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Codesp quer reduzir o tempo de espera de navios no Porto de Santos

por | jan 26, 2018 | Aquaviário

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Chapéu:
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) quer reduzir o tempo de espera dos navios para atracar no Porto de Santos, principalmente, durante o escoamento da safra de grãos em 2018. Para diminuir a espera de nove para seis dias, a autoridade portuária aposta em uma maior sincronização entre trens e navios e na implantação de hidrovia para o transporte de contêineres, que deve tirar muitos caminhões das estradas e melhorar a logística do Porto.
 
O Fórum Safra 2018 discutiu o escoamento da produção agrícola brasileira, nesta terça-feira (23), no Terminal de Passageiros Giusfredo Santini (Concais). O evento teve a participação do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPA), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), além de operadores portuários e do vice-governador do Estado, Márcio França.
 
Se antigamente o Porto de Santos acumulava filas de caminhões para carregar e descarregar grãos durante o escoamento da safra agrícola, hoje em dia esse problema não existe mais. O monitoramento e o agendamento dos caminhões, que começou em 2014, aparentemente, resolveu o problema dos congestionamentos nas cidades e nas avenidas portuárias durante esse período de alta rotatividade no Porto de Santos.
 
Segundo José Alex Oliva, presidente da Codesp, o processo de agendamento, a entrada de novas tecnologias e as parcerias com diversos órgãos contribuíram para o cenário atual. Agora, de acordo com ele, o objetivo é diminuir o tempo de espera para a atracação dos navios, para deixar o Porto ainda mais eficiente.
 
“Em janeiro de 2016, o navio ficava na barra 20 dias esperando para atracar porque não tinha carga suficiente no armazém para ele operar. A logística que nós fizemos é que não pode haver conflito entre o caminhão e o trem. Eles têm que ser sincronizados e precisa ter a carga no armazém. Se eu tenho os armazéns carregados, eu diminuo o tempo de espera no navio para atracar. Quanto mais navio no Porto operando, mais eficiente. Eram 20 dias, em média, a espera. Hoje, nós temos nove dias de espera. E a meta para 2018 é seis dias de espera”, disse.
 
Além da sincronização entre os trens e os navios, Oliva aposta na hidrovia para desafogar as vias portuárias e melhorar a logística. A previsão é que no dia 2 de fevereiro seja lançado o modal hidroviário no Porto de Santos.
 
“Em média, são 12 mil caminhões/dia. Quando vem a safra, nós passamos para 14 mil caminhões/dia chegando no Porto de Santos. Se eu tirar 350 mil caminhões ao longo do ano, eu diminuo esse conflito do caminhão de contêiner com os caminhões graneleiros, aumento a possibilidade dos caminhões graneleiros e o contêiner não fica em fila, não espera. Eu passo a transportar 350 mil contêineres pela hidrovia no Porto de Santos. Todos vão ganhar”, afirmou.