O DECOPE – Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas da NTC&Logística é responsável por estudos técnicos, voltados à apuração de custos de transporte rodoviário de cargas e logística, estatística do setor, estudos macroeconômicos e formação de índices de custos referenciais que medem a inflação do setor, dentre eles os dois com mais destaque são o INCTF – Índice Nacional de Custos de Transporte de Carga Fracionada e o Índice Nacional de Custos de Transporte de Carga Lotação, o INCTL.
O INCTF e INCTL têm como objetivo principal medir a evolução dos custos operacionais de transporte rodoviário de cargas e são índices do setor de transporte com grande repercussão e credibilidade, publicado no site da NTC e por todas as entidades que representam o transporte (Sindicatos e Federações), bem como em outros meios de comunicação. Eles servem ainda como instrumento de atualização de contratos públicos e privados no mercado de frete.
INFORME: Com a decisão do Governo Federal de encerrar o programa de desoneração da folha de pagamento, que permitia a substituição da contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de salários, por alíquota sobre a receita bruta da empresa, desse modo o INCT já contempla a primeira etapa do processo de reoneração da folha de pagamento.
INCT-F DECOPE/NTC DE ABRIL/24 A ABRIL/25
A NTC&LOGÍSTICA comunica aos associados que a variação média do (INCTF[1] DECOPE/NTC) foi de (0,19%) no mês de abril e acumula nos últimos doze meses 6,19% (seis virgula dezenove por cento), entre maio de 2024 e abril de 2025 (abril de 2025*/- sobre abril de 2024 ou ainda, nos últimos doze meses).

O INCTF mede a evolução de todos os custos da carga fracionada, incluindo transferência, coleta e distribuição, custos administração e de terminais. Nesses custos não estão contemplados impostos, pedágios e margem de lucro.
INCTL – DECOPE/NTC DE ABRIL/24 A ABRIL/25
O INCTL[2] reflete a variação dos custos do transporte RODOVIáRIO de cargas fechadas ou lotações, ou seja, ele mede a evolução de todos os custos da carga completa, incluindo a transferência, a administração (custos indiretos), gerenciamento de riscos e custo valor. Ele, assim como o INCTF, também não contempla impostos e margem de lucro na sua apuração.
A sua variação média foi de 5,47% (cinco vírgula quarenta e sete por cento) de maio de 2024 a abril de 2025 (abril de 2025 sobre abril de 2024, ou ainda nos últimos doze meses) e no mês variando (0,70%).

COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS
O preço por litro do óleo diesel S-10, teve uma retração de (2,19%) no mês de abril/25, quando comparado com o mês anterior, sendo comercializado a R$ 6,260 p/litro. No período de 12 meses (abr-25 contra abr-24), a variação acumulada é de 5,03%, resultado, principalmente ditado pela nova regra POLíTICA da Petrobrás.
O aditivo Arla 32, utilizado para reduzir as emissões de poluentes não registrou variação no mês. Desde março/12 até hoje, o aditivo já acumulou queda de (22,37%).
O óleo diesel comum, ainda consumido pela frota brasileira, teve variação acumulada em 5,09% nos 12 meses. No mês de abril, o óleo foi comercializado a R$ 6,19 p/litro, contra R$ 5,890 p/litro no mesmo período do ano anterior, já o período mensal registrou variação de (2,37%).
COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DOS DEMAIS INSUMOS NA FRACIONADA
No mês, o veículo de transferência registrou um acréscimo de 0,50% e o veículo de distribuição urbana uma variação de 3,57%, já os implementos de transferência variação de 3,99% e de distribuição registrou variação de 3,89%.
Considerando o período de 12 meses, os insumos que contribuíram para a variação do INCTF na operação de transferência foram: veículo (4,93%), carroceria baú 3,99%, pneu – 275/80 R 22,5 com variação de 2,73%, recapagem (7,54%), lavagem com 10,07%, salário do motorista 6,00% e seguro do casco (4,40%).
Na operação de coleta e distribuição, os insumos que tiveram variação foram: veículo com variação de 5,37%, carroceria ¾ baú de alumínio com variação de 3,89%, pneu 215/75 – R 17,5 com (3,52%), recapagem com (9,53%), lavagem com 10,07%, seguros do casco e contra terceiros com 5,26%, salário de motorista 6,00% e salário de ajudante 6,00%.
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
As despesas administrativas de uma forma geral registraram em abril variação 0,04% de 2025, quando comparada com as despesas do mês anterior. Já as despesas administrativas, exceto os salários, variaram 0,11%.
Nos 12 meses, as despesas administrativas vêm registrando alta de 7,67%, agravado principalmente, pelo reajuste do IPTU para 2025. A evolução acumulada das despesas administrativas, exceto salários, foi de 3,97%.
COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DOS PRINCIPAIS INSUMOS NA LOTAÇÃO
Considerando a variação mensal, as despesas administrativas registraram variação de 0,19%, despesas administrativas (exceto salários) 0,28%, cavalo mecânico (1,16%), pneus (0,52%), semirreboque 4,22%, recapagem (3,89%), lavagem 3,40%, seguros (0,51%).
ANÁLISE DE 12 MESES
Nos 12 meses (abr/25 contra abr/24), o cavalo mecânico teve variação de 4,83%, semirreboque 4,22%, seguros 4,74%, DAT – 5,27%, recapagem com 0,17%, lavagem 10,07%, rodoar 0,0% e 5,20% pneus – 295/80 R22.
INCT-FR, INCT-FOU INCVT e INCT-FRIG
A evolução completa do INCTF, do INCTL e dos demais índices (INCTFR, INCTFOU, INCVT – Índice Nacional do Custo Variável do Transporte e INCTFRIG Índice Nacional do Custo do Transporte Frigorífico), assim como dos insumos do transporte encontra-se à disposição dos filiados da NTC&LOGÍSTICA na área restrita aos associados do site www.portalntc.org.br. Para acessar esta área, clique no canal Técnico e Econômico. Em seguida, clique “Downloads”.
O Departamento Técnico e Econômico da NTC&LOGÍSTICA (DECOPE) coloca-se à disposição das empresas e entidades associadas para prestar qualquer informação complementar pelo telefone (0xx11) 2632-1526/1536 ou pelo e-mail economia@ntc.org.br.
São Paulo, 30 de abril de 2025.
DECOPE/NTC&LOGÍSTICA
[1] É livre a reprodução total ou parcial desta nota em qualquer meio de comunicação, desde que não sejam omitidos ou alterados aspectos essenciais à compreensão da mesma e desde que seja citada a fonte como segue: DECOPE/NTC&LOGÍSTICA – Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas/Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística.
[2] Este custo inclui custo peso, GRIS, custo valor para mercadorias de baixo valor (R$ 6.180,26 TON.) e PIS/COFINS. Não inclui taxa de lucro e pedágios. Franquia de 6 horas para carga e descarga. Acima disso, o custo adicional é de R$ 237,37 p/hora útil parada, ou R$ 9,49 por tonelada por hora útil.