Muitas estradas e acessos importantes no estado não existem mais
As enchentes que começaram no fim de abril e devastaram o Rio Grande do Sul impactaram de maneira perversa todos os setores do estado. Poucas cidades foram preservadas pela inundação. Um dos setores afetados é o do transporte de cargas, já que muitas estradas e acessos importantes não existem mais. Mas o que chama a atenção, nesses dias de luta, é a colaboração da população.
Miguel Battistin é morador de Nova Roma do Sul, município muito afetado pelas chuvas. Ele faz parte de um grupo organizado de moradores, muitos deles agricultores, que desde que as enchentes se intensificaram no Rio Grande do Sul, no ano passado, estão colaborando com a manutenção das estradas e acessos da cidade.
A associação já colaborou para a reconstrução da ponte de ferro Nossa Senhora do Caravaggio e agora trabalha na limpeza e desobstrução de um trecho da ERS-448, que liga Nova Roma do Sul a Farroupilha.
As enchentes em território gaúcho deixaram supermercados desabastecidos, processos produtivos paralisados, acessos e estradas bloqueadas, e a frota rodoviária afetada. O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul – SETCERGS, Sérgio Gabardo, conta que diversas empresas de transporte estão com cargas submersas, com caminhões e toda a estrutura debaixo d’água.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná – SETCEPAR, Silvio Kasnodzei, estima que entre 70 e 100 carretas saem semanalmente do estado com doações em direção ao Rio Grande do Sul, mostrando um esforço coletivo de solidariedade e apoio. Já a dinâmica de circulação de mercadorias comerciais para o estado está operando com 30% da capacidade.