Diagnóstico mostra força econômica do RJ e mapeia investimentos bilionários em portos, rodovias e ferrovias
Responsável por quase 90% da produção nacional de petróleo e por 46% da movimentação portuária do Sudeste em 2024, o Rio de Janeiro deverá receber cerca de R$ 50 bilhões em investimentos do Novo PAC destinados ao setor de transportes até 2030. É o que mostra o Panorama Logístico do estado do Rio de Janeiro, estudo elaborado pelo Observatório Nacional de Transporte e Logística (ONTL) da Infra S.A. que consolida dados sobre infraestrutura no território fluminense.
O documento foi apresentado nesta quarta-feira (26), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), durante a nona edição do seminário Logística no Brasil, encontro que reuniu especialistas, representantes do setor produtivo e autoridades públicas para discutir diretrizes do Plano Nacional de Logística 2050 (PNL 2050).
Durante o evento, o presidente da Infra S.A., Jorge Bastos, destacou o papel estratégico do Rio de Janeiro na logística nacional.
“Mais de 70% das exportações do Rio são de petróleo e derivados, escoados sobretudo pelos portos fluminenses. O estado é chave para o suprimento energético e para cadeias como mineração e siderurgia, o que demanda logística integrada e acessos eficientes entre rodovias, ferrovias, dutos e portos”.
Bastos também ressaltou as obras que o programa de concessões rodoviárias do Ministério dos Transportes tem viabilizado no estado e que contribuirão diretamente para solucionar gargalos logísticos históricos. Entre os exemplos, o diretor citou a concessão da BR-040/495/RJ/MG e a otimização do contrato da BR-101/RJ.
“Os investimentos com a repactuação do contrato da BR-101/RJ vão solucionar congestionamentos e fortalecer o turismo. O túnel para a subida da serra, na ligação do Rio de Janeiro (RJ) com Belo Horizonte (MG) pela BR-040, foi licitado, e esse gargalo também será solucionado, disse.
Em sua participação no painel que debateu a financiabilidade da infraestrutura, George Santoro, secretário-executivo do Ministério dos Transportes, elogiou o modelo de governança adotado para o PNL.
“Com a Infra S.A., o Ministério dos Portos e Aeroportos, o Ministério do Planejamento e a Casa Civil, estruturamos um comitê de governança histórico, capaz de integrar modais, iniciativas e prioridades. Estamos construindo um PNL realmente participativo, que moderniza e digitaliza processos e utiliza dados qualificados para dar mais agilidade, precisão e excelência ao planejamento nacional de transportes.”
Além de Santoro e Bastos, participaram do painel Mauro Ribeiro Viegas Filho, diretor-executivo e presidente do Conselho Empresarial de Infraestrutura da FIRJAN, e Luciana Costa, diretora de Infraestrutura e Transição Energética do BNDES. Os debates foram mediados por Fábio Couto, jornalista do Valor Econômico.
Série de debates ‘Logística no Brasil’
O debate no Rio de Janeiro é o nono de uma série que já percorreu Brasília, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá, Fortaleza, Salvador e Belo Horizonte. A próxima edição será realizada no dia 4 de dezembro, em Belém (PA).


