do Negociador

Para que todas as metas da organização sejam alcançadas é preciso também definir o perfil de um bom negociador, sendo que suas características devem coincidir com as necessidades da empresa. A seguir algumas características importantes para o perfil de um negociador:

 Criatividade: ser criativo é encontrar a solução que agrada todos os envolvidos, uma negociação “GANHA-GANHA” , por exemplo, exige grande criatividade.

 Gosto pelo planejamento: necessita de organização financeira para que os custos estabelecidos para o negócio em questão não sejam ultrapassados.

 Postura adequada: resume-se em flexibilidade. É preciso agir de acordo com as situações colocadas.

 Atributos de Ator/Atriz: Ao invés de transparecer a emoção que está sentindo, o profissional expressa apenas as emoções que lhe interessam.

 Audácia: mesmo que pareça fora dos princípios , é preciso arriscar novos horizontes e descobrir novas perspectivas numa negociação.

 Autoestima: os adversários experientes em negociação costumam pressionar para conseguirem vantagens. Por isso é necessário q o negociador seja firme e se auto valorize para enfrentar tais situações.

 Bom Humor: é imprescindível que o negociador mostre simpatia e bom humor em todos os momentos da negociação.

O negociador deve saber que deixar o outro lado satisfeito não significa sair prejudicado, afinal uma negociação forma-se de competição e cooperação e assim ambos se darão por satisfeitos.


Dicas para negociar com fornecedores:

O momento atual não é dos mais favoráveis à TI. Há menos pessoas nas equipes, mais trabalho a ser feito e a necessidade de cortar os custos da área. Entretanto, mesmo nesse cenário, não há como evitar alguns gastos, já que serviços prestados devem ser pagos e alguns contratos precisam ser renovados. Assim, fica a questão: como garantir a formalização de novos acordos favoráveis às companhias?

Existem algumas respostas óbvias, como a que diz respeito ao período mais indicado para o fechamento de negócios (fim de trimestre ou de ano fiscal), mas certamente há outros fatores que influenciam – até mais – na negociação de contratos com fornecedores. São eles:

 Tenha um bom time de negociação Mais do que uma equipe comercial e jurídica, as empresas precisam garantir que, no momento de negociar os termos do acordo com fornecedores, existirá no grupo um executivo com habilidades técnicas e de negociação. O conhecimento tecnológico é imprescindível para que o contratante não abra mão de ferramentas importantes que serão oferecidas pelo prestador de serviços apenas para conseguir um desconto no preço final da oferta.

 Medo, incerteza e dúvida Vendedores estão acostumados a serem culpados por tudo, assim, a intimidação e as ameaças não funcionam com eles. O que deixa o pessoal de vendas realmente preocupado é a incerteza e a sensação de desconhecimento perante consumidores e concorrentes.Portanto, sugiro que os negociadores gerem dúvidas nos fornecedores, afirmando que estão em negociação com outras empresas e na busca por soluções alternativas – tudo isso sem mencionar detalhe algum.

 Traga seus vendedores para a negociação Ninguém melhor do que um vendedor para negociar com outro, portanto, é válido envolver sua equipe de vendas na negociação. Além disso, exija que um diretor da empresa fornecedora esteja presente no momento da discussão das cláusulas – pessoas do alto comando têm autorização para aumentar descontos e melhorar ofertas.

 Tenha outras opções Busque diversas propostas ante de selar um acordo definitivo. Por meio da comparação dos serviços oferecidos a decisão fica mais fácil.

 Compre de revendedores Em tempos de crise, fabricantes buscam reduzir custos operacionais concentrando suas vendas na estrutura de canais. Assim, as revendas podem se tornar bom aliados na negociação com o fornecedor para melhorar preços.


Recebimento do material da OC

Compras representa um importante setor dentro das empresas pois através dele, existe sempre a possibilidade de ganhos substanciais quando se consegue alocar os recursos de maneira a propiciar melhores preços, melhor qualidade e principalmente a entrega dos materiais solicitados dentro do prazo correto, evitando-se estoques desnecessários.

As empresas efetuam suas compras através de um documento denominado ordem de compras sendo que este deve ser devidamente abalizado ou emitido por pessoas previamente autorizadas para tal função.

A ordem de compras deve ser um documento formal e geralmente obedece à limites de valores que são regularizados de acordo com determinações da diretoria. Após feitas as cotações necessárias (mínimo de três propostas) as mesmas devem ser aprovadas pelo gerente compras, não sem antes serem verificados possíveis problemas tais como: -Diferença de preços, quantidades ou condições de pagamento; assim, tais condições deverão ser observadas e adequadas através da análise do gerente de compras.

A função de receber as mercadorias geralmente está relacionada ao setor de recebimento da empresa, este serviço nunca deve ser feito por contas a pagar nem pelo próprio setor de compras. Normalmente o setor de recebimento é constituído por profissionais capacitados para exercer funções fundamentais a essa área ; desta maneira , estes profissionais irão analisar os materiais que estão sendo entregues, bem como documentos (notas fiscais) com os quais poderão verificar se o que está sendo entregue, realmente é o que consta da ordem de compras. Neste passo, serão analisados e checados características e quantidades dos itens solicitados bem como os dados do fornecedor (CNPJ) e condições de pagamento por exemplo. O recebimento feito através da conferencia entre a ordem de compras e a nota fiscal somente será concretizado nas seguintes condições:

O numero da ordem de compras constar da nota fiscal Tipo de nota fiscal (serviços, vendas) estiver correta (natureza da operação) Dados do fornecedor confere com os descritos na ordem de compras Dados da instituição estiverem corretos Prazos e condições de pagamento estiverem corretos O material deverá corresponder às quantidades, descrição e qualidade descritos na Ordem de compras. Preço unitário bem como o preço total dos materiais devem conferir com o exposto na ordem de compras. Não deve haver avarias no material, sua validade deve estar no prazo no qual ele deverá se utilizado. Havendo quaisquer variações entre o solicitado e o que está sendo recebido,
tais divergências devem ser comunicadas ao setor de compras para este entre em contato com o fornecedor responsável para comunicar-lhe o ocorrido e sanar tais divergencias. Inspecionar com qualidade é uma função que visa proteger os interesses da empresa, por outro lado , também é função da empresa preservar devidamente bem os itens a serem devolvidos para troca pois devese visar também os direitos do fornecedor. Divergências quanto à variações mínimas ( para cima ou para baixo) são detalhes que devem ser definidos pela gerencia de compras quanto a aceitação ou não do produto a receber.

O setor de recebimento normalmente é uma área fisicamente separada de outras como o almoxarifado ou expedição e deve ser um local de centralização de todas as entregas feitas pelos fornecedores. Após a conferencia, as ordens de compras emitidas pelo sistema devem ser enviadas ao departamento contábil, onde novas checagens serão feitas para que sejam tomadas as providencias quanto ao pagamento das notas fiscais correspondentes.


MRP (Material Requirement Planning) Planejamento das necessidades materiais

O MRP usa uma filosofia de planejamento. A ênfase está na elaboração de um plano de suprimentos de materiais, seja interna ou externamente.O MRP considera a fábrica de forma estática. Assim o MRP como o conhecemos só se viabilizou com o advento do computador. O MRP utiliza softwares cada vez mais sofisticados, alguns deles chega a custar mais de um milhão de dólares.

O MRP passa a ser um sistema computadorizado que controla a produção de forma a minimizar os custos mas, mantendo os níveis de materiais adequados e necessários para o processo produtivo da empresa.

Este sistema possibilita às empresas calcularem os materiais dos diversos tipos que são necessários e em que momento, assegurando que sejam providenciados no tempo certo, de modo a que possa executar os processos de produção. O MRP utiliza como informação de input os pedidos em carteira, assim como a previsão das vendas que provêm da área comercial da empresa.


Componentes de um sistema MRP

 Sistema computadorizado

 Sistema informativo

 Inventário de produção

 Calendário de produção

 Sistema de Gestão de “inputs” (entrada) para produção

 Sistema de previsão de falhas produtivas


O MRP foi uma metodologia titulada de solicitação trimestral, aprofundada por George Plossl e Oliver Wight em 1967. Durante o fim da segunda guerra mundial, várias empresas desenvolviam planos de produção baseado apenas na carteira de pedidos firmes de clientes. O aumento da procura lançava uma enorme quantidade de pedidos pendentes. Esta circunstância apropriada fez com que as industrias trabalhassem com base em trimestres, sendo por isso o sistema assim denominado. No início de 1960 esta situação chega ao fim e, a previsão da procura torna-se cada vez mais importante, visto que os pedidos começavam a faltar e as empresas necessitavam antecipar a futura procura, ou seja, as empresas começavam a produzir para criar estoques. Na mesma época Magee retrata três elementos básicos que encara como necessário para um sistema de controle de produção.

 Previsão da procura

 Ordens de produção ou orçamento inicial

 Metodologia de controle para decisão da velocidade da reposição dos estoques nos níveis orçamentados, quando ocorrem falhas na procura, originando excessos ou falta dos mesmos.

Como a sigla de Manufacturing Resources Planning (MRP) é a mesma de Material Requiriment Planning, convencionou-se chamar a primeira de MPRII. Hoje em dia é cada vez maior o número de autores que chamam o MPRII de ERP, sigla de Enterprise Resource Planning, ou seja, Planejamento dos Recursos da Empresa.

Quando se trata de um software baseado em MRP II, é fornecida uma quantidade bem maior de dados sobre o produto, como preço unitário, fornecedores, processo de fabricação, equipamentos, roteiros de fabricação e custos.


Just in Time

Just in Time é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido , transportado ou comprado antes da hora exata.Pode ser aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques e os custos decorrentes.

O Just in Time é o principal pilar do Sistema Toyota de produção ou produção enxuta. Com este sistema o produto ou matéria prima chega ao local de utilização somente no momento exato em que for necessário. Os produtos somente são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados. O conceito Just in Time está relacionado ao de produção por demanda, onde primeiramente vende-se o produto para depois comprar a matéria prima e posteriormente fabricá-lo ou montá-lo.

Nas fábricas onde está implantado o Just in Time o estoque de matérias primas é mínimo suficiente para poucas horas de produção. Para que isso seja possível, os fornecedores devem ser treinados, capacitados e conectados para que possam fazer entregas de pequenos lotes na freqüência desejada. A redução do número de fornecedores para o mínimo possível é um dos fatores que mais contribui para alcançar os potenciais benefícios da Just in Time.

As modernas fábricas de automóveis são construídas em condomínios industriais que são chamados de consórcio modular, onde os fornecedores Just in Time estão a poucos metros e fazem entregas de pequenos lotes na mesma freqüência da produção da montadora, criando um fluxo contínuo. O sistema de produção adapta-se mais facilmente as montadoras de produtos onde a demanda de peças é relativamente previsível e constante, sem grandes oscilações.

Uma das ferramentas que contribui para um melhor funcionamento do sistema Just in Time é o Kanban.


Vantagens dos Just In Time

As vantagens do sistema de gestão Just in Time podem ser mostradas através da análise da sua contribuição nos principais critérios competitivos:

 Custos- O JIT procura minimizar os custos dos equipamentos, materiais e mão-de-obra. As características do JIT, o planejamento e a responsabilidade dos encarregados da produção para melhoria do processo produtivo levam a minimização dos desperdícios.

 Qualidade- Evita que os defeitos fluam ao longo do processo produtivo. O único nível aceitável de defeito é zero. Os colaboradores na execução das tarefas verificam, eles próprios, a qualidade da produção.

 Flexibilidade- O JIT aumenta a flexibilidade de resposta dos sistema pela redução dos tempos envolvidos no processo. A flexibilidade dos trabalhadores contribui para que o sistema produtivo seja mais flexível em relação as variações dos produtos.

 Fiabilidade- A fiabilidade das entregas é aumentada através do ênfase dado na manutenção preventiva e da flexibilidade dos trabalhadores. Permite identificar rapidamente os problemas que poderiam comprometer a fiabilidade, permitindo a sua imediata solução.

Os objetivos do JIT são: fluxo rápido e balanceado, reduzir os tempos de set up e os lead times, eliminar as paralizações, tornar o sistema flexível, minimizar os estoques.


O sistema Just in Time traz alguns benefícios e um deles é o de pequenos lotes.

 Reduz estoque

 Menos trabalho

 Menos espaço para o estoque

 Problemas são mais visíveis

 Aumenta a flexibilidade da produção

 A operação de balanceamento é facilitada

Como foi dito anteriormente o sistema Kanban ajuda muito no processo de compra e estoque, ele é um sistema que controla a produção sem papelada, cada Kanban corresponde a um contêiner padronizado de peças. O número de cartões Kanban determina o estoque entre dois centros produtivos.


Evolução do JIT (dias atuais) 

  • Ocidentalização do modelo JIT tradicional
  • Evitar interrupções
  • Adaptação a cultura ocidental
  • Estoque “útil” (Restrição do sistema)
  • Utilização conjunta do JIT com sistemas MRP (Kanban Eletrônico)
  • Supply Chain Managment (SCM) 


Conclusão

O setor de compras há muito tempo deixou de ser apenas mais uma parte integrante das organizações; com a evolução dos processos administrativos, este departamento alcançou um status significativo nas empresas, sendo uma fonte potencial de ganhos para toda a organização.

A importância da aquisição de materiais é essencial para o bom andamento da empresa, principalmente na área de produção, pois otimiza todo o setor fazendo que os custos sejam menores e os lucros maiores.

A escolha dos fornecedores é de fundamental importância pois ela refletiram diretamente sobre os resultados finais.A observação da escolha dos fornecedores permitirá entregas 100% perfeitas. A entrega será feita no momento exato, nem antes e nem depois, evitando assim, estoques onerosos a instituição e falhas no processo produtivo por falta de peças. Outro fator importante na negociação com fornecedores é a flexibilidade nas condições de pagamentos, que podem significar importantes ganhos financeiros.

A adoção dos sistemas Just in time, kanban e MRP agiliza todo o processo interno e externo de logística, propiciando menos custos para a empresa tornando-a competitiva no mercado.


Bibliografia
Fonte: Sites
http://www.nortegubisian.com.br/onde-atuamos/logistica-e-gestao-da-cadeia-de-suprimentos/151planejamento-programacao-e-controle-da-producao-e-dos-materiais-ppcpm
www.google.com.br www.sebrae.com.br