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Fontes Renováveis no Futuro do Transporte Rodoviário de Cargas – TRC

O transporte de cargas (TRC) desempenha um papel fundamental da rede logística, que move as economias em todo o mundo. No entanto, com as crescentes preocupações sobre as mudanças climáticas e a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa estão pressionando o setor de TRC a buscar alternativas mais sustentáveis ao meio ambiente. Uma das soluções mais promissoras para o transporte é usar fontes renováveis de energia para impulsionar os caminhões nas estradas. São elas:
Biocombustíveis: Os biocombustíveis, como o biodiesel, têm ganhado popularidade. Eles podem ser produzidos a partir de fontes renováveis, como óleo de cozinha usado e culturas de biomassa, reduzindo em escala significativa as emissões de carbono em comparação com os combustíveis tradicionais.
Baterias Renováveis: O desenvolvimento de baterias avançadas em tecnologias de armazenamento tem sido um grande impulsionador no TRC. Os veículos elétricos e híbridos estão se tornando mais viáveis para o transporte de cargas, com baterias de longa duração e estações de recarga cada vez mais acessíveis.
Energia Solar: A energia solar tem se destacado como uma das fontes renováveis para os caminhões. Os painéis solares podem ser instalados nos telhados dos veículos, aproveitando a energia do sol para alimentar os sistemas internos. Isso não apenas reduz os custos operacionais, mas também ajuda a diminuir as emissões de carbono.
A adoção de fontes renováveis no TRC oferece diversos benefícios:

Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa

Redução de Custos Operacionais

Sustentabilidade
É possível detalhar cada benefício das fontes renováveis, porém a aquisição desses meios no transporte também enfrenta desafios, como custos iniciais mais altos para veículos elétricos e a necessidade de políticas de incentivo.

O futuro do TRC está se orientando cada vez mais para fontes de energia mais sustentáveis e renováveis. Com a tecnologia em constante evolução e o aumento do foco na sustentabilidade, podemos esperar ver uma transição significativa para veículos de transporte mais amigos do meio ambiente nos próximos anos.

Por: Gabriel Alves Pinto – COMJOVEM Santos

ESG – Environmental, Social and Governance

O presente artigo tem por finalidade tratar a respeito de ESG, posto isto o ESG se traduz como Environmental (Ambiental, E), Social (Social, S) e Governance (Governança)G, entretanto no Brasil também se é utilizado a sigla ASG, possuindo o mesmo significado.

Deste modo, passando a conceituar a sigla supracitada, podemos citar que Environmental ou Ambiental se refere as práticas da empresa ou entidade inerentes ao meio ambiente de um modo geral englobando Assuntos como o aquecimento global; emissão de gases poluentes, como o carbono e metano; poluição do ar e da água; desmatamento; gestão de resíduos; eficiência energética; biodiversidade; entre outros.

Diferentemente de Social, este está diretamente relacionado a responsabilidade social, como o próprio nome já sugere, deste modo se visualiza o impacto que as empresas trazem para sociedade, assim neste quesito se pode identificar assuntos que se deferentes a dignidade da pessoa humana, além da proteção de dados e privacidade; satisfação dos clientes; investimento social; e relacionamento com a comunidade local. E por última a Governance ou Governança está ligado às políticas, processos, estratégias e orientações de administração das empresas e entidades.

Não delimitando a tradução da sigla, insta salientar que o termo vem a ser muito mais. Do que todo o elencando até o momento, vez que a sigla em questão tem se tornado sinônimo de responsabilidade socioambiental, reputação e credibilidade para as empresas.

Deste modo a sigla as empresas que adotam o ESG trazem um bem-estar não só para os colaboradores ali inseridos, mas para toda a sociedade, sendo de suma importância a conscientização e a maior vinculação de informação, a fim de que o tema seja mais adotado e discutido e posteriormente mais adotado em outras empresas.

Posto a conceituação inframencionada acerca do tema em questão, cabe citar como surgiu a questão em tela, assim fora no de 2004 que a sigla passou a ser adotada em um relatório feito pelo Pacto Global, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) que possui como finalidade buscar que empresas, bem como outros tipos de organizações insiram nestas princípios inerentes aos direitos humanos englobando neste áreas ligadas ao meio ambiente, buscando-se assim um bem estar coletivo.

Por: COMJOVEM Santos

Metodologias Ágeis aplicadas no TRC

Antes de falarmos sobre metodologias ágeis e de definirmos como elas podem ser aplicadas no transporte de cargas, precisamos entender o motivo pelo qual foram criadas, quais são seus objetivos e como funcionam.

Metodologias ágeis são formas de desenvolvimento e implementação inteligente de projetos, focando em etapas de produção com entregas rápidas e objetivas, através de comunicação intensa, trabalho em equipe e colaboração entre os envolvidos, deixando pouco espaço e tolerância para erros, focando no cliente e no valor agregado que o projeto deve apresentar. Essas metodologias se baseiam em 4 sentenças (agilidade, entregas dinâmicas, participação do cliente e customização do produto) e 12 princípios (que resumidamente são: frequência, comunicação intensa, adequação a mudanças, união, motivação, funcionalidade, sustentabilidade, revisão, simplicidade, valor gerado, organização na execução, autoavaliação) que fazem parte do manifesto ágil.

Os principais métodos são; Scrun, Lean, Kanban e Smart dentre os quais entendemos que os que mais atendem o cenário do transporte rodoviário de cargas são os métodos Kanban e Smart conforme explicaremos a seguir.

Kanban é uma das metodologias ágeis mais simples de usar e se baseia em comunicação visual para acompanhamento do projeto, bem parecida visualmente com a metodologia de Design Thinking que trabalha muito mais na definição do problema e da solução.

O método Kanban faz a gestão das atividades que precisam ser realizadas, as que estão em andamento e as que já foram realizadas, avaliadas e aprovadas (To Do/Doing/Done). Com ótimos benefícios, esse método proporciona a visão do todo, com simplicidade no fluxo de trabalho, evitando desperdícios, qualidade de comunicação e definição de prioridades. Design Thinking e Kanban podem ser combinadas para maiores ganhos de eficiência. O método Smart segue 5 pilares: especificidade da meta, mensurável para provar sua eficiência, desafiadora, porém alcançável, relevante e com deadline definido para entrega (especifica, mensurável, atingível, relevante e temporal). Esses pilares formam uma boa alternativa para projetos realistas, com números, que trazendo ao cenário do transporte rodoviário de cargas podem ser usados como uma implementação de tecnologia e telemetria para gestão de produção e resultados.

Esperamos que o breve artigo tenha trazido um pouco do conceito de metodologias ágeis para o ambiente do TRC que possui incontáveis oportunidades de crescimento alinhado com inovação e gestão.

Por: COMJOVEM Santos

O Transporte em Regime de DTA no Porto de Santos

Amparada pela Instrução Normativa (IN) nº 248 de 25 de novembro de 2002 e depois alterada pela IN 1741 de 22 de setembro de 2017, a Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA) é o documento utilizado para a realização de um despacho em trânsito aduaneiro.  Esse regime especial é o que proporciona a possibilidade de transportar mercadorias sob o controle da aduana, dentro do território nacional, entre dois terminais alfandegados.

A carga é retirada do local chamado Zona Primária, que neste caso são os terminais portuários e é transferida para uma Zona Secundária, os chamados EADI ou Porto Seco, sendo esses terminais também alfandegários.

Art. 9º As empresas interessadas em transportar mercadorias sob o regime de trânsito aduaneiro deverão habilitar-se na unidade de fiscalização aduaneira mediante solicitação de cadastramento no sistema e apresentação do Termo de Responsabilidade para Trânsito Aduaneiro (TRTA).

Para que isso ocorra o transportador deverá indicar uma garantia.

Art. 22. Será exigida a prestação de garantia pelo transportador, a ser apresentada à mesma unidade da SRF em que foi formalizado o TRTA, para assegurar o cumprimento das obrigações fiscais suspensas.

  • § 2º A garantia poderá ser prestada sob a forma de depósito em dinheiro, fiança idônea ou seguro aduaneiro em favor da União, a critério do transportador.

Considera-se idônea a fiança prestada por:

I – Instituição financeira

II – Outra pessoa jurídica que possua patrimônio líquido de, no mínimo, cinco vezes o valor da garantia a ser prestada ou superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais);

III – Pessoa física, cuja diferença positiva entre seus bens e direitos e suas dívidas e ônus reais seja, no mínimo, cinco vezes o valor da garantia a ser prestada;

Essas garantias são exigidas pois caso aconteça algum perdimento da carga, seja por extravio ou sinistro, a Aduana terá uma garantia de que os impostos referentes a esta importação serão quitados.

Para que o carregamento desta carga ocorra, o despachante deverá nos apresentar o registro da declaração de trânsito aduaneiro no sistema caracterizando o início do despacho de trânsito aduaneiro, o extrato da declaração de trânsito, impresso por meio do Siscomex Trânsito, instruído com cópia legível da fatura comercial, a tela indicando o canal verde e o conhecimento de embarque (CE), com todas as informações referentes ao navio, a chegada da carga, terminal e a descrição da carga.

Será necessário a visualização de disponibilidade da carga no Siscomex, o preenchimento de todos os dados obrigatórios, a existência de saldo suficiente na conta corrente de garantia para acobertar o trânsito aduaneiro solicitado, a regularidade da habilitação do transportador e a existência de saldo suficiente na conta corrente de garantia para cobrir o trânsito aduaneiro solicitado.

Munidos de tal documentação, para que ocorra o carregamento do veículo o transportador informará o carregamento no sistema, assumindo a responsabilidade sobre a carga correspondente.

Após a informação no sistema, o Auditor fiscal irá fazer a lacração da mercadoria através de um lacre da Receita Federal do Brasil o qual deverá permanecer integro até o local de destino.

Logo após a lacração, o fiscal fará o desembaraço no sistema e emitirá um Certificado de Desembaraço onde irão constar o número da DTA, Recintos de Origem e Destino, tempo de trânsito permitido por uma rota previamente identificada, dados do veículo transportador e o número do lacre da RFB.

Art. 50. O responsável pelo recinto ou local alfandegado somente permitirá a saída da carga e do veículo após comprovar o desembaraço mediante consulta ao sistema.

Art. 51. A contagem do prazo, para fins de controle da conclusão do trânsito, inicia-se no momento do desembaraço.

Art. 52. Após o desembaraço será disponibilizada a função de impressão do Certificado de Desembaraço para Trânsito Aduaneiro (CDTA), conforme modelo definido no Anexo XI, que acompanhará o veículo até a unidade de destino.

Munidos de tal documentação o veículo estará autorizado a seguir viagem.

Na chegada do veículo no terminal de destino o depositário informará no sistema o ingresso do veículo transportando mercadoria em trânsito aduaneiro, imediatamente após sua chegada no recinto alfandegado.

No caso de unidade de carga submetida a trânsito aduaneiro, na chegada do veículo a unidade de carga poderá ser descarregada e movimentada para local pré-determinado no interior do recinto, onde permanecerá lacrada até a conclusão da operação pela fiscalização aduaneira.

 A unidade de destino verificará e informará no sistema a integridade dos dispositivos de segurança aplicados, e as condições físicas da unidade de carga e do veículo transportador.

Vantagens
– Para muitos importadores, esse tipo de transporte é usado para que a mercadoria fique mais perto do local de entrega e para alongar os custos com a nacionalização do produto.

– Permite remover os itens da Zona Primária (onde os custos são bem elevados) e levá-los para uma Zona Secundária (que possui os custos de armazenagem reduzidos);

– Suspensão de tributos;

– Segurança no manuseio e armazenagem da carga;

Desvantagens
– Pode aumentar o tempo de desembaraço em até 3 dias;

– Tempo de trânsito na remoção da carga da Zona Primaria para Secundaria.

Responsável: Thiago Veneziani

Transporte Rodoviário de Carga: Conheça os Gargalos Relacionados ao Custo

Falta de infraestrutura é a principal dificuldade do transporte de carga no Brasil. Apesar de o setor logístico ser um dos principais na economia brasileira, o investimento destinado a esse setor não é suficiente. Por isso, surgem os gargalos logísticos, que afetam o transporte rodoviário de carga de muitas maneiras diferentes. Esse setor é um dos mais prejudicados por esses gargalos.

Nesse artigo, trazemos os principais fatores que atrapalham o transporte rodoviário de carga, aumentando custos e prejudicando as empresas. Confira quais são eles e o que fazer para melhorar a logística de carga:

1 – O que são gargalos logísticos?

Dentro da logística, os gargalos são todos os obstáculos que influenciam o processo e acabam prejudicando os resultados de uma empresa. A maioria deles acaba atingindo diretamente o transporte rodoviário de carga e é sobre eles que falaremos aqui. Os gargalos logísticos geram consequências como aumento de custos, redução da produtividade e qualidade. Assim, os clientes ficam insatisfeitos, o que diminui sua fidelização e, consequentemente, o lucro da empresa, bem como deixa a marca com uma má reputação.

2 – Gargalos logísticos e seus efeitos para a economia:

Diante das dificuldades encontradas, muitas empresas deixam de produzir ou optam por atuar em outro lugar. As más condições das rodovias acabam afetando diretamente os custos relacionados ao transporte rodoviário de carga no Brasil, gerando custo de manutenção, conserto e troca. Isso é um grande desincentivo para empresas, bem como o alto valor de impostos e pedágios, leis inflexíveis e a falta de concorrência. Esse cenário acaba diminuindo a geração de riqueza, o número de empregos e a arrecadação de impostos. Por isso, a economia acaba sofrendo efeitos negativos.

3 – Gargalos logísticos no transporte rodoviário de carga:

Muitas áreas são afetadas pelos gargalos logísticos. Mas como o transporte rodoviário de carga é um dos principais modais utilizados no país, listamos aqueles que afetam esse meio de transporte. Sabendo quais são, é possível projetar melhorias, gerando uma logística mais fluida e vantajosa para a empresa e seus clientes.

a) Rodovias precárias prejudicam o transporte rodoviário de carga

A falta de estrutura nas rodovias é o principal gargalo logístico para o transporte rodoviário de carga. A má notícia é que mudar esse cenário não depende das empresas, mas sim dos investimentos federais na infraestrutura do país. Investimentos que poderiam, inclusive, incentivar o transporte ferroviário com a manutenção e criação de ferrovias. Esse é o principal modal em diversos países, pois representa baixo custo, entre outros benefícios.

Em seu portal, a Associação Brasileira de Logística (Abralog) divulgou uma matéria sobre a falta de investimentos na infraestrutura do Brasil. Um dos pontos fala ainda sobre a falta de manutenção, que torna o quadro ainda pior. Pois, além de o investimento em novas rodovias ser muito menor que o necessário, uma vez que o que foi investido se perde devido à falta de manutenção.

Já a falta de expansão das rodovias resulta em uma incompatibilidade entre o aumento da frota circulando nas estradas, que cada vez aumenta mais, e o número de rodovia disponíveis.

“Essas rodovias recebem menos recursos que o mínimo previsto para fazer a manutenção. Por isso, não conseguem ter melhora na sua qualidade” – diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista, para a Abralog.

b) Valor do pedágio

O valor do pedágio é um fator que encarece e muito o processo de transporte. E, com o aumento do pedágio, esse custo só tende a ficar maior para empresas. Esse pode ser um gargalo logístico decisivo, uma vez que pode comprometer os lucros da empresa. Uma transportadora que circula no Estado de São Paulo paga em média R$ 1,00/km em pedágio, o valor do pedágio tomou tamanha vultuosidade que é o mesmo custo que uma transportadora tem com combustível.

Por isso, é importante traçar um planejamento logístico eficiente, alinhando o transporte e carga à armazenagem e à produção. É necessário diminuir ao máximo os custos de transporte, mas sem afetar a entrega para os clientes, pois isso pode fazer com que eles busquem a concorrência.

c) Distância a ser percorrida

Mais um gargalo logístico referente às características do Brasil: a longa distância que os caminhões precisam percorrer devido às dimensões do país. Isso significa mais tempo de viagem, mais gastos com combustível e maior dano aos veículos. Nesse ponto, é importante evitar o transporte ocioso — quando o transporte volta descarregado após entregar a mercadoria. Isso significa prejuízo para empresa, já que estão sendo gastos recursos sem obter retorno. A maneira de contornar essa situação é com uma logística carga bem planejada e o transporte de carga terceirizado.

d) Restrição de circulação

As longas distâncias que precisam ser percorridas se tornam ainda maiores com a restrição de circulação de caminhões e carretas em grandes centros urbanos. Ou mesmo pode ser necessário um tempo maior de viagem, ou um remanejamento de horários para que o veículo respeite o horário da restrição, caso haja.

e) Idade do transporte rodoviário de carga

Muitas empresas, acabam deixando sua frota própria envelhecer. Pensando em não investir um valor alto na compra de novos caminhões, as empresas acabam gerando mais custos devido ao número maior de manutenção, reparos, problemas mecânicos e combustível, conforme mais velho o veículo fica. No entanto, de um modo geral, a frota de transporte rodoviário de carga que circula pelo Brasil tem uma idade média de 20 anos. Por isso, quando buscar por uma empresa de transportes para realizar o serviço, certifique sobre a idade da frota.

f) Falta de segurança para o transporte rodoviário de carga

Além da infraestrutura deixar a desejar, há também o problema da falta de segurança nas estradas. O motorista, a carga e o veículo correm perigo durante as viagens. A maneira de se prevenir contra prejuízos e garantir a segurança do motorista é investindo na tecnologia de rastreio. Mas, claro, garantir a segurança de caminhões e carretas vai além de rastrear o veículo. Não é apenas a ação de criminosos que põe a viagem em risco. Motoristas sem treinamento, falta de manutenção e falha no planejamento de rotas são alguns dos aspectos que também põe em risco a viagem da carga.

g) O excesso de normas, leis e regras que permeiam o universo do transporte de cargas, faz com que transportadoras sérias e honradas nos seus cumprimentos com a lei despendam muito tempo e dinheiro para atender, em contrapartida o Governo e Agências criadoras desse emaranhado de regras não disponibilizam fiscalização ostensiva para o devido cumprimento, gerando transportadoras a margem da lei que prejudicam o País e ainda ganham a concorrência.

Responsável: José Carlos Ornellas Priante