Evolução da pandemia foi determinante para desempenho da atividade econômica
Em 2020, para acompanhar o desempenho da economia é preciso verificar o comportamento dos indicadores de saúde. A pandemia ditou os rumos da atividade econômica e fez com que a trajetória do Produto Interno Bruto (PIB) se assemelhasse a uma verdadeira montanha-russa.
O primeiro trimestre teve queda moderada, ainda sob o efeito da chegada do vírus ao país em março. Mas, à medida que os casos se multiplicavam e que a curva de mortes se acentuava, a economia perdia fôlego, até resultar numa queda entre abril e junho de 9,6%.
O resultado do terceiro trimestre foi influenciado pela injeção de R$ 50 bilhões por mês em recursos para o auxílio emergencial, criado para ajudar os informais a atravessarem a crise. Além disso, a redução do número de casos permitiu que parte das atividades fosse retomada, o que produziu algum alívio na economia. A incerteza é se ele será temporário ou não.
Há dúvidas sobre a capacidade de retomada no quarto trimestre. No período de outubro a dezembro, o país já começa a registrar nova escalada na média de mortes e especialistas temem uma segunda onda ou um repique da primeira. Além disso, o auxílio foi cortado pela metade. Fica a dúvida se a economia terá fôlego para crescer.