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A ASCENSÃO DA AMEAÇA CIBERNÉTICA NO TRC: PROTEGENDO O FLUXO LOGíSTICO.

por | nov 29, 2024 | Artigos, Núcleo Porto Alegre

Fonte: Thais Bandeira, COMJOVEM Porto Alegre
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Chapéu: Artigo técnico

A crescente digitalização do TRC, transporte de cargas, embora fundamental para sua eficiência e crescimento, trouxe consigo um grande desafio: a ameaça constante dos ataques cibernéticos. Os ataques podem comprometer operações, gerar danos financeiros, multas por descumprimento da lei e comprometer gravemente a reputação das empresas.

Um ataque cibernético ocorre na rede global de computadores, onde criminosos, conhecidos como hackers, tentam acessar dados, danificar ou destruir uma rede de sistemas. Essas violações podem fazer com que dados sigilosos sejam roubados ou expostos, podendo causar o roubo de identidade e extorsão do titular dos dados.

O Instituto COMJOVEM, apresentou na 16ª conferência de tarifas, o resultado de uma pesquisa realizada com os transportadores, onde o risco cibernético já aparece em sétima posição dentre o ranking dos principais riscos do setor.

Por isso, a segurança cibernética, que é a prática de proteger computadores, redes, aplicações de softwares, sistemas essenciais e dados de possíveis ameaças digitais, pode não parecer uma nova tendência tecnológica emergente, visto que já existe há algum tempo, mas está evoluindo assim como outras tecnologias. Isso ocorre em parte porque as ameaças são constantemente novas. Os hackers malévolos não desistirão tão cedo e continuarão a encontrar formas de ultrapassar até as medidas de segurança mais rigorosas.

De acordo com o Gartner, até 2024, 60% das organizações usarão o risco de segurança cibernética como um determinante primário na condução de transações e compromissos comerciais com terceiros.

E quais são os tipos mais comuns de ataques cibernéticos no setor de transporte?

  • Phishing: realizado por e-mail, direciona usuários a páginas falsas de instituições e bancos;
  • Ransomware: malware que criptografa os dados da empresa e exige um resgate para liberar o acesso, podendo paralisar as operações;
  • Ataques de negação de serviço (DDoS): é a sobrecarga de sistemas com tráfego excessivo, tornando-os indisponíveis, podendo interromper sistemas de rastreamento e gerenciamento de cargas, afetando a eficiência operacional.
  • Malware: software malicioso que pode infectar sistemas para roubar dados espionar ou causar danos, podendo comprometer a integridade dos dados dos sistemas de transporte;
  • Ataques de engenharia social: é a manipulação psicológica de funcionários para obter informações confidenciais ou acesso a sistemas, podendo resultar em acesso não autorizado a sistemas de gerenciamento de transporte e dados sensíveis;
  • Ataques a dispositivos IoT: é o comprometimento de dispositivos conectados a internet, como sensores e rastreadores de carga podendo levar a manipulação de dados de localização e status de carga, afetando a logística e segurança da carga;
  • Ataques a sistemas de navegação e rastreamento: é o comprometimento de sistemas GPS e de rastreamento de veículos, podendo resultar em desvio de rotas, perda de cargas e aumento de segurança;
  • Roubo de identidade e fraude: é o uso de informações roubadas para realizar transações fraudulentas ou acessar sistemas, podendo levar a perda financeiras e danos a reputação da empresa;
  • Ataques a sistemas de gestão de transporte (TMS): é o comprometimento de software que gerencia operações de transporte, podendo causar interrupções operacionais e vazamento de dados sensíveis;
  • Ataques a infraestrutura crítica: é o comprometimento de sistemas de infraestrutura, como redes elétricas e de comunicação, podendo resultar em interrupções generalizadas e afetar a capacidade de transportes de cargas.

Diante do crescimento destes ataques as empresas do setor devemos adotar uma abordagem abrangente de segurança cibernética para mitigação imediata dos riscos, como treinamento de funcionários para reconhecer e evitar ameaças, implementação de soluções de segurança como firewalls, antivírus e sistemas de detectação de instruções, backup regular de dados e planos de recuperação de desastres, monitoramento contínuo de sistemas e redes para detectar atividades suspeitas e atualização de software e sistemas para corrigir vulnerabilidades.

É essencial também considerar a contratação de profissionais especializados em segurança cibernética, incluindo hackers éticos (pentesters). Esses especialistas realizam testes de penetração para identificar e explorar vulnerabilidades nos sistemas, ajudando a fortalecer a defesa contra possíveis ataques.

Outra ação protecional que as empresas podem avaliar é a contratação de um seguro contra- ataques cibernéticos, também conhecido como seguro cibernético ou seguro de responsabilidade cibernética, é uma ferramenta essencial para proteger empresas contra os impactos financeiros e operacionais de incidentes cibernéticos. Este tipo de seguro oferece cobertura para uma ampla gama de riscos associados a ataques cibernéticos e violações de dados.

A segurança cibernética não é apenas uma questão de TI, mas sim um elemento estratégico essencial para o sucesso das empresas de TRC. Ignorar os riscos crescentes pode ter consequências devastadoras. É imperativo que as empresas invistam em soluções robustas de segurança cibernética, capacitem seus funcionários e se preparem para os desafios do futuro, garantindo a continuidade dos negócios e a confiança de seus clientes em um mundo cada vez mais digital.