Foto: GZH
Ontem, 25 de setembro foi comemorado o Dia Nacional do Trânsito. Instituído por meio da criação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), ocorrido na mesma data, em 1997, o objetivo envolvido na sua criação é o de promover uma maior conscientização sobre os cuidados que devem ser adotados nas vias, independentemente do meio de deslocamento.
Isso é ainda mais relevante se olharmos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que dizem que o Brasil figura como o terceiro país com mais mortes de trânsito no mundo.
Por dentro da realidade dos números no trânsito
Ainda dentro disso, as mortes causadas em acidentes no País aparecem como a oitava causa mais frequente de fatalidades, de modo que pelo menos três pessoas morrem no trânsito, por hora, no Brasil. No mundo, o cenário é igualmente preocupante.
Prova disso é que pelo menos 1,25 milhão de vidas são perdidas a cada ano, ainda segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Dentre as pessoas com idade entre 5 e 29 anos, os acidentes de trânsito são a principal causa de morte mundialmente.
Considerando a necessidade de mudar esse cenário, é crucial investir em medidas para tornar o trânsito mais seguro nas ruas, o que significa reduzir o risco não apenas para os condutores de veículos individuais, mas também para outros públicos que estão nas vias, como os pedestres.
Pedestres, ciclistas e motociclistas são vítimas frequentes em acidentes
Em parte considerável dos casos, ciclistas, motociclistas e pedestres se tornam vítimas fatais dos acidentes ocorridos. Para se ter uma melhor dimensão disso, a nível global, esse público, considerado mais vulnerável dentro desse contexto, corresponde a 49% do total dos óbitos.
Além da expressiva perda humana, estima-se que 3% do valor do Produto Interno Bruto (PIB) seja perdido em virtude dos acidentes. Em 2021, com o objetivo de reduzir pela metade o número de mortes e lesões de trânsito ocorridas no mundo até o ano de 2030, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um Plano Global para a Década de Ação para Segurança Viária.
A iniciativa destaca como as infrações ao volante devem ser encaradas com a devida seriedade, considerando ainda que dirigir dentro dos limites de velocidade, apesar de extremamente importante, não constitui o único cuidado a ser adotado no dia a dia.
Dessa forma, outras medidas igualmente válidas, como não utilizar smartphones ao conduzir qualquer tipo de veículo ou enquanto caminha — já que esse uso aumenta em quatro vezes o risco de acidentes—, não dirigir sob influência de álcool, medicamentos, ou com sono, são outras medidas simples, mas que ao mesmo tempo também são efetivas, uma vez que, adotadas de forma massiva, podem responder pela mudança de cenário.
Fonte: Universidade de São Paulo, Governo Federal, Nações Unidas, Organização Mundial da Saúde, Associação Paulista de Medicina