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Novas Formas de Combate ao Roubo de Cargas

Recentemente foram publicadas as estatísticas referentes às ocorrências de Roubo de carga no país, o ano passado mostra uma queda de mais de 3 mil incidentes, cerca de 15%, com relação a 2017. E também é um número menor registrado em comparação com 2016, que apontou 24.550 incidentes, no comparativo do primeiro semestre do ano de 2018 para o primeiro semestre do ano de 2019 foi verificado uma redução do numero de ocorrências. 

Além do trabalho de repressão imediata e ações de inteligência realizadas pelas forças policiais, e o investimento continuo em tecnologia realizado pelas empresas e embarcadores, há de se destacar o empenho de algumas lideranças do setor de transporte na busca de implementar novas formas de combate ao Roubo de Cargas, uma dessas iniciativas esta relacionada a criação e aperfeiçoamento de legislações que punam com maior rigor todos os envolvidos na cadeia de destinação dos produtos obtidos através de meio ilícito.

O Brasil tem leis que punem os criminosos diretamente envolvidos nos furtos e roubos e os receptadores, enquanto pessoas físicas, mas falta mais rigor com os estabelecimentos (pessoas jurídicas) que fazem uso de produtos de origem ilícita, por isso, muitas lideranças, e podemos aqui citar com destaque o empresário Roberto Mira, tem se destacado no trabalho a fim de criar legislações capazes de punir todos os envolvidos na cadeia de destinação dos produtos adquiridos de forma ilícita, buscando junto ao poder público a criação de legislações capazes de combater com maior rigor todos os envolvidos nesse processo.

Nesse sentido, no dia 23 de agosto de 2019, com presença no evento dos membros da COMJOVEM (Comissão de Jovens Empresários e Executivos do Setor de Transporte), foi realizado no SEST SENAT Porto Ferreira, evento promovido pela equipe do Chico da Boleia trazendo o tema Novas Formas de combate ao Roubo de Cargas, onde foi possível conhecer mais uma iniciativa no que tange a repressão dos crimes envolvendo o roubo, furto e receptação de cargas.

O evento debateu a importância da lei municipal “Roberto Mira”, de autoria de Almir Francisco (Chico da Boleia) e sancionada em março pelo prefeito da cidade, Rômulo Rippa, e que trata sobre a cassação do alvará de estabelecimentos flagrados com produtos oriundos de roubo. Essa lei, batizada com o nome do empresário Roberto Mira, que se dedica há 30 anos ao setor, endossa o podermunicipal no combate aos ilícitos envolvendo cargas, tornando Porto Ferreira cidade referência para as demais cidades do interior paulista no combate ao Roubo de Cargas, fechando o cerco contra os crimes envolvendo roubo e furto de cargas.

Responsável: Paulo Marcelo Tuon

A Evolução do Transporte

Os meios de transporte são utilizados na deslocação de pessoas e mercadorias. Foi preciso o homem inventar vários tipos de meios de transporte para que pudéssemos nos deslocar e carregar grandes cargas com maior facilidade e de maneira mais rápida, mas nem sempre foi assim como conhecemos hoje.

No princípio, o homem se locomovia apenas caminhando. A pé, ele venceu grandes distâncias, muitas vezes descalço. À medida que se desenvolvia intelectualmente, pôde aperfeiçoar seu transporte anatômico, produzindo os primeiros sapatos com couro de animais para proteger os pés, o que dava resistência para chegar mais longe. Segundo alguns estudiosos, o primeiro meio de transporte inventado foi aquático, ainda na Pré-História. Para construir as canoas e botes usados para atravessar rios e lagos, os homens usavam troncos de madeira, bambus e juncos.

Um elemento muito importante é a roda. Ela proporcionou, a partir de sua invenção, em 3000 a. C., na Mesopotâmia, uma revolução. Apesar de rudimentar e muito pesada, foi possível tornar o transporte mais eficaz. Ao longo dos séculos, os povos foram encontrando meios que facilitassem a locomoção e a navegação. Um dos meios de transporte mais usados é o marítimo, principalmente pela sua capacidade de levar uma grande quantidade de carga entre um porto e outro, visando melhorar a circulação de mercadorias. Os transportes evoluíram principalmente durante a Revolução Industrial, a partir de 1760. Inicialmente, a maioria das invenções estava restrita à Inglaterra e com a 2ª Revolução Industrial (1850-1900), conquistou outros países da Europa, na América e na Ásia. Inclusive no transporte marítimo e terrestre, com a criação dos navios e da locomotiva. Com a 3ª Revolução Industrial que aconteceu a partir de 1900, o mundo participou dessa etapa evolutiva da história e muitos inventos foram aperfeiçoados. Com isso, começaram a surgir às ferrovias e as vias férreas em vários lugares no mundo. As ferrovias foram responsáveis pela ligação de vários países e possibilitaram a ligação de lugares remotos com os grandes centros da época. Além disso, o surgimento da aviação também reduziu a dependência do transporte marítimo.

Nos dias atuais, mares, lagos e rios são constantemente cortados por embarcações dos mais diferentes tipos, desde os imponentes navios até as humildes barcaças. Cada um desses veículos foi planejado e construído de forma a preencher certos requisitos que lhe deem o máximo de eficiência na tarefa que lhe cabe. Além dos transportes aquáticos, existem os terrestres e aéreos. A ferrovia é um sistema de transporte terrestre baseado em trens ou comboio correndo sobre carril ou trilhos previamente dispostos. O transporte ferroviário é predominante em regiões altamente industrializadas, como a Europa, o extremo leste da Ásia e ainda em locais altamente populosos como a Índia. As ferrovias são o meio de transporte terrestre com maior capacidade de transporte de carga e de passageiros. Em muitos países em desenvolvimento, da África e da América Latina, as ferrovias foram trocadas pelas rodovias como tipo de transporte predominante. Um dos meios de transportes mais importantes para a exportação de produtos são os aviões (transporte aéreo), pois é um meio rápido, prático e eficiente.  Algumas vezes é utilizado para transportar grande quantidade de produtos, mas isso também gera muito gastos e poluição.

A tecnologia tem transformado muito os nossos meios de transporte desde a antiguidade até aqui. O transporte é um meio muito utilizado e por isso também é muito procurado por todas as gerações. Ele também tem  trazido muitos benefícios pra o ser humano  trazendo mais  conforto e acessibilidade  para todos, os transportes tem evoluído muito e ainda vão evoluir cada vez mais, com o intuito sempre de poder oferecer o melhor para a sociedade.

Os avanços tecnológicos tem transformado a vida da sociedade ao longo dos anos. A tecnologia nos da flexibilidade, no meio de transporte, pois através dela ficou mais fácil, prático e seguro  se locomover, para longas distâncias.  O futuro assim como o presente, será ainda mais movido pela tecnologia, o que modificará ainda mais os nossos meios de transportes.

Os meios de transporte são o reflexo da sociedade. Conforme o homem evoluí, a maneira de transportar se transforma.

Responsável: Gabriel Carandina

Saúde e Qualidade de Vida do Motorista

Nos últimos anos, a qualidade de vida e as ações voltadas ao bem-estar do colaborador tem sido muito discutida e aplicada nas organizações.

Ela tem por objetivo a melhoria dos resultados, e também na qualidade de vida, assim criando interesse e autoconhecimento de cada colaborador. As ações e os programas de qualidade de vida têm apoiado algumas organizações a conquistarem novos espaços profissionais, e o aumento da sua competitividade no mercado em que estão inseridas.

A qualidade de vida tem sido uma das ferramentas mais utilizadas nas organizações, servindo para identificar o grau de satisfação dos colaboradores, principalmente dos motoristas, em seu ambiente de trabalho, tornando um indicador de experiências humanas.

O processo de trabalho do motorista pode levar a grandes prejuízos à saúde, proporcionando um estilo de vida pouco saudável, apresentando questões de natureza comportamental, tais como: dieta, sedentarismo, dependência química – tabaco, álcool e outras drogas.

Mesmo que a legislação vigente 13.103/15 normatizando uma jornada de trabalho e um controle de uso de bebidas alcóolicas e drogas através de exames toxicológicos e bafômetros, a   venda, o consumo de álcool e a comercialização de anfetaminas ainda é frequente e está relacionado a três fatores principais: econômico (dirigir por um período maior), pressão das empresas (cargas perecíveis) e a própria dependência química.

O uso desses medicamentos é o principal motivo dos graves acidentes nas estradas, pois está relacionado com o fato de dormirem ao volante, já que se sentem obrigados a cumprir com suas atividades no menor tempo possível e assim retornarem para sua vida pessoal.

Os motoristas devem ser orientados sobre os riscos causados por essas substâncias (álcool e drogas psicoativas “ribites”), e as empresas de transporte precisam desenvolver ações educativas para a melhoria dos hábitos desses colaboradores, orientando para práticas de cuidado a saúde proporcionando condições mais ampla de trabalho. Essas ações devem envolver todos os motoristas e as áreas de saúde, fonoaudiologia, psicologia, nutrição fisioterapia, medicina entre outros.

. Além disso, é necessário que haja fiscalização por partes de órgãos responsáveis em postos nas estradas, a fim de impedir a comercialização de substâncias.

Diante do apresentado sobre qualidade de vida dos motoristas, nota-se que as empresas de transportes precisam ter um olhar diferenciado diante dos seus colaboradores, para quebrar o paradigma de que os motoristas não recebem as orientações necessárias, bem como o cuidado com sua qualidade de vida.

Responsável: Amanda Juliani

Diferencial do Transporte Tecnológico

Inicialmente os meios de transporte eram limitadores do alcance das práticas comerciais, até mesmo na comercialização de produtos perecíveis. Com a evolução do capitalismo, com as técnicas reproduzidas os meios de transporte foram ganhando novas formas, funções e tecnologias mais avançadas. No século XX, por sua vez, surgia o desenvolvimento e aéreo, sobretudo com a Terceira Revolução Industrial. Através disso, cargas, produtos e pessoas puderam ser mais facilmente deslocados.

Um aspecto a ser considerado é a espécie de um mercado financeiro criado a partir da união de diversos mercados de diferentes países, que surgiu como consequência da tecnologia. Todavia, aliados à evolução de sistemas de comunicação, os transporte permitiram a ocorrência daquilo que se assinalou como ‘compressão de tempo e espaço', em que as distâncias do mundo “encurtaram”, ou seja, percorrem mais facilmente, reduzindo gastos principalmente, fator atrativamente importante já que presenciamos uma crise econômica no Brasil. Outrossim, o avanço comunicativo passou a ser um álibi do sistema de segurança não só pela linha de rádio, mas também pela possível disponibilidade de radares, câmeras de vídeo, senhas de estacionamentos e assim por diante. Além do mais, outro grande marco a ser pautado é o aplicativo GPS (Sistema de Posicionamento Global), que torna possível traçar uma rota exata, calculando uma estimativa de tempo que será gasto. Fatores essenciais para garantir uma viagem livre de problemas e imprevistos, mais uma vez a tecnologia facilitando nossas vidas.

Ainda vale ressaltar o uso do aplicativo Uber, que trouxe as pessoas um modo fácil e econômico de se locomover através de um simples toque. Daí a importância da digitalização que, até agora nos proporcionou inúmeros impactos logísticos, como: redução de estoques, serviços digitais, mídias sociais, restrições do uso de papel, agilidade de informações, integrações de sistemas diferenciados e etc. Ademais, toda essa tecnologia melhora a infraestrutura não apenas pela redução de custos para os usuários, mas também para o meio ambiente. Estima-se que uma estrada com pavimento de qualidade resulta na economia de 30% a 40% no gasto de óleo diesel, por exemplo. 

Sendo assim, podemos chamar tais aspectos de globalização, pois ela envolve uma dinâmica de transformação cada vez mais acelerada e produtora de uma independência. Isto se trata da modificação das práticas humanas a partir das técnicas transformadas, que atuam no processo de constituição das práticas sociais. Além disso, ser globalizado é estar presente em um mundo repletos de rápidas informações, ou seja, que gira em torno da necessidade tecnológica. Para comprar um produto a longa distância precisamos fazer o uso da internet primeiro, para que ele seja realizado, produzido e depois exportado, onde entra o transporte, exemplificando.

Diante do exposto, portanto, é culminante o uso tecnológico e essa era globalizada em nossa sociedade contemporânea. Sem todos esses avanços e saltos que pudemos perceber não seria possível o acesso a diversas “coisas” que se tornaram essenciais em nossas vidas ou até mesmo costumes. E nos meios de transporte, também, não seria diferente, uma extinção de tecnologia nos levaria novamente a era que hoje tratamos como “primitiva”. No entanto, se a tendência é beneficiadora e podemos alcançar isso, porque não digitalizar, globalizar e atualizar ainda mais seu mundo empresarial, com o intuito de ser o diferencial no mercado de trabalho, agora, tecnológico.

Responsável: André Juliani

Os Impactos da Mobilidade Urbana da Cidade de São Paulo Para a Distribuição de Cargas: O Olhar das Empresas de Transportes de Carga

Os Impactos da Mobilidade Urbana da Cidade de São Paulo Para a Distribuição de Cargas: O Olhar das Empresas de Transportes de Carga

A mobilidade urbana atualmente é considerada um desafio, principalmente pelo crescimento das frotas de transporte e da falta de planejamento urbano para suportar a crescente população em muitos municípios, principalmente em grandes centros como a cidade de São Paulo. Desta forma o estudo da mobilidade urbana é fundamental para o desenvolvimento e gerenciamento dos grandes centros, principalmente no tocante à distribuição de cargas devido a sua fundamental importância para a economia. Entretanto, as diversas dificuldades enfrentadas pelas empresas de transporte e distribuição de cargas, como restrições, falta de vagas e infraestrutura de carga e descarga e grandes congestionamentos, tem amentado os custos do transporte e agravado os impactos sobre a mobilidade urbana e a população na cidade de São Paulo. Assim esse estudo visou analisar a situação da distribuição de cargas e identificou as principais dificuldades enfrentadas pelas empresas de transporte na distribuição de materiais na região metropolitana de São Paulo e quais possíveis soluções para amenizar seus impactos tanto para as empresas quanto para a mobilidade urbana na cidade Para tal foi elaborada uma pesquisa on line com algumas empresas ligadas ao transporte e distribuição de materiais na região metropolitana de São Paulo. O questionário da pesquisa, aplicado de forma on-line, teve a participação de 28 empresas ligadas ao transporte de carga fracionada que atuam na região metropolitana e na cidade de São Paulo. O questionário na íntegra, aplicado na pesquisa on-line, encontra-se no final do artigo. O questionário contou com perguntas abertas e fechadas e assim apareceram os resultados:

Quando questionadas sobre quais as maiores dificuldades encontradas pela empresa quanto à distribuição de materiais e que, de forma direta, mais impactam em seus nos custos operacionais, aproximadamente 61% das empresas responderam que o recebimento precário, que resulta em filas ou tempo excessivo de descarga, como por exemplo, falta estrutura apropriada para descargas ou pessoal preparado, como fator de maior impacto sobre os custos operacionais. O segundo fator que mais dificulta a distribuição e que impacta diretamente nos custos, segundo a pesquisa, foi a ausência de vagas para estacionar, relatada por mais de 57% das empresas ouvidas. Os congestionamentos aparecem em terceiro lugar, de acordo com 53,5% das empresas entrevistadas; e as restrições à circulação de veículos com capacidade de carga maior no centro da cidade, como fator que impacta nos custos de 42,8% das empresas. Tais fatores impactam fortemente sobre os custos operacionais, pois acarretam em uma diminuição na produtividade dos veículos, ocasionado, em alguns casos, na necessidade de uma frota maior para compensar essa menor produtividade. O Gráfico 01 apresenta todos os fatores selecionados pelas empresas e suas respectivas porcentagem sobre o impacto que as dificuldades de distribuição têm sobre os custos operacionais das empresas.

A pesquisa também questionou as empresas quanto à cobrança de taxas adicionais que visam compensar as dificuldades nas entregas. Essas taxas referem-se, por exemplo, a cobrança de estiva (demora na carga ou descarga), restrição à circulação dos veículos, dificuldades de acesso à região e até mesmo, em alguns casos, por se tratar de regiões com risco de segurança, taxa devido ao risco de roubo. Apesar das empresas reconhecerem diversas dificuldades quanto à mobilidade urbana e a distribuição de cargas, um pouco mais da metade das empresas entrevistadas, 51,8%, não cobram taxas adicionais de entrega, ou seja, das 27 empresas que responderam a esta questão, 14 delas não cobram nenhuma taxa a mais para a distribuição em regiões com dificuldades de entrega ou acesso.

Outra questão que trouxe dados interessantes foi quanto ao controle e ao gerenciamento dos custos adicionais que as dificuldades encontradas na distribuição de cargas em grandes centros como a cidade de São Paulo têm para as empresas. Além de reconhecerem as dificuldades de entrega, das 28 empresas abordadas, 17 delas, cerca de 61%, tem o controle e realizam cálculos frequentes dos custos adicionais que as dificuldades de entrega têm sobre as operações das empresas. Mas, como visto na questão sobre cobrança das taxas adicionais, as empresas não cobram nada a mais por isso. Dentre as 28 empresas que responderam sim ao controle dos custos adicionais, 16 delas relataram, de forma aberta, a faixa de valor ou a porcentagem que tais custos têm em relação ao frete cobrado do cliente. Dos mais relevantes, 8 delas calculam que os custos em relação ao valor do frete cobrado ficam entre 3% e 20% e 3 delas acima dos 20%. O Gráfico 02 traz os principais valores obtidos na pesquisa. Em relação ao faturamento, a pesquisa questionou as empresas, também de forma aberta, sobre qual seria o percentual que os custos com dificuldades de distribuição em grandes centros têm sobre o faturamento da empresa, dentre as 28 empresas questionadas, 22 responderam. Dentre os valores mais indicados, 06 empresas disseram que tais dificuldades impactam em 10% sobre o faturamento da empresa e 05 disseram que impacta em 20%. O Gráfico 03 traz as demais resposta relacionadas ao impacto que as dificuldades de entrega têm sobre o faturamento das empresas.

Gráfico 01- As dificuldades para a distribuição que mais impactam sobre os custos.

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Levando em consideração que setores nos quais, assim como o de transporte de cargas, ter como foco a otimização de custos operacionais, torna-se um fator importante para a empresa obter vantagens competitivas frente aos concorrentes. Diante deste quadro e reconhecido que as dificuldades de distribuição em grandes centros impactam diretamente nos custos e no faturamento das empresas, quando perguntado a elas se tais dificuldades atingem diretamente a sua competitividade, das 27 empresas que responderam a esta questão, 70% delas responderam que sim.

Para saber quais foram as ações tomadas pelas empresas diante às dificuldades, a pesquisa questionou quais foram as medidas que as empresas encontraram para amenizar os impactos dessas dificuldades. Entre algumas ações, foram listadas a otimização de custos, roteirização e de carregamento máximo por veículo e a terceirização da frota, foram algumas ações listadas, além de aquisição de novos veículos que otimizassem as operações. O quadro com todas as ações tomadas pelas empresas entrevistadas consta no final deste artigo. Assim, visando saber como as dificuldades de mobilidade urbana e das entregas dentro de grandes centros como São Paulo impactaram também no que diz respeito à adequação das empresas frente às dificuldades como a restrição à circulação de veículos maiores no centro da cidade e as dificuldades no processo de carga e descarga, foi questionado se em algum momento a empresa necessitou de investimento em novos equipamentos. Em resposta, cerca de 81% das empresas entrevistadas disseram ter investido em novos tipos de veículos e equipamentos para adaptar-se às restrições e às dificuldades na distribuição, como mostra o Gráfico 04.


Gráfico 04 – Necessidade de investimento em novos tipos de veículos

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Buscando saber, na visão das empresas, quem seriam os maiores responsáveis pelas dificuldades de mobilidade urbana e na distribuição, foi pedido que indicassem, entre as opções dadas, quais seriam esses responsáveis e como eles afetam a dificuldade da mobilidade urbana na cidade de São Paulo dentro de uma escala de 0 a 10. Na grande maioria das respostas obtidas das 28 empresas entrevistadas, governos e órgãos de trânsitos são os maiores responsáveis e os que mais afetam a mobilidade dentro da cidade de São Paulo, ambos entre 8 e 9. O Gráfico 05 mostra as respostas obtidas com maior clareza.


Gráfico 05 – Principais responsáveis pelas dificuldades de mobilidade.

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Complementando a questão sobre os maiores responsáveis pelas dificuldades de mobilidade urbana e na distribuição de materiais na cidade de São Paulo, foi perguntado também o quanto os responsáveis elencados no gráfico acima afetam a mobilidade urbana e dificultam a distribuição na cidade. A Tabela 01 mostra, segundo a opnião das empresas entrevistadas, o quanto cada um dos responsáveis elencados aafetam a mobilidade urbana e dificultam a distribuição

Tabela 01 – Escala de responsabilidade

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Para finalizar, a pesquisa questionou cada responsável pela distribuição e logística das empresas quanto às possíveis propostas para a melhoria da mobilidade urbana e abastecimento dentro dos grandes centros e do processo de logística e distribuição de cargas fracionadas. Das 28 empresas entrevistadas, 21 respoderam a esta questão e entre algumas das possíveis propostas estão a definição de estacionamentos e vagas demarcadas para carga e descarga, revisão dos horários das retrições e quanto ao tamanho dos veículos autorizados a utilizar algumas vias e melhoria do transporte público, visando a diminuição dos veículos no trânsito. A descentralização dos grandes destinatários inseridos em áreas de restrição dentro dos grandes centros urbanos, além de adequação das empresas quanto a locais apropriados para carga e descarga e possíveis centros de distribuição, em parceiras com outras empresas para tranferência entre regiões, que ajudaria na pulverização das entregas, entre outras. O quadro com todas as propostas apresentadas pelas empresas entrevistadas consta no final deste artigo (Questão 9). 

Conclusão 

A importância de politicas de mobilidade urbana se torna cada vez mais imprescindível para evitar a saturação do transito nos grandes centros urbanos. A essa importância se faz necessário ações que contemplem todos os atores envolvidos no processo e que as decisões sejam tomadas, ouvindo-os e de forma que nenhum seja penalizado de alguma maneira. Neste estudo visou identificar, junto às empresas de transportes de cargas fracionadas quais os principias obstáculos que os empresários enfrentam, diariamente, na região metropolitana da cidade de São Paulo e quais as possíveis soluções, na visão das empresas, que poderiam amenizar os impactos sobre os custos das operações de distribuição de cargas, sem interferir nos processos dos demais atores envolvidos no processo de mobilidade urbana. Foi possível identificar que para a grande maioria das empresas ouvidas, 61%, sofrem com a precariedade de estruturas para carga e descarga. Sofrem também com falta de vagas para estacionar e fazer a coleta ou descarga de matérias e, ainda, pela forma com as que as politicas de restrições, quanto a tamanho de veículo e horário de circulação, não promoveram maior mobilidade e ainda sobrecarregou as áreas restritas com excesso de veículos de carga de pequeno porte. Fatores estes que impactam diretamente sobre os custos do transporte, penalizando o setor com a baixa rentabilidade do seu capital investido. Analisando essa situação podemos refletir que tais dificuldades possam ser oriundas da falta de participação de todos os envolvidos no processo de mobilidade urbana de um grande centro nos debates quanto às decisões acerca das mudanças ocorridas no durante o desenvolvimento e crescimento das grandes regiões metropolitanas como São Paulo. A falta de diálogo entre o comércio e as indústrias com as empresas de transportes, entre governo e entidades ligadas ao transporte e distribuição de cargas, ou seja, falta diálogo antes das decisões que buscam solucionar, ou pelo menos amenizar os problemas de mobilidade enfrentados na cidade de São Paulo. Também podemos citar a falta de colaboração dos governos, a falta de um planejamento estruturado e previamente elaborado para o desenvolvimento da mobilidade urbana na cidade de São Paulo.

O crescimento populacional foi desordenado, com poucos investimentos em infraestrutura, e o resultado é o surgimento de novas regras e restrições de circulação para veículos de carga, que influencia diretamente a economia do comércio e indústria, pois o aumento dos custos é praticamente inevitável. Ainda que as informações coletadas mostrem apenas uma parte da dinâmica do mercado da cidade de São Paulo, temos a expectativa de que o trabalho possa servir de base para outras pesquisas, projetos, artigos científicos e estudos, que venham orientar e buscar novas propostas e soluções para o segmento de transporte de cargas fracionadas no segmento de abastecimento porta a porta em grandes centros.

Apêndice
 Modelo do questionário utilizado na Pesquisa on line

1) Assinale quais são as maiores (ou as três maiores) dificuldades para a distribuição de materiais de seus clientes que impactam diretamente nos custos do transporte para a distribuição de seus materiais ou de seus clientes.
( ) Obrigatoriedade de descarga paga no destinatário
( ) Solicitação de agendamento prévio
( ) Recebimento por ordem de chegada independente da quantidade
( ) Recebimento precário que gera filas e tempo excessivo na descarga
( ) Exigência de separação de itens no recebimento
( ) Exigência de tripulação superior à do veículo
( ) Disposições contratuais que agravam o custo operacional
( ) Congestionamentos no trânsito
( ) Ausência de vagas para estacionar
( ) Restrição à circulação de veículos maiores no centro da cidade
( ) Restrição à circulação por placa de veículos em determinadas localidades
( ) Restrição à circulação de veículos em determinados horários
( ) Infraestrutura precária das vias, principalmente em dias chuvosos
( ) Equipe noturna devido às restrições

2) Sua empresa cobra valor adicional por essas dificuldades ?
( ) sim
( ) não

3) Você tem controle e faz cálculos dos custos adicionais devido a essas dificuldades ?
( ) sim
( ) não
Se sim, qual é o percentual adicional ou taxa adicional no valor do frete ? ____________

4) Qual a porcentagem que o custo com as dificuldades para a distribuição em grandes centros tem sobre o faturamento da empresa? __________%

5) Essas dificuldades atingem diretamente a competitividade de sua empresa?
( ) sim
( ) não

6) A sua empresa necessitou, em algum momento, de investimentos em novos tipos de veículo para se adaptar às restrições ou às dificuldades na distribuição?
( ) sim
( ) não

7) Quais ações foram tomadas para amenizar o impacto nas operações?
______________________________________________________________________ ____

8) Na sua opinião quem são os responsáveis por esse impacto? 

( ) Governos ( Municipal, Estadual ou Federal)
( ) Órgãos de Trânsito
( ) População
( ) As empresas
( ) O comércio
( ) Outros:___________________________________________________________

9) Quais são suas propostas para melhorias ?
______________________________________________________________________ _____

ÍNTEGRA DAS RESPOSTAS
 Íntegra da Resposta Questão 3 – Ações Para Amenizar o Impacto das Dificuldades.

Ações Para Amenizar o Impacto das Dificuldades Revisão dos custos

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Íntegra da Resposta Questão 9 – Propostas de Melhoria da Mobilidade Urbana.

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Responsável: Jonas J. Ferronato

Inovação: A Mudança do Pensar Dentro das Organizações

O Mundo em Processo de Inovação.

O mundo vive, atualmente, um processo de inovação sem precedentes. Este processo tem influenciado fortemente a maneira na qual nos relacionamos, comunicamos, consumimos, fazemos negócios e até mesmo nos locomovemos e transportamos. A tecnologia tem influenciado fortemente esse processo de inovação, na gestão de novos processos, projetos, bens e serviços.

Vivemos uma tempestade perfeita para a mudança. Assim, é preciso estar atento a elas e nos preparar para que não sejamos surpreendidos pela velocidade em que as mudanças vêm ocorrendo. Pensar de modo diferente se tornar crucial para a sobrevivência das nossas empresas dentro desse cenário tão dinâmico e de um mercado cada vez mais volátil, tecnológico e competitivo em que vivemos.

Assim, mudar a forma de agir e de pensar dentro das organizações torna-se vital. Resistir às mudanças é assumir o risco de estagnar-se em um mercado que não mais aceita que se continue a se fazer a mesma coisa esperando ter resultados diferentes. Como disse Jim Collins em seu livro “Como as gigantes caem”, “Algumas organizações deixaram de existir não porque fizeram a coisa errada, mas porque fizeram a coisa certa por um tempo longo demais.”.

A inovação vem como ferramenta para nos reinventarmos na busca de novas e melhores soluções, Ou seja, a inovação vem de forma disruptiva e é preciso fazer o novo, de forma mais eficiente, com menos custo e qualidade. Desta forma, é necessário que pensemos fora da caixa, ou agimos para provocar disrupção ou seremos afetados por ela. Então, é preciso encarar esse processo de inovação tecnológica de frente, para que nossas empresas possam evoluir e crescer de forma sustentável e atendendo nossos clientes de uma forma cada vez mais eficiente e inovadora.

Para tal, precisamos tomar em vista alguns pontos cruciais para essa evolução. A mudança tecnológica é um deles. Como vem crescendo de forma exponencial e aliada ao crescimento de aprimoramento da chamada inteligência artificial, por exemplo, tem mudado todo o cenário, de forma expressiva, ainda mais no mundo dos negócios. Assim, apropriamos de sistemas inteligentes que possam nos auxiliar no processo de tomada de decisão, principalmente no levantamento de dados relevantes e na análise de informações de mercado, ajudará a aprimorar nosso critério de decisão, com mais qualidade e adaptável a realidade de cada organização.

Em face a este pensamento, outro fator crucial é o desenvolvimento do capital humano, pois um processo de tomada de decisões requer pessoas preparadas, com talento e habilidades para, em parceria com os sistemas tecnológicos inteligentes, obter resultados mais eficazes nesse processo. Para isso é preciso que a capacitação desses profissionais siga na mesmo velocidade em que as mudanças estão ocorrendo. Desta forma, segundo especialistas da Universidade de Stanford, não podemos elevar o desenvolvimento em capital tecnológico sem que haja desenvolvimento do capital humano também, ambos precisam caminhar juntos, e os investimentos devem prever recursos para preparar as pessoas que irão escolher, implementar, operar e manter novos sistemas.

Além disso, é necessário investir em um time de pessoas qualificadas das mais diversas áreas e habilidades multidisciplinares, flexíveis, inteligentes e criativas, capazes de pensar de forma diferente diante das mudanças e que estão acontecendo e diante do inesperado.

É através da adoção de novas tecnologias, da gestão da informação mais eficaz e capital humano preparado, que será possível desenvolver um planejamento estratégico assertivo para atender nossos clientes de forma inovadora, diferente dos concorrentes, com qualidade e menor custo.

Como a única certeza que temos nesse momento é que as mudanças irão acontecer, é preciso estar preparado para ela, assim, não é preciso saber como será o futuro, mas sim nos preparamos para ele e acreditar que o pior é não inovar.

Responsável: Jonas J. Ferronato