Em reunião realizada no último dia 20/04/2023, em Nova Iorque, na sede da ONU – Organização das Nações Unidas, a Câmara Internacional da Indústria de Transportes – CIT, com a presença de 19 países membros, foi aprovada moção de apoio à aprovação e conversão em lei pelo Congresso Nacional do Brasil de norma estabelecendo a contratação de seguro para cobertura da responsabilidade por danos à carga, durante a operação de transporte, com exclusividade ao transportador.
Parceria oferece soluções práticas e acessíveis para a implementação de práticas ESG, e inventário de emissões em conformidade com a Lei nº 14.948/2024
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) firmou uma parceria estratégica com a Domani Global, empresa especializada em soluções ESG e gestão de emissões, com o objetivo de apoiar as transportadoras brasileiras na adequação às novas exigências ambientais previstas na Lei nº 14.948/2024.
A legislação criou o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), que obriga empresas que emitem acima de 10 mil toneladas de CO₂ equivalente (CO₂e) por ano a reportarem suas emissões de gases de efeito estufa. Já as que ultrapassam 25 mil toneladas anuais devem apresentar também um plano de mitigação e compensação, alinhado aos compromissos climáticos nacionais.
Segundo levantamento da PwC Brasil (2024), 62% das grandes empresas brasileiras já adotam práticas ESG estruturadas, e o movimento se estende agora para empresas de médio e pequeno porte, impulsionado por exigências legais, pressão de mercado e compromissos com cadeias de suprimento mais sustentáveis.
Neste contexto, a parceria entre NTC&Logística e Domani Global visa facilitar o acesso das empresas do setor de transporte a soluções completas, acessíveis e adaptadas ao seu porte e nível de maturidade em sustentabilidade.
Serviços disponíveis para empresas associadas à NTC&Logística
Inventário de Emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa) Realizado nos escopos 1, 2 e 3, de acordo com normas internacionais e exigências da legislação brasileira.
Plataforma Domani SaaS – Sustainability as a Service Plataforma digital e intuitiva para gestão ESG, monitoramento mensal e geração automática de relatórios.
Diagnóstico ESG personalizado Avaliação estratégica para identificação de pontos críticos, oportunidades de melhoria e adequação às exigências regulatórias.
Plano de Descarbonização Desenvolvimento de estratégias para redução e compensação de emissões, com metas realistas e acompanhamento técnico.
Treinamentos e Capacitações Cursos voltados a equipes técnicas e comerciais, com certificação, para aplicação de boas práticas de sustentabilidade no transporte.
Certificação e Selo Carbono Neutro Empresas que realizarem compensações por meio da Domani poderão receber o Selo, conferindo visibilidade e posicionamento no mercado.
Atendimento personalizado com especialistas no setor Equipe técnica com conhecimento específico do Transporte Rodoviário de Cargas, facilitando a implementação das soluções.
Além disso, a estrutura dos pacotes foi elaborada para atender a empresas de todos os tamanhos – de micro e pequenas transportadoras até grandes operadores logísticos –, com valores reduzidos e condições especiais para associadas da NTC&Logística, utilizando o código de desconto NTC15.
Serviço
Domani Global – Sustentabilidade para o Transporte de Cargas
E-mail: contato@domani.global
Telefone/WhatsApp: +55 11 99559-8402
Site:www.domani.global
Redes sociais: LinkedIn, Instagram e outras plataformas oficiaisCódigo de desconto para associados da NTC&Logística: NTC15
A CVT (Comissão de Viação e Transportes) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 2.831/2025, de autoria do deputado Jilmar Tatto (PT/SP). A proposta altera a Lei nº 8.029/1990 para incluir um representante do setor de transporte no CDNS (Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae).
A medida busca corrigir uma lacuna de representatividade, já que o setor é um dos grandes contribuintes do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), mas ainda não tem assento no Conselho. Com a aprovação na CVT, a matéria segue agora para a análise da CICS (Comissão de Indústria, Comércio e Serviços) e, posteriormente, será deliberada pela CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania). O Projeto tem caráter conclusivo nas Comissões, o que significa que, se for aprovado nas duas próximas etapas, poderá seguir diretamente para a apreciação do Senado Federal.
Atualmente, o setor de transporte não está representado no CDNS, diferentemente de áreas como a indústria (CNI), o comércio (CNC) e a agricultura (CNA). A aprovação do Projeto permitirá que a CNT indique um representante para ocupar uma cadeira no Conselho Nacional, o que, por consequência, possibilitará a participação também nos conselhos regionais e estaduais do Sebrae.
O relator da matéria na Comissão, deputado Guilherme Uchoa (PSB-PE), votou pela aprovação do Projeto. Em seu parecer, Uchoa destacou que “o transporte é um elo essencial para as atividades produtivas, o escoamento da produção e a viabilização do comércio e dos serviços”.
O relator ressaltou ainda a expressiva participação de micro e pequenas empresas no setor, especialmente com o crescimento do comércio eletrônico, o que reforça a necessidade de inclusão. O parecer considera a medida um avanço para o fortalecimento do Sebrae e a valorização das empresas de transporte, corrigindo uma lacuna histórica.
Articulação e tramitação
A aprovação foi resultado de um trabalho de articulação da CNT, que participou da formulação do texto e da sugestão da proposta ao autor da matéria. Também houve mobilização para a designação da relatoria e a construção do parecer favorável, além de esforços para pautar e votar a matéria na Comissão. O tema está entre as principais pautas institucionais da CNT e conta com um trabalho conjunto do presidente da Confederação, Vander Costa, e das federações representantes do setor transportador nos estados.
Com 55 votos favoráveis, Severino Medeiros Ramos Neto assume direção da Agência Nacional de Transportes Terrestres; indicação foi celebrada pela bancada paraibana
O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (12), a indicação de Severino Medeiros Ramos Neto, feita pela Presidência da República (MSF 78/2025), para o cargo de diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O nome de Severino Neto recebeu 55 votos favoráveis e apenas um contrário. Ele ocupará a vaga aberta, após a posse de Guilherme Theo Rodrigues da Rocha Sampaio, no mesmo cargo.
Graduado em ciências jurídicas, com mestrado em direito ambiental e atualmente doutorando em direito, Severino Neto possui ampla experiência em direito público. Foi conselheiro seccional da OAB da Paraíba nos triênios de 2019 a 2021 e de 2022 a 2024, além de membro consultor da Comissão Especial de Acompanhamento Legislativo do Conselho Federal da OAB no mesmo período.
Durante a votação, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) pediu apoio ao conterrâneo paraibano e destacou o orgulho da bancada do estado pela indicação:
— Nos sentimos felizes e honrados de poder participar da indicação e votar favoravelmente, não apenas por ser um conterrâneo do Cariri paraibano, mas principalmente pelos seus valores pessoais, reconhecidos pelo relator na Comissão de Infraestrutura, senador Jayme Campos. Pedimos aos colegas a mesma compreensão e o voto favorável para que o competente cidadão, que já demonstrou excelência como advogado, possa contribuir também à frente da ANTT — afirmou o parlamentar.
O apelo foi reforçado pelo senador Efraim Filho (União-PB):
— Como paraibano, me somo ao apoio da bancada do União Brasil e solicito a todo o Plenário o voto sim para aquele que, entre tantas qualidades, destaca-se também por ser paraibano, doutor Severino Medeiros Ramos Neto.
Sobre a ANTT
Criada pela Lei 10.233, de 2001, a ANTT é uma autarquia sob regime especial, com sede e foro no Distrito Federal, e atuação nacional por meio de unidades regionais e postos de fiscalização.
A Agência tem como finalidade regular, supervisionar e fiscalizar os serviços e a exploração da infraestrutura de transportes terrestres realizados por terceiros, buscando garantir a movimentação de pessoas e bens, harmonizar os interesses dos usuários e das empresas concessionárias, permissionárias, autorizadas e arrendatárias, além de preservar o interesse público, arbitrar conflitos de interesses e coibir práticas anticompetitivas.
Entre as atribuições da ANTT, estão a regulação do transporte ferroviário de passageiros e cargas; a exploração da infraestrutura ferroviária e o arrendamento de ativos operacionais; o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; o transporte rodoviário de cargas; a gestão da infraestrutura rodoviária federal; o transporte multimodal e o transporte de cargas especiais e perigosas em rodovias e ferrovias.
A construção do Túnel Imerso Santos–Guarujá, no litoral de São Paulo, foi confirmada após o fim do prazo de recursos contra o resultado do leilão de concessão. A empresa portuguesa Mota-Engil será responsável pela construção, operação e manutenção do empreendimento por 30 anos, dentro de uma parceria público-privada (PPP).
O investimento total será de R$ 6,8 bilhões, e a assinatura do contrato está prevista para dezembro, quando também devem começar as obras. O túnel será a primeira travessia submersa do Brasil, ligando Santos e Guarujá por uma via seca de 1,5 km de extensão, com 870 metros sob o canal do Porto de Santos.
O trajeto, que atualmente pode levar até uma hora utilizando balsas, passará a ser feito em apenas dois minutos. A expectativa é que o projeto traga ganhos significativos para a mobilidade urbana, reduzindo filas e melhorando o fluxo de veículos, pedestres e transporte público.
Impactos e monitoramento da obra
A iniciativa é uma parceria entre o governo federal, o governo de São Paulo e a Autoridade Portuária de Santos (APS). Segundo a APS, o túnel é considerado uma das obras mais estratégicas do estado, com potencial de modernizar a região e aumentar a eficiência do Porto, um dos mais movimentados da América Latina.
A construção será acompanhada por um comitê regional de monitoramento de impactos ambientais, com o objetivo de minimizar interferências nas operações portuárias e garantir sustentabilidade durante as obras. Além de impulsionar a logística e o turismo, o túnel deve gerar milhares de empregos diretos e indiretos. O Túnel Santos–Guarujá tem conclusão prevista para 2030.
Implementos pesados sobem 7,4% em outubro, mas o acumulado de 2025 ainda registra queda; leves seguem em alta
O mercado brasileiro de implementos rodoviários registrou desempenho misto em outubro de 2025, com sinais de recuperação pontual para alguns segmentos. No mês passado, o setor de implementos pesados – formado por reboques e semirreboques – apresentou crescimento de 7,4% em relação à média anual, com 6.460 unidades emplacadas, superando a média de 6.012 unidades registrada ao longo do ano. Apesar dessa alta mensal, o acumulado de 2025 ainda mostra retração de 19,96%. Os dados são da Associação Nacional de Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR).
O segmento de carrocerias sobre chassis, classificado como leve, registrou nova alta nos emplacamentos. Em outubro, foram vendidos 7.520 produtos, volume 15,3% acima da média anual de 6.521 unidades.
Quando se considera o mercado de implementos como um todo, a soma dos segmentos indica uma retração de 6,02% de janeiro a outubro de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Nesse ínterim, a indústria vendeu 125.341 implementos, ante 133.376 unidades em 2024.
Caminhões e implementos em queda em 2025
As vendas de caminhões também apresentaram queda em outubro. Conforme dados da Fenabrave, o volume vendido de janeiro a outubro de 2025 foi de 92.317 unidades. No mesmo período de 2024, o total foi de 100.390 produtos, o que representa recuo de 8,04%.
De acordo com José Carlos Sprícigo, presidente da ANFIR, a queda das vendas nos setores de caminhões e implementos desacelera o desenvolvimento do país. “Os dois setores de mercado são motores importantes do desenvolvimento econômico brasileiro e refletem diretamente o andamento dos negócios no Brasil.”
Além disso, Sprícigo defendeu mudanças na política econômica para a recuperação sustentável do setor: “Faz-se necessário o controle de gastos para que, com superávit, o Banco Central possa aliviar esta taxa Selic, que influencia negativamente os negócios, principalmente os de bens de capital”, afirmou.
Com a conclusão das obras no trecho entre São Paulo e Arujá, a Rodovia Presidente Dutra (BR-116) passa por sua maior transformação desde a inauguração, em 1951. A CCR RioSP, concessionária responsável pela via, investiu R$ 1,4 bilhão na modernização do corredor que conecta a capital paulista ao Aeroporto Internacional de Guarulhos e ao Rio de Janeiro.
Entre as novidades estão 21 pórticos de pedágio com tecnologia de passagem livre (free flow), cinco novos viadutos e ampliação das pistas expressas e marginais. A intervenção tem como objetivo melhorar o fluxo dos cerca de 350 mil veículos diários que utilizam o trecho, especialmente nas ligações com a Marginal Tietê, Rodovia Fernão Dias e Rodovia Hélio Smidt, principal acesso ao aeroporto.
Viadutos imponentes e trânsito mais fluido
As mudanças são perceptíveis para quem trafega pela região. A nova alça de acesso à Rodovia Hélio Smidt impressiona: a estrutura atinge 20,65 metros de altura e forma uma curva suspensa que conecta subida e descida. A via expressa também ganhou uma terceira faixa por sentido, enquanto a velocidade máxima no trecho foi reduzida de 110 km/h para 50 km/h em pontos de maior complexidade.
Segundo Denysson Canesso, gerente executivo de Engenharia da CCR RioSP, o principal desafio foi desafogar um trecho historicamente congestionado.
“Aquela região sempre foi muito complexa, com tráfego que cresce a cada ano. Era necessário dar fluidez a uma área já saturada”, explica.
A concessionária estima que o novo traçado possa economizar até uma hora de viagem no trajeto de ida e volta até o aeroporto.
Pedágios de passagem livre e cobrança variável
Os 21 pórticos eletrônicos estão posicionados em todas as entradas e saídas entre a via expressa e as marginais, até o pedágio de Arujá. O novo sistema free flow permitirá que os veículos passem sem precisar parar – a cobrança será feita automaticamente, por leitura de placa ou tag.
Por enquanto, o sistema está instalado, mas a cobrança ainda não começou. A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) informou que os valores e a data de início só serão definidos após deliberação da diretoria colegiada. A expectativa é que a tarifa seja dinâmica, com preço mais alto em horários de pico.
Motoristas que utilizarem somente a via expressa pagarão o pedágio físico de R$ 4,50, enquanto quem circular apenas pelas marginais não será tarifado.
Reações e polêmicas
Apesar dos avanços, o novo sistema gera discussões judiciais. A Prefeitura de Guarulhos entrou com ação contra a União pedindo a suspensão da cobrança no trecho urbano da cidade, alegando que o pedágio afetaria moradores que precisam circular entre bairros.
Em outra decisão recente, a 6ª Vara Federal de Guarulhos atendeu a um pedido do Ministério Público Federal e suspendeu a aplicação de multas a motoristas que deixarem de pagar as tarifas até que a situação seja regulamentada.
Mesmo com as controvérsias, representantes do setor de transporte veem avanços. Marinaldo dos Reis, diretor do SETCESP, avalia que as melhorias eram necessárias e trarão impacto positivo para o tráfego de cargas.
“Haverá melhora significativa, especialmente na chegada à Marginal Tietê. Quando o Rodoanel Norte estiver concluído, a fluidez deve ser ainda maior”, afirma.
O que vem pela frente
Além das obras na Grande São Paulo, a CCR RioSP também conduz melhorias em outros dois trechos da Dutra: entre Jacareí e São José dos Campos (SP), com ampliação de faixas até 2025, e na Serra das Araras (RJ), onde estão sendo construídas novas pistas de subida e descida em um trecho de 8 km.
A expectativa é que as intervenções consolidem a nova fase da BR-116, uma das rodovias mais movimentadas do país – agora com infraestrutura moderna, iluminação em LED e tecnologia de cobrança automatizada, que promete mudar o padrão de mobilidade entre São Paulo e o Rio de Janeiro.
E mais uma vez, a Comjovem-ES entrou em ação! Nesta quinta-feira, 6 de novembro, o vice-coordenador da comissão capixaba, Filipe Cortês, da PHT Transportes, e Leonardo Souza dos Santos, da Expresso Sul Capixaba, fizeram chegar ao projeto Mão Estendida doações de materiais recicláveis para serem utilizados na montagem de cestas de legumes, verduras e frutas que serão doadas a pessoas de vulnerabilidade social. A ação integrou o calendário anual de entregas da Comjovem-ES e estava inserida na meta de ESG.
Mão Estendida é uma expressão que se refere a diversas iniciativas sociais voluntárias que ajudam famílias carentes. As ações incluem arrecadação e doação de alimentos, roupas, móveis e outros itens, além de serviços de apoio, como atendimento psicológico, jurídico e saúde.
O projeto é desenvolvido em vários estados do Brasil, além do distrito federal. No Espírito Santo, ele acontece na Serra. Dentre outras ações, o Mão Estendida capixaba distribui semanalmente cestas verdes, com frutas, verduras e legumes, além de ajuda psicológica, atendimentos nutricionais, doação de roupas e oficinas de artes e formação profissional, aulas de informática e suporte jurídico.
“A doação, mesmo que pequena nesse primeiro momento, se somará a outros recursos para proporcionar alimentos saudáveis a cerca de 180 famílias”, destacou o coordenador, Alexandre Denzin, completando em seguida. “Com a ação, encerramos o ciclo anual da Comjovem-ES, mais uma vez com o comprometimento e engajamento de todos, cumprimos todas as metas, com o propósito de integrar, capacitar e trocar experiências entre os empresários e despertar lideranças no TRC”.
Levantamento conduzido pelo DECOPE busca retratar a realidade da remuneração dos profissionais do Transporte Rodoviário de Cargas em todo o país
A NTC&Logística, por meio do Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas (DECOPE), iniciou uma nova pesquisa, com foco na realidade salarial dos motoristas de caminhão que atuam no Transporte Rodoviário de Cargas.
O levantamento tem como objetivo reunir informações atualizadas sobre os salários praticados em diferentes regiões e segmentos do setor, contribuindo para a elaboração de estudos técnicos e análises que orientem a atuação da Associação junto às empresas, entidades e autoridades públicas.
Segundo o DECOPE, a participação das empresas é essencial para garantir a representatividade dos dados e aprimorar o entendimento sobre a estrutura de custos e remuneração no transporte de cargas.
As informações enviadas serão tratadas de forma confidencial, e os resultados consolidados serão divulgados posteriormente pela NTC&Logística em seus canais oficiais.
As empresas interessadas em participar podem responder à pesquisa por meio do formulário disponível neste link:https://forms.gle/DAg5pT52mhQqiPRM6
Página oferecerá informações oficiais sobre a implementação da reforma tributária e o avanço do novo sistema de tributação sobre o consumo
O Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (CGIBS) deu, nesta quarta-feira (12), um passo importante na construção de sua identidade institucional ao lançar o site oficial. A página entra no ar em versão inicial, mas com uma missão: oferecer à sociedade um espaço seguro, oficial e permanente para acompanhar a implementação da reforma tributária e a instalação dessa nova entidade pública de regime especial responsável por coordenar estados e municípios na gestão federativa do IBS.
O lançamento marca um avanço simbólico e concreto na transição para o novo sistema tributário, criando o primeiro canal público inteiramente dedicado às ações, decisões e documentos que estruturam o IBS. Com isso, cidadãos, governos e instituições passam a dispor de uma fonte oficial e unificada para acompanhar, com transparência, cada etapa da construção do novo modelo de tributação sobre o consumo.
Seminário irá debater os impactos da decisão do STF nas relações trabalhistas do TRC
A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5322, transformou o cenário das relações de trabalho no Transporte Rodoviário de Cargas (TRC). Para aprofundar a discussão sobre as implicações dessa mudança, o SETCESP realizará o Seminário Relações Trabalhistas no TRC, que reunirá Desembargadores e Juízes do TRT-2, além de representantes jurídicos de entidades patronais e laborais do setor.
O encontro tem como objetivo analisar os limites constitucionais e discutir alternativas negociadas que garantam segurança jurídica, valorizem a dignidade dos trabalhadores e mantenham a produtividade das empresas de transporte.
Se sua rotina, frota ou representação jurídica é impactada por essas transformações, este é o evento mais importante do ano.
Venha participar deste diálogo essencial e contribuir para a construção de um entendimento comum sobre o futuro das relações trabalhistas no TRC.
Data: 18 de novembro de 2025
Horário: 8h30
Local: SETCESP – Rua Orlando Monteiro, 21 – Vila Maria – São Paulo (SP)
Programação
08h30 – Credenciamento e Welcome Coffee
9h00 – ABERTURA OFICIAL E COMPOSIÇÃO DA MESA INSTITUCIONAL
Presidente do TRT da 2ª Região: Desembargador Valdir Florindo;
Diretora da EJUD2: Desembargadora Bianca Bastos;
Presidente da FETCESP: Carlos Panzan;
Presidente da FTTRESP: Valdir de Souza Pestana;
Presidente do SETCESP: Marcelo Rodrigues.
09h30 – Tema: “Novos Limites para a Negociação Coletiva da Jornada de Trabalho do Motorista após o julgamento da ADI 5322 pelo STF”
Presidente da Mesa: Desembargadora Bianca Bastos (Diretora da EJUD2)
Subcomissão especial discute impactos do regime de trabalho no transporte e no comércio
A CNT participou, nessa segunda-feira (10), de audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, para debater o regime de escala 6×1. O evento, realizado no Auditório Nereu Ramos, foi solicitado pelos deputados Luiz Gastão (PSD/CE) e Luiz Carlos Motta (PL/SP), e integra as atividades da Subcomissão Especial da Escala de Trabalho 6×1.
As autoridades presentes destacaram a importância de avaliar os efeitos do atual regime de seis dias de trabalho por um de folga na saúde e na vida social dos trabalhadores. Representando a CNT, o assessor trabalhista Brunno Batista Contarato chamou a atenção para os riscos que uma mudança abrupta na jornada pode trazer ao setor de transporte, especialmente diante da crescente escassez de mão de obra.
O assessor ressaltou que o transporte vive um cenário crítico de falta de profissionais. Segundo ele, qualquer alteração no regime de trabalho impacta diretamente a mobilidade urbana, o abastecimento e serviços essenciais. Para Contarato, a simples contratação de mais trabalhadores não é viável diante da carência de mão de obra qualificada. No modal aquaviário, por exemplo, o déficit estimado até 2030 varia entre dois e quatro mil marítimos. No setor aéreo, estudos apontam a necessidade de 1,3 milhão de novos profissionais no mundo, nos próximos dez anos.
O modal rodoviário, responsável por 65% da movimentação de cargas no Brasil, também enfrenta forte pressão. A idade média dos caminhoneiros é de 46 anos, sendo 22% deles com mais de 50 anos, um indicativo de que boa parte da força de trabalho se aproxima da aposentadoria sem reposição adequada. Estudos da Confederação mostram ainda que 65,1% das empresas de transporte relatam dificuldade para encontrar motoristas.
O assessor alertou que uma alteração repentina na jornada poderia gerar consequências diretas para a população. “A redução da escala poderia não garantir qualidade de vida se gerar inflação, levando o trabalhador a buscar um segundo emprego”, explicou Bruno. Segundo ele, o impacto poderia ser sentido na redução da oferta de ônibus, em entregas mais demoradas e na elevação de custos logísticos.
A CNT defende que eventuais mudanças sejam conduzidas por meio da negociação coletiva, considerando as especificidades de cada segmento do transporte.
Proposta de mudança na jornada tramita na Câmara
Paralelamente aos debates na Subcomissão, tramita na Câmara a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 8/2025, que propõe a adoção de uma carga semanal de quatro dias de trabalho e três de descanso, extinguindo a escala 6×1 e limitando a jornada a 36 horas semanais. A proposta ainda será analisada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) e, se for aprovada, seguirá para uma comissão especial antes de ser votada em dois turnos pelo Plenário.
A audiência pública contou com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, além de representantes de confederações patronais – CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), CNI (Confederação Nacional da Indústria) e CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) – e de centrais sindicais, como CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores).
O setor cresceu 0,6% sobre agosto, na série com ajuste sazonal, e avançou 4,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior
O volume do setor de serviços do Brasil cresceu mais que o esperado por economistas em setembro, marcando o oitavo mês consecutivo de alta e renovando o ápice da série histórica, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
O setor, que tem sido importante pilar de sustentação da atividade no país em meio ao aperto monetário, cresceu 0,6% sobre agosto, na série com ajuste sazonal, e avançou 4,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Em pesquisa da Reuters, economistas previam alta de 0,4% frente a setembro e de 3,6% no ano.
Três das cinco atividades pesquisadas cresceram em setembro frente a agosto, com destaque para a alta de 1,2% de transportes, impulsionado principalmente pelo transporte rodoviário de carga.
“A recuperação do transporte rodoviário de carga tem sido determinante para essa sustentação do setor de serviços em patamares elevados”, disse o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, em nota. “Há uma correlação direta do aumento da receita das empresas do transporte de cargas, especialmente o rodoviário, com o aumento do escoamento da safra agrícola.”
Os serviços de informação e comunicação e o grupo “outros serviços”, que inclui seguros, planos de saúde e previdência, entre outros, cresceram respectivamente 1,2% e 0,6%.
Já os serviços profissionais e administrativos encolheram 0,6% no mês, enquanto os serviços prestados às famílias sofreram queda de 0,5%, sob o impacto de uma menor receita do setor de restaurantes.
“A difusão dos ganhos, com três dos cinco grupos em alta, sugere continuidade do crescimento em ritmo gradual, com informação, comunicação e logística como principais vetores positivos”, disse o economista da ASA Investments, Leonardo Costa, em nota.
Em entrevista à imprensa, Lobo disse não ver efeitos do tarifaço dos Estados Unidos – que elevou a 50% o imposto de importação sobre boa parte dos produtos exportados pelo Brasil – sobre o setor de serviços.
“O tarifaço dos Estados Unidos afetou segmentos da indústria, mas isso não se refletiu no setor de serviços em perda dos fretes”, disse.
O setor de serviços, que acumulou alta de 3,3% nos oito meses até setembro, tem sido foco de preocupação do Banco Central no que diz respeito à inflação, ainda que na ata de reunião de política monetária da semana passada, divulgada na terça-feira, os diretores da autarquia tenham destacado “algum arrefecimento” na alta de preços do setor, a despeito da resiliência.
O BC voltou a sinalizar a intenção de manter a taxa básica de juros em 15% por tempo prolongado para esfriar a atividade e trazer a inflação de volta à meta de 3%.
O governo do Rio Grande do Sul detalhou seu mais ambicioso projeto de infraestrutura dos últimos anos: a concessão do Bloco 1 de rodovias. A proposta extingue as atuais praças de pedágio, introduz um sistema de cobrança por quilômetro rodado (free flow), e prevê investimentos de R$ 6,41 bilhões em 454 quilômetros de estradas.
A mudança impactará diretamente a rotina de 27 municípios na Região Metropolitana, Vale do Sinos e Serra Gaúcha. Enquanto o governo defende a medida como a única forma de modernizar a malha viária, o novo modelo trará mais pontos de cobrança e custos que já geram debate, como a projeção de R$ 51,54 (ida e volta) para a viagem entre Porto Alegre e Gramado.
Por que o governo está fazendo esta concessão?
A principal justificativa do governo é a incapacidade financeira histórica de realizar grandes investimentos. O Estado alega um “atraso de 40 anos” na expansão de suas rodovias.
Segundo o governo, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) costumava investir apenas R$ 150 milhões anualmente em manutenção. Embora esse valor tenha saltado para R$ 1,5 bilhão em 2024, o governo afirma que “isso não é suficiente” para as melhorias necessárias.
A solução, segundo o Piratini, é unir a capacidade financeira do Estado com parcerias público-privadas (PPPs). A concessão do Bloco 1 (somada aos blocos 2, 3 e à RSC-287) é vista como a única forma de viabilizar mais de R$ 20 bilhões em investimentos e a duplicação de 720 quilômetros de estradas em todo o Rio Grande do Sul.
O projeto: o que é e o que prevê o Bloco 1
Este bloco específico é um pacote de 30 anos que prevê R$ 6,41 bilhões em investimentos (sendo R$ 4,86 bilhões já nos primeiros dez anos).
Quais estradas estão incluídas? O Bloco 1 tem 454 km de extensão e inclui trechos das seguintes rodovias:
ERS-020;
ERS-040;
ERS-115;
ERS-118;
ERS-235;
ERS-239;
ERS-466;
ERS-474.
E a nova ERS-010: Uma nova rodovia de 41 km, já duplicada, que ligará a região norte de Porto Alegre a Sapiranga, no Vale do Sinos, servindo como alternativa à congestionada BR-116.
Quais as principais obras?
213,7 km de duplicações;
12,5 km de terceiras faixas;
363,4 km de acostamentos;
88,48 km de vias marginais;
31 passarelas para pedestres.
A Grande Mudança: Como vai funcionar o pedágio “Free Flow”?
Diga adeus às cancelas e às praças de pedágio físicas. O modelo implementado será o “Free Flow” (fluxo livre).
Como funciona? Pórticos eletrônicos serão instalados sobre as rodovias. Eles farão a leitura automática das placas ou tags dos veículos, sem a necessidade de parar.
Qual o valor? A tarifa base será de R$ 0,21 (21 centavos) por quilômetro rodado.
Como será a cobrança? Diferentemente do modelo atual, a cobrança será aplicada nos dois sentidos da via (ida e volta).
Com isso, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que hoje administra várias dessas estradas, será extinta após a conclusão dos leilões (previstos para 2026) e a passagem da operação para a iniciativa privada.
O impacto no bolso: a Serra Gaúcha e a rota POA-Gramado
A Região das Hortênsias, segundo maior destino turístico do Brasil, será uma das mais impactadas.
Acesso a Gramado e Canela: atualmente, a região possui praças de pedágio da EGR. Elas serão substituídas por 23 pórticos free flow em todo o Bloco 1. Na prática, não será possível entrar ou sair de Gramado ou Canela sem pagar pedágio.
Os principais pontos de cobrança na região estarão localizados em:
RS-115 (via Taquara): pórticos em Três Coroas e Gramado;
RS-235 (via Nova Petrópolis): pórticos em Nova Petrópolis, Gramado e São Francisco de Paula;
RS-466 (Estrada do Caracol): um pórtico em Gramado, no Km 4;
obras na Serra: como contrapartida, o projeto prevê a duplicação total da RS-115 (ligação com o Vale do Paranhana) e da RS-235, entre Nova Petrópolis e Gramado.
O custo da viagem: R$ 51,54 para ir e voltar de Gramado A projeção que mais chama a atenção é o custo do trajeto entre Porto Alegre e Gramado, que poderá custar R$ 51,54 (ida e volta) a partir de 2027.
Segundo o plano, essa viagem (usando a nova RS-010, RS-239 e RS-115) exigirá a passagem por sete pórticos de cobrança, somando R$ 25,77 por sentido.
Para efeito de comparação, o governo projeta que a viagem entre Porto Alegre e Balneário Pinhal (pela RS-040) custará R$ 17,73 por sentido.
Os pontos polêmicos do projeto
1. Por que usar R$ 1,5 bilhão do Fundo da Reconstrução (Funrigs)?
O governo do Estado irá investir R$ 1,5 bilhão do Funrigs (criado para a reconstrução pós-enchentes de 2024) no projeto. O governo justifica a ação em dois pilares:
Resiliência – As rodovias do Bloco 1 (que atendem a 34% da população) foram afetadas pelas enchentes. O dinheiro será usado para torná-las “resilientes”, com pontes mais altas, melhor drenagem e contenção de encostas (como na ERS-115, na Serra).
Baratear a Tarifa – O governo afirma que o aporte é crucial para a “modicidade tarifária”. Sem esse R$ 1,5 bilhão, a tarifa por quilômetro não seria de R$ 0,21, mas sim de R$ 0,32.
2. Por que a ERS-118 não terá cobrança?
A ERS-118, na Região Metropolitana, é uma das mais antigas do bloco e está sendo duplicada há mais de 20 anos com recursos públicos. O governo afirma que, em 2022, “ficou consensuado com a sociedade e a Assembleia Legislativa que essa obra seria concluída sem cobrança de pedágio”. A versão atual do projeto mantém esse consenso. No entanto, a nova ERS-010, que também atenderá à Região Metropolitana, terá cobrança.
3. Haverá descontos para moradores locais?
Não. O governo afirma que, como o modelo já cobra por quilômetro percorrido (considerado mais justo), a criação de tarifas diferenciadas “não é factível”.
Contudo, o governo aponta uma saída: os municípios beneficiados terão um aumento na arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS). Nada impede que as prefeituras usem esse recurso extra para “aprovar políticas de desconto ou de isenção, a partir de subsídios custeados pela própria municipalidade”.
O que acontece agora?
O projeto não está fechado. O governo abriu uma etapa de consulta pública, que fica disponível para contribuições da sociedade até o dia 1º de dezembro.
Serão realizadas quatro audiências públicas em diferentes regiões para debater a proposta. O governo afirma que “o diálogo é constante” e que sugestões para aperfeiçoar o projeto, incluindo o número de pórticos ou adaptações nas obras, serão avaliadas, desde que se mantenha o equilíbrio econômico da concessão.
O edital de licitação está previsto para o primeiro trimestre de 2026, com o leilão ocorrendo no segundo semestre do mesmo ano.
A transmissão apresenta o trabalho jurídico e técnico da entidade, com a participação do assessor jurídico, Dr. Narciso Figueiroa Junior, e do assessor técnico, Lauro Valdivia
Nesta quarta-feira (12), às 14 horas, no canal da NTC&Logística no YouTube, acontece mais uma edição do Bate-Papo NTC, projeto criado em 2017 com o objetivo de aproximar empresários, lideranças e especialistas do setor em torno de debates sobre os temas mais relevantes para o Transporte Rodoviário de Cargas.
A edição de hoje destaca duas importantes frentes de atuação da entidade: o trabalho jurídico da NTC&Logística no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e a pesquisa técnica sobre remuneração de motoristas profissionais.
O assessor jurídico da entidade, Dr. Narciso Figueirôa Junior, participou da audiência pública representando a NTC&Logística, e defendeu a aplicação da Súmula 340, que trata da remuneração de trabalhadores comissionistas. A audiência integra um debate nacional que poderá resultar em um novo precedente vinculante para o setor.
Já o assessor técnico, engo Lauro Valdivia, apresentou uma parcial do estudo que está sendo conduzido pelo Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas (DECOPE), da NTC&Logística, sobre os diferentes modelos de remuneração de motoristas, como comissões, prêmios e produtividade. A pesquisa visa compreender as práticas adotadas pelas transportadoras e gerar informações estratégicas para o fortalecimento das relações de trabalho e para o desenvolvimento do setor.
A conversa será mediada por Rodrigo Bernardino, assessor de Comunicação e Imprensa da NTC&Logística, e mostrará como o trabalho jurídico e técnico da entidade caminham lado a lado na defesa institucional e no suporte aos transportadores em todo o Brasil.
Evento reuniu mais de 100 empresas da região da AMUREL em um encontro
No último dia 7 de novembro, o SETRAM – Sindicato das Empresas de Logística e Transportes de Cargas da Região da AMUREL realizou mais uma edição do Café com Jurídico, que contou com a participação da Dra. Gil Menezes, assessora jurídica da NTC&Logística. O encontro foi um verdadeiro bate-papo entre especialistas e transportadores, com foco em esclarecer dúvidas sobre multas aplicadas pela ANTT e a aplicação do piso mínimo de frete. O evento aconteceu na sede da entidade, em Tubarão, Santa Catarina.
Durante sua apresentação, a Dra. Gil Menezes abordou de forma detalhada os principais pontos da legislação referente ao Transporte Rodoviário de Carga, explicando os fundamentos legais, as resoluções da ANTT e os procedimentos administrativos relacionados às infrações e defesas, além das recentes atualizações sobre fiscalização eletrônica e cruzamento de dados via MDF-e. Também apresentou a base legal e as implicações práticas da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, destacando a importância do cumprimento das normas vigentes e da correta emissão dos documentos fiscais eletrônicos.
Mais de 100 empresas participaram ativamente do evento, que se consolidou como um espaço de troca de experiências e orientações práticas para o dia a dia das transportadoras, reforçando o compromisso do SETRAM e da NTC&Logística em promover conhecimento jurídico e técnico de qualidade para o setor.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (SETCEPAR) realizou, no último mês, em sua sede localizada em Curitiba-PR, a 2ª edição do ESG Day e o 1º Prêmio ESG SETCEPAR. Com foco no Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), o evento reuniu cerca de 200 pessoas para debater iniciativas de transporte sustentável, diversidade e inclusão, sucessão em empresas familiares e inteligência artificial aplicada à logística.
O presidente do SETCEPAR, Silvio Kasnodzei, destacou a consolidação do evento e o compromisso do setor com a sustentabilidade. “Todo esse trabalho que realizamos desde a primeira edição nos traz a responsabilidade de superar a cada ano e trazer temas de impacto. Tenho certeza de que agregamos valor a todos que participaram. Foi um dia muito rico e de muitas informações, com todas as palestras e painéis apresentados”, afirmou.
A diretora do Comitê ESG, Josana Teruchkin, citou o momento no qual o Brasil se encontra, com a realização da COP 30 em Belém do Pará, e como o evento se faz relevante nesse contexto. “Neste momento, o Brasil se prepara para sediar a 30a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que reunirá líderes mundiais em Belém, e o Transporte de Cargas ganha destaque na agenda. Entre os temas em pauta, estão a eletrificação de frotas, a utilização de combustíveis mais limpos e renováveis e a descarbonização da logística. Dessa forma, o ESG Day torna-se ainda mais importante para a discussão de medidas frente a essa pauta”, afirmou.
Entre os destaques da programação, estiveram o coordenador do Programa Despoluir, Paulo Adriano Jacomel, com a palestra “Programa Despoluir e o Transporte Consciente”, e o Painel Ambiental, que reuniu Silvia Elmor (Maré Venture Builder), Erodes Berbetz (Wetzel S.A. e BBA Reman), Silvio Kasnodzei e Paulo Adriano Jacomel para discutir desafios e oportunidades do transporte sustentável.
O evento também abordou diversidade e inclusão com o consultor Guilherme Bara, que reforçou o impacto dessas práticas nas organizações. “Empresas que têm mais maturidade investem em diversidade e inclusão, porque isto é o básico para o ambiente de trabalho, pois respeito e inclusão são inegociáveis. Essas ações contribuem para a atração e retenção de talentos, equipes mais criativas e inovadoras, gestão de reputação e melhor conhecimento sobre mercados e clientes.”
A professora e coordenadora do IBGC Paraná, Janete Anelli, apresentou a palestra “Processos Sucessórios em Empresas Familiares”, destacando a importância do planejamento antecipado. “Entre todos os desafios que uma empresa familiar pode enfrentar, poucos são tão carregados de tensão quanto a sucessão. Quando esse processo começa cedo, as possibilidades de preservar e fortalecer o legado da empresa crescem exponencialmente.”
A programação incluiu ainda apresentações sobre inovação e tecnologia, com o gerente de Engenharia e Mobilidade da Suspensys, Pedro Orlando, que falou sobre o eixo elétrico desenvolvido pelo Grupo Randon, e o vice-presidente da NSTECH, Leopoldo Suarez, que abordou os impactos da inteligência artificial na simplificação da logística.
O evento também marcou a estreia do Prêmio ESG SETCEPAR, idealizado pelo Comitê ESG da entidade para valorizar empresas comprometidas com práticas sustentáveis, responsáveis e inovadoras no transporte. “Foi muito gratificante para nós essa primeira edição do prêmio, e atingimos o objetivo, que era reconhecer as empresas de transporte que já colocam ações ESG no seu dia a dia. Em nome da diretoria do SETCEPAR e em meu próprio nome, parabenizo a todos os vencedores e espero que, nos próximos anos, ainda mais empresas se inscrevam”, destacou Kasnodzei.
A premiação teve auditoria do Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC) e contou com um júri formado por especialistas em TRC e ESG, como Ana Jarrouge (SETCESP); Dirlene Rosar (Human Experience e IBGC); Glaico Gundim (Imputability e Pacto Global da ONU); Janete Anelli (IBGC Paraná) e Sergio Coelho (Design Consultoria).
Empresas vencedoras:
Responsabilidade Ambiental by Edenred Ticket Log: Ativalog
Responsabilidade Social by Transpocred: Cargolift
Governança Corporativa by NSTECH: Patrus Transportes
Atitude ESG by Rondon Rodoparaná: Transportes Paulista
A 2ª edição do ESG Day contou com patrocínio Diamante da NSTECH e da Randon, patrocínio Ouro da Ticket e da Transpocred, e patrocínio Prata da Raster, BR Batel, Rodofag Guerra, Davinci Consulting & Tech, FM Pneus e Unificado Seguros.
Análise consta na nova edição da Série Especial de Economia – Investimentos em Transporte, elaborada pela CNT e lançada nesta terça-feira (11)
A CNT analisou os investimentos previstos no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2026 e observou uma redução no volume de recursos destinados a investimentos em infraestruturas de transporte. O documento estima R$ 16,05 bilhões em investimentos públicos federais para o setor em 2026, 6,3% do total de investimentos públicos federais previstos para o próximo ano. Do montante total, R$ 13,83 bilhões são recursos diretos da União, e R$ 2,22 bilhões são provenientes do orçamento das estatais, como a Companhia Docas e a Infraero.
Os dados integram a nova edição da Série Especial de Economia – Investimentos em Transporte, elaborada pela CNT, que avalia a evolução dos recursos orçamentários e sua distribuição entre os diferentes modos de transporte. O estudo foi lançado nesta terça-feira (11).
A CNT destaca que, embora o orçamento global da União apresente crescimento, a participação relativa dos investimentos em transporte recuou, o que reforça a necessidade de atenção ao tema durante a tramitação do projeto no Congresso Nacional.
No setor de transporte, os investimentos da União (sem considerar as estatais) diminuíram de R$ 16,53 bilhões, no PLOA 2025, para R$ 13,83 bilhões, na proposta atual. O recuo foi mais expressivo no Ministério dos Transportes, cujo orçamento para investimentos caiu de R$ 15,91 bilhões do ano passado para R$ 13,10 bilhões neste ano.
Ainda assim, a pasta ampliou a proporção de investimentos dentro do próprio orçamento, passando de 49,2% para 71,1%, o que indica um foco maior na execução de obras e intervenções diretas. No Ministério de Portos e Aeroportos, o orçamento destinado a investimentos projetado é de R$ 737 milhões, valor pouco maior que o previsto no PLOA 2025.
Assim como nos anos anteriores, o modo rodoviário concentra a maior parte dos investimentos federais em transporte: R$ 11,90 bilhões, o equivalente a 86,0% do total. Em seguida, vêm o modo ferroviário, com R$ 891,57 milhões (6,4%); o aquaviário, com R$ 453,49 milhões (3,3%), e o aéreo, com R$ 268,17 milhões (1,9%). A distribuição percentual se manteve praticamente estável em relação a 2025.
Para a diretora executiva da CNT, Fernanda Rezende, a redução dos investimentos previstos para 2026 exige atenção, já que a qualidade da infraestrutura influencia diretamente a eficiência do transporte e o desempenho da economia, além de impactar também os custos operacionais das empresas, o valor das mercadorias e até o preço das passagens.
“Historicamente, os valores efetivamente executados ficam abaixo das necessidades do setor. Por isso, o estudo aponta que é fundamental que o Congresso avalie formas de ampliar as dotações orçamentárias voltadas às obras de infraestrutura de transporte durante a tramitação do PLOA 2026”, explicou.
Aumento do investimento das estatais
O estudo mostra ainda que as empresas estatais federais deverão investir R$ 2,22 bilhões em projetos de infraestrutura de transporte, valor superior ao previsto no orçamento anterior. A maior parte (77%) está concentrada no setor portuário, com R$ 1,72 bilhão sob a responsabilidade da Companhia Docas, que administra 15 portos públicos federais. O destaque é para a Autoridade Portuária de Santos S.A., que terá aumento expressivo e deve contar com R$ 759,84 milhões, quase o triplo do valor estimado no PLOA 2025. A Infraero, que administra 24 aeroportos, também terá acréscimo, com R$ 501,27 milhões previstos para 2026.
Investimentos totais
O PLOA 2026, encaminhado pelo governo federal ao Congresso Nacional em agosto, estima R$ 6,53 trilhões em despesas totais da União, sendo a maior parte desses recursos (R$ 6,33 trilhões) correspondente ao orçamento fiscal e da seguridade social, enquanto R$ 197,86 bilhões estão direcionados ao orçamento das estatais. O orçamento das estatais (R$ 197,86 bilhões), somado aos R$ 55,31 bilhões de investimentos diretos da União previstos para 2026, totaliza os R$ 253,17 bilhões previstos para investimentos em obras e programas públicos em todo o país, no próximo ano.
Agência protagoniza debate global sobre concessões sustentáveis e transporte verde, mostrando ações e resultados concretos
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) marca presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que começou nessa segunda-feira (10/11), em Belém (PA). A maior conferência ambiental do planeta reúne líderes, especialistas e instituições de todos os continentes para discutir soluções que reduzam as emissões de carbono e tornem o desenvolvimento global mais sustentável.
A ANTT chega ao evento com o compromisso de apresentar resultados concretos e avanços reais no setor de transportes terrestres. A Agência participa tanto da organização e fiscalização logística da COP 30, garantindo segurança e fluidez no transporte oficial, quanto de painéis estratégicos sobre sustentabilidade, concessões e infraestrutura verde.
O diretor Felipe Queiroz representa a instituição em diversos momentos da programação, com destaque para o painel “Concessões Sustentáveis de Transporte: Caminhos para a Integração Climática na Regulação”, que discute a incorporação de critérios socioambientais e climáticos nos contratos federais de concessão. Felipe também participa da abertura da Estação do Desenvolvimento; do painel sobre Oportunidades da Agenda de Biodiversidade para o Setor de Infraestrutura; do debate sobre os Parâmetros de Desempenho de Sustentabilidade (PDS) do Programa de Sustentabilidade para Infraestrutura (PSI/ANTT) e do encontro promovido pelo Ministério de Portos e Aeroportos, que aborda Intermodalidade na Amazônia.
Em todos esses espaços, o objetivo é debater pautas sobre como transformar o sistema de transporte brasileiro em um modelo mais limpo, eficiente e resiliente às mudanças climáticas. “O Sistema Transporte e a ANTT estão contribuindo com uma série de discussões e painéis, mas, sobretudo, apresentando iniciativas concretas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, adaptar a infraestrutura para as mudanças climáticas e tornar a logística nacional mais eficiente”, destacou Felipe Queiroz. “A ANTT também participa da organização com fiscalização e operação na logística do transporte da COP, um evento que veio para marcar história”, complementou o diretor.
Além da atuação institucional e regulatória, a Agência apresenta, durante o evento, exemplos práticos de como os contratos de concessão federais evoluíram na última década, incluindo a exigência de metas ambientais, a modernização de frotas com menor emissão e a instalação de infraestrutura para veículos elétricos em rodovias concedidas. A fiscalização inteligente e integrada também ganhou força, permitindo um controle mais ágil e eficiente das operações de transporte e reduzindo desperdícios e impactos ambientais.
Essas iniciativas refletem o compromisso da ANTT com a agenda climática e com o desenvolvimento sustentável do país, em alinhamento com as diretrizes do Governo Federal e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O objetivo é reforçar o papel da ANTT como uma agência cada vez mais moderna, propositiva e parceira da sociedade, que busca garantir à população um transporte mais seguro, eficiente e sustentável — hoje e para as próximas gerações.
Levantamento conduzido pelo DECOPE busca retratar a realidade da remuneração dos profissionais do Transporte Rodoviário de Cargas em todo o país
A NTC&Logística, por meio do Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Econômicas (DECOPE), iniciou uma nova pesquisa com foco na realidade salarial dos motoristas de caminhão que atuam no Transporte Rodoviário de Cargas.
O levantamento tem como objetivo reunir informações atualizadas sobre os salários praticados em diferentes regiões e segmentos do setor, contribuindo para a elaboração de estudos técnicos e análises que orientem a atuação da Associação junto às empresas, entidades e autoridades públicas.
Segundo o DECOPE, a participação das empresas é essencial para garantir a representatividade dos dados e aprimorar o entendimento sobre a estrutura de custos e remuneração no transporte de cargas.
As informações enviadas serão tratadas de forma confidencial, e os resultados consolidados serão divulgados posteriormente pela NTC&Logística em seus canais oficiais.
As empresas interessadas em participar podem responder à pesquisa por meio do formulário disponível neste link:https://forms.gle/DAg5pT52mhQqiPRM6
Nova administradora assume operação, modernização e manutenção do CUF e da Ponte Internacional, com atualização das tarifas e nova metodologia de cobrança
A Concessionária CS Rodovias Mercosul SPE S.A. anunciou que assumirá, a partir de 2 de dezembro de 2025, a gestão do Centro Unificado de Fronteira (CUF) São Borja–Santo Tomé e da Ponte Internacional que liga o Brasil à Argentina. A empresa foi a vencedora da Concorrência nº 01/2025 promovida pela Comissão Mista Argentino-Brasileira (COMAB).
Com o início da nova fase da concessão, a CS Rodovias Mercosul reforça o compromisso de manter e aprimorar os serviços já existentes, assegurando continuidade operacional, eficiência logística, qualidade no atendimento e segurança nas operações aduaneiras. O objetivo é transformar o CUF em uma referência de integração fronteiriça e excelência operacional, com adoção de novas práticas de gestão, tecnologia e infraestrutura.
A partir da mesma data, entrará em vigor a nova tabela de serviços e tarifas aplicáveis às operações no local. Os valores serão reajustados anualmente, conforme o Consumer Price Index (CPI) dos Estados Unidos, e convertidos mensalmente em Reais (BRL) e Pesos Argentinos (ARS), conforme previsto no contrato de concessão.
A concessionária também apresentou uma nova metodologia de cobrança, que inclui fechamento semanal, validação dos relatórios pelos clientes em até três dias úteis e emissão de notas fiscais ou faturas com prazo de pagamento de até 15 dias corridos. O objetivo é garantir transparência, controle e simplificação dos processos administrativos.
De acordo com a empresa, canais dedicados serão mantidos para esclarecimentos, suporte operacional e tratativas comerciais, reforçando o compromisso com um relacionamento transparente e colaborativo.
Para mais informações e acesso às tabelas completas de serviços e tarifas, clique aqui e faça o download do documento em PDF.
Promovido pelo Instituto Besc, o seminário contou com a participação de representantes do setor para discutir estratégias de inovação e sustentabilidade no transporte
O Ibesc (Instituto Besc de Humanidades e Economia) realizou, na quinta-feira (6), em São Paulo (SP), a 14ª edição do Seminário Internacional Frotas & Fretes Verdes. Reconhecido por fomentar o diálogo entre os setores público e privado, o Instituto atua na articulação de propostas voltadas ao desenvolvimento sustentável do país, com foco em infraestrutura, logística, transporte, energia e meio ambiente.
O evento, sediado na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), reuniu lideranças empresariais, autoridades públicas e especialistas, e contou com uma programação dedicada à discussão de temas como financiamento verde, mobilidade sustentável e transição energética.
Representando a CNT, a gerente executiva governamental Danielle Bernardes participou do painel “Desafios Estruturais na Cadeia Logística, Políticas Públicas, Regulação e Financiamento Verde”. Em sua apresentação, compartilhou um diagnóstico da infraestrutura rodoviária nacional, com base na Pesquisa CNT de Rodovias.
Danielle alertou para os impactos econômicos da má conservação das vias, como o aumento dos custos operacionais e os prejuízos causados por acidentes. “O estado precário de grande parte da malha rodoviária compromete a eficiência logística, eleva o custo do transporte e reduz a competitividade do setor”, afirmou.
Ao apresentar propostas para enfrentar os principais gargalos logísticos do país, Danielle Bernardes destacou a necessidade de ampliar os investimentos públicos em infraestrutura, fortalecer parcerias público-privadas e incentivar a atuação de organismos internacionais no financiamento de projetos estratégicos. “É fundamental que o Brasil avance em soluções estruturantes e sustentáveis para garantir uma logística eficiente e segura”, destacou.
Ela também reforçou o papel do Sistema Transporte como interlocutor na formulação de políticas públicas voltadas à qualificação profissional, à modernização da malha viária e à promoção da inovação no setor.
O painel contou ainda com a participação de Edson Dalto (BNDES), Marisa Barros (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Governo de São Paulo) e Ricardo Portolan (Marcopolo), sob mediação de Ramon Alcaraz, CEO da JSL.
Vendas mensais de implementos superam média de 2025, mas ainda está longe de parametrizar com o volume de 2024
O setor de implementos rodoviários apresentou um desempenho heterogêneo em outubro de 2025, com vendas mensais superando as médias anuais, mas mantendo uma trajetória de retração no acumulado do ano. Dados compilados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR) revelam que, embora o último mês tenha fechado em terreno positivo, o panorama geral para o período de janeiro a outubro permanece em declínio quando comparado ao mesmo intervalo de 2024.
No segmento de Reboques e Semirreboques, as vendas de outubro totalizaram 6.460 unidades, um volume que se posiciona acima da média mensal registrada para o ano de 2025, que é de 6.012 unidades. Contudo, essa performance mensal mais robusta não foi suficiente para reverter a tendência negativa do setor. O acumulado do ano para esta categoria apresenta uma contração significativa de 19,96%.
A análise detalhada da tabela de emplacamentos evidencia quedas generalizadas na maioria das famílias de produtos. Os modelos Graneleiro/Carga Seca e Basculante lideram as quedas em volume absoluto, com reduções de 5.369 e 4.706 unidades, respectivamente. Em termos percentuais, as famílias Dolly (-34,27%), Tanque Carbono (-42,37%) e Canavieiro (-33,65%) foram as que sofreram as retrações mais severas. Por outro lado, alguns nichos exibiram resiliência, com destaque para a família Baú Carga Geral, que cresceu 21,99% e acrescentou 1.801 unidades ao mercado, e a família Especial, que registrou um expressivo crescimento de 32%.
Paralelamente, o mercado de Carrocerias sobre Chassis continua a consolidar sua trajetória de crescimento. Em outubro, foram emplacadas 7.520 unidades, superando em mil unidades a média anual do segmento, que é de 6.521 equipamentos. Esse dinamismo se reflete no acumulado de 2025, que encerrou o período com um crescimento de 11,94% em relação a 2024. A tabela correspondente demonstra uma expansão generalizada e robusta. O agrupamento “Outros/Diversos” foi o que mais contribuiu para o crescimento em termos absolutos, adicionando 1.979 unidades ao mercado, um aumento de 25,97%. As famílias Baú Alumínio/Frigorífico e Graneleiro/Carga Seca, que representam volumes substanciais, também tiveram desempenhos sólidos, com crescimentos de 10,31% (2.557 unidades) e 8,90% (1.185 unidades), respectivamente. A categoria Baú Lonado, embora de menor volume, apresentou o crescimento percentual mais elevado, de 56,03%.
A soma do mercado de implementos rodoviários (Reboques, Semirreboques e Carrocerias), no acumulado de janeiro a outubro de 2025, totalizou 125.341 unidades, o que representa um recuo de 6,02% frente às 133.376 unidades comercializadas no mesmo período de 2024. Este movimento de baixa encontra eco no mercado de caminhões, que, segundo a Fenabrave, registrou uma venda de 92.317 unidades de janeiro a outubro de 2025, uma queda de 8,04% na comparação com os 100.390 veículos emplacados no ano anterior.
Em contrapartida ao mercado interno, os dados de exportação até setembro de 2025 apontam para uma performance extremamente positiva, com um total de 3.559 unidades exportadas, um crescimento robusto de 50,74% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram enviadas 2.361 unidades ao exterior. Este dado sugere que a competitividade internacional do setor se mantém elevada, contrastando com os desafios enfrentados no ambiente econômico doméstico.
O Brasil possui uma das maiores extensões viárias do mundo e, entre suas rodovias mais importantes, está a BR-101, vital para conectar o norte e o sul do país além de sustentar o transporte nacional de cargas; em Sergipe, a rodovia BR-101 passa por uma transformação crucial, com melhorias lideradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
O que está sendo feito na BR-101 em Sergipe?
No quilômetro 68,4, perto do entroncamento com a SE-240, está em construção uma passagem inferior com o objetivo de facilitar a circulação entre Santo Amaro das Brotas e o Porto de Sergipe. O projeto, com aporte de R$ 1,7 milhão do governo federal e parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento, visa ampliar a capacidade operacional da rodovia.
Esta intervenção é considerada estratégica, pois atende não só ao fluxo local, mas também fortalece a integração logística de Sergipe com outros estados da região Nordeste.
Confira as principais características da obra na BR-101 em Sergipe
Para facilitar o entendimento sobre o projeto em andamento, reunimos os dados mais relevantes sobre as melhorias na rodovia BR-101. Veja na tabela os principais detalhes da intervenção rodoviária:
Por que a intervenção na rodovia BR-101 é necessária?
A BR-101 suporta intenso fluxo de cargas e passageiros, o que pressiona a infraestrutura existente e demanda melhorias constantes. Sem intervenções, o risco de acidentes e congestionamentos aumenta, prejudicando a economia local e nacional.
Além de atender diretamente às comunidades próximas, a modernização da estrada beneficia municípios estratégicos do interior e intensifica a integração econômica regional.
Como está o andamento da obra atualmente?
As atividades já alcançaram 55% do total planejado, com destaque para a conclusão de etapas estruturais essenciais do projeto. Neste momento, as equipes se concentram na execução das estruturas secundárias e nos acabamentos.
Para garantir o tráfego seguro durante a execução, um desvio provisório foi implantado, assegurando a fluidez do trânsito na região.
Quais melhorias complementares estão previstas e sua importância?
O pacote de investimentos do DNIT contempla outras obras além da passagem inferior, reforçando o compromisso com a segurança e a mobilidade. Com o objetivo de garantir maior acessibilidade e atender a futuras demandas, as seguintes melhorias também serão realizadas:
construção de novas passarelas para pedestres;
adequação e modernização de viadutos;
atualização da sinalização horizontal e vertical.
Com esse conjunto de ações, espera-se aumentar a eficiência e a segurança da BR-101, consolidando seu papel estratégico para o desenvolvimento econômico e social do estado de Sergipe e de todo o Brasil.
Perguntas frequentes (FAQ)
O trânsito está interditado no local das obras?
Não. Para garantir a fluidez do tráfego, foi implementado um desvio provisório na região durante a execução das obras. Motoristas devem estar atentos à sinalização temporária e reduzir a velocidade ao passar pelo trecho em obras.
Quais são os principais benefícios das obras para a população?
Os principais benefícios incluem maior segurança viária, redução do risco de acidentes, melhoria da mobilidade, facilitação do transporte de cargas e integração entre municípios das regiões Norte e Nordeste do estado.
Quem fiscaliza a execução e o andamento das obras?
A fiscalização das obras é realizada pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), em conjunto com órgãos parceiros e o governo federal, garantindo a conformidade dos serviços prestados.
Existe um canal para reclamações ou dúvidas sobre as intervenções?
Sim. Informações, dúvidas e reclamações sobre as obras podem ser encaminhadas ao DNIT por meio do site oficial ou pelo telefone 0800-611535.
As obras podem afetar o transporte escolar ou coletivo na região?
Existe impacto temporário no trajeto de ônibus coletivos e transporte escolar, mas os desvios e o planejamento priorizam a segurança e a mínima interferência possível no cotidiano da população.
Outras obras estão previstas na BR-101 em Sergipe além deste trecho?
Sim. Além das melhorias no trecho do Km 68,4, o DNIT planeja futuras modernizações em outros pontos da BR-101 em Sergipe, abrangendo duplicações, recuperação de pavimento e ações de segurança viária, conforme disponibilidade orçamentária.
Taxa no maior nível em 20 anos encarece o crédito e freia investimentos
O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidiu manter a taxa básica de juros em 15%, o maior nível em quase duas décadas.
A permanência da Selic em patamares elevados tem impacto direto sobre setores sensíveis e estratégicos da economia brasileira, como construção civil, indústria e comércio, que dependem fortemente de crédito e de consumidores dispostos a investir.
Em um cenário de juros altos, o serviço da dívida encarece, as despesas financeiras aumentam e o lucro das empresas é pressionado. Com isso, os bancos se tornam mais seletivos na concessão de crédito, dificultando a rolagem de dívidas, principalmente para companhias altamente alavancadas e com dívidas de curto prazo.
Diante desse contexto, empresas têm adiado planos de expansão e priorizado a preservação de caixa, já que o custo do capital torna novos investimentos menos atrativos. A alta da Selic também encarece produtos e serviços, reduzindo a capacidade de compra do consumidor e freando o crescimento econômico.
Alta da Selic dificulta acesso à moradia
Um estudo da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) aponta que, nos últimos cinco anos, o aumento dos juros retirou cerca de 800 mil famílias do mercado de crédito imobiliário, reduzindo em 50% o público elegível a imóveis de até R$ 500 mil.
“Cada ponto percentual de aumento nas taxas elimina, em média, 160 mil famílias do financiamento”, informou a Associação.
Segundo Ieda Vasconcelos, economista-chefe da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), a alta dos juros reduziu a captação da poupança, principal fonte do crédito imobiliário.
Entre janeiro e outubro, a saída líquida de recursos da poupança cresceu, aproximadamente, 403,6% ante o mesmo período de 2024.
Já dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) mostram que, até setembro, o total de imóveis financiados com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) chegou a 329,1 mil unidades, redução de 20,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Apesar da desaceleração, o setor mantém geração de empregos: foram 89 mil novas vagas em 12 meses até agosto, o menor patamar dos últimos cinco anos. A CBIC reduziu a previsão de crescimento da construção de 2,3% para 1,3% em 2025.
Juros travam indústria e investimentos
Com crédito caro e restrito, empresas industriais enfrentam mais dificuldade para financiar capital de giro e investir em novos projetos. A produção industrial recuou 0,4% entre agosto e setembro, segundo o IBGE, refletindo o impacto da política monetária.
Estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostra que 80% das indústrias apontam a taxa de juros como principal barreira para crédito de curto prazo, enquanto 71% citam o mesmo problema no longo prazo. Além disso, o aumento das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) reduziu ainda mais a oferta de crédito e o volume de investimentos.
“Esse efeito atinge especialmente os setores de bens duráveis, como o automotivo, o eletroeletrônico e a construção civil, que dependem diretamente das condições de crédito e do poder de compra das famílias”, afirma João Gabriel Pio, economista da Fiemg.
Consumo em queda e risco de fechamento de empresas
Com os juros altos, o crédito mais caro e a inadimplência em alta, que já atinge 30,4% das famílias, o consumo das famílias tem recuado. Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), 80% das famílias estão endividadas, e os consumidores têm adiado compras e reduzido gastos.
“Os empresários enfrentam desaceleração nas vendas, aumento de estoques e necessidade de cortes de custos”, afirma Fábio Bentes, economista-chefe da CNC.
Para ele, o atual cenário pode levar ao fechamento de empresas mais vulneráveis, à queda dos lucros e à pressão sobre a geração de empregos. No acumulado até setembro, o setor de comércio criou 138 mil postos de trabalho, queda de 21,3% em relação a 2024, um reflexo direto da desaceleração da economia.
“Os consumidores estão retraindo gastos, e a confiança futura na situação financeira caiu drasticamente. O cenário pode levar ao fechamento de negócios mais vulneráveis e a uma pressão contínua sobre a rentabilidade do setor como um todo”, conclui Bentes.