Flat Preloader Icon

Inteligência Artificial nos Transportes: Avanços e Perspectivas

Resumo
A inteligência artificial (IA) tem desempenhado um papel cada vez mais importante na transformação do setor de transportes. Este artigo científico aborda os avanços recentes no uso da IA nos transportes, incluindo a otimização de rotas, veículos autônomos, previsão de demanda e segurança rodoviária. Além disso, discute-se as perspectivas futuras da IA neste setor, destacando seu potencial para melhorar a eficiência, sustentabilidade e segurança dos sistemas de transporte.

Introdução
Os transportes desempenham um papel fundamental em nossa sociedade, conectando pessoas e mercadorias em todo o mundo. Com o crescimento da urbanização e da população, a demanda por sistemas de transporte mais eficientes, seguros e sustentáveis tem aumentado. Nesse contexto, a inteligência artificial emergiu como uma ferramenta poderosa para abordar esses desafios. A IA oferece a capacidade de coletar, analisar e utilizar dados em tempo real para otimizar os sistemas de transporte, melhorar a segurança rodoviária e até mesmo possibilitar a automação de veículos.

Otimização de Rotas
A otimização de rotas é uma aplicação essencial da IA nos transportes. Algoritmos de IA podem considerar uma série de variáveis, como tráfego em tempo real, condições climáticas e preferências do usuário, para calcular a rota mais eficiente entre dois pontos. Empresas de transporte de passageiros e logística têm adotado sistemas de IA para melhorar a eficiência de suas operações, reduzindo os tempos de viagem e os custos operacionais.

Veículos Autônomos
Os veículos autônomos são uma das aplicações mais visíveis da IA nos transportes. Empresas de transportes de passageiros e também de cargas, mais recentemente, têm investido pesadamente no desenvolvimento de veículos autônomos que utilizam algoritmos de aprendizado de máquina e visão computacional para navegar nas estradas de forma segura. A IA permite que esses veículos processem grandes quantidades de dados sensoriais em tempo real e tomem decisões autônomas, reduzindo assim o risco de acidentes causados por erro humano.

Previsão de Demanda
A previsão de demanda é outra aplicação crítica da IA nos transportes. Com a capacidade de analisar dados históricos e em tempo real, os algoritmos de IA podem prever padrões de demanda de transporte, ajudando as autoridades e empresas a alocar recursos de forma mais eficiente. Isso é especialmente importante em sistemas de transporte de cargas, onde a otimização da programação dos veículos pode reduzir o tempo e custo operacional.

Segurança Rodoviária
A IA também desempenha um papel vital na melhoria da segurança rodoviária. Sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS) utilizam sensores e algoritmos de IA para monitorar o ambiente ao redor do veículo e alertar o motorista sobre possíveis perigos. Além disso, a IA é usada em sistemas de detecção de colisões e prevenção de acidentes, contribuindo para a redução do número de acidentes nas estradas.

Perspectivas Futuras
O futuro da IA nos transportes é promissor. À medida que a tecnologia continua a evoluir, podemos esperar avanços significativos na automação de veículos, tornando o transporte mais seguro e eficiente. Além disso, a IA desempenhará um papel fundamental na gestão de redes de transporte inteligentes, onde os veículos se comunicarão uns com os outros e com infraestruturas para evitar congestionamentos e otimizar o fluxo de tráfego.

A sustentabilidade também será um foco importante. A IA pode ser usada para otimizar a rota de veículos elétricos, reduzindo o consumo de energia e as emissões de carbono. Além disso, a IA pode ser aplicada na gestão de sistemas de
compartilhamento de veículos, incentivando um estilo de vida mais sustentável e reduzindo a necessidade de posse de carros.

Conclusão
A inteligência artificial está revolucionando o setor de transportes, oferecendo soluções para uma série de desafios, desde a otimização de rotas até a automação de veículos. À medida que a tecnologia continua a evoluir, podemos esperar
melhorias significativas na eficiência, segurança e sustentabilidade dos sistemas de transporte em todo o mundo. O uso inteligente da IA nos transportes é essencial para atender às crescentes demandas da sociedade moderna por um sistema de transporte mais avançado e eficaz.

Por: Edson Ronconi – COMJOVEM Lages e Planalto Serrano

Fontes Renováveis no Futuro do Transporte de Cargas: Sustentabilidade eInovação

Resumo
Este artigo explora o papel fundamental das fontes renováveis de energia no futuro do transporte de cargas. Discutimos como a transição para fontes de energia limpa está moldando o setor, destacando as tecnologias emergentes, as vantagens
ambientais e econômicas e os desafios a serem superados na busca por um transporte de cargas mais sustentável.

Introdução
O transporte de cargas desempenha um papel crucial na economia global, mas tradicionalmente dependeu fortemente de combustíveis fósseis, contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa e a degradação do meio ambiente. No entanto,
com crescente preocupação ambiental, a indústria de transporte de cargas está passando por uma transformação significativa, adotando fontes renováveis de energia para reduzir sua pegada de carbono.


Fontes Renováveis de Energia no Transporte de Cargas
Eletrificação
A eletrificação é uma das soluções mais promissoras no setor de transporte de cargas. Veículos elétricos (VEs), como caminhões e vans elétricas, estão se tornando cada vez mais populares. A bateria de íons de lítio é a tecnologia dominante, proporcionando uma grande autonomia e recarga rápida. A eletrificação reduz as emissões de carbono, os custos operacionais e a dependência de combustíveis fósseis.


Energia Solar
A energia solar está sendo aplicada de forma inovadora no transporte de cargas. Caminhões e embarcações estão sendo equipados com painéis solares para auxiliar na geração de eletricidade, aumentando a eficiência e reduzindo os custos operacionais. A energia solar também é usada para alimentar sistemas de
armazenamento de energia a bordo.

Hidrogênio Verde
O hidrogênio verde, produzido por meio de eletrólise com energia renovável, é uma alternativa promissora para os combustíveis fósseis. Caminhões movidos a hidrogênio estão sendo desenvolvidos, oferecendo uma grande autonomia e recarga rápida. O hidrogênio verde pode ser uma solução viável para o transporte de cargas de longa distância.

Vantagens Ambientais e Econômicas
Redução de Emissões
A transição para fontes renováveis de energia no transporte de cargas reduz significativamente as emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.

Economia de Custos a Longo Prazo
Embora os investimentos iniciais em tecnologias sustentáveis possam ser altos, a economia de custos operacionais a longo prazo, incluindo economia de combustível e manutenção reduzida, compensa esses gastos iniciais.

Conformidade com Regulamentações
Muitos países estão implementando regulamentações rigorosas de emissões, incentivando as empresas de transporte a adotarem fontes de energia limpa para evitar penalidades e cumprir as metas ambientais.

Desafios e Considerações
Infraestrutura de Recarga
A expansão da infraestrutura de recarga para veículos elétricos e estações de abastecimento de hidrogênio é fundamental para a adoção em larga escala dessas tecnologias.

Autonomia
Embora os avanços estejam sendo feitos, a autonomia de veículos elétricos e movidos a hidrogênio ainda é um desafio, especialmente para longas distâncias.

Custos Iniciais
Os custos iniciais de aquisição de veículos elétricos e de tecnologias de energia renovável podem ser proibitivos para pequenas empresas de transporte.

Conclusão
A transição para fontes renováveis de energia no transporte de cargas é uma resposta essencial às preocupações ambientais globais. A eletrificação, a energia solar e o hidrogênio verde estão moldando o futuro da indústria de transporte de cargas, oferecendo vantagens ambientais e econômicas significativas. Superar desafios como infraestrutura de recarga e autonomia é crucial para a adoção em larga escala dessas tecnologias. Ao adotar fontes de energia limpa, o setor de transporte de cargas está contribuindo para um futuro mais sustentável e consciente do meio ambiente, beneficiando tanto o planeta quanto a economia
global.

Por: Edson Ronconi – COMJOVEM Lages e Planalto Serrano

Fontes de Energias Renováveis e a Descarbonização no TRC

As fontes de energias renováveis são recursos naturais continuamente regenerados na natureza, usados para produzir energias limpas e sustentáveis, como água, luz do sol, vento, matéria orgânica e calor interno da Terra. Embora esses recursos estejam disponíveis de forma abundante na natureza, eles não podem ser considerados inesgotáveis, por isso é necessário o consumo consciente.
Atualmente, os tipos de energias renováveis mais usados no Brasil são: energia hidrelétrica, eólica, solar e biocombustíveis. Essas fontes de energia proporcionam diversos benefícios econômicos, ambientais e sociais. A redução de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera é o principal benefício associado às energias renováveis, visto que interfere diretamente na situação climática do planeta, o que as tornam recursos chave para alcançar uma possível neutralização de carbono.
Em 2021, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), a ONU convocou uma mobilização das nações em prol da neutralização de carbono até o ano de 2050, com o intuito de evitar uma possível catástrofe climática.
Desde então, governantes e grandes empresas se comprometeram a viabilizar e concretizar esse compromisso global. No que diz respeito ao setor de transportes, há uma pressão significativa para que a responsabilidade pela descarbonização seja assumida, dado que hoje representa cerca de 25% das emissões globais de GEE, considerando a queima de combustíveis fósseis em todos os modais de transporte.
Diante desse cenário, é evidente que o transporte de cargas (TRC) desempenha um papel importante nesse compromisso global. Nos últimos anos, temas relacionados à descarbonização e à responsabilidade ambiental têm ganhado destaque no Brasil. Entre as empresas, o ESG tem se tornado um tema amplamente discutido, o qual consiste em um conjunto de práticas e critérios que avaliam a comprometimento de uma empresa com relação a questões ambientais, sociais e de governança. Concomitantemente, uma pauta relevante entre os governantes é o fomento ao uso de fontes de energias renováveis.
O aumento do conhecimento relacionado a esses assuntos, principalmente sobre a utilização de recursos renováveis e descarbonização, desempenha um papel essencial para promover a adoção desses recursos no TRC. Ainda que a implementação das fontes de energias renováveis não seja responsabilidade exclusiva do setor, ter maior entendimento sobre elas capacita os transportadores para desempenharem um papel mais ativo perante os governantes, o próprio setor e a sociedade. Essa capacitação possibilita uma grande contribuição no cenário futuro, trazendo uma influência maior nas decisões políticas, a redução de barreiras à adoção, o engajamento da indústria e de outros stakeholders, bem como a promoção da conscientização e a busca coletiva pela neutralização de carbono.
Para se comprometer com a neutralização de carbono, o TRC pode começar a sua mobilização considerando adotar as energias renováveis disponíveis. Destaca-se os caminhões elétricos, alimentados por baterias que possuem autonomia limitada a cerca de 200km, em razão disso eles têm sido usados em áreas urbanas, onde a infraestrutura de recarga é mais acessível e as rotas são menores.
A Braspress foi uma das pioneiras a adquirir caminhões elétricos para fazer entregas na capital paulista. Uma das vantagens apresentadas por Urubatan Helou, diretor presidente da empresa, é que os caminhões estão isentos do rodízio municipal, um dos incentivos promovidos pelo governo. Também destaca-se os caminhões a gás, abastecidos por gás natural veicular (GNV), que possui uma emissão de GEE de 70% a 85% menor quando comparado ao diesel. Os caminhões a gás possuem autonomia limitada a cerca de 1.700km e também podem ser abastecidos com biometano, combustível proveniente de matéria orgânica que já é produzido no Brasil.
Há energias renováveis com grande potencial para descarbonizar o TRC, ainda em fase de teste juntamente com os equipamentos compatíveis. O hidrogênio verde, por exemplo, já está sendo produzido e testado no Brasil, com caminhão compatível passando por testes na Europa. O biodiesel, que atualmente representa 12% da composição do diesel comum brasileiro, possui caminhão compatível com biodiesel puro sendo testado na França. Além disso, caminhões com sistemas móveis de energia solar que visam reduzir o uso do diesel comum passam por testes no Brasil.
A implementação de fontes de energias renováveis no TRC enfrenta desafios significativos. Um dos principais desafios reside nos custos iniciais elevados, o que pode ser uma barreira de entrada para pequenas e médias empresas. Além disso, a falta de infraestrutura de recarga elétrica e de pontos de abastecimento com GNV é uma questão relevante, que impacta na distância percorrida e no tempo de rota. Outro desafio é a autonomia limitada dos caminhões elétricos disponíveis no mercado, sendo em média 200km, o que se torna inviável para rotas de longas distâncias.
Para consolidar o uso das energias renováveis e possibilitar uma transição completa da frota atual para uma versão moderna, sustentável e compatível com essas fontes, é imprescindível promover mudanças no cenário brasileiro atual. Isso inclui a promoção de incentivos tecnológicos para empresas que produzem energias limpas e biocombustíveis, assim como para fabricantes de veículos. Também é fundamental o desenvolvimento de políticas e regulamentações que fomentem esses investimentos e estimulem a adesão das energias renováveis não apenas no TRC, mas em outros setores dependentes de fontes de energia do Brasil.
Apesar dos avanços tecnológicos e incentivos políticos serem cruciais para a consolidação das energias renováveis, o TRC pode se destacar através da gestão desses recursos em vários aspectos. A começar pela conscientização do setor e sua disseminação à população através de práticas sustentáveis, pois quando a relevância dessa transição for compreendida, ela passará a ser mais valorizada por todos. Além disso, é importante que os transportadores se comprometam a acompanhar o avanço tecnológico e a adotar as energias renováveis mais viáveis para suas operações.
Também é possível adotar boas práticas, como o ESG, indicadores de desempenho ambiental, otimização de rotas e gestão do consumo de combustível.
É importante ressaltar que a descarbonização já está sendo exigida por alguns embarcadores, tornando o momento atual propício para que os transportadores iniciem a gestão da emissão de GEE em suas operações. Atualmente, ferramentas especializadas em gestão de frota realizam esse cálculo, o ideal é optar por aquela que forneça relatórios detalhados com a quantidade de emissões diretas e indiretas, e que faça o inventário de acordo com os escopos e os critérios do GHG Protocol.
A partir desse cálculo, espera-se que as empresas compensem suas emissões através da compra de créditos de carbono, os quais apoiam instituições voltadas para a preservação dos recursos renováveis, como o plantio e a conservação de florestas, além do desenvolvimento de matrizes energéticas. É crucial que as empresas que adotem a gestão de emissões de GEE garantam total transparência no processo, divulgando publicamente suas emissões e compensações. Por fim, levanta-se uma consideração para reflexão: não seria interessante implementar essa prática e repassar os custos aos embarcadores, informando que a transportadora oferta “frete verde” com emissões de GEE compensadas?

Por: Bárbara Valente Tavares – COMJOVEM Triângulo Mineiro

Aplicabilidade da Inteligência Artificial no TRC

A inteligência artificial (IA) é um novo campo da ciência e tecnologia que visa interpretar e criar unidades inteligentes para diversos setores da economia. Ecoam atividades baseadas nas ações e no desenvolvimento humano, levando à comparação com conceitos de inteligência ou racionalidade. Mediante definição, um sistema é considerado racional quando executa a ação correta, dadas as
informações de que dispõe. Considerando seu potencial representativo, a inteligência artificial é capaz de transformar o transporte de cargas (TRC).
A capacidade da inteligência artificial abre portas para abordagens mais complexas, como a aplicação de algoritmos avançados de aprendizado de máquina.
Esses algoritmos podem analisar padrões de transporte em grande escala, tendo em conta variáveis dinâmicas como condições meteorológicas, eventos inesperados e mudanças sazonais, para otimizar não só as rotas, mas também o planejamento de
toda a logística. Isso torna as operações mais flexíveis e adaptáveis, fortalece a capacidade da indústria de responder à desafios complexos e melhora a competitividade.
Aparentemente as empresas do TRC têm se rendido à tecnologia mediante aos benefícios futuros que podem alcançar através de métodos racionais que a IA pode promover. A necessidade de melhorias no setor é extremamente imediata, pois cada mudança positiva é muito importante para que os grandes objetivos das empresas sejam alcançados. Essas soluções são pilares essenciais de inovação nas questões mais complexas do segmento.
Ao fazer uma análise de dados em tempo real, a IA pode promover um aproveitamento eficaz das rotas, redefinir os processos de tráfego e planos de ações tornando-os eficazes para evitar congestionamentos, reduzir prazos de entrega e, portanto, custos operacionais. De fato, as decisões não podem mais depender unicamente da intuição e percepção individual de cada gestor, é necessário que elas sejam fundamentadas no mercado atual, considerando sua complexidade em sua totalidade.
Com o desenvolvimento dessas ferramentas técnicas avançadas, as empresas do TRC se beneficiarão significativamente. A otimização de rotas e a interpretação de dados em tempo real reduzem significativamente os custos operacionais, seja por meio de rotas mais eficientes que economizam combustível, minimizam o desgaste dos veículos ou reduzem a necessidade de manutenções corretivas. Além disso, uma gestão eficaz do tempo impulsionada pela IA conduz a prazos de entrega mais precisos e curtos, o que aumenta a satisfação do cliente e consolida a imagem da empresa perante o mercado.
Os benefícios também se estendem aos motoristas, através de condições de trabalho mais seguras e eficientes. A inteligência artificial ajuda a monitorar a saúde dos condutores, recomendando pausas adequadas para descanso e promovendo a sua segurança e bem-estar durante a viagem. A introdução da IA significa uma gestão mais inteligente de toda a operação, pois ela cuida desde o planejamento de rota até o monitoramento do andamento da entrega em tempo real. Isso aumenta a capacidade de adaptação a mudanças repentinas ou eventos inesperados e garante uma operação mais suave e flexível.
A inteligência artificial melhora a manutenção preventiva e promove uma gestão eficaz de ativos, minimiza o tempo de inatividade e permite uma alocação mais precisa de recursos, o que se reflete em inovações na gestão de frotas e na integração de novas tecnologias, como veículos autônomos e sistemas avançados de monitoramento. Além disso, a IA pode melhorar a manutenção preventiva dos veículos detectando antecipadamente potenciais avarias mecânicas, o que promove uma operação segura e prolonga a vida útil da frota. A otimização possibilitada pela IA significa que cada veículo é utilizado de forma mais eficiente, maximizando o seu potencial e reduzindo os custos associados à sua utilização. Esses avanços tecnológicos estão, portanto, a redefinir fundamentalmente a forma como as empresas de transporte operam e competem no ambiente dinâmico do TRC.
É relevante compartilhar o posicionamento do professor da UFU Daniel Duarte Abdala, Doutor em computação pela Westfälische Wilhelms-Universität Münster na Alemanha com ênfase em Processamento Digital de Imagens, Métodos Numéricos, Visão Computacional e Reconhecimento de Padrões afirmando que “já é possível se programar para uma carga antes mesmo de existir o pedido, e com esse mesmo sistema, prever qual veículo deve atender a demanda, gerando um mínimo tempo ocioso, rodando a menor distância possível vazio e também considerando qualquer particularidade daquele veículo, motorista e operação”.
É evidente que no dia a dia do TRC, as empresas podem utilizar diversas ferramentas, das mais simples às mais complexas. As opções iniciais incluem softwares de gerenciamento de frota, sistemas de rastreamento e aplicativos de planejamento de rotas, os quais permitem uma gestão mais eficiente dos veículos e de sua roteirização. A IA aperfeiçoa rotas em tempo real e prevê padrões de demanda. A um nível avançado, a integração de sistemas telemáticos avançados, sensores IoT e automação de processos robóticos (RPA) permite o controle preditivo e a manutenção dos veículos, resultando em operações mais seguras e eficientes.
Apesar dos desenvolvimentos tecnológicos promissores, o TRC enfrenta grandes desafios na implementação dessas inovações. Um dos maiores obstáculos é a resistência à mudança, que muitas vezes ocorre em organizações com estruturas tradicionais e rotinas estabelecidas. É necessário estimular a criação de processos baseados no conhecimento ou na compreensão adequada das novas tecnologias, esse desafio que requer formação e sensibilização para a sua adoção efetiva. Além disso, os elevados custos de implementação e manutenção dessas tecnologias podem ser uma barreira, especialmente para as pequenas e médias
empresas do setor. As questões de segurança cibernética e privacidade também são grandes preocupações, pois essas ferramentas lidam com dados confidenciais.

Por: Pedro Henrique Cabral Vasconcelos – COMJOVEM Triângulo Mineiro

Fontes Renováveis no Futuro do TRC

Devido a sua riqueza natural, a matriz energética brasileira é reconhecida por sua ampla fonte de energia renovável e limpa. As fontes de energia renovável são as que se regeneram naturalmente com o tempo e não se esgotam, como exemplo temos: energia hidráulica, eólica, solar, biomassa, entre outras.
De acordo com os dados da Agência Nacional de Energia (AIE) o transporte de cargas é responsável por cerca de 10% de todas as emissões globais de carbono. No Brasil com a indiscutível presença que o transporte de cargas exerce sobre a economia, as empresas do TRC estão se reinventando para amenizar os impactos ambientais causados pelo setor. Ao redor do mundo, temos exemplos de países que estão investindo em tecnologias que se adaptem a este novo cenário mundial, no Brasil, não é diferente.
No segmento do TRC temos exemplos de empresas instalando painéis solares sobre seus armazéns gerando energia limpa para sustentar suas operações. Além de placas solares em armazéns, temos outro ótimo exemplo de inovação: placas solares instaladas em caminhões gerando energia limpa para carregar as baterias, garantindo o funcionamento do veículo sem necessidade de ligar o motor em marcha lenta ou aliviando a carga dele (resultando assim em redução de CO2). Temos também empresas que por meio de projetos de geração distribuída utilizam a energia eólica para a descarbonização das demais operações, como a gestão dos armazéns, incluindo iluminação, ventilação e empilhadeiras.
Sabemos que além de projetos em armazéns e veículos o fator chave da poluição ao meio ambiente no TRC é devido a emissão de carbono pela utilização do óleo diesel dos caminhões. Ainda com base no motor a combustão, existem dois outros combustíveis parecidos com o diesel, que reduzem as emissões de CO2 entre 85% e 90%: um deles é o HVO (90% de redução), mas o mais comum para nós, brasileiros, é o biodiesel e sua redução de CO2 chega a 85%. Porém a grande promessa para o futuro do transporte brasileiro são os caminhões movidos a gás e elétricos. Os caminhões movidos a GNV (Gás Natural Veicular) podem apresentar uma redução de até 15%, mas quando o caminhão é abastecido com biometano, essa redução chega à casa dos 90%. Até o momento, temos uma a única montadora a comercializar modelos desse tipo no Brasil. Já os veículos elétricos também estão ganhando cada vez mais espaço, com promessas de diversas montadoras iniciarem a comercialização em breve no país.
Mesmo com empresas buscando a inovação e preservação do meio ambiente sabemos da enorme dificuldade que o setor privado encontra em nosso país. Os desafios são diversos. As montadoras atribuem a dificuldade de fabricar e comercializar caminhões no Brasil à falta
de investimento em infraestrutura por parte do Governo Federal. A falta de infraestrutura em nossas estradas para comportar as estações de recarregamento das baterias e o tempo que se leva, fazem com que as empresas se intimidem a iniciar o processo de mudança.
Entretanto, mesmo com todas essas dificuldades não podemos negar que estamos passando por uma transição energética necessária que envolve desenvolvimento de produtos e reestruturação de toda uma cadeia. Estamos vendo cada vez mais empresas buscando frotas menos poluentes e outras opções em seus armazéns para atingir suas metas de redução de emissões de carbono. Precisamos buscar a união do setor privado e público visando o interesse comum de preservação do meio ambiente. Nós do TRC somos elo fundamental nessa evolução e temos a força necessária para discutir e buscar soluções em busca de um país melhor e mais limpo.

Por:  Jéssica Caballero Lopes – COMJOVEM São José do Rio Preto