Agronegócio será motor do PIB do Brasil em 2022, dizem economistas

Agronegócio será motor do PIB do Brasil em 2022, dizem economistas

Foto: GUSTAVO BONATO/REUTERS

Exportação de matérias-primas e a indústria de tratores e equipamentos agrícolas devem crescer mais do que outros setores

O agronegócio e setores correlatos, como a indústria de tratores e equipamentos, os serviços agropecuários e a exportação de matérias-primas agropecuárias, serão praticamente os únicos motores com que a economia brasileira poderá contar em 2022. É consenso entre economistas ouvidos pelo Estadão que o avanço da cadeia da agricultura e da pecuária, projetado entre 3,5% e 5%, deve evitar um desempenho ainda pior do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano.

Por enquanto, o mercado espera um aumento do PIB de 0,5% para 2022, segundo o mais recente Boletim Focus do Banco Central (BC). É um tombo em relação ao crescimento previsto para 2021, de 4,5%, e um resultado insuficiente para dar conta do crescimento da população, de cerca de 0,7%.

“Existem dois mundos na economia neste momento: 30% de segmentos devem crescer acima do PIB, e o restante deverá ter contração”, afirma Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro FGV/Ibre.

A economista projeta avanço de 0,7% do PIB como um todo para 2022. Desse resultado, as atividades sensíveis ao aperto da política monetária para segurar a inflação, como comércio, indústria, serviços e o consumo das famílias, o chamado “PIB cíclico”, que representa 65% do total, devem recuar 0,6%. Para o restante, que inclui agronegócio, indústria extrativa, aluguéis e administração pública, é esperado crescimento de 1,3%.

Mais pessimista, o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sergio Vale, acredita que o PIB ficará estagnado em 2022, graças à inflação de mais de 10% em 2021 e à alta dos juros. “O potencial de crescimento do consumo será baixo, e o agronegócio e as exportações relacionadas serão o elemento central da atividade em 2022”, prevê. Ele lembra que a perspectiva é de alta de 15% na produção agrícola.

Ritmo acelerado

O professor de economia do Insper Otto Nogami, que tem no radar um recuo de 0,2% para o PIB neste ano, acredita que a queda poderia ser mais acentuada se não tivesse a contribuição do agronegócio exportador.

Essa diferença entre a realidade difícil de vários setores e a velocidade do agronegócio é refletida na atividade do agricultor e agrônomo Fred Frandsen, de 35 anos. Ele cultiva cerca de 200 hectares com soja na safra de verão e a mesma área com milho na safrinha, em Palmital (SP), na divisa com o Paraná. Ele não para de investir. Em 2018, comprou um trator novo e, no ano seguinte, uma plantadeira. Em 2020, trocou a colhedora por outra mais nova e comprou um trator zero.

Nesta safra, que será colhida no fim de fevereiro, Frandsen ampliou os investimentos em 15% na comparação com a safra anterior. A saca de soja de 60 quilos na região sai por R$ 161. “O preço nunca esteve nesse nível: acima de R$ 150 é a primeira vez”, afirma.

Mais investimento

A história se repete com o agricultor e agrônomo Luís Antônio Reis, de 62 anos, que cultiva 121 hectares em Bela Vista do Paraíso, no norte do Paraná. Em 2021, ele investiu mais em tecnologia e gastou 10% a mais do que no ano anterior. “É um processo contínuo: estamos procurando sementes de maior potencial, adubo de qualidade, com micronutrientes, formulações melhores”, diz.

No entanto, até mesmo no cenário positivo esperado para o agronegócio há espaço para incertezas. Para esta safra, o risco climático ronda algumas regiões. Frandsen diz que, depois do frio em novembro, o clima se normalizou na região. Mas as lavouras do Paraná enfrentam problemas com a seca. “Estou preocupado com o clima.”

Reis, do Paraná, conta que teve chuva pesada na época de plantio, seguida por um longo período de seca. “Nos últimos dias melhorou para mim”, diz o produtor, ponderando que as chuvas foram muito localizadas e que, de um modo geral, o norte do Paraná está sofrendo bastante com a seca.

O produtor acredita que talvez não consiga recuperar o estrago provocado pela falta de chuva, mas, se o clima se regularizar, as perdas podem cessar. “Se o tempo ajudar, repito o desempenho da safra anterior, que não será a melhor, porém será uma safra boa.”

Indústria e construção civil devem viver cenário desafiador em 2022.

O descompasso de crescimento entre os setores da economia terá reflexos na indústria. “A indústria não vai ter uma evolução homogênea em 2022”, observa o economista Fábio Silveira, sócio da consultoria MacroSector, que projeta crescimento de 1% para o PIB neste ano que começa.

Segmentos ligados à produção de bens de capital voltados para o agronegócio deverão ter uma evolução importante em 2022, enquanto a indústria direcionada a bens de consumo deve patinar. Silveira lembra também que as indústrias extrativas exportadoras e as ligadas à produção de bens como minério de ferro, papel e celulose deverão ter desempenho relativamente favorável graças ao câmbio. Nas suas contas, o dólar médio deve girar em torno de R$ 6.

Já a construção civil, que foi um dos pilares do PIB na pandemia, com crescimento esperado de 7,2% em 2021, deve recuar.

Segundo a previsão do Boletim Focus, a taxa básica de juros pode chegar a 11,50% ao ano, o que encarece o crédito para a compra da casa própria, tirando o fôlego do setor. “A construção civil vai perder protagonismo na sustentação do PIB de 2022”, diz Silveira.

Para Silvia Matos, do Ibre/FGV, a construção foi beneficiada, no primeiro ano da pandemia, por uma combinação favorável de juros baixos com demanda aquecida. Em home office, mais pessoas procuraram melhorar a habitação. “Agora nada ajuda a construção e vejo uma estagnação.”

Desastre

O quadro ruim projetado pelos especialistas para 2022 deve ser mais perceptível no dia a dia dos brasileiros e causar mais desconforto no primeiro semestre. “O segundo trimestre poderá ser um grande desastre porque foi o ápice do crescimento em 2021, e a base de comparação é muito forte”, diz Silvia Matos.

Silveira lembra que esse será o ápice do impacto da alta da Selic. O juro básico, que já subiu 7,25 pontos desde março de 2021, deve se manifestar com maior intensidade na rotina dos brasileiros.

Algum alívio para o ritmo de atividade só deve ocorrer a partir de meados de 2022, se o Banco Central interromper a trajetória de alta dos juros básicos a partir de abril. “O quarto trimestre deve ter algum suspiro na atividade por causa da parada dos juros em março e o patamar alto do câmbio no fim do ano”, prevê Silveira.

Volks Caminhões reafirma plano de investir no Brasil R$ 2 bilhões até 2025

Volks Caminhões reafirma plano de investir no Brasil R$ 2 bilhões até 2025

Foto: Exame

Desde o início da pandemia, a montadora contratou mil funcionários na fábrica de Resende, no sul do Rio de Janeiro

Apesar das incertezas relacionadas à pandemia, à oferta de peças e ao desempenho da economia num ambiente de condições financeiras mais restritivas, a direção da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) traça um cenário de crescimento da indústria de veículos comerciais pesados no ano que vem. Com a tendência de aumento das entregas, a montadora contratou desde o início da pandemia mil funcionários na fábrica de Resende, no sul do Rio de Janeiro, e reafirmou no último mês, o plano, engatilhado neste ano, de investir R$ 2 bilhões no Brasil até 2025.

Durante apresentação à imprensa das perspectivas ao ano que vem, o presidente e CEO da montadora, Roberto Cortes, considerou que, em seus mais de 40 anos no segmento, nunca foi tão “desafiador” fazer previsões como agora. Assim, evitou projetar números para 2022, porém disse que, pela lógica, haverá crescimento do setor. “Esta é a única certeza que tenho”, comentou Cortes.

Ele disse trabalhar com doze fatores que apontam a um ano de crescimento, e outros seis que sugerem dificuldades pela frente.

Entre os motivos de otimismo, elencou o maior controle da pandemia, a perspectiva de crescimento, ainda que moderado, da economia – em especial de setores demandantes de caminhões, como o agronegócio -, a necessidade dos transportadores de renovar frotas e as encomendas de ônibus escolares pelo governo. Também entra na conta a possibilidade de antecipação de compras antes da entrada em vigor, em 2023, dos novos limites de emissões, cujas tecnologias resultarão em caminhões mais caros.

Por outro lado, Cortes lembrou que a alta dos juros e repasses de custos elevam o preço de aquisição dos veículos, ao mesmo tempo em que a oferta continua pressionada pela insuficiência de peças, sobretudo componentes eletrônicos. Além disso, o risco de repique da pandemia, como acontece na Europa, coloca a economia global em clima de incerteza.

Apesar das dificuldades no abastecimento de componentes que vêm interrompendo a produção de montadoras, Cortes disse que a fábrica de Resende não teve que parar nenhum dia, exceção feita a uma paralisação forçada, no fim de março, pela segunda onda da pandemia, além das férias normais que acontecem nas duas últimas semanas do ano.

“Não quer dizer que produzimos normalmente. Tivemos muita dificuldade para produzir, perdemos unidades em alguns dias ou semanas. Mas sempre tentamos recuperá-las quando as peças chegavam em nossa fábrica”, disse o presidente da VWCO, ao reconhecer que a crise de abastecimento alterou o ritmo de produção.

Com as contratações de mais mil funcionários, a fábrica chega a 5 mil pessoas trabalhando em dois turnos nas linhas de montagem e nos fornecedores que estão em seu entorno. Segundo Cortes, o quadro é adequado aos volumes previstos. “Por enquanto, estamos bem posicionados em relação a pessoal”, afirmou.

No ano que vem, a montadora passa a ter pela primeira vez um importador autorizado na Ásia. Um representante nas Filipinas será responsável pela distribuição na região dos caminhões exportados pela marca no Brasil, além de realizar a montagem local de micro-ônibus fabricados em Resende.

Portos do Paraná registram recorde histórico de movimentação em 2021

Portos do Paraná registram recorde histórico de movimentação em 2021

Portos do Paraná – Foto: Félix/Canal Rural

Até as 17h da última quinta-feira (30), havia sido registrado 57.345.800 toneladas de cargas carregadas e descarregadas pelos terminais de Paranaguá e Antonina

A dois dias do fim de 2021, a Portos do Paraná ultrapassa o recorde histórico de movimentação anual. Até as 17h desta quinta-feira (30), foram 57.345.800 toneladas de cargas carregadas e descarregadas pelos terminais de Paranaguá e Antonina. Em 2020, quando a marca anterior foi registrada, os portos paranaenses fecharam o ano com uma movimentação de 57.338.001 toneladas de produtos de importação e exportação.

“Mesmo diante de todas as dificuldades que enfrentamos novamente neste ano, vamos fechar 2021 com mais uma movimentação histórica, graças aos investimentos que garantem competitividade e excelência às operações dos nossos portos. O ótimo desempenho também é resultado do esforço e dedicação dos nossos trabalhadores portuários”, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Júnior.

O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, ressalta a contribuição da gestão portuária paranaense e o trabalho das empresas e operadores que investem e confiam nos portos do Paraná.

“Os números só vêm para confirmar e coroar o trabalho exaustivo da melhor gestão portuária entre os portos públicos do Brasil. Esse é o resultado que alcançamos com uma comunidade portuária que trabalha integrada pelo desenvolvimento do Paraná”, afirma o secretário.

Entre os principais dados de 2021 nos portos paranaenses está o aumento de 10% na movimentação de carga geral. No período, também houve alta de 4% na operação envolvendo granel líquido; 11%, no volume de toneladas movimentadas em contêineres; e 9%, em celulose.

Considerando a movimentação mensal, em dezembro de 2020 os portos de Paranaguá e Antonina movimentaram 3.777.259 toneladas de carga. Neste ano, até as 7h deste dia 30 de dezembro, foram 4.267.933 toneladas – cerca de 13% a mais.

Dezembro de 2021 também vai fechar com a maior movimentação mensal da história, para os mesmos 31 dias, como destaca o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

“As palavras são produtividade e eficiência. O resultado de 2021 é fruto do empenho de toda a comunidade portuária do Paraná que contribuiu para, mais uma vez, alcançarmos resultados expressivos e superarmos a nossa própria marca”, diz.

Segundo Garcia, apesar dos últimos dados mensais de fechamento registrarem queda, principalmente entre os graneis sólidos de exportação – em especial no milho e na soja, por questões climáticas e de mercado – o novo recorde se deve ao acréscimo obtido nos demais segmentos.

“Principalmente na Carga Geral, tanto na importação quanto na exportação, mas também entre os granéis líquidos e na descarga dos fertilizantes, que são granéis sólidos de importação”, comenta o executivo da empresa pública sobre os dados de 2021.

Os números de dezembro serão consolidados e disponibilizados na primeira semana de janeiro. As demais estatísticas da movimentação nos portos do Paraná podem ser acessados aqui.

Veículos de carga terão restrição de tráfego nas rodovias federais de Rondônia

Veículos de carga terão restrição de tráfego nas rodovias federais de Rondônia

Veículos de carga em pista simples — Foto: Rodrigo Abreu

Restrição acontecerá em razão dos feriados de Natal e Ano Novo. Veja os dias e horários.

Devido aos feriados de Natal e Ano Novo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Rondônia determinou a restrição de tráfego para veículos de carga em trechos rodoviários de pista simples do estado. Dessa forma, no período festivo, estão proibidos de circular veículos ou combinações de veículos que excedam os seguintes limites:

Largura máxima: 2,60 metros;

Altura máxima: 4,40 metros;

Comprimento total de 19,80 metros;

Peso Bruto Total Combinado (PBTC) para veículos ou combinações de veículos: 57 toneladas.

Segundo a polícia, o “descumprimento constitui infração de trânsito de natureza média (5 pontos) e multa de R$ 130,16 sendo que o motorista só poderá voltar a circular após o término do horário da restrição”.

As restrições acontecerão nos seguintes dias e horários:

24 de dezembro – 14h às 22h

25 de dezembro – 6h às 12h

26 de dezembro – 16h às 22h

31 de dezembro – 14h às 22h

1º de janeiro de 2022 – 6h às 12h

2 de janeiro de 2022 – 16h às 22h

A ação faz parte da Operação de Fim de Ano, que começa na sexta-feira (24) e termina no domingo, 2 de janeiro.

Tendências para o transporte rodoviário de cargas em 2022

Tendências para o transporte rodoviário de cargas em 2022

Além de tecnologias, o contato direto com o consumidor final é um ponto pertinente para o próximo ano no setor

De acordo com o Radar CNT do Transporte, divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Produto Interno Bruto (PIB) do setor cresceu 3,6% em volume de serviços no primeiro trimestre de 2021. O número é válido quando em comparação com o mesmo período do ano anterior, a partir de indicadores apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento das atividades é reflexo da grande movimentação que o segmento obteve desde o início da pandemia, principalmente quando o boom do e-commerce impôs uma rápida adaptação do mercado para atender à alta demanda.

Por possuir mais de 65% de atuação em toda carga entregue no país, o transporte rodoviário de cargas tem papel fundamental no desenvolvimento da economia e, mesmo diante de desafios gerados pelos momentos de crise, se manteve revolucionando a área para expandir junto às inovações dos negócios. A maior parte disso aconteceu devido à implementação de recursos tecnológicos que se tornaram peças-chaves no dia a dia das atividades e ponto crucial perante a concorrência.

Diante disso, é possível analisar as tendências que seguirão e que se manterão cada vez mais firmes no campo de atuação do transporte rodoviário de cargas nos próximos anos. Assim, é possível traçar estratégias eficientes para começar um novo período com melhor planejamento, com metas estabelecidas, com preparo e com treinamento das equipes.

Para Rodrigo Mezzomo, head de projetos do Grupo Scapini, 2022 terá uma tendência voltada para o consumidor final. “Acredito que as empresas estarão mais focadas em operações de last mile e em operações dedicadas que façam com que a qualidade do serviço prevaleça perante todo o processo que tem sido realizado dentro da cadeia logística. Vão predominar a ligação direta que teremos com o consumidor final e a experiência junto à transportadora”.

De acordo com o relatório Ebit | Nielsen, o consumo on-line no Brasil bateu recorde de vendas no primeiro semestre de 2021, alcançando R$ 53,4 bilhões, número referente a um crescimento de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior. Ainda, essa etapa final da logística possui grande custo, sendo responsável por algo em torno de 30% a 50% dos gastos com envio.

Além disso, a forte presença das tecnologias continuará permitindo que as atividades do setor continuem em expansão, aderindo cada vez mais a inovações como cliente omnichannel, que se refere a uma maneira de englobar lojas físicas, virtuais e consumidores; automatização e digitalização de processos, com o avanço da conectividade e da inteligência artificial; ampliação de frota, com veículos mais modernos e otimizados; e investimento em capacitação, para que profissionais mais habilitados possam aderir às atualidades do mercado.

“As tecnologias, sem dúvidas, se manterão muito presentes como peças-chaves no setor. Não utilizar essas ferramentas é ficar para trás e não progredir no negócio. No entanto, a eficiência e a qualidade do serviço também afetam a posição de destaque das transportadoras. Se a empresa possuir boa competência de entrega, em que é possível entregar a carga de forma segura, intacta e dentro do prazo, ela é capaz de seguir firme no mercado. Hoje, como os embarcadores e as indústrias trabalham com o estoque muito reduzido, qualquer falha na reposição, na movimentação desses estoques ou na transportadora vai resultar em uma falta do produto ao consumidor final”, complementa Rodrigo.

Outra questão que continuará presente no transporte rodoviário de cargas é a preparação constante e a atenção às movimentações do alto custo do diesel. O aumento de 65% no litro do combustível desde o início do ano gera grande preocupação para a população e para as empresas que dependem desse abastecimento para movimentar seus produtos, mas que ainda encontrarão os reflexos desse impacto pelos próximos meses.

Para Mezzomo, “quando há aumentos sucessivos, o repasse desse crescimento e a tarifa do frete muitas vezes não acontece de forma instantânea, então a empresa precisa arcar por um período com o aumento desses custos. Com isso, um desafio para 2022 é fazer com que possamos suportar esse acréscimo do diesel para, assim, se manter na área com a mesma qualidade com a qual vimos atuando”.

Prorrogado prazo para obter a licença de transporte de produtos perigosos em São Paulo

Prorrogado prazo para obter a licença de transporte de produtos perigosos em São Paulo

A secretaria de Mobilidade Urbana da cidade de São Paulo publicou, no Diário Oficial desta terça-feira (20), a portaria SMT.GAB nº 61, de 20 de dezembro de 2021,  que prorroga até 31 de março de 2022, o prazo para obter a Licença Especial de Transporte de Produtos Perigosos  (LETPP).

A medida levou em consideração a permanência das incertezas econômicas no Brasil, resultantes da pandemia do coronavírus.

Clique aqui para acessar a íntegra da portaria no Diário Oficial da Cidade de São Paulo.

Íntegra

PORTARIA SMT.GAB nº 61, de 20 de dezembro de 2021

RICARDO TEIXEIRA, Secretário Municipal de Mobilidade e Trânsito, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Decreto nº 60.448, de 09 de agosto de 2021, e

CONSIDERANDO a permanência das incertezas econômicas no Brasil, resultantes da pandemia do coronavírus, bem como a alternativa conferida pelo caput e inciso I, ambos do § 1º, do artigo 5º, do Decreto nº 50.446, de 20 de fevereiro de 2009, na redação conferida pelo Decreto nº 60.169, de 9 de abril de 2021, para obtenção da Licença Especial de Transporte de Produtos Perigosos – LETPP,

RESOLVE:

Art. 1º Alterar a Portaria SMT.GAB nº 041, de 3 de setembro de 2021, para fins de conferir nova redação, nos seguintes termos:

“Art. 2º ………………………….

Parágrafo único. Na hipótese do caput desse artigo, a apresentação da documentação prevista no inciso VI, do artigo 9º, e a exigência prevista no inciso IV, do artigo 19, ambos do Decreto nº 50.446, de 2009, serão exigíveis, para fins de obtenção da LETPP, apenas a partir de 1º de abril de 2022.

Art. 3º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, e produzirá efeitos até 31 de março de 2022.” (NR)

Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.