Governo Federal lança inventário nacional de emissões do setor de transportes na COP30

Governo Federal lança inventário nacional de emissões do setor de transportes na COP30

Levantamento divulgado nesta quinta-feira (13) orienta metas da NDC brasileira e estrutura ações de mitigação e adaptação na logística

O Brasil segue na linha de frente dos esforços globais pela descarbonização da cadeia logística entre os 197 países-membros da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém (PA). Nesta quinta-feira (13), o Governo Federal apresentou o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) do Setor de Transportes.

“É um levantamento absolutamente detalhado, com dados primários e participação efetiva de empresas, associações e operadores de transporte. O estudo aborda as emissões por modal, por tipo de veículo e também pela infraestrutura”, destacou o subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, Cloves Benevides.

A iniciativa foi desenvolvida em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e será essencial para orientar o país no cumprimento de metas,  como a nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), apresentada em novembro de 2024, durante a COP29. O compromisso prevê a redução voluntária das emissões de GEE em pelo menos 59% até 2035, com uma meta ideal de 67%.

“Ambição sem trilha de implementação é apenas um compromisso etéreo. O inventário contribui para o reposicionamento do setor, tanto na atuação direta de empresas e operadores dos modais, quanto na formulação de políticas públicas dentro de uma nova realidade”, completou Benevides.

Segundo o subsecretário de Sustentabilidade da pasta, o agrupamento dos indicadores ambientais do setor permitirá a construção das melhores diretrizes para o Plano Clima e para o Plano Nacional de Logística (PNL) 2050, instrumentos fundamentais para definir medidas de mitigação e fortalecer a infraestrutura resiliente a médio e longo prazo. O levantamento também servirá de base para projetos como os Corredores Azuis, que incentivam o uso de gás natural e biometano como combustíveis em veículos rodoviários.

“Agora, o setor tem mais segurança para comunicar o que já realiza e quais compromissos pode assumir. O inventário oferece as condições para organizar políticas públicas nos corredores azuis, em projetos de descarbonização e na operação da infraestrutura, aproveitando toda a vantagem competitiva que o Brasil possui”, detalhou.

Nos últimos três anos, o Ministério dos Transportes vem ampliando ações voltadas à sustentabilidade. Durante a COP30, foram apresentados a delegações estrangeiras mais de US$ 2 bilhões em novos investimentos destinados a aprimorar a adaptação da infraestrutura e a descarbonização das rodovias brasileiras.

As discussões também abordaram medidas para estimular o uso de múltiplos combustíveis, a eletrificação, a racionalização e a modernização das frotas, ações que fortalecem outras cadeias produtivas, como a de milho e etanol, utilizados na fabricação de biocombustíveis.

De Belém, o mundo escuta

Na agenda da COP30, o Ministério dos Transportes esteve presente em rodadas de negociação com representantes de governos, instituições multilaterais e organismos internacionais para avançar no consenso entre entendimentos voltados à adaptação da infraestrutura.

Câmara aprova admissibilidade da PEC 51/24, que garante melhores condições de trabalho para motoristas de transporte rodoviário de cargas e passageiros

Câmara aprova admissibilidade da PEC 51/24, que garante melhores condições de trabalho para motoristas de transporte rodoviário de cargas e passageiros

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados deu um passo significativo ao aprovar a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 51/24, de autoria do deputado Toninho Wandscheer (PP-PR). Essa proposta busca estabelecer condições especiais de trabalho para motoristas que atuam no transporte rodoviário de passageiros e de cargas, uma medida que, segundo defensoras e defensores da proposta, é essencial para garantir melhores condições laborais para essa categoria frequentemente trabalhosa e exposta.

O texto da PEC prevê a criação de uma legislação específica, que vai detalhar aspectos cruciais, como a jornada de trabalho, o tempo que o motorista deve estar à disposição do empregador e os períodos de espera entre as operações de carga e descarga. Além disso, as normas regem os intervalos necessários para descanso e alimentação, o repouso semanal e a remuneração em períodos não trabalhados.

A proposta estabelece que, a cada 24 horas, os motoristas devem ter direito a um descanso de 11 horas, podendo esse tempo ser fracionado, desde que respeitado um período mínimo de 8 horas ininterruptas. A legislação também permite que o intervalo para refeição coincida com as paradas obrigatórias, promovendo maior flexibilidade para os motoristas em relação à sua rotina.

Outro ponto relevante é a questão do tempo de espera, que é excluído da jornada de trabalho, mas deve ser remunerado com 30% do salário-hora habitual. Durante esse período, os motoristas têm permissão para realizar pequenas movimentações com o veículo, desde que seu descanso seja respeitado.

O relator da proposta, deputado Zé Trovão (PL-SC), manifestou apoio ao texto, ressaltando a importância de assegurar direitos e condições que reflitam a realidade enfrentada pelos motoristas. A PEC também estabelece regras para viagens longas, permitindo que o repouso semanal ocorra na base da empresa ou na residência do motorista, desde que haja condições adequadas durante a viagem.

Se aprovado, o próximo passo envolve a análise da proposta por uma comissão especial, que se aprofundará na avaliação dos méritos da PEC, antes de seguir para votação no Plenário da Câmara. Com essa proposta, espera-se que a rotina desgastante dos motoristas receba a atenção devida, promovendo segurança e dignidade no exercício de suas funções.

O volume do transporte de cargas no País está quase 40% acima do nível pré-pandemia

O volume do transporte de cargas no País está quase 40% acima do nível pré-pandemia

A cada 10% de crescimento na movimentação de cargas, aumenta em cerca de 6% a 8% o consumo de componentes de reposição, principalmente pneus

Pela mais recente Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgada em outubro, o volume do transporte de cargas no País está quase 40% acima do nível pré-pandemia, impactando diretamente na demanda por peças e pneus. Por outro lado, isso não significa melhora no valor do frete, e o setor continua  enfrentando o déficit de mão de obra.

Segundo Carlos Panzan, presidente da FETCESP – Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo, é preciso ponderar este resultado. “Apesar dos números divulgados, o setor de transporte de cargas ainda vive com margens mais apertadas. Ainda assim, as empresas têm buscado alternativas para manter a competitividade, apostando em eficiência operacional, revisão de custos e inovação em serviços logísticos. Desde 2022, os indicadores apontam um crescimento. Em 2023, tivemos patamar recorde da série histórica da pesquisa. De qualquer forma, é preciso ter um olhar atento ao que ocorre dentro das transportadoras, que reflete na maior atenção das empresas em manter equilíbrio financeiro e aprimorar a gestão”, afirmou.

Para Ludymila Mahnic, diretora Administrativa e Comercial da Mahnic Soluções Logísticas, o avanço (40%) é resultado de uma combinação de fatores que movimentaram toda a cadeia. “O crescimento do e-commerce, a retomada da produção industrial e agrícola e o aumento das exportações deram um novo ritmo ao transporte de cargas. Além disso, o setor evoluiu bastante em gestão e tecnologia, com empresas investindo em frota própria, rastreamento, automação e eficiência operacional. Tudo isso ajudou o transporte rodoviário, que continua sendo o principal responsável pela movimentação de mercadorias no Brasil, a se destacar nesse cenário”, explicou.

Ela disse também que, em parte, esse resultado já era esperado. “A gente já vinha percebendo um movimento positivo depois da pandemia. O transporte ganhou um papel ainda mais estratégico para a economia, e fatores como o bom desempenho do agronegócio e o reaquecimento da indústria aceleraram esse avanço. O setor está mais profissional, com empresas apostando em tecnologia e infraestrutura, o que também tem sustentado esse patamar elevado de atividade”, comentou.

Principais demandas

Sobre as principais demandas, Ludymila respondeu que bebidas e alimentos sempre têm uma demanda muito alta no Brasil. “Principalmente, quando chega no final do ano, pois tem o chamado plano verão, que temos que abastecer para o Natal, Réveillon, Férias e Carnaval. Mas, neste ano, nós tivemos um aumento significativo de níquel para exportação e uma procura também para terras raras, que foi pouca, mas um percentual maior que nos anos anteriores”, especificou. Panzan sintetizou: “as cargas agropecuárias continuam liderando o volume transportado, especialmente grãos, carnes e derivados”, citou.

Valor do frete

Ainda que o volume transportado tenha aumentado, Panzan esclareceu que isso não reflete diretamente no  aumento do valor do frete. “O aumento no volume transportado nem sempre se traduz em valorização do frete. O setor opera em um ambiente altamente competitivo, no qual custos como combustível, pedágio, pneus e manutenção exercem forte pressão sobre as margens”, explicou.

Ludymila foi enfática ao dizer que, infelizmente, não melhorou o valor do frete, mas que o ganho vem de outra forma. “Hoje ganhamos mais em fidelização de clientes, uso de frota própria e veículo com capacidade maior, e isso faz com que o seu percentual de atendimento para tal rota aumente dentro daqueles clientes. Então ganhamos no volume carregado”, afirmou.

Demanda por peças de reposição e pneus 

Nas palavras de Panzan, “o aumento da movimentação naturalmente eleva o desgaste da frota e, consequentemente, a demanda por pneus, peças e serviços de manutenção. Esse cenário reforça a importância da manutenção preventiva e da gestão de frota baseada em dados, fundamentais para preservar a segurança e reduzir custos operacionais”, ressaltou.

E Ludymila falou em números. “O aumento do volume de transporte tem impacto direto na demanda por peças e pneus. Estimamos que, a cada 10% de crescimento na movimentação de cargas, haja um aumento de cerca de 6% a 8% no consumo de componentes de reposição, especialmente pneus, que são os itens de maior desgaste. Nas frotas próprias, esse movimento é ainda mais visível, porque o planejamento de manutenção precisa estar sempre em dia para garantir disponibilidade e segurança”, explicou.

Escassez de motoristas

Recorrente no setor de transporte rodoviário de carga, a falta de motoristas continua sendo um percalço. “A escassez de motoristas é uma preocupação nacional e tem mobilizado empresas, federações e entidades de classe. Há um esforço coletivo, liderado por instituições como o SEST SENAT e os sindicatos regionais, para capacitar novos profissionais e requalificar aqueles que estão fora do mercado. As transportadoras também têm adotado políticas de valorização, com melhores condições de trabalho e programas de reconhecimento. A prioridade é fortalecer a mão de obra nacional e tornar a profissão mais atrativa para as novas gerações, garantindo a sustentabilidade do transporte rodoviário de cargas no longo prazo”, disse Panzan.

Ludymila lamentou que está cada vez mais difícil e que esse é um dos maiores desafios do transporte hoje. “Faltam profissionais qualificados, e as empresas têm precisado agir para formar seus próprios talentos. Aqui na Mahnic, por exemplo, investimos na capacitação de motoristas por meio de parcerias com o SEST/SENAT e com iniciativas internas de treinamento prático. Além disso, estamos trabalhando para oferecer melhores condições de trabalho, com planos de carreira, reconhecimento por desempenho e estruturas de apoio mais adequadas”, informou.

Perspectivas para 2026

Para o próximo ano, Ludymila disse que a expectativa é de crescimento sustentável e mais qualificado no transporte rodoviário. “A Mahnic Soluções Logísticas está se preparando para isso. Nosso foco é fortalecer a eficiência operacional da frota própria, investir em tecnologia e capacitação de motoristas, e ampliar a estrutura de armazenagem nas bases de Pirassununga (SP) e Aparecida de Goiânia (GO). Acreditamos que 2026 será um ano de consolidação e expansão, com a Mahnic cada vez mais posicionada como uma solução completa, integrada e confiável para atender às novas demandas logísticas do mercado”, finalizou.

Panzan respondeu que o ano de 2026 tende a ser de adaptação e atenção redobrada para o setor de transporte de cargas. “As mudanças previstas com a Reforma Tributária e o contexto político exigirão das empresas uma gestão cada vez mais técnica, estratégica e conectada às entidades representativas. Será um período de ajustes e de busca por eficiência, em que o foco estará na análise cuidadosa de custos, processos e oportunidades que surgirem a partir das transformações do mercado”, afirmou.

Segundo ele, mediante este cenário, “a orientação é que os transportadores se mantenham próximos aos sindicatos e federações, participando ativamente das discussões que impactam o setor. A expectativa é de um ano desafiador, mas também de fortalecimento coletivo, em que o diálogo e a união entre empresas, entidades e poder público serão fundamentais para que o transporte rodoviário continue cumprindo seu papel essencial na economia brasileira”, concluiu.

Porto de Rio Grande fica entre os quatro melhores do país em práticas ESG

Porto de Rio Grande fica entre os quatro melhores do país em práticas ESG

Reconhecimento nacional destaca ações ambientais, sociais e de governança e reforça inserção internacional do complexo portuário

O Porto do Rio Grande foi reconhecido como uma das principais referências brasileiras em práticas ambientais, sociais e de governança. A autoridade portuária conquistou o 4º lugar no Prêmio Melhor Desempenho ESG.

O reconhecimento foi anunciado durante o XII Congresso Internacional de Desenvolvimento Portuário (CIDESPORT), em Santa Catarina.

A premiação avalia indicadores técnicos de gestão ambiental, transparência, ações sociais e governança.

– Temos uma prática de controle interno e monitoramento para redução de riscos, mas o que vem crescendo na Portos, a partir da criação da empresa pública, são as iniciativas junto às comunidades lindeiras ao Porto, uma série de projetos sociais importantes, como ‘Minha Cidade tem um Porto’, que impactam a comunidade e também a estruturação da governança interna – afirma Henrique Ilha, diretor de Meio Ambiente da Portos RS.

ESG como parâmetro global

O conceito de ESG – sigla em inglês para Environmental, Social and Governance – reúne práticas adotadas por organizações para reduzir impactos ambientais, fortalecer relações sociais e manter processos internos transparentes e responsáveis.

Nos últimos anos, tornou-se um padrão internacional de avaliação do compromisso de empresas e instituições com sustentabilidade, ética corporativa e desenvolvimento social.

– A sigla surgiu em 2004, na ONU (Organização das Nações Unidas). Nesse momento, também surgiu o conceito de desenvolvimento sustentável, nas grandes corporações, e e se propagou em toda a cadeia de negócios. É a sigla do mercado responsável, ou seja, investir em práticas de meio ambiente e bem-estar social é estratégico – explica Marcelo Dutra, ecólogo e docente da Universidade Federal do Rio Grande (Furg).

Entre as atuações práticas do Porto do Rio Grande, está a redução de riscos, como o controle para o não vazamento de óleo na Lagoa dos Patos.

Impacto nas movimentações portuárias 

O avanço nas práticas sustentáveis também tem influenciado diretamente as movimentações portuárias e ampliado a inserção internacional do Porto do Rio Grande.

Segundo Ilha, a autoridade portuária tem firmado acordos com países como Holanda, Bélgica, China e Japão, que exigem comprometimento com a agenda ESG:

— O Porto do Rio Grande é um player internacional. Esses parceiros pedem alinhamento com a pauta ESG, e isso tem atraído investimentos importantes – finaliza.

Ainda conforme a autoridade portuária, o movimento abre portas para novos negócios e fortalece o desenvolvimento do Distrito Industrial e da região Sul do Estado.

Atualmente, o Porto de Rio Grande é responsável por movimentar mais de 20 toneladas de cargas anualmente.

Empresas de transporte de cargas ganham apoio da NTC&Logística e Domani Global para atender à nova legislação climática

Empresas de transporte de cargas ganham apoio da NTC&Logística e Domani Global para atender à nova legislação climática

Parceria oferece soluções práticas e acessíveis para a implementação de práticas ESG, e inventário de emissões em conformidade com a Lei nº 14.948/2024

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) firmou uma parceria estratégica com a Domani Global, empresa especializada em soluções ESG e gestão de emissões, com o objetivo de apoiar as transportadoras brasileiras na adequação às novas exigências ambientais previstas na Lei nº 14.948/2024.

A legislação criou o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), que obriga empresas que emitem acima de 10 mil toneladas de CO₂ equivalente (CO₂e) por ano a reportarem suas emissões de gases de efeito estufa. Já as que ultrapassam 25 mil toneladas anuais devem apresentar também um plano de mitigação e compensação, alinhado aos compromissos climáticos nacionais.

Segundo levantamento da PwC Brasil (2024), 62% das grandes empresas brasileiras já adotam práticas ESG estruturadas, e o movimento se estende agora para empresas de médio e pequeno porte, impulsionado por exigências legais, pressão de mercado e compromissos com cadeias de suprimento mais sustentáveis.

Neste contexto, a parceria entre NTC&Logística e Domani Global visa facilitar o acesso das empresas do setor de transporte a soluções completas, acessíveis e adaptadas ao seu porte e nível de maturidade em sustentabilidade.

Serviços disponíveis para empresas associadas à NTC&Logística

  • Inventário de Emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa)
    Realizado nos escopos 1, 2 e 3, de acordo com normas internacionais e exigências da legislação brasileira.
  • Plataforma Domani SaaS – Sustainability as a Service
    Plataforma digital e intuitiva para gestão ESG, monitoramento mensal e geração automática de relatórios.
  • Diagnóstico ESG personalizado
    Avaliação estratégica para identificação de pontos críticos, oportunidades de melhoria e adequação às exigências regulatórias.
  • Plano de Descarbonização
    Desenvolvimento de estratégias para redução e compensação de emissões, com metas realistas e acompanhamento técnico.
  • Treinamentos e Capacitações
    Cursos voltados a equipes técnicas e comerciais, com certificação, para aplicação de boas práticas de sustentabilidade no transporte.
  • Certificação e Selo Carbono Neutro
    Empresas que realizarem compensações por meio da Domani poderão receber o Selo, conferindo visibilidade e posicionamento no mercado.
  • Atendimento personalizado com especialistas no setor
    Equipe técnica com conhecimento específico do Transporte Rodoviário de Cargas, facilitando a implementação das soluções.

Além disso, a estrutura dos pacotes foi elaborada para atender a empresas de todos os tamanhos – de micro e pequenas transportadoras até grandes operadores logísticos –, com valores reduzidos e condições especiais para associadas da NTC&Logística, utilizando o código de desconto NTC15.

Serviço

Domani Global – Sustentabilidade para o Transporte de Cargas

E-mail: contato@domani.global

Telefone/WhatsApp: +55 11 99559-8402

Site: www.domani.global

Redes sociais: LinkedIn, Instagram e outras plataformas oficiaisCódigo de desconto para associados da NTC&Logística: NTC15

Projeto que inclui setor de transporte no Conselho do Sebrae é aprovado em Comissão da Câmara

Projeto que inclui setor de transporte no Conselho do Sebrae é aprovado em Comissão da Câmara

A CVT (Comissão de Viação e Transportes) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 2.831/2025, de autoria do deputado Jilmar Tatto (PT/SP). A proposta altera a Lei nº 8.029/1990 para incluir um representante do setor de transporte no CDNS (Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae).

A medida busca corrigir uma lacuna de representatividade, já que o setor é um dos grandes contribuintes do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), mas ainda não tem assento no Conselho. Com a aprovação na CVT, a matéria segue agora para a análise da CICS (Comissão de Indústria, Comércio e Serviços) e, posteriormente, será deliberada pela CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania). O Projeto tem caráter conclusivo nas Comissões, o que significa que, se for aprovado nas duas próximas etapas, poderá seguir diretamente para a apreciação do Senado Federal.

Atualmente, o setor de transporte não está representado no CDNS, diferentemente de áreas como a indústria (CNI), o comércio (CNC) e a agricultura (CNA). A aprovação do Projeto permitirá que a CNT indique um representante para ocupar uma cadeira no Conselho Nacional, o que, por consequência, possibilitará a participação também nos conselhos regionais e estaduais do Sebrae.

O relator da matéria na Comissão, deputado Guilherme Uchoa (PSB-PE), votou pela aprovação do Projeto. Em seu parecer, Uchoa destacou que “o transporte é um elo essencial para as atividades produtivas, o escoamento da produção e a viabilização do comércio e dos serviços”.

O relator ressaltou ainda a expressiva participação de micro e pequenas empresas no setor, especialmente com o crescimento do comércio eletrônico, o que reforça a necessidade de inclusão. O parecer considera a medida um avanço para o fortalecimento do Sebrae e a valorização das empresas de transporte, corrigindo uma lacuna histórica.

Articulação e tramitação

A aprovação foi resultado de um trabalho de articulação da CNT, que participou da formulação do texto e da sugestão da proposta ao autor da matéria. Também houve mobilização para a designação da relatoria e a construção do parecer favorável, além de esforços para pautar e votar a matéria na Comissão. O tema está entre as principais pautas institucionais da CNT e conta com um trabalho conjunto do presidente da Confederação, Vander Costa, e das federações representantes do setor transportador nos estados.

Plenário aprova Severino Neto como diretor da ANTT

Plenário aprova Severino Neto como diretor da ANTT

Com 55 votos favoráveis, Severino Medeiros Ramos Neto assume direção da Agência Nacional de Transportes Terrestres; indicação foi celebrada pela bancada paraibana

O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (12), a indicação de Severino Medeiros Ramos Neto, feita pela Presidência da República (MSF 78/2025), para o cargo de diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O nome de Severino Neto recebeu 55 votos favoráveis e apenas um contrário. Ele ocupará a vaga aberta, após a posse de Guilherme Theo Rodrigues da Rocha Sampaio, no mesmo cargo.

Graduado em ciências jurídicas, com mestrado em direito ambiental e atualmente doutorando em direito, Severino Neto possui ampla experiência em direito público. Foi conselheiro seccional da OAB da Paraíba nos triênios de 2019 a 2021 e de 2022 a 2024, além de membro consultor da Comissão Especial de Acompanhamento Legislativo do Conselho Federal da OAB no mesmo período.

Durante a votação, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) pediu apoio ao conterrâneo paraibano e destacou o orgulho da bancada do estado pela indicação:

— Nos sentimos felizes e honrados de poder participar da indicação e votar favoravelmente, não apenas por ser um conterrâneo do Cariri paraibano, mas principalmente pelos seus valores pessoais, reconhecidos pelo relator na Comissão de Infraestrutura, senador Jayme Campos. Pedimos aos colegas a mesma compreensão e o voto favorável para que o competente cidadão, que já demonstrou excelência como advogado, possa contribuir também à frente da ANTT — afirmou o parlamentar.

O apelo foi reforçado pelo senador Efraim Filho (União-PB):

— Como paraibano, me somo ao apoio da bancada do União Brasil e solicito a todo o Plenário o voto sim para aquele que, entre tantas qualidades, destaca-se também por ser paraibano, doutor Severino Medeiros Ramos Neto.

Sobre a ANTT

Criada pela Lei 10.233, de 2001, a ANTT é uma autarquia sob regime especial, com sede e foro no Distrito Federal, e atuação nacional por meio de unidades regionais e postos de fiscalização.

A Agência tem como finalidade regular, supervisionar e fiscalizar os serviços e a exploração da infraestrutura de transportes terrestres realizados por terceiros, buscando garantir a movimentação de pessoas e bens, harmonizar os interesses dos usuários e das empresas concessionárias, permissionárias, autorizadas e arrendatárias, além de preservar o interesse público, arbitrar conflitos de interesses e coibir práticas anticompetitivas.

Entre as atribuições da ANTT, estão a regulação do transporte ferroviário de passageiros e cargas; a exploração da infraestrutura ferroviária e o arrendamento de ativos operacionais; o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; o transporte rodoviário de cargas; a gestão da infraestrutura rodoviária federal; o transporte multimodal e o transporte de cargas especiais e perigosas em rodovias e ferrovias.

Obra histórica de R$ 6,8 bilhões reduzirá viagem de 1 hora para 2 minutos entre duas cidades brasileiras

Obra histórica de R$ 6,8 bilhões reduzirá viagem de 1 hora para 2 minutos entre duas cidades brasileiras

A construção do Túnel Imerso Santos–Guarujá, no litoral de São Paulo, foi confirmada após o fim do prazo de recursos contra o resultado do leilão de concessão. A empresa portuguesa Mota-Engil será responsável pela construção, operação e manutenção do empreendimento por 30 anos, dentro de uma parceria público-privada (PPP).

O investimento total será de R$ 6,8 bilhões, e a assinatura do contrato está prevista para dezembro, quando também devem começar as obras. O túnel será a primeira travessia submersa do Brasil, ligando Santos e Guarujá por uma via seca de 1,5 km de extensão, com 870 metros sob o canal do Porto de Santos.

O trajeto, que atualmente pode levar até uma hora utilizando balsas, passará a ser feito em apenas dois minutos. A expectativa é que o projeto traga ganhos significativos para a mobilidade urbana, reduzindo filas e melhorando o fluxo de veículos, pedestres e transporte público.

Impactos e monitoramento da obra

A iniciativa é uma parceria entre o governo federal, o governo de São Paulo e a Autoridade Portuária de Santos (APS). Segundo a APS, o túnel é considerado uma das obras mais estratégicas do estado, com potencial de modernizar a região e aumentar a eficiência do Porto, um dos mais movimentados da América Latina.

A construção será acompanhada por um comitê regional de monitoramento de impactos ambientais, com o objetivo de minimizar interferências nas operações portuárias e garantir sustentabilidade durante as obras. Além de impulsionar a logística e o turismo, o túnel deve gerar milhares de empregos diretos e indiretos. O Túnel Santos–Guarujá tem conclusão prevista para 2030.

Implementos pesados reagem em outubro, mas resultado anual ainda é negativo

Implementos pesados reagem em outubro, mas resultado anual ainda é negativo

Implementos pesados sobem 7,4% em outubro, mas o acumulado de 2025 ainda registra queda; leves seguem em alta

O mercado brasileiro de implementos rodoviários registrou desempenho misto em outubro de 2025, com sinais de recuperação pontual para alguns segmentos. No mês passado, o setor de implementos pesados – formado por reboques e semirreboques – apresentou crescimento de 7,4% em relação à média anual, com 6.460 unidades emplacadas, superando a média de 6.012 unidades registrada ao longo do ano. Apesar dessa alta mensal, o acumulado de 2025 ainda mostra retração de 19,96%. Os dados são da Associação Nacional de Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR).

O segmento de carrocerias sobre chassis, classificado como leve, registrou nova alta nos emplacamentos. Em outubro, foram vendidos 7.520 produtos, volume 15,3% acima da média anual de 6.521 unidades.

Quando se considera o mercado de implementos como um todo, a soma dos segmentos indica uma retração de 6,02% de janeiro a outubro de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Nesse ínterim, a indústria vendeu 125.341 implementos, ante 133.376 unidades em 2024.

Caminhões e implementos em queda em 2025

As vendas de caminhões também apresentaram queda em outubro. Conforme dados da Fenabrave, o volume vendido de janeiro a outubro de 2025 foi de 92.317 unidades. No mesmo período de 2024, o total foi de 100.390 produtos, o que representa recuo de 8,04%.

De acordo com José Carlos Sprícigo, presidente da ANFIR, a queda das vendas nos setores de caminhões e implementos desacelera o desenvolvimento do país. “Os dois setores de mercado são motores importantes do desenvolvimento econômico brasileiro e refletem diretamente o andamento dos negócios no Brasil.”

Além disso, Sprícigo defendeu mudanças na política econômica para a recuperação sustentável do setor: “Faz-se necessário o controle de gastos para que, com superávit, o Banco Central possa aliviar esta taxa Selic, que influencia negativamente os negócios, principalmente os de bens de capital”, afirmou.

Obra bilionária moderniza importante rodovia de SP na maior intervenção em 75 anos

Obra bilionária moderniza importante rodovia de SP na maior intervenção em 75 anos

Com a conclusão das obras no trecho entre São Paulo e Arujá, a Rodovia Presidente Dutra (BR-116) passa por sua maior transformação desde a inauguração, em 1951. A CCR RioSP, concessionária responsável pela via, investiu R$ 1,4 bilhão na modernização do corredor que conecta a capital paulista ao Aeroporto Internacional de Guarulhos e ao Rio de Janeiro.

Entre as novidades estão 21 pórticos de pedágio com tecnologia de passagem livre (free flow), cinco novos viadutos e ampliação das pistas expressas e marginais. A intervenção tem como objetivo melhorar o fluxo dos cerca de 350 mil veículos diários que utilizam o trecho, especialmente nas ligações com a Marginal Tietê, Rodovia Fernão Dias e Rodovia Hélio Smidt, principal acesso ao aeroporto.

Viadutos imponentes e trânsito mais fluido

As mudanças são perceptíveis para quem trafega pela região. A nova alça de acesso à Rodovia Hélio Smidt impressiona: a estrutura atinge 20,65 metros de altura e forma uma curva suspensa que conecta subida e descida. A via expressa também ganhou uma terceira faixa por sentido, enquanto a velocidade máxima no trecho foi reduzida de 110 km/h para 50 km/h em pontos de maior complexidade.

Segundo Denysson Canesso, gerente executivo de Engenharia da CCR RioSP, o principal desafio foi desafogar um trecho historicamente congestionado.

“Aquela região sempre foi muito complexa, com tráfego que cresce a cada ano. Era necessário dar fluidez a uma área já saturada”, explica.

A concessionária estima que o novo traçado possa economizar até uma hora de viagem no trajeto de ida e volta até o aeroporto.

Pedágios de passagem livre e cobrança variável

Os 21 pórticos eletrônicos estão posicionados em todas as entradas e saídas entre a via expressa e as marginais, até o pedágio de Arujá. O novo sistema free flow permitirá que os veículos passem sem precisar parar – a cobrança será feita automaticamente, por leitura de placa ou tag.

Por enquanto, o sistema está instalado, mas a cobrança ainda não começou. A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) informou que os valores e a data de início só serão definidos após deliberação da diretoria colegiada. A expectativa é que a tarifa seja dinâmica, com preço mais alto em horários de pico.

Motoristas que utilizarem somente a via expressa pagarão o pedágio físico de R$ 4,50, enquanto quem circular apenas pelas marginais não será tarifado.

Reações e polêmicas

Apesar dos avanços, o novo sistema gera discussões judiciais. A Prefeitura de Guarulhos entrou com ação contra a União pedindo a suspensão da cobrança no trecho urbano da cidade, alegando que o pedágio afetaria moradores que precisam circular entre bairros.

Em outra decisão recente, a 6ª Vara Federal de Guarulhos atendeu a um pedido do Ministério Público Federal e suspendeu a aplicação de multas a motoristas que deixarem de pagar as tarifas até que a situação seja regulamentada.

Mesmo com as controvérsias, representantes do setor de transporte veem avanços. Marinaldo dos Reis, diretor do SETCESP, avalia que as melhorias eram necessárias e trarão impacto positivo para o tráfego de cargas.

“Haverá melhora significativa, especialmente na chegada à Marginal Tietê. Quando o Rodoanel Norte estiver concluído, a fluidez deve ser ainda maior”, afirma.

O que vem pela frente

Além das obras na Grande São Paulo, a CCR RioSP também conduz melhorias em outros dois trechos da Dutra: entre Jacareí e São José dos Campos (SP), com ampliação de faixas até 2025, e na Serra das Araras (RJ), onde estão sendo construídas novas pistas de subida e descida em um trecho de 8 km.

A expectativa é que as intervenções consolidem a nova fase da BR-116, uma das rodovias mais movimentadas do país – agora com infraestrutura moderna, iluminação em LED e tecnologia de cobrança automatizada, que promete mudar o padrão de mobilidade entre São Paulo e o Rio de Janeiro.

Comjovem Espírito santo: solidariedade por meio do projeto Mão Estendida

Comjovem Espírito santo: solidariedade por meio do projeto Mão Estendida

E mais uma vez, a Comjovem-ES entrou em ação! Nesta quinta-feira, 6 de novembro, o vice-coordenador da comissão capixaba, Filipe Cortês, da PHT Transportes, e Leonardo Souza dos Santos, da Expresso Sul Capixaba, fizeram chegar ao projeto Mão Estendida doações de materiais recicláveis para serem utilizados na montagem de cestas de legumes, verduras e frutas que serão doadas a pessoas de vulnerabilidade social. A ação integrou o calendário anual de entregas da Comjovem-ES e estava inserida na meta de ESG.

Mão Estendida é uma expressão que se refere a diversas iniciativas sociais voluntárias que ajudam famílias carentes. As ações incluem arrecadação e doação de alimentos, roupas, móveis e outros itens, além de serviços de apoio, como atendimento psicológico, jurídico e saúde.

O projeto é desenvolvido em vários estados do Brasil, além do distrito federal. No Espírito Santo, ele acontece na Serra. Dentre outras ações, o Mão Estendida capixaba distribui semanalmente cestas verdes, com frutas, verduras e legumes, além de ajuda psicológica, atendimentos nutricionais, doação de roupas e oficinas de artes e formação profissional, aulas de informática e suporte jurídico.

“A doação, mesmo que pequena nesse primeiro momento, se somará a outros recursos para proporcionar alimentos saudáveis a cerca de 180 famílias”, destacou o coordenador, Alexandre Denzin, completando em seguida. “Com a ação, encerramos o ciclo anual da Comjovem-ES, mais uma vez com o comprometimento e engajamento de todos, cumprimos todas as metas, com o propósito de integrar, capacitar e trocar experiências entre os empresários  e despertar lideranças no TRC”.

Anna Carolina Passos

Últimos dias para participar da pesquisa nacional da NTC&Logística sobre os salários dos motoristas de caminhão

Últimos dias para participar da pesquisa nacional da NTC&Logística sobre os salários dos motoristas de caminhão

Levantamento conduzido pelo DECOPE busca retratar a realidade da remuneração dos profissionais do Transporte Rodoviário de Cargas em todo o país

A NTC&Logística, por meio do Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas (DECOPE), iniciou uma nova pesquisa, com foco na realidade salarial dos motoristas de caminhão que atuam no Transporte Rodoviário de Cargas.

O levantamento tem como objetivo reunir informações atualizadas sobre os salários praticados em diferentes regiões e segmentos do setor, contribuindo para a elaboração de estudos técnicos e análises que orientem a atuação da Associação junto às empresas, entidades e autoridades públicas.

Segundo o DECOPE, a participação das empresas é essencial para garantir a representatividade dos dados e aprimorar o entendimento sobre a estrutura de custos e remuneração no transporte de cargas.

As informações enviadas serão tratadas de forma confidencial, e os resultados consolidados serão divulgados posteriormente pela NTC&Logística em seus canais oficiais.

As empresas interessadas em participar podem responder à pesquisa por meio do formulário disponível neste link: https://forms.gle/DAg5pT52mhQqiPRM6

Comitê Gestor do IBS lança site oficial e dá início à construção de sua identidade institucional

Comitê Gestor do IBS lança site oficial e dá início à construção de sua identidade institucional

Página oferecerá informações oficiais sobre a implementação da reforma tributária e o avanço do novo sistema de tributação sobre o consumo

O Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (CGIBS) deu, nesta quarta-feira (12), um passo importante na construção de sua identidade institucional ao lançar o site oficial. A página entra no ar em versão inicial, mas com uma missão: oferecer à sociedade um espaço seguro, oficial e permanente para acompanhar a implementação da reforma tributária e a instalação dessa nova entidade pública de regime especial responsável por coordenar estados e municípios na gestão federativa do IBS.

O lançamento marca um avanço simbólico e concreto na transição para o novo sistema tributário, criando o primeiro canal público inteiramente dedicado às ações, decisões e documentos que estruturam o IBS. Com isso, cidadãos, governos e instituições passam a dispor de uma fonte oficial e unificada para acompanhar, com transparência, cada etapa da construção do novo modelo de tributação sobre o consumo.

Acesse o site do Comitê Gestor do IBS em https://cgibs.gov.br/inicial.

Últimas vagas disponíveis para o Seminário de Relações Trabalhistas no TRC

Últimas vagas disponíveis para o Seminário de Relações Trabalhistas no TRC

Seminário irá debater os impactos da decisão do STF nas relações trabalhistas do TRC

A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5322, transformou o cenário das relações de trabalho no Transporte Rodoviário de Cargas (TRC). Para aprofundar a discussão sobre as implicações dessa mudança, o SETCESP realizará o Seminário Relações Trabalhistas no TRC, que reunirá Desembargadores e Juízes do TRT-2, além de representantes jurídicos de entidades patronais e laborais do setor.

O encontro tem como objetivo analisar os limites constitucionais e discutir alternativas negociadas que garantam segurança jurídica, valorizem a dignidade dos trabalhadores e mantenham a produtividade das empresas de transporte.

Se sua rotina, frota ou representação jurídica é impactada por essas transformações, este é o evento mais importante do ano.

Venha participar deste diálogo essencial e contribuir para a construção de um entendimento comum sobre o futuro das relações trabalhistas no TRC.

Data: 18 de novembro de 2025

Horário: 8h30

Local: SETCESP – Rua Orlando Monteiro, 21 – Vila Maria – São Paulo (SP)

Programação

08h30 – Credenciamento e Welcome Coffee

9h00 – ABERTURA OFICIAL E COMPOSIÇÃO DA MESA INSTITUCIONAL

Presidente do TRT da 2ª Região: Desembargador Valdir Florindo;

Diretora da EJUD2: Desembargadora Bianca Bastos;

Presidente da FETCESP: Carlos Panzan;

Presidente da FTTRESP: Valdir de Souza Pestana;

Presidente do SETCESP: Marcelo Rodrigues.

09h30 – Tema: “Novos Limites para a Negociação Coletiva da Jornada de Trabalho do Motorista após o julgamento da ADI 5322 pelo STF”

Presidente da Mesa: Desembargadora Bianca Bastos (Diretora da EJUD2)

09h30 – Palestrante: Desembargadora Ivani Contini Bramante (TRT2)

10h30 – Palestrante: Juiz Thomaz Moreira Werneck – Juiz Auxiliar de Presidência (TRT2)

11h30 – Debatedor: Narciso Figueirôa Junior (Assessor Jurídico da FETCESP e do SETCESP)

11h50 – Debatedor: Adilson Rinaldo Boaretto (Assessor Jurídico da FTTRESP e da CNTTT)

12h10 – Perguntas e considerações finais

12h30 – Encerramento

Adquira seu ingresso agora mesmo! Vagas limitadas!

CNT alerta para risco de falta de profissionais no transporte em debate sobre jornada 6×1 na Câmara

CNT alerta para risco de falta de profissionais no transporte em debate sobre jornada 6×1 na Câmara

Subcomissão especial discute impactos do regime de trabalho no transporte e no comércio

A CNT participou, nessa segunda-feira (10), de audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, para debater o regime de escala 6×1. O evento, realizado no Auditório Nereu Ramos, foi solicitado pelos deputados Luiz Gastão (PSD/CE) e Luiz Carlos Motta (PL/SP), e integra as atividades da Subcomissão Especial da Escala de Trabalho 6×1.

As autoridades presentes destacaram a importância de avaliar os efeitos do atual regime de seis dias de trabalho por um de folga na saúde e na vida social dos trabalhadores. Representando a CNT, o assessor trabalhista Brunno Batista Contarato chamou a atenção para os riscos que uma mudança abrupta na jornada pode trazer ao setor de transporte, especialmente diante da crescente escassez de mão de obra.

O assessor ressaltou que o transporte vive um cenário crítico de falta de profissionais. Segundo ele, qualquer alteração no regime de trabalho impacta diretamente a mobilidade urbana, o abastecimento e serviços essenciais. Para Contarato, a simples contratação de mais trabalhadores não é viável diante da carência de mão de obra qualificada. No modal aquaviário, por exemplo, o déficit estimado até 2030 varia entre dois e quatro mil marítimos. No setor aéreo, estudos apontam a necessidade de 1,3 milhão de novos profissionais no mundo, nos próximos dez anos.

O modal rodoviário, responsável por 65% da movimentação de cargas no Brasil, também enfrenta forte pressão. A idade média dos caminhoneiros é de 46 anos, sendo 22% deles com mais de 50 anos, um indicativo de que boa parte da força de trabalho se aproxima da aposentadoria sem reposição adequada. Estudos da Confederação mostram ainda que 65,1% das empresas de transporte relatam dificuldade para encontrar motoristas.

O assessor alertou que uma alteração repentina na jornada poderia gerar consequências diretas para a população. “A redução da escala poderia não garantir qualidade de vida se gerar inflação, levando o trabalhador a buscar um segundo emprego”, explicou Bruno. Segundo ele, o impacto poderia ser sentido na redução da oferta de ônibus, em entregas mais demoradas e na elevação de custos logísticos.

A CNT defende que eventuais mudanças sejam conduzidas por meio da negociação coletiva, considerando as especificidades de cada segmento do transporte.

Proposta de mudança na jornada tramita na Câmara

Paralelamente aos debates na Subcomissão, tramita na Câmara a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 8/2025, que propõe a adoção de uma carga semanal de quatro dias de trabalho e três de descanso, extinguindo a escala 6×1 e limitando a jornada a 36 horas semanais. A proposta ainda será analisada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) e, se for aprovada, seguirá para uma comissão especial antes de ser votada em dois turnos pelo Plenário.

A audiência pública contou com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, além de representantes de confederações patronais – CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), CNI (Confederação Nacional da Indústria) e CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) – e de centrais sindicais, como CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores).

Setor de serviços do Brasil cresce mais que o esperado em setembro

Setor de serviços do Brasil cresce mais que o esperado em setembro

O setor cresceu 0,6% sobre agosto, na série com ajuste sazonal, e avançou 4,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior

O volume do setor de serviços do Brasil cresceu mais que o esperado por economistas em setembro, marcando o oitavo mês consecutivo de alta e renovando o ápice da série histórica, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

O setor, que tem sido importante pilar de sustentação da atividade no país em meio ao aperto monetário, cresceu 0,6% sobre agosto, na série com ajuste sazonal, e avançou 4,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Em pesquisa da Reuters, economistas previam alta de 0,4% frente a setembro e de 3,6% no ano.

Três das cinco atividades pesquisadas cresceram em setembro frente a agosto, com destaque para a alta de 1,2% de transportes, impulsionado principalmente pelo transporte rodoviário de carga.

“A recuperação do transporte rodoviário de carga tem sido determinante para essa sustentação do setor de serviços em patamares elevados”, disse o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, em nota. “Há uma correlação direta do aumento da receita das empresas do transporte de cargas, especialmente o rodoviário, com o aumento do escoamento da safra agrícola.”

Os serviços de informação e comunicação e o grupo “outros serviços”, que inclui seguros, planos de saúde e previdência, entre outros, cresceram respectivamente 1,2% e 0,6%.

Já os serviços profissionais e administrativos encolheram 0,6% no mês, enquanto os serviços prestados às famílias sofreram queda de 0,5%, sob o impacto de uma menor receita do setor de restaurantes.

“A difusão dos ganhos, com três dos cinco grupos em alta, sugere continuidade do crescimento em ritmo gradual, com informação, comunicação e logística como principais vetores positivos”, disse o economista da ASA Investments, Leonardo Costa, em nota.

Em entrevista à imprensa, Lobo disse não ver efeitos do tarifaço dos Estados Unidos – que elevou a 50% o imposto de importação sobre boa parte dos produtos exportados pelo Brasil – sobre o setor de serviços.

“O tarifaço dos Estados Unidos afetou segmentos da indústria, mas isso não se refletiu no setor de serviços em perda dos fretes”, disse.

O setor de serviços, que acumulou alta de 3,3% nos oito meses até setembro, tem sido foco de preocupação do Banco Central no que diz respeito à inflação, ainda que na ata de reunião de política monetária da semana passada, divulgada na terça-feira, os diretores da autarquia tenham destacado “algum arrefecimento” na alta de preços do setor, a despeito da resiliência.

O BC voltou a sinalizar a intenção de manter a taxa básica de juros em 15% por tempo prolongado para esfriar a atividade e trazer a inflação de volta à meta de 3%.

A nova rota para Gramado: Saiba como o sistema “Free Flow” vai mudar o acesso à Serra, eliminar cancelas e duplicar rodovias

A nova rota para Gramado: Saiba como o sistema “Free Flow” vai mudar o acesso à Serra, eliminar cancelas e duplicar rodovias

O governo do Rio Grande do Sul detalhou seu mais ambicioso projeto de infraestrutura dos últimos anos: a concessão do Bloco 1 de rodovias. A proposta extingue as atuais praças de pedágio, introduz um sistema de cobrança por quilômetro rodado (free flow), e prevê investimentos de R$ 6,41 bilhões em 454 quilômetros de estradas.

A mudança impactará diretamente a rotina de 27 municípios na Região Metropolitana, Vale do Sinos e Serra Gaúcha. Enquanto o governo defende a medida como a única forma de modernizar a malha viária, o novo modelo trará mais pontos de cobrança e custos que já geram debate, como a projeção de R$ 51,54 (ida e volta) para a viagem entre Porto Alegre e Gramado.

Por que o governo está fazendo esta concessão?

A principal justificativa do governo é a incapacidade financeira histórica de realizar grandes investimentos. O Estado alega um “atraso de 40 anos” na expansão de suas rodovias.

Segundo o governo, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) costumava investir apenas R$ 150 milhões anualmente em manutenção. Embora esse valor tenha saltado para R$ 1,5 bilhão em 2024, o governo afirma que “isso não é suficiente” para as melhorias necessárias.

A solução, segundo o Piratini, é unir a capacidade financeira do Estado com parcerias público-privadas (PPPs). A concessão do Bloco 1 (somada aos blocos 2, 3 e à RSC-287) é vista como a única forma de viabilizar mais de R$ 20 bilhões em investimentos e a duplicação de 720 quilômetros de estradas em todo o Rio Grande do Sul.

O projeto: o que é e o que prevê o Bloco 1

Este bloco específico é um pacote de 30 anos que prevê R$ 6,41 bilhões em investimentos (sendo R$ 4,86 bilhões já nos primeiros dez anos).

Quais estradas estão incluídas? O Bloco 1 tem 454 km de extensão e inclui trechos das seguintes rodovias:

  • ERS-020;
  • ERS-040;
  • ERS-115;
  • ERS-118;
  • ERS-235;
  • ERS-239;
  • ERS-466;
  • ERS-474.

E a nova ERS-010: Uma nova rodovia de 41 km, já duplicada, que ligará a região norte de Porto Alegre a Sapiranga, no Vale do Sinos, servindo como alternativa à congestionada BR-116.

Quais as principais obras?

  • 213,7 km de duplicações;
  • 12,5 km de terceiras faixas;
  • 363,4 km de acostamentos;
  • 88,48 km de vias marginais;
  • 31 passarelas para pedestres.
  • A Grande Mudança: Como vai funcionar o pedágio “Free Flow”?
  • Diga adeus às cancelas e às praças de pedágio físicas. O modelo implementado será o “Free Flow” (fluxo livre).

Como funciona? Pórticos eletrônicos serão instalados sobre as rodovias. Eles farão a leitura automática das placas ou tags dos veículos, sem a necessidade de parar.

Qual o valor? A tarifa base será de R$ 0,21 (21 centavos) por quilômetro rodado.

Como será a cobrança? Diferentemente do modelo atual, a cobrança será aplicada nos dois sentidos da via (ida e volta).

Com isso, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que hoje administra várias dessas estradas, será extinta após a conclusão dos leilões (previstos para 2026) e a passagem da operação para a iniciativa privada.

O impacto no bolso: a Serra Gaúcha e a rota POA-Gramado

A Região das Hortênsias, segundo maior destino turístico do Brasil, será uma das mais impactadas.

Acesso a Gramado e Canela: atualmente, a região possui praças de pedágio da EGR. Elas serão substituídas por 23 pórticos free flow em todo o Bloco 1. Na prática, não será possível entrar ou sair de Gramado ou Canela sem pagar pedágio.

Os principais pontos de cobrança na região estarão localizados em:

  • RS-115 (via Taquara): pórticos em Três Coroas e Gramado;
  • RS-235 (via Nova Petrópolis): pórticos em Nova Petrópolis, Gramado e São Francisco de Paula;
  • RS-466 (Estrada do Caracol): um pórtico em Gramado, no Km 4;
  • obras na Serra: como contrapartida, o projeto prevê a duplicação total da RS-115 (ligação com o Vale do Paranhana) e da RS-235, entre Nova Petrópolis e Gramado.

O custo da viagem: R$ 51,54 para ir e voltar de Gramado A projeção que mais chama a atenção é o custo do trajeto entre Porto Alegre e Gramado, que poderá custar R$ 51,54 (ida e volta) a partir de 2027.

Segundo o plano, essa viagem (usando a nova RS-010, RS-239 e RS-115) exigirá a passagem por sete pórticos de cobrança, somando R$ 25,77 por sentido.

Para efeito de comparação, o governo projeta que a viagem entre Porto Alegre e Balneário Pinhal (pela RS-040) custará R$ 17,73 por sentido.

Os pontos polêmicos do projeto

1. Por que usar R$ 1,5 bilhão do Fundo da Reconstrução (Funrigs)?

O governo do Estado irá investir R$ 1,5 bilhão do Funrigs (criado para a reconstrução pós-enchentes de 2024) no projeto. O governo justifica a ação em dois pilares:

Resiliência – As rodovias do Bloco 1 (que atendem a 34% da população) foram afetadas pelas enchentes. O dinheiro será usado para torná-las “resilientes”, com pontes mais altas, melhor drenagem e contenção de encostas (como na ERS-115, na Serra).

Baratear a Tarifa – O governo afirma que o aporte é crucial para a “modicidade tarifária”. Sem esse R$ 1,5 bilhão, a tarifa por quilômetro não seria de R$ 0,21, mas sim de R$ 0,32.

2. Por que a ERS-118 não terá cobrança?

A ERS-118, na Região Metropolitana, é uma das mais antigas do bloco e está sendo duplicada há mais de 20 anos com recursos públicos. O governo afirma que, em 2022, “ficou consensuado com a sociedade e a Assembleia Legislativa que essa obra seria concluída sem cobrança de pedágio”. A versão atual do projeto mantém esse consenso. No entanto, a nova ERS-010, que também atenderá à Região Metropolitana, terá cobrança.

3. Haverá descontos para moradores locais?

Não. O governo afirma que, como o modelo já cobra por quilômetro percorrido (considerado mais justo), a criação de tarifas diferenciadas “não é factível”.

Contudo, o governo aponta uma saída: os municípios beneficiados terão um aumento na arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS). Nada impede que as prefeituras usem esse recurso extra para “aprovar políticas de desconto ou de isenção, a partir de subsídios custeados pela própria municipalidade”.

O que acontece agora?

O projeto não está fechado. O governo abriu uma etapa de consulta pública, que fica disponível para contribuições da sociedade até o dia 1º de dezembro.

Serão realizadas quatro audiências públicas em diferentes regiões para debater a proposta. O governo afirma que “o diálogo é constante” e que sugestões para aperfeiçoar o projeto, incluindo o número de pórticos ou adaptações nas obras, serão avaliadas, desde que se mantenha o equilíbrio econômico da concessão.

O edital de licitação está previsto para o primeiro trimestre de 2026, com o leilão ocorrendo no segundo semestre do mesmo ano.

Bate-Papo NTC de hoje destaca atuação da NTC&Logística no TST e estudos sobre a remuneração dos motoristas

Bate-Papo NTC de hoje destaca atuação da NTC&Logística no TST e estudos sobre a remuneração dos motoristas

A transmissão apresenta o trabalho jurídico e técnico da entidade, com a participação do assessor jurídico, Dr. Narciso Figueiroa Junior, e do assessor técnico, Lauro Valdivia

Nesta quarta-feira (12), às 14 horas, no canal da NTC&Logística no YouTube, acontece mais uma edição do Bate-Papo NTC, projeto criado em 2017 com o objetivo de aproximar empresários, lideranças e especialistas do setor em torno de debates sobre os temas mais relevantes para o Transporte Rodoviário de Cargas.

A edição de hoje destaca duas importantes frentes de atuação da entidade: o trabalho jurídico da NTC&Logística no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e a pesquisa técnica sobre remuneração de motoristas profissionais.

O assessor jurídico da entidade, Dr. Narciso Figueirôa Junior, participou da audiência pública representando a NTC&Logística, e defendeu a aplicação da Súmula 340, que trata da remuneração de trabalhadores comissionistas. A audiência integra um debate nacional que poderá resultar em um novo precedente vinculante para o setor.

Já o assessor técnico, engo Lauro Valdivia, apresentou uma parcial do estudo que está sendo conduzido pelo Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas (DECOPE), da NTC&Logística, sobre os diferentes modelos de remuneração de motoristas, como comissões, prêmios e produtividade. A pesquisa visa compreender as práticas adotadas pelas transportadoras e gerar informações estratégicas para o fortalecimento das relações de trabalho e para o desenvolvimento do setor.

A conversa será mediada por Rodrigo Bernardino, assessor de Comunicação e Imprensa da NTC&Logística, e mostrará como o trabalho jurídico e técnico da entidade caminham lado a lado na defesa institucional e no suporte aos transportadores em todo o Brasil.

Assista neste link: https://www.youtube.com/watch?v=MMdfbow7tU8 

NTC&Logística participa do Café com Jurídico do SETRAM sobre multas da ANTT e piso mínimo de frete

NTC&Logística participa do Café com Jurídico do SETRAM sobre multas da ANTT e piso mínimo de frete

Evento reuniu mais de 100 empresas da região da AMUREL em um encontro 

No último dia 7 de novembro, o SETRAM – Sindicato das Empresas de Logística e Transportes de Cargas da Região da AMUREL realizou mais uma edição do Café com Jurídico, que contou com a participação da Dra. Gil Menezes, assessora jurídica da NTC&Logística. O encontro foi um verdadeiro bate-papo entre especialistas e transportadores, com foco em esclarecer dúvidas sobre multas aplicadas pela ANTT e a aplicação do piso mínimo de frete. O evento aconteceu na sede da entidade, em Tubarão, Santa Catarina.

Durante sua apresentação, a Dra. Gil Menezes abordou de forma detalhada os principais pontos da legislação referente ao Transporte Rodoviário de Carga, explicando os fundamentos legais, as resoluções da ANTT e os procedimentos administrativos relacionados às infrações e defesas, além das recentes atualizações sobre fiscalização eletrônica e cruzamento de dados via MDF-e. Também apresentou a base legal e as implicações práticas da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, destacando a importância do cumprimento das normas vigentes e da correta emissão dos documentos fiscais eletrônicos.

Mais de 100 empresas participaram ativamente do evento, que se consolidou como um espaço de troca de experiências e orientações práticas para o dia a dia das transportadoras, reforçando o compromisso do SETRAM e da NTC&Logística em promover conhecimento jurídico e técnico de qualidade para o setor.

Transporte sustentável mostra sua relevância no Paraná com a segunda edição do ESG Day e o 1º Prêmio ESG SETCEPAR

Transporte sustentável mostra sua relevância no Paraná com a segunda edição do ESG Day e o 1º Prêmio ESG SETCEPAR

O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (SETCEPAR) realizou, no último mês, em sua sede localizada em Curitiba-PR, a 2ª edição do ESG Day e o 1º Prêmio ESG SETCEPAR. Com foco no Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), o evento reuniu cerca de 200 pessoas para debater iniciativas de transporte sustentável, diversidade e inclusão, sucessão em empresas familiares e inteligência artificial aplicada à logística.

O presidente do SETCEPAR, Silvio Kasnodzei, destacou a consolidação do evento e o compromisso do setor com a sustentabilidade. “Todo esse trabalho que realizamos desde a primeira edição nos traz a responsabilidade de superar a cada ano e trazer temas de impacto. Tenho certeza de que agregamos valor a todos que participaram. Foi um dia muito rico e de muitas informações, com todas as palestras e painéis apresentados”, afirmou.

A diretora do Comitê ESG, Josana Teruchkin, citou o momento no qual o Brasil se encontra, com a realização da COP 30 em Belém do Pará, e como o evento se faz relevante nesse contexto. “Neste momento, o Brasil se prepara para sediar a 30a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que reunirá líderes mundiais em Belém, e o Transporte de Cargas ganha destaque na agenda. Entre os temas em pauta, estão a eletrificação de frotas, a utilização de combustíveis mais limpos e renováveis e a descarbonização da logística. Dessa forma, o ESG Day torna-se ainda mais importante para a discussão de medidas frente a essa pauta”, afirmou.

Entre os destaques da programação, estiveram o coordenador do Programa Despoluir, Paulo Adriano Jacomel, com a palestra “Programa Despoluir e o Transporte Consciente”, e o Painel Ambiental, que reuniu Silvia Elmor (Maré Venture Builder), Erodes Berbetz (Wetzel S.A. e BBA Reman), Silvio Kasnodzei e Paulo Adriano Jacomel para discutir desafios e oportunidades do transporte sustentável.

O evento também abordou diversidade e inclusão com o consultor Guilherme Bara, que reforçou o impacto dessas práticas nas organizações. “Empresas que têm mais maturidade investem em diversidade e inclusão, porque isto é o básico para o ambiente de trabalho, pois respeito e inclusão são inegociáveis. Essas ações contribuem para a atração e retenção de talentos, equipes mais criativas e inovadoras, gestão de reputação e melhor conhecimento sobre mercados e clientes.”

A professora e coordenadora do IBGC Paraná, Janete Anelli, apresentou a palestra “Processos Sucessórios em Empresas Familiares”, destacando a importância do planejamento antecipado. “Entre todos os desafios que uma empresa familiar pode enfrentar, poucos são tão carregados de tensão quanto a sucessão. Quando esse processo começa cedo, as possibilidades de preservar e fortalecer o legado da empresa crescem exponencialmente.”

A programação incluiu ainda apresentações sobre inovação e tecnologia, com o gerente de Engenharia e Mobilidade da Suspensys, Pedro Orlando, que falou sobre o eixo elétrico desenvolvido pelo Grupo Randon, e o vice-presidente da NSTECH, Leopoldo Suarez, que abordou os impactos da inteligência artificial na simplificação da logística.

O evento também marcou a estreia do Prêmio ESG SETCEPAR, idealizado pelo Comitê ESG da entidade para valorizar empresas comprometidas com práticas sustentáveis, responsáveis e inovadoras no transporte. “Foi muito gratificante para nós essa primeira edição do prêmio, e atingimos o objetivo, que era reconhecer as empresas de transporte que já colocam ações ESG no seu dia a dia. Em nome da diretoria do SETCEPAR e em meu próprio nome, parabenizo a todos os vencedores e espero que, nos próximos anos, ainda mais empresas se inscrevam”, destacou Kasnodzei.

A premiação teve auditoria do Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC) e contou com um júri formado por especialistas em TRC e ESG, como Ana Jarrouge (SETCESP); Dirlene Rosar (Human Experience e IBGC); Glaico Gundim (Imputability e Pacto Global da ONU); Janete Anelli (IBGC Paraná) e Sergio Coelho (Design Consultoria).

Empresas vencedoras:

  • Responsabilidade Ambiental by Edenred Ticket Log: Ativalog
  • Responsabilidade Social by Transpocred: Cargolift
  • Governança Corporativa by NSTECH: Patrus Transportes
  • Atitude ESG by Rondon Rodoparaná: Transportes Paulista

A 2ª edição do ESG Day contou com patrocínio Diamante da NSTECH e da Randon, patrocínio Ouro da Ticket e da Transpocred, e patrocínio Prata da Raster, BR Batel, Rodofag Guerra, Davinci Consulting & Tech, FM Pneus e Unificado Seguros.

PLOA 2026 destina R$ 16,05 bilhões para investimentos em infraestruturas de transporte, aponta estudo da CNT

PLOA 2026 destina R$ 16,05 bilhões para investimentos em infraestruturas de transporte, aponta estudo da CNT

Análise consta na nova edição da Série Especial de Economia – Investimentos em Transporte, elaborada pela CNT e lançada nesta terça-feira (11)

A CNT analisou os investimentos previstos no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2026 e observou uma redução no volume de recursos destinados a investimentos em infraestruturas de transporte. O documento estima R$ 16,05 bilhões em investimentos públicos federais para o setor em 2026, 6,3% do total de investimentos públicos federais previstos para o próximo ano. Do montante total, R$ 13,83 bilhões são recursos diretos da União, e R$ 2,22 bilhões são provenientes do orçamento das estatais, como a Companhia Docas e a Infraero.

Os dados integram a nova edição da Série Especial de Economia – Investimentos em Transporte, elaborada pela CNT, que avalia a evolução dos recursos orçamentários e sua distribuição entre os diferentes modos de transporte. O estudo foi lançado nesta terça-feira (11).

A CNT destaca que, embora o orçamento global da União apresente crescimento, a participação relativa dos investimentos em transporte recuou, o que reforça a necessidade de atenção ao tema durante a tramitação do projeto no Congresso Nacional.

No setor de transporte, os investimentos da União (sem considerar as estatais) diminuíram de R$ 16,53 bilhões, no PLOA 2025, para R$ 13,83 bilhões, na proposta atual. O recuo foi mais expressivo no Ministério dos Transportes, cujo orçamento para investimentos caiu de R$ 15,91 bilhões do ano passado para R$ 13,10 bilhões neste ano.

Ainda assim, a pasta ampliou a proporção de investimentos dentro do próprio orçamento, passando de 49,2% para 71,1%, o que indica um foco maior na execução de obras e intervenções diretas. No Ministério de Portos e Aeroportos, o orçamento destinado a investimentos projetado é de R$ 737 milhões, valor pouco maior que o previsto no PLOA 2025.

Assim como nos anos anteriores, o modo rodoviário concentra a maior parte dos investimentos federais em transporte: R$ 11,90 bilhões, o equivalente a 86,0% do total. Em seguida, vêm o modo ferroviário, com R$ 891,57 milhões (6,4%); o aquaviário, com R$ 453,49 milhões (3,3%), e o aéreo, com R$ 268,17 milhões (1,9%). A distribuição percentual se manteve praticamente estável em relação a 2025.

Para a diretora executiva da CNT, Fernanda Rezende, a redução dos investimentos previstos para 2026 exige atenção, já que a qualidade da infraestrutura influencia diretamente a eficiência do transporte e o desempenho da economia, além de impactar também os custos operacionais das empresas, o valor das mercadorias e até o preço das passagens.

“Historicamente, os valores efetivamente executados ficam abaixo das necessidades do setor. Por isso, o estudo aponta que é fundamental que o Congresso avalie formas de ampliar as dotações orçamentárias voltadas às obras de infraestrutura de transporte durante a tramitação do PLOA 2026”, explicou.

Aumento do investimento das estatais

O estudo mostra ainda que as empresas estatais federais deverão investir R$ 2,22 bilhões em projetos de infraestrutura de transporte, valor superior ao previsto no orçamento anterior. A maior parte (77%) está concentrada no setor portuário, com R$ 1,72 bilhão sob a responsabilidade da Companhia Docas, que administra 15 portos públicos federais. O destaque é para a Autoridade Portuária de Santos S.A., que terá aumento expressivo e deve contar com R$ 759,84 milhões, quase o triplo do valor estimado no PLOA 2025. A Infraero, que administra 24 aeroportos, também terá acréscimo, com R$ 501,27 milhões previstos para 2026.

Investimentos totais

O PLOA 2026, encaminhado pelo governo federal ao Congresso Nacional em agosto, estima R$ 6,53 trilhões em despesas totais da União, sendo a maior parte desses recursos (R$ 6,33 trilhões) correspondente ao orçamento fiscal e da seguridade social, enquanto R$ 197,86 bilhões estão direcionados ao orçamento das estatais. O orçamento das estatais (R$ 197,86 bilhões), somado aos R$ 55,31 bilhões de investimentos diretos da União previstos para 2026, totaliza os R$ 253,17 bilhões previstos para investimentos em obras e programas públicos em todo o país, no próximo ano.

Acesse o documento na íntegra.

COP 30: Diretor da ANTT, Felipe Queiroz, mostra como a regulação pode acelerar o transporte sustentável no Brasil

COP 30: Diretor da ANTT, Felipe Queiroz, mostra como a regulação pode acelerar o transporte sustentável no Brasil

Agência protagoniza debate global sobre concessões sustentáveis e transporte verde, mostrando ações e resultados concretos

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) marca presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que começou nessa segunda-feira (10/11), em Belém (PA). A maior conferência ambiental do planeta reúne líderes, especialistas e instituições de todos os continentes para discutir soluções que reduzam as emissões de carbono e tornem o desenvolvimento global mais sustentável.

A ANTT chega ao evento com o compromisso de apresentar resultados concretos e avanços reais no setor de transportes terrestres. A Agência participa tanto da organização e fiscalização logística da COP 30, garantindo segurança e fluidez no transporte oficial, quanto de painéis estratégicos sobre sustentabilidade, concessões e infraestrutura verde.

O diretor Felipe Queiroz representa a instituição em diversos momentos da programação, com destaque para o painel “Concessões Sustentáveis de Transporte: Caminhos para a Integração Climática na Regulação”, que discute a incorporação de critérios socioambientais e climáticos nos contratos federais de concessão. Felipe também participa da abertura da Estação do Desenvolvimento; do painel sobre Oportunidades da Agenda de Biodiversidade para o Setor de Infraestrutura; do debate sobre os Parâmetros de Desempenho de Sustentabilidade (PDS) do Programa de Sustentabilidade para Infraestrutura (PSI/ANTT) e do encontro promovido pelo Ministério de Portos e Aeroportos, que aborda Intermodalidade na Amazônia.

Em todos esses espaços, o objetivo é debater pautas sobre como transformar o sistema de transporte brasileiro em um modelo mais limpo, eficiente e resiliente às mudanças climáticas. “O Sistema Transporte e a ANTT estão contribuindo com uma série de discussões e painéis, mas, sobretudo, apresentando iniciativas concretas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, adaptar a infraestrutura para as mudanças climáticas e tornar a logística nacional mais eficiente”, destacou Felipe Queiroz. “A ANTT também participa da organização com fiscalização e operação na logística do transporte da COP, um evento que veio para marcar história”, complementou o diretor.

Além da atuação institucional e regulatória, a Agência apresenta, durante o evento, exemplos práticos de como os contratos de concessão federais evoluíram na última década, incluindo a exigência de metas ambientais, a modernização de frotas com menor emissão e a instalação de infraestrutura para veículos elétricos em rodovias concedidas. A fiscalização inteligente e integrada também ganhou força, permitindo um controle mais ágil e eficiente das operações de transporte e reduzindo desperdícios e impactos ambientais.

Essas iniciativas refletem o compromisso da ANTT com a agenda climática e com o desenvolvimento sustentável do país, em alinhamento com as diretrizes do Governo Federal e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O objetivo é reforçar o papel da ANTT como uma agência cada vez mais moderna, propositiva e parceira da sociedade, que busca garantir à população um transporte mais seguro, eficiente e sustentável — hoje e para as próximas gerações.

Últimos dias para participar da pesquisa nacional da NTC&Logística sobre os salários dos motoristas de caminhão

Últimos dias para participar da pesquisa nacional da NTC&Logística sobre os salários dos motoristas de caminhão

Levantamento conduzido pelo DECOPE busca retratar a realidade da remuneração dos profissionais do Transporte Rodoviário de Cargas em todo o país

A NTC&Logística, por meio do Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Econômicas (DECOPE), iniciou uma nova pesquisa com foco na realidade salarial dos motoristas de caminhão que atuam no Transporte Rodoviário de Cargas.

O levantamento tem como objetivo reunir informações atualizadas sobre os salários praticados em diferentes regiões e segmentos do setor, contribuindo para a elaboração de estudos técnicos e análises que orientem a atuação da Associação junto às empresas, entidades e autoridades públicas.

Segundo o DECOPE, a participação das empresas é essencial para garantir a representatividade dos dados e aprimorar o entendimento sobre a estrutura de custos e remuneração no transporte de cargas.

As informações enviadas serão tratadas de forma confidencial, e os resultados consolidados serão divulgados posteriormente pela NTC&Logística em seus canais oficiais.

As empresas interessadas em participar podem responder à pesquisa por meio do formulário disponível neste link: https://forms.gle/DAg5pT52mhQqiPRM6 

CS Rodovias Mercosul inicia concessão do Centro Unificado de Fronteira São Borja–Santo Tomé a partir de dezembro

CS Rodovias Mercosul inicia concessão do Centro Unificado de Fronteira São Borja–Santo Tomé a partir de dezembro

Nova administradora assume operação, modernização e manutenção do CUF e da Ponte Internacional, com atualização das tarifas e nova metodologia de cobrança

A Concessionária CS Rodovias Mercosul SPE S.A. anunciou que assumirá, a partir de 2 de dezembro de 2025, a gestão do Centro Unificado de Fronteira (CUF) São Borja–Santo Tomé e da Ponte Internacional que liga o Brasil à Argentina. A empresa foi a vencedora da Concorrência nº 01/2025 promovida pela Comissão Mista Argentino-Brasileira (COMAB).

Com o início da nova fase da concessão, a CS Rodovias Mercosul reforça o compromisso de manter e aprimorar os serviços já existentes, assegurando continuidade operacional, eficiência logística, qualidade no atendimento e segurança nas operações aduaneiras. O objetivo é transformar o CUF em uma referência de integração fronteiriça e excelência operacional, com adoção de novas práticas de gestão, tecnologia e infraestrutura.

A partir da mesma data, entrará em vigor a nova tabela de serviços e tarifas aplicáveis às operações no local. Os valores serão reajustados anualmente, conforme o Consumer Price Index (CPI) dos Estados Unidos, e convertidos mensalmente em Reais (BRL) e Pesos Argentinos (ARS), conforme previsto no contrato de concessão.

A concessionária também apresentou uma nova metodologia de cobrança, que inclui fechamento semanal, validação dos relatórios pelos clientes em até três dias úteis e emissão de notas fiscais ou faturas com prazo de pagamento de até 15 dias corridos. O objetivo é garantir transparência, controle e simplificação dos processos administrativos.

De acordo com a empresa, canais dedicados serão mantidos para esclarecimentos, suporte operacional e tratativas comerciais, reforçando o compromisso com um relacionamento transparente e colaborativo.

Para mais informações e acesso às tabelas completas de serviços e tarifas, clique aqui e faça o download do documento em PDF.