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Metodologias ágeis para o transporte rodoviário de cargas

A atividade de transporte é incontestável para qualquer economia, uma vez que as atividades econômicas necessitam do transporte de bens e de pessoas. É por meio do transporte que, mercadorias, insumos e a força de trabalho das mais diversas companhias produtivas chegam aos destinos, o que possibilita a produção e a distribuição de bens e serviços, de modo a contribuir com o crescimento e o desenvolvimento do país.

Com prazos para as entregas cada vez mais curtos, ser pontual é o mínimo esperado para o sucesso de uma operação logística. Além disso é necessário cumprimento de inúmeras normas de segurança, saúde, meio ambiente, qualidade e atender o alto grau de exigência dos clientes e grandes embarcadores. Para ter uma boa programação de rotas, realizar um controle adequado de abastecimento, manutenção e fazer com que isso esteja muito bem sincronizado com a jornada do motorista, e todas as demais normas exigidas, pode-se contar com a ajuda de algumas ferramentas que auxiliam e muito na hora de otimizar os processos, assegurar serviços de qualidade e atender aos prazos dos seus clientes.

As empresas buscam alternativas para permanecer no mercado e desenvolver novas estratégias com objetivo de reduzir custos, mas ao mesmo tempo gerar melhor qualidade, produtividade e inovação. Os métodos ágeis são excelentes formas para auxiliar as empresas a reduzirem o tempo gasto para atingir um objetivo almejado, sem falar na significativa contribuição para redução de custos que promovem, uma vez que possibilitam organizar os processos e permitem ter uma visão resumida e objetiva da operação, de modo a realizar as tarefas de forma mais rápida e objetiva para liberar o funcionário.

De forma geral as metodologias orientam para a formação de uma equipe auto-organizada, padronizada que assim leva a um processo de melhoria contínua e o desenvolvimento geral das operações. Tais metodologias podem contribuir na organização com controle de frota, veículos mais adequados, cálculo de distância, valor de frete para cada operação, otimização de rotas, e em vários outros projetos, como por exemplo, a implantação de práticas de ESG (Environment, Social & Governance), padronização de processos para atender alguma certificação como ISO, ou ainda auxiliar nos processos de auditoria interna.

No entanto, é importante entender qual metodologia é a mais indicada para auxiliar na resolução dos problemas ou desafios da organização. Diante disso, tem-se algumas metodologias principais que podem auxiliar o transporte de carga em seus desafios diários.

Os 5S ou 5 sensos é uma metodologia japonesa usada para a gestão empresarial e implantação da qualidade total, que tem por premissa a organização e limpeza do ambiente e tem o objetivo de torná-lo mais ágil, seguro e consequentemente produtivo. Na interpretação do português cada princípio ficou entendido como senso e são eles: seiri, seiton, seiso, seiketsu e shitsuke.

Como em qualquer processo, na implantação desta ferramenta é indispensável que uma pessoa responsável, monitore, fiscalize e oriente de forma constante e busque o sempre a conscientização da equipe, a segurança no ambiente laboral e principalmente a melhoria contínua.

Lean Logistic ou logística enxuta tem origem no lean manufacturing, metodologia criada para indústria com o foco em produzir com qualidade, reduzir custos e dispor da menor quantidade de recursos possível.

Na logística de transporte, essa metodologia pode ser aplicada por exemplo na programação de abastecimentos dos veículos, onde ao invés de deixar esta função a cargo e vontade do motorista, um setor interno avalia os preços e programa a quantidade correta para cada veículo em determinado posto de sua rota, a fim de ter em tanque o “estoque” necessário apenas para determinada viagem ou operação, e evitar que os custos sejam desproporcionais em relação aos ganhos. Ou ainda para auxiliar o setor de compras de peças e pneus por exemplo.

Ágil, ou também conhecida como Agile Project Management, é uma das metodologias mais conhecidas nacionalmente. A metodologia ágil trabalha para tornar os processos mais rápidos, e dividir grandes projetos em ciclos menores. A ideia é que mesmo que pequena, a evolução seja feita todo tempo, e assim agiliza a gestão dos projetos. Este método enfatiza a comunicação frequente, preferencialmente em reuniões presenciais ao invés de documentos escritos. Busca a adaptação rápida a mudanças repentinas.

Scrum é o método ensina a importância de um ambiente colaborativo, onde as pessoas têm disciplina e se dedicam ao mesmo tempo e em conjunto para atingir um objetivo.

Apesar de muitas vezes ser confundido com o método ágil, por se destacar na agilidade e segmentação de tarefas, o Scrum é um dos métodos mais usados pelo fato de possibilitar que operações mais voláteis sejam mensuradas e planejadas e por isso cai como uma luva para o transporte por se tratar de uma operação viva e que está em constante mudança. Seu objetivo principal é melhorar a gestão de projetos com base no planejamento interativo com um passo a passo que ocorre em fases conhecidas como sprints, com metas menores executadas em um tempo mais curto. Uma das principais características desta ferramenta é transparência e em função disso todos os envolvidos no processo precisam saber o que os outros fazem e o que podem esperar.

Em resumo, o Scrum é uma ferramenta que simplifica a gestão de projetos, aumenta a produtividade, desenvolve a equipe e consequentemente reduz custos.

Metodologia Japonesa, com foco em resultados rápidos e precisos. Kanban significa “sinalização” ou “cartão” e serve para organizar processos de forma clara e objetiva.

Para implementar a metodologia basta a vontade de agilizar processos, organizar prioridades de execução, e torna-lo visualmente estimulante.

Dentre as inúmeras vantagens de aplicar esta ferramenta, cita-se:

a) é um meio fácil e rápido e ser aplicado;

b) ajuda a organizar as tarefas a fim de evitar a procrastinação pois é fácil ler o que está feito, o que tem que ser feito e o que já foi feito;

c) ajuda a indicar a produtividade da equipe; d) e gera motivação e engajamento.

Depois de tudo isso, é indiscutível a importância da adoção de metodologias ágeis, uma vez que de forma geral, visam a busca da melhoria contínua, padronização dos processos e desenvolvimento da equipe. O transporte rodoviário é muito intenso, tudo ocorre de forma muito rápida e o tempo é literalmente dinheiro. Saber aproveitar as facilidades que estas metodologias ofereceram, certamente lhe ajudará muito a economizar tempo, reduzir custos e melhorar a qualidade do serviço prestado, no tempo esperado.

Por: Anderson Gral – COMJOVEM Chapecó

ESG

ESG sigla para Environmental (Ambiente), Social (Social) e Governance (Governança Corporativa), representa e resume a sustentabilidade no universo corporativo. O ESG nasceu em janeiro de 2004, quando Kofi Anna, ex-secretário-geral das Nações Unidas, convidou mais de 50 CEOs de grandes instituições financeiras para participar de uma iniciativa conjunta para buscar integrar o ESG no mercado de capitais. A premissa é que a integração de fatores ambientais, sociais e de governança nos mercados de capitais faça sentido para os negócios e assim, os leva a mercados mais sustentáveis e que proporcionem melhores resultados sociais. Assim sendo o ESG, difundiu-se nos meios empresariais da Europa e dos Estados Unidos, especialmente no setor financeiro, e assim ganha cada vez mais força e espaço no ambiente empresarial brasileiro, e pode-se dizer que ditará os próximos passos para empresas na implementação dessas novas ações.

O ESG representa uma mudança clara e significativa para um modo de pensar sustentável, considerado um conjunto de práticas de engajamento social, comercial e ambiental. Do ponto de vista do mercado, o cumprimento deste indicador demonstra a capacidade da empresa em interpretar efetivamente os valores na sociedade e integrá-los nas operações do negócio, sem apenas manter o foco no lucro preocupando-se com suas responsabilidades sociais e ambientais.

Este tema tornou-se pauta de discussões, conferências, eventos e reuniões, e passou a ser aplicado de forma significativa no campo do transporte de cargas e logística, com interesse em discutir as diversas formas de impacto deste setor, principalmente ao meio ambiente.

Esta discussão despertou cada vez mais o desejo de valorização das empresas para investir na consciência ambiental e na sua própria gestão. Este conjunto de normas e boas práticas tem como objetivo determinar se as operações de uma empresa são socialmente responsáveis, sustentáveis e adequadamente geridas.

Hoje, ainda, a empresa que mostra seu comprometimento com as causas do ESG tem um diferencial na hora de fechar novos negócios e parcerias, no entanto logo deixará de ser um diferencial e passara a ser um critério padrão, pois cada vez mais, investidores e grandes embarcadores buscam parceiros que estejam engajados em todas as áreas de ESG. Isso desperta uma grande responsabilidade nas empresas e demonstra o enorme papel que os agentes de transformação desempenham. Pode se dizer que o transporte principalmente é uma das áreas que mais precisa de um ambiente melhor, uma vez que segundo relatório divulgado pelo Observatório do Clima em 2018, a frota de caminhões foi responsável pela emissão da maior parte dos poluentes climáticos no Brasil em 2016.

Frente a isso, como o transporte pode efetivamente pôr em pratica ações que andem junto as premissas do ESG? Um estudo conduzido pelo Instituto FSB Pesquisa ouviu 401 empresários de diferentes segmentos e regiões do país e concluiu que 79% das empresas afirmaram que questões socioambientais fazem parte da estratégia de negócios. Já 47% participam de ações pelo desenvolvimento sustentável, sendo reciclagem a mais citada (13%), seguido de treinamentos sobre meio ambiente (10%). Entende-se que qualquer uma das ações mencionadas dependem de pessoas para executá-las, logo deixa[1]se de lado a questão mais importante que é o treinamento, desenvolvimento e capacitação do capital mais valioso de uma empresa, o capital humano. O Trabalho de conscientização dos funcionários frente a visão e valores da empresa precisa ser passado no momento em que o colaborador passa a integrar a equipe, ele precisa ter a certeza que a empresa para qual ele vai trabalhar tem esses valores como premissas básicas e que de fato são importantes para a sociedade como um todo. Além disso a empresa precisa desenvolver e passar essas novas práticas aos colaboradores que já estão inseridos na instituição, e assim garantir que os valores não se percam com o passar do tempo.

Dentro de cada um dos 3 pilares do ESG existem várias ações que podem ser aplicadas e trabalhadas dentro da instituição.

O pilar ambiental, são as ações da empresa com foco no meio ambiente e nos recursos naturais. Ou seja, tudo que se faz para assegurar o crescimento sustentável e redução dos impactos ambientais resultantes das atividades da empresa. Pode ser: gestão de resíduos sólidos, gestão de efluentes, eficiência energética, emissões atmosféricas, uso consciente dos recursos naturais, práticas de sustentabilidade. Bons exemplos na prática para o transporte é realizar o gerenciamento do ciclo de vida dos pneus que visa segurança, economia e descarte correto, controle e medição do nível de emissão de fumaça que inclusive ganha suporte incrível do programa Despoluir mantido pelo Sest Senat (Serviço Social do Transporte Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) e CNT (Confederação Nacional do Transporte) e é oferecido de forma gratuita aos transportadores.

O pilar social abrange todas as práticas que a empresa aprimora e que são voltadas para as questões sociais. É basicamente a relação da empresa com os funcionários, clientes, fornecedores e a sociedade, de modo que direciona ações com foco nas relações pessoais. Importante citar: diversidade da equipe, processos equânimes de oportunidades para todos os colaboradores, inclusão social, direitos humanos, relação com a comunidade, relação com funcionários, políticas de trabalho, proteção de dados e satisfação dos clientes.

Por fim, o pilar governance, ou governança, diz respeito a questões relacionadas à alta gestão da empresa, fatores que a empresa utiliza para realizar sua gestão, como: independência, diversidade no conselho, remuneração dos executivos, relação com órgãos públicos, transparência e ética, canal de denúncias e auditorias fiscais.

Essas e outras ações não apenas contribuem para o bom funcionamento dos serviços, mas visam também a preparação de um cenário melhorado para as gerações futuras. Priorizar e alinhar os termos de sustentabilidade, gera reconhecimento social.

Bem, se você chegou até o final deste artigo é porque está entendendo a importância da ESG e quer começar a ter boas práticas ou aprimorar as já existentes. No entanto, é indispensável que se desenvolva uma nova cultura organizacional e se estimule a mudança de pensamento e atitude entre todos os níveis da organização.

A primeira pergunta que você deve fazer é: O que a minha empresa tem feito para planejar e implementar um desenvolvimento sustentável?

“O desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. – Organização das Nações Unidas (ONU).

Por: Ana Paula Pellizza – COMJOVEM Chapecó

Data Leak – A Importância dos Dados e Sua Manipulação

Em uma era onde a tecnologia predomina, a informação se torna a maior matéria prima. Mais do que isso, para que essa informação seja de fato um ganho, é preciso inteligência para manusear esses dados.
Pode-se assim dizer que a maior riqueza está na capacidade de usar os dados de forma analítica. A inteligência por detrás, é o que irá determinar o valor que aquele dado possui, porque é a partir dele que serão extraídas informações capazes de transformar a realidade de organizações, negócios e até do próprio mercado.
Nos dias atuais, é grande a facilidade que se tem ao acesso a informações. As ferramentas tecnológicas que nos possibilitam isso, são diversas, e muitas vezes de fácil acesso. Localizar os dados deixou de ser um desafio, no entanto, eles precisam ser analisados de modo a identificar a melhor forma de fazer bom uso dessa fonte de possibilidades inesgotáveis.
Com a Lei 13.709/2018, Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), entrando em vigor, o acesso a essas informações tende a se tornar mais restrito, uma vez que se busca a mudança cultural de pessoas e empresas no quesito proteção de seus dados particulares e de seus colaboradores. Desde o fornecimento até o tratamento desses dados.
A legislação não irá proibir que dados sejam compartilhados ou acessados, no entanto, irá direcionar de que forma eles devem ser tratados, armazenados, colados e em casos específicos compartilhados. Evitando assim, que ocorra o vazamento de dados e sua utilização de forma indevida.
Dados são valiosos, e quem possuir inteligência no direcionamento de usa-los da melhor forma, tendem a ganhar olhares e espaços. Sendo assim, empresas e profissionais precisam estar em sintonia e atualização para que as informações sejam utilizadas em seu máximo potencial.

Por: Jerssica Marisa Gral – COMJOVEM Chapecó

Motorista do Futuro

Como sabemos, o setor de transporte de cargas é de grande importância para o desenvolvimento da economia brasileira. Segundo dados da CNT-Federação Nacional dos Transportes, esse setor representa cerca de 7% do PIB do país, o equivalente a 61,1% do total de mercadorias transportadas, e é considerado o principal meio de abastecimento da indústria e do comércio brasileiros.
Sabendo da importância desse setor para o nosso país se torna impossível não falar de futuro no transporte e de seus motoristas. É inevitável falar de futuro sem citar tecnologia, especialmente quando consideramos a velocidade de seu desenvolvimento e os retornos positivos em todos os setores que é implantada. O Transporte de Cargas não está excluído dessas transformações, como podemos perceber que dia após dia, temos uma tecnologia nova embarcada junto com nosso motorista e com nosso caminhão.
Em um contexto geral, se percebe que muitas pessoas e muitos segmentos tem uma dificuldade maior para se adaptarem aos novos processos, que de uma forma ou outra são transformadores e desafiadores para sua implantação e posterior aderência.
Porém para que consigamos nos manter ativos e dentro do segmento de Transportes, algumas mudanças são necessárias para que consigamos nos manter dentro do mercado de trabalho da melhor forma possível. Dentro do Transporte, muitas áreas estão tendo que se adaptar cada vez mais ao cenário atual, percebendo assim que cada vez mais as tecnologias podem influenciar no dia a dia do motorista profissional.
Com toda certeza a tecnologia está do lado dos transportadores e motorista, como um exemplo temo que os motoristas evitarão de fazer várias ações repetitivas durante uma viajem, pois, a tecnologia trabalha de forma inteligente nesses processos para automatizalos melhorando assim a direção do motorista. Algo muito mais à frente do que estamos falando hoje, é o que defende o Laboratório do Futuro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) quando apontou que, até 2040, as tarefas de 27 milhões de trabalhadores poderão ser assumidas por robôs ou sistemas de inteligência artificial. Há 79% de chance de que os caminhões sejam substituídos pela automação.

Com base nesses dados, o questionamento sobre o futuro dos profissionais da área sem sombra de dúvidas vem à tona, trazendo assim uma insegurança no momento em que é tratado sobre tal mudança nos próximos anos. Com isso, entendo a necessidade de treinarmos intensamente nossos profissionais, para que eles possam desenvolver também habilidades analíticas, para que o efeito tecnologia não os pegue de surpresa.
Pois mesmo que nós contemos com a melhor tecnologia, o melhor robô e a melhor inteligência, a presença do motorista não será facilmente substituída, pois é a figura mais importante hoje no segmento de Transporte Rodoviário de Cargas. Muito pelo contrário, a tecnologia vem para ajudar o motorista e o empresário de transporte, automatizando o que as vezes é um retrabalho e uma redundância, trazendo mais segurança e conforto para a viagem, entre outras várias qualidades que virão junto a tecnologia e a inovação no meio do transporte.

Por: Leticia Marjorie Framento – COMJOVEM Chapecó

As diferentes fases dos impactos da pandemia no transporte de cargas

No começo era o caos. Ao final de março de 2020 todos os empresários e funcionários das empresas do setor de transporte temiam pelo pior. As previsões de demanda em função de uma possível quarentena estendida ou da necessidade de um lockdown mais severo apontavam para impactos negativos, mesmo em segmentos do transporte que carregam produtos essenciais para a vida das pessoas. Esta talvez tenha sido a primeira fase dos impactos da pandemia no setor de transporte. Em pouco tempo percebeu-se que era possível analisar em detalhes, com calma e otimismo os impactos da pandemia no setor. Neste momento começou a ser possível vislumbrar estratégias para lidar com o vírus e a pandemia. Internamente, foi momento de pensar na segurança dos colaboradores e em garantir a continuidade do trabalho com saúde e produtividade. Externamente foi possível começar a perceber oportunidades e estruturar-se para aproveitá-las. Foi importante nesse momento o arrojo e o preparo prévio de prospecção de clientes e qualificação de fornecedores para atender a demanda e maximizar os resultados. Houve um terceiro momento em que a sociedade e a economia em geral sentiram efeitos da pandemia. O principal impacto fez com que as transportadoras tivessem de pensar nos custos e ponderar investimentos visando expandir e aproveitar o momento para absorver um pouco mais de valor. Chegamos, por fim, ao cenário atual. Passadas três fases distintas de momentos estratégicos completamente diferentes é chegada a hora de pensar em 2021. Não se sabe exatamente até quando vai a pandemia. Não se sabe se novas restrições de circulação de pessoas e mercadorias serão impostas. Porém, o que aprendemos com a pandemia é que as coisas podem mudar rapidamente de figura. Se agora o setor “surfa a onda”, pode ser que em breve tenhamos um cenário não tão favorável. Sem sombra de dúvidas chegarão satisfeitas com os resultados, ao final de 2021, as transportadoras que tiverem agilidade no diagnóstico estratégico e rapidez na adaptação interna ao momento. Mais do que nunca, não serão os mais fortes nem os mais inteligentes que sobreviverão, mas sim aqueles que se adaptarem melhor ao ambiente em mudança. Charles Darwin mais uma vez tinha razão.

Por: Patricia Costella

A Concorrência Desleal na Precificação do Frete

Com a crise econômica que atingiu o País nos últimos tempos, notamos um aumento considerável na busca por preços menores em todos os setores do mercado interno.

Com isso, também aumentou a procura por valores menores para o Transporte de Cargas, causando uma instabilidade muito grande na precificação de frete para o Transportador. Hoje a concorrência está totalmente desleal no mercado, valores de frete sendo jogados lá embaixo, sem nenhuma utilização de critério ou base para formulação do preço.

Infelizmente, nota-se que está se vendendo mais preço do que qualidade, e isso dificulta muito o trabalho de empresas que trabalham 100% dentro das leis estabelecidas no nosso País, que por sinal, não são nada flexíveis. Baseando-se nesses aspectos, podemos notar que hoje, a principal barreira para o crescimento do setor no Brasil é criada por membros do próprio setor.

Podemos notar, que a grande maioria das empresas que praticam essa de preços baixos já passaram, estão passando ou logo irão passar por alguma instabilidade financeira, causada pelos próprios gestores da mesma.

Também não podemos esquecer que no meio desse cenário todo, entra o cliente pagador do frete, que tem mudado seu comportamento no mercado dando abertura para essa prática desleal de preços, pois a alguns anos atrás, procuravam por qualidade e preço justo e hoje procuram pelo preço baixo, deixando a qualidade à “sorte”.

Para finalizar, podemos concluir que o mais importante no momento para combater essa deslealdade, é nos unir e exigir maior fiscalização em todos os processos que acompanham o Transporte Rodoviário de Cargas. Pois acredito que uma fiscalização justa e rigorosa pode com certeza aumentar a rentabilidade e qualidade em um âmbito geral na nossa categoria.

Responsável: Jessica Koerich