Empresas de transporte de cargas ganham apoio da NTC&Logística e Domani Global para atender à nova legislação climática

Empresas de transporte de cargas ganham apoio da NTC&Logística e Domani Global para atender à nova legislação climática

Parceria oferece soluções práticas e acessíveis para a implementação de práticas ESG, e inventário de emissões em conformidade com a Lei nº 14.948/2024

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) firmou uma parceria estratégica com a Domani Global, empresa especializada em soluções ESG e gestão de emissões, com o objetivo de apoiar as transportadoras brasileiras na adequação às novas exigências ambientais previstas na Lei nº 14.948/2024.

A legislação criou o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), que obriga empresas que emitem acima de 10 mil toneladas de CO₂ equivalente (CO₂e) por ano a reportarem suas emissões de gases de efeito estufa. Já as que ultrapassam 25 mil toneladas anuais devem apresentar também um plano de mitigação e compensação, alinhado aos compromissos climáticos nacionais.

Segundo levantamento da PwC Brasil (2024), 62% das grandes empresas brasileiras já adotam práticas ESG estruturadas, e o movimento se estende agora para empresas de médio e pequeno porte, impulsionado por exigências legais, pressão de mercado e compromissos com cadeias de suprimento mais sustentáveis.

Neste contexto, a parceria entre NTC&Logística e Domani Global visa facilitar o acesso das empresas do setor de transporte a soluções completas, acessíveis e adaptadas ao seu porte e nível de maturidade em sustentabilidade.

Serviços disponíveis para empresas associadas à NTC&Logística

  • Inventário de Emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa)
    Realizado nos escopos 1, 2 e 3, de acordo com normas internacionais e exigências da legislação brasileira.
  • Plataforma Domani SaaS – Sustainability as a Service
    Plataforma digital e intuitiva para gestão ESG, monitoramento mensal e geração automática de relatórios.
  • Diagnóstico ESG personalizado
    Avaliação estratégica para identificação de pontos críticos, oportunidades de melhoria e adequação às exigências regulatórias.
  • Plano de Descarbonização
    Desenvolvimento de estratégias para redução e compensação de emissões, com metas realistas e acompanhamento técnico.
  • Treinamentos e Capacitações
    Cursos voltados a equipes técnicas e comerciais, com certificação, para aplicação de boas práticas de sustentabilidade no transporte.
  • Certificação e Selo Carbono Neutro
    Empresas que realizarem compensações por meio da Domani poderão receber o Selo, conferindo visibilidade e posicionamento no mercado.
  • Atendimento personalizado com especialistas no setor
    Equipe técnica com conhecimento específico do Transporte Rodoviário de Cargas, facilitando a implementação das soluções.

Além disso, a estrutura dos pacotes foi elaborada para atender empresas de todos os tamanhos – de micro e pequenas transportadoras até grandes operadores logísticos –, com valores reduzidos e condições especiais para associadas da NTC&Logística, utilizando o código de desconto NTC15.

Serviço

Domani Global – Sustentabilidade para o Transporte de Cargas

E-mail: contato@domani.global

Telefone/WhatsApp: +55 11 99559-8402

Site: www.domani.global

Redes sociais: LinkedIn, Instagram e outras plataformas oficiais

Código de desconto para associados da NTC&Logística: NTC15

Braspress transforma filial de Cantareira em unidade carbono zero com novas vans elétricas

Braspress transforma filial de Cantareira em unidade carbono zero com novas vans elétricas

Com a ampliação da frota elétrica, 11 veículos passam a ser totalmente eletrificados

A transportadora Braspress entregou quatro novas vans elétricas à sua filial de Cantareira, na Zona Norte de São Paulo, na segunda-feira (27), como parte do plano de tornar a unidade totalmente livre de emissões de carbono.

O diretor-presidente da empresa, Urubatan Helou, afirmou que a decisão está ligada ao alto índice de poluição da região. “São Paulo possui 80 medidores de poluição da CETESB, e as duas áreas mais poluídas da cidade são a Zona Oeste e Cantareira. Por isso, decidimos transformar esta filial em uma operação carbono zero”, explicou.

As novas vans são do modelo eSprinter 320, da Mercedes-Benz, com capacidade de carga de 1.240 kg e autonomia de 329 km. Elas se somam às sete frotas elétricas já em operação na unidade, incluindo três vans e três caminhões da JAC Motors e um caminhão 710 eletrificado da Mercedes-Benz.

Atualmente, a filial possui 39 veículos, entre próprios e agregados movidos a diesel. Com a ampliação da frota elétrica, 11 veículos passam a ser totalmente eletrificados. A empresa projeta que, até junho de 2026, toda a frota da unidade será elétrica.

A unidade de Cantareira funciona como um Centro de Apoio Operacional Braspress (CAOB) e atende à região central de São Paulo, com foco em percursos curtos. São realizadas, diariamente, cerca de 760 coletas, 450 entregas e mais de 300 recebimentos.

Participaram da cerimônia os diretores Milton Petri (vice-presidente), Luiz Carlos Lopes (Operações) e Urubatan Junior (Frota), além de gerentes das áreas de Operações e Frota da companhia.

Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) completa 47 anos de inauguração

Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) completa 47 anos de inauguração

Considerada uma das melhores do País, inicialmente foi projetada para ligar São Paulo a Campinas; atualmente, após o prolongamento, faz a conexão da capital com Cordeirópolis

Há 47 anos, exatamente em 28 de outubro de 1978, era inaugurada a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), no trecho entre São Paulo (SP) e Campinas (SP), sob a administração da Dersa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), empresa de economia mista no Estado de São Paulo.

Com três faixas em cada sentido, a Bandeirantes foi concebida como exemplo de modernidade, no setor rodoviário, e se destacava como uma das principais obras do governo de São Paulo, à época. A inauguração chegou em boa hora, uma vez que o tráfego era intenso, e a Via Anhanguera (SP-330) já não suportava o fluxo entre a capital paulista e Campinas.

Com a inauguração, os usuários ganharam mais segurança e conforto em suas viagens, e o tráfego, mais fluidez. Até os dias de hoje, a SP-348 é referência em infraestrutura viária no Brasil.

Concessão

Em 1998, a pós o processo de concessão do Governo de São Paulo, a Rodovia dos Bandeirantes, que formava o Sistema Anhanguera-Bandeirantes (SAB), até então administrado pela Dersa, passou a ser operado pelo empresa CCR Autoban.

Ao longo desses quase 50 anos, a Bandeirantes passou por uma série de investimentos, que somam mais de R$ 6 bilhões. Entre as principais melhorias estão:

prolongamento de 78 quilômetros até Cordeirópolis (2001);

implantação da quarta faixa (2006) e quinta faixa (2014) entre São Paulo e Jundiaí;

novos ciclos de pavimentação com o uso de asfalto-borracha, mais seguro e ecológico.

Atualmente, com 173 quilômetros de extensão, a SP-348 contribui com o escoamento da produção industrial e agrícola do interior paulista. Além disso, é a rota preferida daqueles que buscam lazer e turismo no interior, e é reconhecida por sua excelência em segurança viária e gestão operacional.

Palco de tragédias

Apesar de moderna e segura, a Rodovia dos Bandeirantes foi – e continua sendo – palco de tragédias. Algumas delas, envolvendo personalidades, como foi o caso da morte do cantor João Paulo, da dupla com Daniel. Na madrugada de 12 de setembro de 1997, ele voltava de um show na capital paulista e, logo após o pedágio do Km 39, sentido interior, o carro que ele dirigia capotou e pegou fogo. João Paulo morreu carbonizado. Na ocasião, a perícia concluiu que o veículo estava em alta velocidade.

Em 2014, acidente deixou 9 mortos

Além de sinistros com personalidades, a Bandeirantes também registrou, ao longo desses anos, algumas ocorrências que tiveram números elevados de mortes. Em 19/04/2014, uma colisão no Km 111, em Sumaré (SP), deixou oito pessoas mortas no local e outra que faleceu no hospital.

Na ocasião, segundo a CCR AutoBan, o sinistro ocorreu às 17h53 do sábado (19), envolvendo um Chevrolet Corsa, que seguia no sentido Capital, atravessou o canteiro central e bateu de frente com uma picape Chevrolet S10.

Já em outra ocorrência, mais recente, no Km 55, em Jundiaí (SP), pista sentido interior, dois caminhões e um carro de passeio colidiram, resultando na morte de quatro pessoas e ferimentos em outras cinco.

Cavalos soltos na Bandeirantes

Apesar de ser considerada uma referência no rodoviarismo, a Rodovia dos Bandeirantes não está imune às peculiaridades de estradas consideradas pouco seguras, nas quais a presença de animais bovinos e equinos é uma constância. Em 25 de março do ano passado, nada mais nada menos que oito cavalos soltos na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) provocaram a morte do então secretário-adjunto de Desenvolvimento de Nova Odessa (SP), Eduardo Mota, de 68 anos, e ferimentos no prefeito da cidade, Cláudio Schooder.

Operadores logísticos no Brasil ampliam portfólio de serviços, aponta estudo da ABOL

Operadores logísticos no Brasil ampliam portfólio de serviços, aponta estudo da ABOL

Além das operações tradicionais, 57% das empresas passaram a oferecer consultoria e projetos logísticos

O setor de operadores logísticos (OL) no Brasil registrou expansão significativa na diversificação de serviços em 2024. Segundo o estudo “Perfil dos Operadores Logísticos”, encomendado pela ABOL (Associação Brasileira de Operadores Logísticos), 64% das empresas ampliaram seu portfólio, oferecendo em média mais de 30 tipos de soluções.

As atividades dos operadores vão além do transporte e da armazenagem, abrangendo desde distribuição urbana e operações de e-commerce até consultoria logística e gestão de estoques. Entre os serviços mais comuns estão o Transporte Rodoviário Fechado (92% das empresas) e Fracionado (81%); Armazém Geral (84%); Controle de Estoques (68%); Crossdocking (83%) e Picking & Packing (66%).

Além das operações tradicionais, 57% das empresas passaram a oferecer consultoria e projetos logísticos, refletindo a tendência de serviços mais personalizados e integrados.

De acordo com a ABOL, a diversificação evidencia o papel estratégico dos OLs para diferentes setores da economia brasileira, contribuindo para eficiência operacional, inovação e competitividade. O setor reúne empresas nacionais e multinacionais responsáveis por cerca de 16% da receita bruta do mercado logístico do país. A associação atua desde 2012 na regulamentação da atividade.

Faturamento da indústria de autopeças cresce 10,9% no acumulado até agosto

Faturamento da indústria de autopeças cresce 10,9% no acumulado até agosto

As vendas diretas para as montadoras apresentaram aumento de 13,58% no faturamento nominal nos nove meses deste ano e, para o mercado de reposição, o incremento foi de 2,19%, segundo o Sindipeças

A indústria de autopeças apresentou resultados positivos de janeiro a agosto de 2025, com aumento de 10,9% no faturamento nominal em relação ao mesmo período do ano passado, conforme mostra o relatório da pesquisa conjuntural e da reposição realizado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Em termos reais, o crescimento foi de 7,63%.

As vendas diretas para as montadoras registraram crescimento de 13,58% no faturamento acumulado até agosto, enquanto o mercado de reposição teve aumento de 2,19%, com expansão de 2,20% na linha de veículos leves e de 2,15%, na linha de veículos pesados.

Desempenho mensal

Em agosto, as empresas registraram desempenho fraco, com retração de 3,9% no faturamento em relação a julho. Segundo o Sindipeças, o resultado negativo reflete o comportamento da indústria de veículos, que também apresentou vendas e produção abaixo do esperado.

Em comparação com julho, todos os canais de venda apresentaram variações negativas, indicando uma piora generalizada. O faturamento proveniente de vendas para as montadoras teve redução de 2,24% e, para o mercado de reposição, a queda foi de 4,25%. As exportações em dólares registraram retração de 6,77%.

Na comparação com agosto do ano passado, o faturamento teve aumento de 2,06%, sustentado pelas vendas para as montadoras, que permaneceram positivas, com crescimento de 10,18%. Segundo o Sindipeças, isso pode refletir, em parte, a institucionalização do IPI Verde.

O destaque negativo em agosto foi o mercado de reposição, que vem apresentando resultados cada vez mais fracos. “Desde junho, observa-se aceleração na queda da variação anual e perda de fôlego no crescimento acumulado do ano, chegando em agosto com queda de 13,8% em relação a agosto do ano passado”, afirmou o Sindipeças.

Exportações

As exportações também registraram piora mês a mês, com queda de 8,2% em agosto frente a julho e de 10,9% em relação a agosto do ano passado (em termos reais, a redução foi de 13,4%).

Segundo o Sindipeças, o resultado reflete, em parte, a perda de dinamismo provocada pela sobretaxa imposta pelo governo Trump. “O cenário internacional, que até então vinha sustentando as exportações – impulsionado principalmente pela recuperação econômica da Argentina –, passou a apresentar maiores riscos.

Os conflitos políticos recentes no país vizinho trouxeram incertezas quanto à continuidade da estratégia econômica, levando investidores a enxergar limites para a política adotada, mesmo com o declarado apoio do governo americano, e deteriorando as perspectivas para os próximos meses.”

Capacidade instalada

O Sindipeças destaca que, em agosto, a ociosidade nas fábricas subiu 0,5 ponto percentual em relação a julho, reforçando a desaceleração da atividade no setor, diante da queda na demanda interna e externa, e do ajuste de produção realizado pelas empresas para conter estoques.

Quanto ao emprego, houve queda de 0,2% de julho para agosto e crescimento de 3,2% na comparação com agosto do ano passado.

Participe hoje da transmissão exclusiva para associados sobre Fiscalização Eletrônica da ANTT e Piso Mínimo de Frete

Participe hoje da transmissão exclusiva para associados sobre Fiscalização Eletrônica da ANTT e Piso Mínimo de Frete

Hoje, terça-feira, 28 de outubro, às 10 horas, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) realizará uma transmissão exclusiva para associados, com o tema “Fiscalização Eletrônica da ANTT e Piso Mínimo de Frete: o que o transportador precisa saber agora”.

O objetivo do encontro é esclarecer dúvidas e apresentar orientações práticas sobre a nova sistemática de fiscalização eletrônica implementada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que passa a monitorar de forma automatizada o cumprimento do piso mínimo de frete, cruzando informações de documentos fiscais como o MDF-e e o CIOT.

A transmissão contará com a participação do Presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi; do Diretor Jurídico, Dr. Marcos Aurélio Ribeiro; da Assessora Jurídica, Dra. Gil Menezes, e do Assessor Técnico do DECOPE, engo Lauro Valdivia, com mediação de Rodrigo Bernardino, Assessor de Comunicação e Imprensa da entidade.

Durante o encontro, serão abordados os principais impactos da fiscalização eletrônica no dia a dia das transportadoras, as implicações jurídicas e operacionais do processo, além de orientações para adequação das empresas às novas exigências e prevenção de autuações.

O conteúdo foi preparado especialmente para associados da NTC&Logística, que poderão acompanhar a transmissão e enviar suas dúvidas em tempo real.

Informações

Data: Terça-feira, 28 de outubro de 2025

Horário: 10h (horário de Brasília)

Acesso exclusivo para associados: https://www.portalntc.org.br/fiscalizacao-eletronica-da-antt-e-piso-minimo-de-frete-esclarecimentos-exclusivos-para-associados-da-ntclogistica/

Importante: o acesso será realizado mediante login de associado no portal da NTC&Logística, sendo possível apenas um acesso por empresa associada.

Rodovias estaduais mineiras têm monitoramento em tempo real

Rodovias estaduais mineiras têm monitoramento em tempo real

Projeto pioneiro tem colaborado para a transformação da gestão das estradas

Mais controle e mais segurança aos usuários das rodovias estaduais de Minas Gerais. Um projeto pioneiro do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) tem transformado a gestão das rodovias estaduais.

Por meio de uma parceria entre o DER-MG e um aplicativo de mobilidade, a autarquia recebe dados enviados pelos próprios usuários, que são utilizados para identificar, em tempo real, ocorrências como buracos, sinistros, lentidão no tráfego e alagamentos, entre outras.

De acordo com a direção do DER, os problemas relatados chegam aos fiscais das obras e às empresas responsáveis pela manutenção, em uma dinâmica que se estabeleceu como uma poderosa fonte de dados para o Departamento.

Entre os meses de julho e outubro deste ano, já foram registradas 65 mil rotas impactadas por 45 alertas emitidos pelo DER-MG, uma média de 1,4 mil rotas por alerta.

Operação

O sistema capta alertas diretamente do aplicativo e, com base em um índice de confiança superior a 90%, filtra apenas informações confiáveis. Esses dados são georreferenciados, indicando com precisão a localização do problema, a unidade regional responsável e as ações necessárias.

Com milhares de alertas monitorados diariamente, a autarquia está construindo uma base histórica que apoia o planejamento e a priorização de ações de manutenção. “Sempre ouvimos os usuários para nortear nossas decisões. Agora, esse cidadão nos informa via aplicativo, o que traz mais precisão e confiabilidade”, destaca Rodrigo Colares, chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do DER-MG.

Aplicações práticas

O sistema permite identificar e acompanhar problemas recorrentes, como buracos, alagamentos, congestionamentos e acidentes. Com isso, o DER consegue avaliar a eficácia dos contratos e dos investimentos.

Exemplo disso é a expressiva queda no número de buracos reportados. No início do ano, eram mais de mil ocorrências, número que atualmente está em cerca de cem — reflexo dos novos contratos de manutenção baseados em desempenho (quilômetros bem conservados).

Alertas de alagamento indicam falhas no sistema de drenagem, orientando intervenções. Já os engarrafamentos fornecem dados para possíveis melhorias estruturais. Até acidentes não registrados oficialmente são mapeados, permitindo ações preventivas e reforço na sinalização.

Um bom exemplo de ação baseada nesse monitoramento são as obras na rodovia MGC-354, entre Presidente Olegário (MG) e Patos de Minas (MG), na região do Alto Paranaíba. A inclusão de uma terceira faixa vem reduzindo os congestionamentos provocados pelo alto fluxo de veículos, especialmente caminhões.

Participação cidadã e tecnologia

Para o especialista em transporte e trânsito Osias Baptista, a combinação entre tecnologia e participação ativa dos usuários é o diferencial do sistema. “O condutor não busca apenas o melhor caminho. Ao reportar problemas, ele colabora com a comunidade. Isso fortalece o senso de engajamento e, ao ver que essas informações orientam ações concretas, ele se sente parte da solução”, destaca Osias.

Os dados coletados também são integrados com registros da Polícia Rodoviária, do Corpo de Bombeiros (CBMMG) e da Base Integrada de Segurança Pública (Bisp), ampliando a capacidade de análise de acidentes e contribuindo para ações de segurança mais eficazes.

Reconhecimento e impacto

Desde 2022, quando iniciou a parceria, o DER-MG avançou significativamente no uso estratégico de dados. O modelo é pioneiro na América Latina e foi destaque na abertura da Esri User Conference 2025, o maior evento de geotecnologia do mundo, realizado em julho, na cidade de San Diego, na Califórnia (EUA).

Mais do que um avanço tecnológico, o projeto representa uma mudança de paradigma na gestão da infraestrutura viária. A combinação entre tecnologia, gestão pública eficiente e participação cidadã tem gerado resultados concretos em segurança viária e uso inteligente de recursos públicos.

A identificação de padrões de acidentes por dia, local e horário permite o planejamento de ações específicas com foco na prevenção. Além disso, o DER já compartilha a experiência com outros órgãos e agências reguladoras do país, promovendo uma rede nacional de boas práticas em gestão rodoviária.

Os dados coletados são utilizados dentro do observatório interno pelos técnicos do DER-MG e, no futuro, o sistema será disponibilizado ao público externo. Mais informações no site do DER-MG.

Via Expressa: obra de R$ 750 milhões em SC desafia orçamento e abre caminho para concessões

Via Expressa: obra de R$ 750 milhões em SC desafia orçamento e abre caminho para concessões

Via Expressa (BR-282), em Florianópolis, tem futuro incerto e mobiliza debate sobre concessões e investimentos privados

O valor necessário para a requalificação completa da Via Expressa (BR-282), incluindo ampliação de faixas, novos acessos e soluções de mobilidade está estimado em R$ 750 milhões, segundo o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

O montante contrasta com o orçamento federal previsto para todo o estado em 2026: R$ 506 milhões para obras de infraestrutura. A conta não fecha e, nesse contexto, as PPPs (Parcerias Público-Privadas) e concessões rodoviárias ganham força.

Com o orçamento federal cada vez mais restrito e obras estratégicas emperradas, o modelo é visto por parte do setor produtivo como alternativa para garantir investimentos, manutenção e fluidez.

Para a FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), uma PPP pode ser uma saída viável, desde que o contrato seja bem estruturado e haja garantia de execução.

“O principal benefício é a agilidade na execução das obras e a manutenção constante das rodovias, algo que dificilmente seria alcançado apenas com recursos públicos. O maior pedágio que se pode pagar é transitar numa rodovia insegura, com riscos de acidente e sem trafegabilidade”, afirma a entidade.

Segundo a Agenda Estratégica de Infraestrutura de Transportes e Logística da federação, 77,5% dos investimentos feitos no estado nos últimos anos vieram da iniciativa privada, e o setor privado tem assumido papel cada vez mais relevante na infraestrutura catarinense.

A FIESC lembra também que modelos semelhantes foram adotados com sucesso em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. “Em São Paulo, praticamente toda a malha rodoviária estadual está sob concessão ou PPP, garantindo elevados padrões de qualidade e manutenção. No Paraná, o novo programa de concessões de rodovias atrai forte participação privada e promete investimentos bilionários. Minas Gerais também avançou com PPPs, incluindo trechos importantes de rodovias e projetos logísticos”, destaca a FIESC.

A entidade menciona casos de dificuldades no passado, principalmente em contratos mal estruturados ou sem reequilíbrio adequado, como a concessão da BR-101 (Norte) que está em adequação, mas pondera. “Os contratos atuais estão mais maduros e contam com maior segurança jurídica, o que reduz significativamente os riscos de insucesso.”

Gestão eficiente

O presidente da Fetrancesc (Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística), Dagnor Schneider, também faz ressalvas. Frisa que a Via Expressa é estratégica para o setor no que diz respeito a todo abastecimento para a Ilha. Reconhece que as concessões são um caminho, mas defende que os contratos sejam acompanhados de gestão eficiente e fiscalização constante.

“O caminho são as PPPs e concessões, a única alternativa que vejo para termos mais previsibilidade e investimento. Mas não adianta só conceder se não houver gestão das obras. A BR-101 Norte é uma rodovia concedida, com pedágio, e é a pior que temos em Santa Catarina.”

Para o dirigente, o principal problema das concessões mal conduzidas é o desequilíbrio entre custo e entrega. “O ponto negativo é mais um custo para a sociedade, que deveria ser suportado pelos tributos já pagos. A sociedade acaba pagando duas vezes: pelos impostos e pelos pedágios”, afirma.

Ameaça ao protagonismo econômico de Santa Catarina

Por trás da discussão sobre PPPs e concessões está um problema mais profundo: o colapso da malha rodoviária catarinense. O estado tem uma das maiores densidades de veículos por quilômetro pavimentado, mais de 920 veículos por km, segundo a Fetrancesc. No Paraná, são cerca de 430; no Rio Grande do Sul, pouco mais de 700.

A consequência é um sistema sobrecarregado, inseguro e caro. Ele lembra que apenas no primeiro semestre deste ano, 41 pessoas morreram no trecho Norte da BR-101, conforme a PRF (Polícia Rodoviária Federal). E o cenário não é muito diferente nas demais rodovias federais do Estado, como 280, 470, 282 e 153, todas classificadas por Schneider como críticas.

“Precisamos de investimento, seja com recursos públicos ou concessões, mas com gestão adequada”, reforça Dagnor. O presidente da Fetrancesc diz que Santa Catarina é o estado do Sul que mais paga tributos federais, cerca de R$ 140 bilhões, contra R$ 120 bilhões do Paraná e do Rio Grande do Sul.

No entanto, o retorno em investimentos é o mais baixo. “O retorno do Paraná e do Rio Grande do Sul é na ordem de 27%. Para Santa Catarina, apenas 12%. Não dá para admitir. Temos que cobrar os nossos políticos. O que estão fazendo em defesa do retorno de investimento federal em Santa Catarina?”, questiona.

Posição do Fórum Parlamentar Catarinense

A bancada catarinense se manifestou por meio do presidente do Fórum Parlamentar Catarinense, Pedro Uczai (PT). Ele disse que a bancada não tem uma posição unânime sobre essa agenda porque não foi consultada nesse sentido. Disse que o governo federal elegeu as rodovias prioritárias para investimento público no caso daquelas que vão continuar públicas.

“De outro lado, decidiu ampliar as concessões rodoviárias no país que triplicaram em relação ao governo anterior e vão continuar aumentando até o ano que vem.”

Conforme o deputado, não há preconceito do governo federal em fazer concessões rodoviárias e isso tem ocorrido em vários estados. Citou o Paraná, com uma concessão das rodovias estaduais com as federais para um equilíbrio de pedágio.

Sobre a possibilidade de PPP, Uczai disse que não existe tradição no ministério de fazer esse tipo de parceria. “Ou são públicas ou são concessionadas, essas são as experiências que nesse momento acontecem no país. Isso não significa que o governo, junto com setores privados, queira construir uma parceria público-privada, porque a lei permite”, destaca o deputado.

Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,56% em 2025

Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,56% em 2025

Estimativa para o PIB é 2,16% este ano, diz BC

A estimativa do mercado financeiro do Brasil para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,70% para 4,56%, em 2025.

A previsão foi publicada no Boletim Focus desta segunda-feira (27), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos do país.

Para 2026, a projeção da inflação também caiu, de 4,27% para 4,20%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,82% e 3,54%, respectivamente.

Meta de inflação

A estimativa de inflação para 2025 está acima do teto da meta que deve ser perseguida pelo BC. A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) neste ano é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior, 4,5%.

Depois de queda em agosto, em setembro a inflação oficial subiu 0,48%, com influência da alta da conta de luz. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 5,17%. O dado de setembro é o maior desde março (0,56%).

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, em 17 de setembro, o colegiado manteve a Selic em 15% ao ano.

As incertezas do cenário econômico externo e indicadores que mostram a moderação no crescimento interno estão entre os fatores que levaram à manutenção da Selic, na última reunião, no mês passado.

A última ata do órgão do Banco Central afirma que a intenção do Copom é manter a taxa de juros atual (15%) “por período bastante prolongado” para garantir que a meta da inflação seja alcançada.

A estimativa dos analistas sobre a taxa básica que encerrará 2025 se manteve em 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB

Na edição do Boletim Focus desta segunda-feira, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma dos bens e serviços produzidos no país –, em 2025. recuou de 2,17% para 2,16%.

Para 2026, a projeção para o crescimento da atividade econômica brasileira é 1,78%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro está mais otimista e calcula a expansão do PIB para 1,83% e 2%, respectivamente.

Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano a economia brasileira cresceu 0,4%. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%.

O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.

Câmbio

A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,41 para o fim deste ano. No fim de 2026, a estimativa para a moeda norte-americana se manteve em R$ 5,50.

Estabelecimentos que apoiam motoristas ganham selo “Amigo do Caminhoneiro” aprovado pela Câmara

Estabelecimentos que apoiam motoristas ganham selo “Amigo do Caminhoneiro” aprovado pela Câmara

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 1155/2024, que cria o “Selo Amigo do Motorista” para reconhecer estabelecimentos que ofereçam pontos de apoio e descanso adequados aos caminhoneiros.

De acordo com a proposta, os locais certificados poderão utilizar o selo em sua publicidade e sinalização, e o governo deverá tornar pública a lista dos lugares aprovados. O objetivo é incentivar os empreendimentos a oferecerem estruturas como estacionamento seguro, sanitários, área de descanso e serviços especializados voltados aos profissionais do volante, algo há muito reivindicado pela categoria.

A aprovação marca um avanço importante para os caminhoneiros, que frequentemente enfrentam jornadas extenuantes e falta de infraestrutura segura nas rodovias. A iniciativa traz uma resposta concreta à necessidade de valorização da categoria e de melhora das condições de descanso, que afetam diretamente a segurança e a saúde sobre as estradas.

Diretor da ANTT diz que leilão da Fernão Dias terá quatro competidores

Diretor da ANTT diz que leilão da Fernão Dias terá quatro competidores

O processo competitivo pelo contrato repactuado da Rodovia Fernão Dias, no trecho da BR-381 que liga São Paulo a Minas Gerais, deve contar com pelo menos quatro interessados – a atual operadora, Arteris, e outros três grupos. O leilão simplificado está marcado para acontecer em 11 de dezembro, na B3, em São Paulo. Segundo o diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Guilherme Sampaio, as mudanças no modelo do certame adotado para projetos repactuados de concessões rodoviárias contribuíram para ampliar o interesse e garantir maior competição pelos ativos.

A declaração foi dada durante o evento realizado pelo MoveInfra, nesta quarta-feira (22), em Brasília, que contou com transmissão ao vivo pela Agência iNFRA. Segundo apurou a reportagem, as três operadoras que estão estudando o ativo e podem entrar na concorrência são a Motiva (ex-CCR), a EPR e a Via Appia.

Até agora, os dois certames simplificados que o Ministério dos Transportes promoveu de contratos repactuados no setor de rodovias não atraíram outros interessados além da concessionária que já está em cada ativo – foi o caso da MSVia e da Eco101. Além de ter incorporado ajustes em relação a esses dois processos, o caso da Fernão Dias carrega uma vantagem porque a rodovia é considerada um negócio bastante interessante pelo setor privado.

Nesta quarta-feira, o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Vital do Rêgo, realizou um evento com a Arteris e o Ministério dos Transportes para a assinatura do termo de autocomposição do contrato repactuado. A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também marcou presença.

“Se o Brasil tivesse que escolher o triângulo rodoviário mais importante do país, certamente seria aquele formado pela Fernão Dias. Não fazia sentido realizar novos leilões de concessão sem antes resolver os problemas dos contratos antigos. Seria como tentar negociar algo sem viabilidade, vender o que não tem demanda ou que já levou outras empresas à falência no passado”, afirmou o ministro dos Transportes, Renan Filho, na cerimônia.

No processo da Fernão, o TCU aprovou um ajuste no modelo de leilão testado anteriormente. Para estimular maior competitividade no certame, a Arteris terá de apresentar envelope fechado com proposta de deságio na tarifa de pedágio e só irá à fase de lances em viva-voz se seu preço estiver numa faixa máxima de 5% de diferença para o primeiro colocado – num cenário em que haja um ou mais interessados no ativo.

A Fernão Dias é administrada desde 2008 pela Arteris. Foi o primeiro contrato de concessão rodoviária repactuado sem que a concessionária tenha apresentado antes pedido de devolução amigável do trecho. Com as mudanças, a previsão é de que sejam executados R$  9,4 bilhões de investimentos além de R$ 5,3 bilhões de custos operacionais no período do novo contrato.

EF-118

Também no evento promovido pelo MoveInfra, o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, adiantou que o projeto da ferrovia EF-118 está perto de ser encaminhado ao TCU. O projeto, que vai ligar por trilhos o Espírito Santo ao Rio de Janeiro, é a primeira concessão ferroviária do atual governo e precisa ser deliberado pela ANTT antes de ser enviado para avaliação da corte de contas. A expectativa na Agência é de que isso ocorra entre a próxima semana e o início de novembro.

NTC&Logística realizará transmissão exclusiva para associados sobre Fiscalização Eletrônica da ANTT e Piso Mínimo de Frete

NTC&Logística realizará transmissão exclusiva para associados sobre Fiscalização Eletrônica da ANTT e Piso Mínimo de Frete

Encontro contará com a presença de especialistas da entidade para esclarecer as principais dúvidas dos associados sobre o tema

Amanhã, terça-feira, 28 de outubro, às 10 horas, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) realizará uma transmissão exclusiva para associados, com o tema “Fiscalização Eletrônica da ANTT e Piso Mínimo de Frete: o que o transportador precisa saber agora”.

O objetivo do encontro é esclarecer dúvidas e apresentar orientações práticas sobre a nova sistemática de fiscalização eletrônica implementada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que passa a monitorar de forma automatizada o cumprimento do piso mínimo de frete, cruzando informações de documentos fiscais como o MDF-e e o CIOT.

A transmissão contará com a participação do Presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi; do Diretor Jurídico, Dr. Marcos Aurélio Ribeiro; da Assessora Jurídica, Dra. Gil Menezes, e do Assessor Técnico do DECOPE, engo Lauro Valdivia, com mediação de Rodrigo Bernardino, Assessor de Comunicação e Imprensa da entidade.

Durante o encontro, serão abordados os principais impactos da fiscalização eletrônica no dia a dia das transportadoras, as implicações jurídicas e operacionais do processo, além de orientações para adequação das empresas às novas exigências e prevenção de autuações.

O conteúdo foi preparado especialmente para associados da NTC&Logística, que poderão acompanhar a transmissão e enviar suas dúvidas em tempo real.

Informações

Data: Terça-feira, 28 de outubro de 2025

Horário: 10h (horário de Brasília)

Acesso exclusivo para associados: https://www.portalntc.org.br/fiscalizacao-eletronica-da-antt-e-piso-minimo-de-frete-esclarecimentos-exclusivos-para-associados-da-ntclogistica/

Importante: o acesso será realizado mediante login de associado no portal da NTC&Logística, sendo possível apenas um acesso por empresa associada.

CNT e CNTTT apresentam proposta de emenda constitucional para fortalecer a segurança jurídica nas relações de trabalho do transporte

CNT e CNTTT apresentam proposta de emenda constitucional para fortalecer a segurança jurídica nas relações de trabalho do transporte

Iniciativa propõe reconhecer convenção coletiva como instrumento de regulamentação para categorias essenciais, como a de transporte de cargas e passageiros

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) e a CNTTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres) apresentaram, de forma conjunta, uma proposta de texto para a PEC nº 22/2025, que tramita no Congresso Nacional. O documento foi encaminhado à liderança do Partido dos Trabalhadores no Senado, e propõe a inclusão, na Constituição Federal, de um dispositivo que reconheça a convenção coletiva como instrumento legítimo para a regulamentação de condições específicas de trabalho em categorias do transporte de cargas e passageiros.

A proposta tem o objetivo de aprimorar as relações laborais, fortalecer a segurança jurídica e valorizar o diálogo entre empregadores e trabalhadores do setor. O texto sugere que a Constituição passe a prever expressamente a possibilidade de convenções coletivas estabelecerem condições diferenciadas de trabalho, respeitando as particularidades operacionais de atividades que exigem regimes especiais de jornada, descanso e remuneração.

Entre os pontos previstos na minuta está a autorização para que leis ou convenções coletivas definam regras específicas sobre jornada de trabalho e escalas, fracionamento de intervalos, descanso semanal, regimes de prontidão e sobreaviso, além de critérios específicos de remuneração para períodos de espera e tempo à disposição. A proposta também assegura que tais acordos respeitem os direitos fundamentais do trabalhador e busquem o equilíbrio entre proteção laboral e eficiência operacional.

A justificativa encaminhada ao Senado destaca que a proposta é fruto de consenso entre empregadores e trabalhadores e está em consonância com a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) no Tema 1.046, que reconheceu a validade da negociação coletiva para ajuste de condições laborais. A PEC visa, portanto, dar respaldo constitucional à atuação sindical e reduzir interpretações divergentes que hoje geram insegurança jurídica.

De acordo com o ofício conjunto assinado pela CNT e pela CNTTT, a proposta não reduz direitos, mas moderniza a regulamentação para garantir segurança jurídica e viabilidade econômica, sem comprometer a proteção ao trabalhador. A flexibilização é essencial para garantir o equilíbrio entre eficiência operacional e direitos trabalhistas, permitindo que o ordenamento jurídico acompanhe a evolução do mercado e as necessidades da sociedade contemporânea.

Acesse aqui o documento na íntegra.

Setor de transportes acelera na rota ESG em premiação

Setor de transportes acelera na rota ESG em premiação

De frotas a biometano e institutos sociais, finalistas mostram que sustentabilidade virou tema mandatório para o Transporte Rodoviário de Cargas

Em coletiva de imprensa realizada em 24 de outubro, o SETCESP (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região) anunciou os oito projetos finalistas da 11ª edição do seu Prêmio de Sustentabilidade. O evento, que contou com a presença da diretoria da entidade e dos representantes das empresas concorrentes, marcou a contagem regressiva para a cerimônia de premiação, agendada para o dia 6 de novembro, em sua sede, na capital paulista.

Na abertura do encontro, a presidente executiva do SETCESP, Ana Jarrouge, destacou a evolução e o caráter mandatório da agenda ESG para o setor. “Antes, tínhamos um diferencial, hoje é mandatório, não tem como a gente não falar de ESG, principalmente sobre o pilar de governança, que dá sustentabilidade a todos os outros“, afirmou. Ela enfatizou que um dos principais indicadores de sucesso do prêmio é o engajamento de novas empresas a cada ano, sinal de que a iniciativa cumpre seu papel de conscientizar e sensibilizar o setor de Transporte Rodoviário de Cargas (TRC). Com quase 500 projetos inscritos e aproximadamente 100 empresas participantes ao longo de uma década, o prêmio se consolidou como uma referência, a ponto de inspirar a criação de premiações similares em outras entidades, como a recente edição no Paraná realizada pelo SETCEPAR (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná).

A coordenadora da Comissão de Sustentabilidade do SETCESP, Fernanda Veneziani, complementou com dados concretos sobre a edição atual. Neste ano, foram 50 projetos inscritos, distribuídos em quatro categorias: Responsabilidade Ambiental (14 projetos); Responsabilidade Social (16 projetos); Governança (12 projetos) e Segurança Viária e do Trabalho (8 projetos). Um dado comemorado pela organização foi a participação de 10 novas empresas entre as 35 inscritas em 2024, demonstrando a expansão da cultura ESG no setor. Veneziani também ressaltou a evolução no equilíbrio entre as categorias, com um crescimento notável em projetos de governança, considerado o pilar que sustenta os demais.

Os critérios de julgamento, explicados em detalhes, incluem a qualidade dos estudos e mapeamentos que originaram o projeto, o planejamento, a criatividade, a inovação, a perenidade e a metodologia de mensuração de resultados, com indicadores preferencialmente referentes ao último ano de operação. A vice-coordenadora, Silmara Balhes, salientou a importância da pluralidade, com 35 empresas dividindo os 50 projetos, o que reflete uma adesão ampla e não concentrada.

Os finalistas foram apresentados e tiveram a oportunidade de resumir suas iniciativas. Na categoria Responsabilidade Ambiental, a GH Solucionador Logístico apresentou o GH Eco, um guarda-chuva de ações que inclui desde a migração para frota movida a GNV e a matriz neutra em emissões abastecida por energia solar, até a transformação de pneus usados em brinquedos para escolas. Já a Jomed Transportes concorre com o projeto Ponto de Abastecimento de Biometano, sendo a primeira transportadora do Brasil a operar um posto de biometano dentro de sua própria unidade, um marco em sua estratégia de descarbonização.

Na categoria Governança, a JWM Transportes destacou seu case que visa chancelar e auditar dados ambientais e financeiros, promovendo transparência e demonstrando que a governança robusta também é viável para empresas de médio porte. A Tassi Transportes apresentou o Tassi Conecta, um programa de gestão participativa que inclui o Start Tassi, iniciativa que premia colaboradores cujas ideias geram otimização de custos, tendo resultando em mais de R$ 80 mil economizados em 12 meses.

Para a categoria Segurança Viária e do Trabalho, a Ativa Logística explicou o Via Seg Ativa, um guia de segurança que digitalizou processos anteriormente manuais para aprimorar a segurança nas estradas e a prevenção de acidentes, com foco na melhoria contínua e no tempo de resposta. A Tassi Transportes, novamente finalista, agora com o Tassi Protege Mais, detalhou um programa baseado em cinco pilares, incluindo saúde assistida, treinamento integrado e gamificação – com o objetivo central de reduzir acidentes através da mudança de comportamento dos motoristas.

O encerramento emocionante ficou por conta dos projetos de Responsabilidade Social. A Cargolift apresentou o Instituto Novas Histórias, que atende centenas de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade no sertão da Bahia e em Campo Largo (PR), oferecendo educação, cultura, esporte e alimentação, com o envolvimento direto de todos os colaboradores da empresa. Por fim, a Ceslog concorre com o Cubatão Mais Sustentável, um projeto de urbanização e requalificação de uma área industrial que era considerada uma das piores para se viver no planeta na década de 80, impactando positivamente mais de 63 famílias e melhorando a segurança e a qualidade de vida da comunidade local.

O evento será aberto à imprensa e apresentará vídeos detalhados de cada um dos oito projetos finalistas, aprofundando os impactos e resultados dessas iniciativas que buscam transformar o setor de transportes.

Prêmio Sustentabilidade 2025

Categoria: Responsabilidade Ambiental

GH Solucionador Logístico – Projeto GHEco

Um programa abrangente que reúne diversas iniciativas de sustentabilidade e economia circular. Foca na minimização de impactos ambientais por meio da eficiência energética, geração de energia solar e reaproveitamento de resíduos. Principais resultados: economia de 744.682 litros de diesel, redução de 1.923 toneladas de CO², produção de 96.236 KW de energia solar e destinação correta de 6 toneladas de resíduos.

Jomed Transportes – Ponto de Abastecimento de Biometano

Inovação ao construir um posto de abastecimento interno com 100% de biometano para sua frota, substituindo combustíveis fósseis por uma fonte renovável e otimizando a logística de abastecimento. Utilização de 324.812 m³ de biometano, redução de 308.571 litros de diesel e diminuição de 717,8 toneladas de CO² equivalente.

Categoria: Governança

JWM Transportes – Fortalecendo a Governança

Projeto que estrutura um conjunto de ações para promover transparência, eficiência na tomada de decisões e alinhamento aos princípios ESG, integrando lideranças e engajando stakeholders. Principais resultados: redução de custos de R$ 360 mil, fortalecimento da imagem institucional, aumento do desempenho operacional e melhor posicionamento para captar linhas de crédito verde.

Tassi Transportes – Tassi Conecta

Programa de gestão participativa que estimula a criatividade e a inovação dos colaboradores por meio de um canal para apresentação de ideias, premiando as melhores iniciativas colocadas em prática. Principais resultados: 22 ideias registradas, redução de custos de R$ 80.212,04 e economia no consumo de água (19.804 m³) e combustível (12.411 litros).

Categoria: Responsabilidade na Segurança Viária ou do Trabalho

Tassi Transportes – Tassi Protege+

Focado na segurança viária e no cuidado integral dos motoristas, o projeto promove a conscientização sobre comportamentos seguros e saúde, utilizando a direção defensiva. Principais resultados: redução de 50% no absenteísmo, 60% na taxa de incidentes sem lesão e 67% em acidentes com lesão, além de 70% de redução em comportamentos inseguros.

Ativa Logística – Via Segura Ativa

Digitalização de processos por meio de checklists digitais integrados a uma plataforma de gestão, permitindo monitoramento preventivo da frota e decisões rápidas sobre manutenção. Principais resultados: redução de 42,86% em paradas não programadas, aumento de 31% na produtividade e índice zero de acidentes por falhas mecânicas.

Categoria: Responsabilidade Social

Cargolift – Instituto Novas Histórias

Projeto social que oferece atividades em contraturno escolar para crianças e adolescentes em vulnerabilidade, incluindo reforço escolar, atividades culturais e fornecimento de alimentação saudável. Principais resultados: 500 crianças atendidas, 161.636 refeições servidas e 605 mil horas/aula ministradas.

Ceslog (Cesari Logística) – Cubatão + Sustentável

Projeto de revitalização urbana no Polo Industrial de Cubatão, que promoveu melhorias na mobilidade, segurança e qualidade de vida através da remodelação viária e regularização de comércios e moradias. Principais resultados: 2.350 pessoas impactadas, 1.800 árvores plantadas, eliminação de congestionamentos e regularização de áreas.

Ministro dos Transportes projeta R$ 200 bilhões em investimentos rodoviários

Ministro dos Transportes projeta R$ 200 bilhões em investimentos rodoviários

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), projeta R$ 200 bilhões de investimentos contratados em rodovias cedidas à iniciativa privada até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em dezembro de 2026.

Ele esteve na B3 para o leilão do lote quatro de rodovias do Paraná, realizado, em São Paulo, nesta quinta-feira (23). O certame foi vencido pelo Consórcio Infraestrutura PR, composto por EPR Participações e o fundo de investimento Perfin.

Segundo o ministro, até o fim de 2025 vai acontecer um novo leilão rodoviário a cada semana. No próximo dia 30, será licitado mais um lote de estradas paranaenses.

“É um conjunto de leilões muito arrojado. É algo muito significativo que o país tenha feito 24 leilões desde o início de concessão, em 1998, até 2022 e nós vamos terminar este ano com 22 leilões e faremos mais 14 no ano que vem”, disse Renan Filho.

A última concessão deste ano será, de acordo com o Ministério dos Transportes, a Fernão Dias (BR-381), ligando São Paulo a Belo Horizonte.

Pelos números da pasta, as rodovias são responsáveis por R$ 200 bilhões dos R$ 300 bilhões de investimentos contratados por concessões no governo Lula. Os outros leilões são portuários, de aeroportos e conservação de florestas.

Em todos os certames na B3 com participação de ministros, eles têm batido na tecla de que a queda dos juros vai melhorar a condição para investimentos. Renan Filho disse isso nesta quinta-feira da mesma forma que o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), o fez na quarta-feira (22), na concessão do canal de acesso do porto de Paranaguá.

“Se a taxa de juros cair, facilita mais ainda, melhor. Mas não atrapalha decisivamente os projetos com esse novo arranjo que a gente tem feito. Debêntures de infraestrutura têm garantido que a gente eleve em muito o investimento a custos menores do que a taxa de juros de curto prazo. A leitura que o mercado faz é de uma taxa de longo prazo e são contratos de 30 anos”, completa.

Renan Filho citou o caso da empresa Pátria, que venceu o primeiro lote de rodovias do Paraná e conseguiu investimentos dos fundos soberanos de Singapura e Arábia Saudita. Estes são remunerados a taxas de 2% ao ano, menor do que a Selic atual no Brasil (15%).

Semicondutores: fábricas de caminhões e ônibus no Brasil estão em alerta diante de nova crise global

Semicondutores: fábricas de caminhões e ônibus no Brasil estão em alerta diante de nova crise global

Segundo a Anfavea, escassez de semicondutores eleva risco de paralisação na produção; montadoras monitoram cadeia de fornecedores

A indústria automotiva brasileira acompanha com atenção uma nova crise global de semicondutores que ameaça interromper a produção de veículos, incluindo caminhões e ônibus, no país em questão de semanas. A preocupação foi reforçada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que alerta para o risco de paralisação das fábricas e reforça a necessidade de ação do governo federal.

A nova escassez decorre de tensões geopolíticas recentes, após o governo holandês assumir o controle da Nexperia, fabricante de semicondutores subsidiária de um grupo chinês. Em retaliação, a China impôs restrições à exportação de componentes eletrônicos, afetando a produção de veículos na Europa e colocando em risco o abastecimento de fabricantes no Brasil.

“Com 1,3 milhão de empregos em jogo em toda a cadeia automotiva, é fundamental buscar uma solução em um momento já desafiador, marcado por altos juros e desaquecimento da demanda”, afirmou, em comunicado, o presidente da Anfavea, Igor Calvet.

Um veículo moderno utiliza, em média, entre 1 mil e 3 mil chips. Sem esses componentes, as linhas de produção não conseguem operar. A entidade afirma que já alertou o governo sobre a necessidade de medidas rápidas e decisivas para evitar desabastecimento crítico.

Impactos e complexidade do fornecimento

O coordenador de cursos da área automotiva da FGV, Antonio Jorge Martins, explicou ao portal Transporte Moderno que o risco de paralisação não decorre apenas da crise geopolítica envolvendo a Holanda e a China. “Existe também uma redução da produção de autopeças na Europa motivada pelo aumento da competitividade de fornecedores chineses e por dificuldades de exportação para mercados como os Estados Unidos e a China”, explica.

Para Martins, a consequência é dupla: além da questão pontual dos semicondutores, a redução de produção de autopeças europeias pode afetar a indústria brasileira, que importa parte desses componentes das matrizes internacionais. “Embora ainda não sintamos diretamente os efeitos no Brasil, a dependência de projetos de matriz limita a autonomia das fábricas locais”, afirma. Ele também observa que nem todas as fabricantes são igualmente impactadas.

Perspectivas e cautela

Apesar da preocupação, Martins aponta que nem todos os alertas correspondem a problemas imediatos de abastecimento. “Algumas fábricas podem estar utilizando a narrativa da escassez de semicondutores para justificar ajustes internos de produção. O efeito geopolítico é real, mas o impacto direto ainda é incerto”, diz.

Martins aponta que, no cenário europeu, fabricantes como Bosch, ZF e Continental estão reduzindo quadro de funcionários e capacidade de produção, um reflexo da pressão competitiva chinesa. “No Brasil, a entrada de produtos chineses ainda é limitada, sem afetar significativamente componentes de maior valor agregado.”

A Anfavea e o professor da FGV concordam que a situação exige acompanhamento contínuo. A indústria brasileira de caminhões e ônibus, embora ainda não impactada diretamente, observa com atenção os desdobramentos da disputa global por semicondutores, que pode definir a estabilidade da produção nacional nos próximos meses.

Consultadas pelo portal Transporte Moderno, a Volvo informou em nota que “está monitorando de perto essa questão e iniciou o mapeamento da cadeia de fornecedores para avaliar eventual impacto”. Já a Mercedes-Benz afirma que “está em contato constante com seus fornecedores e, atualmente, não há impacto na produção”. As demais fabricantes de caminhões e ônibus ainda não haviam se manifestado até o fechamento desta reportagem.

Diretoria da NTC&Logística realiza reunião ordinária de outubro para debater temas atuais e de impacto no Transporte Rodoviário de Cargas

Diretoria da NTC&Logística realiza reunião ordinária de outubro para debater temas atuais e de impacto no Transporte Rodoviário de Cargas

A NTC&Logística realizou, nesta quinta-feira (23), a Reunião Ordinária da Diretoria referente ao mês de outubro, em formato híbrido, conduzida pelo presidente Eduardo Rebuzzi. O encontro contou com a participação da Diretoria Executiva – o vice-presidente, Antonio Luiz Leite, e o diretor financeiro, José Maria Gomes; dos ex-presidentes e conselheiros vitalícios da entidade, Flávio Benatti, vice-presidente de Transporte Rodoviário de Cargas da Confederação Nacional do Transporte (CNT); José Hélio Fernandes, vice-presidente extraordinário para Assuntos Políticos da Associação, e Urubatan Helou, além de diretores, representantes de entidades parceiras e lideranças do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC).

Iniciando a reunião, o presidente Eduardo Rebuzzi comentou a divulgação e o incentivo à nova campanha da NTC&Logística, com o apoio da COMJOVEM, voltada à doação de órgãos – uma iniciativa de cunho social, que visa engajar e conscientizar o setor de Transporte Rodoviário de Cargas sobre a importância de doar órgãos e salvar vidas.

Na sequência, foi informada a criação de um Comitê de Mercado e Tarifas, vinculado ao Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas (DECOPE), da NTC&Logística. O novo comitê terá como objetivo fomentar o debate, disseminar conhecimento e incentivar os empresários do setor a se sentirem mais confiantes e preparados para lidar com temas relacionados ao frete e à precificação de tarifas, fortalecendo a competitividade e a sustentabilidade econômica das empresas de transporte.

Em aparte bastante positivo, o vice-presidente extraordinário de Segurança da NTC&Logística, Roberto Mira, destacou a importância da atuação conjunta das entidades no compartilhamento de informações sobre ocorrências de roubo de cargas, como forma de colaborar com os órgãos competentes e fortalecer as ações de prevenção e combate a esse tipo de crime.

Reforçando o papel da entidade na integração do Brasil às práticas globais de logística e comércio exterior, o vice-presidente de Relações Internacionais da NTC&Logística, Danilo Guedes, transmitiu atualizações sobre o Convênio TIR e outros temas relacionados ao transporte internacional.

Apresentando a programação dos eventos da NTC&Logística, a assessora executiva da presidência, Elisete Balarini, salientou os preparativos para o Congresso NTC 2025 – XVIII Encontro Nacional da COMJOVEM – que ocorrerá de 27 a 30 de novembro – e a próxima edição do CONET&Intersindical, que ocorrerá em fevereiro de 2026. Também foram tratados os alinhamentos da agenda de eventos e atividades previstas para o próximo ano.

O coordenador nacional da COMJOVEM, André de Simone, e os vice-coordenadores nacionais, Hudson Rabelo e Jéssica Caballero, relataram as principais ações da Comissão e o engajamento dos Núcleos nos Seminários Itinerantes e em outros eventos, confirmando a integração dos jovens empresários com as atividades da NTC&Logística, fortalecendo o relacionamento entre gerações e o desenvolvimento do setor.

O diretor jurídico da NTC&Logística, Dr. Marcos Aurélio Ribeiro, expôs um panorama abrangente das principais pautas jurídicas que impactam o setor de Transporte Rodoviário de Cargas, com destaque para o Piso Mínimo de Frete e a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5956, atualmente em fase de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante sua explanação, Dr. Marcos Aurélio Ribeiro deu ênfase ao acompanhamento constante da entidade sobre o tema, bem como ao trabalho técnico e de articulação institucional conduzido pela Associação junto aos órgãos competentes. O diretor também relatou os contatos realizados com a Casa Civil, com o objetivo de alinhar interpretações e esclarecer dúvidas recorrentes do setor em relação à aplicação de multas, acentuando a necessidade de segurança jurídica e previsibilidade regulatória para os transportadores.

Complementando o tema, a assessora jurídica, Dra. Gil Menezes, abordou as atualizações do processo administrativo de infrações e penalidades da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), comprovando o empenho da entidade na defesa dos transportadores e na busca por melhorias regulatórias, principalmente para sanar dúvidas de empresários quanto ao assunto. A assessora jurídica também teceu comentários sobre o acordo de cooperação entre a NTC&Logística e a Infra S.A., que está em tramitação.

O vice-presidente extraordinário para Assuntos Políticos, José Hélio Fernandes, e a assessora de Relações Institucionais, Edmara Claudino, explanaram as principais pautas políticas em andamento no Congresso Nacional. Entre os temas, o debate sobre o tempo de direção dos motoristas profissionais, além do projeto de segurança no transporte rodoviário, que envolve questões como a suspensão de CNPJ e o uso de bloqueadores de sinal (jammers), entre outros.

A NTC&Logística segue atuando junto aos órgãos públicos e parlamentares para avançar nessas discussões e obter um posicionamento da Câmara sobre os projetos prioritários para o setor.

Na área trabalhista, o Dr. Narciso Figueirôa Junior abordou a audiência pública do Tribunal Superior do Trabalho (TST), marcada para 4 de novembro – que discutirá a Súmula 244 e a alteração da aplicabilidade ao motorista que recebe por base de comissões –, além da consulta pública do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) sobre o novo Anexo I – CNAE (Classificação Nacional das Atividades Econômicas). Os temas influenciam diretamente as relações trabalhistas no setor e os graus de risco nos quais as empresas se enquadram atualmente, podendo afetar sua operação.

Encerrando a reunião, o presidente Eduardo Rebuzzi agradeceu a presença e a colaboração de todos, sublinhando a importância da participação ativa da diretoria no fortalecimento institucional da NTC&Logística e no avanço das pautas abordadas em reunião, o que reafirma o compromisso da entidade em defender os interesses dos transportadores, promover o diálogo com o poder público e seguir atuando como referência nacional na representação do setor.

Congresso NTC 2025 – XVIII Encontro Nacional da COMJOVEM inspirará líderes com a palestra “Crie o Impossível”

Congresso NTC 2025 – XVIII Encontro Nacional da COMJOVEM inspirará líderes com a palestra “Crie o Impossível”

Empreendedor premiado compartilhará no Congresso sua trajetória de sucesso e as estratégias que transformaram biscoitos em experiências memoráveis

O Congresso NTC 2025 – XVIII Encontro Nacional da COMJOVEM, promovido pela NTC&Logística em parceria com a COMJOVEM – Comissão de Jovens Empresários e Executivos da NTC&Logística, será realizado entre os dias 27 e 30 de novembro de 2025, no Club Med Lake Paradise, em Mogi das Cruzes (SP). O evento reunirá empresários e executivos do Transporte Rodoviário de Cargas de todo o país em uma imersão voltada ao aprendizado, inovação e fortalecimento da cultura empreendedora no setor.

Entre os destaques da programação, está a palestra “Crie o Impossível”, ministrada por Raul Matos, fundador e CEO da Biscoitê, rede brasileira de boutiques de biscoitos finos, que transformou simples produtos em presentes sofisticados e experiências inesquecíveis. Reconhecido como Empreendedor do Ano pela EY (Ernst & Young), Matos construiu uma trajetória marcada pela criatividade e pela capacidade de transformar ideias em negócios de alto impacto.

Empreendedor serial, Raul Matos possui um histórico de mais de R$ 250 milhões em faturamento anual em diferentes segmentos, como alimentação, energia e varejo. Com uma visão voltada à inovação e à gestão com propósito, ele inspira líderes e empreendedores a inovar, crescer e gerar resultados sustentáveis, sem abrir mão da essência humana nos negócios. Em sua palestra, compartilhará aprendizados e estratégias práticas que mostram como é possível construir marcas sólidas e inspiradoras, provando que sonhar grande e agir com propósito é o primeiro passo para criar o impossível.

A programação do Congresso contará ainda com painéis de discussão, palestras motivacionais e workshops, que servirão como ferramentas de aprendizagem teórica e prática, além de outras experiências produtivas. Na parte de lazer, os participantes poderão desfrutar das belezas naturais e aproveitar as comodidades do Club Med Lake Paradise, em um ambiente ideal para integração e troca de experiências entre os profissionais do setor.

Faça já sua inscrição aqui.

Confira a programação preliminar

1º DIA | 27/11 (QUINTA-FEIRA)

12h | 15h

ALMOÇO – RESTAURANTE PRINCIPAL | LAKESHORE

17h

LIBERAÇÃO DOS QUARTOS

18h30 | 23h30

Local: Centro de Convenções – Sala Girassol e Foyer

CERIMÔNIA DE ABERTURA | JANTAR FESTIVO

2º DIA | 28/11 (SEXTA-FEIRA)

6h30 | 7h30

COMJOVEM + SAÚDE

7h30 | 9h

CAFÉ DA MANHÃ – RESTAURANTE PRINCIPAL | LAKESHORE

9h | 13H

O CÉREBRO SOB ESTRESSE

Palestrante

Fabiano Moulin – Médico Neurologista, Mestre e Doutor em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo, onde atua como Médico Assistente do Departamento de Neurologia.

Especialista em Neurologia da Cognição e do Comportamento e Membro da ABN (Academia Brasileira de Neurologia), transforma conceitos complexos da Neurociência em aplicações práticas. Em suas palestras, aborda saúde mental, estresse, criatividade, tomada de decisão e envelhecimento saudável. Sua abordagem conecta ciência e prática, inspirando empresas, líderes e equipes a fortalecerem bem-estar, resiliência e performance no ambiente corporativo.

INTERVALO | COFFEE BREAK

COMJOVEM CONVIDA

Moderadores: André de Simone – Coordenador Nacional da COMJOVEM

Hudson Rabelo – Vice-Coordenador Nacional da COMJOVEM

Jéssica Caballero – Vice-Coordenadora Nacional da COMJOVEM

ALMOÇO – RESTAURANTE PRINCIPAL | LAKESHORE

13h30 | 14h30

COM ELAS

Local: Centro de Convenções – Sala Girassol

15h | 19h

EVENTO FESTIVO – TARDEZINHA COMJOVEM

Local: Lake Tenda

3º DIA | 29/11 (SÁBADO)

9h | 12h30

Local: Centro de Convenções – Sala Girassol

CONSTRUIR, ESCALAR E IMPACTAR

Palestrante

Guy Peixoto Neto – Empreendedor serial, investidor, CEO da Bravu Scaling e mentor de negócios.

Empreendedor serial e palestrante de Belém do Pará, com experiência em criar, escalar e reestruturar empresas que somam mais de R$ 250 milhões em faturamento anual. Formado por instituições como Harvard, MIT e Stanford, alia metodologias globais e práticas próprias para ajudar líderes e empreendedores a crescerem com clareza, consistência e propósito, sem abrir mão do equilíbrio.

INTERVALO | COFFEE BREAK

CRIE O IMPOSSÍVEL

Palestrante

Raul Matos – Fundador e CEO da Biscoitê, uma rede brasileira de boutiques de biscoitos finos, também é reconhecido como Empreendedor do Ano pela EY.

Transformou simples biscoitos em presentes memoráveis e experiências inesquecíveis. Empreendedor serial, com histórico de mais de R$ 250 milhões em faturamento anual em diversas empresas, ele inspira líderes e empreendedores a inovar, crescer com propósito e transformar ideias em negócios de sucesso. Reconhecido pelo mercado e premiado como Empreendedor do Ano, Raul compartilha sua experiência prática para motivar, engajar e gerar resultados concretos.

12h30 | 13h30

REUNIÃO COMJOVEM

Local: Centro de Convenções – Sala Girassol

TARDE LIVRE

20h30 | 0h30min

JANTAR DE ENCERRAMENTO

Local: Centro de Convenções – Sala Girassol

4º DIA | 29/11 (DOMINGO)

7h | 10h

CAFÉ DA MANHÃ – RESTAURANTE PRINCIPAL | LAKESHORE

MANHÃ LIVRE

12h

CHECK-OUT

Realização

  • NTC&Logística – Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística

Entidade Anfitriã

  • FETCESP – Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo e Sindicatos filiados

Patrocínio

  • Astra Capital
  • Fenatran – Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas
  • GEOTAB
  • RANDS
  • SpeedMax
  • TGID
  • TOTVS
  • Transpocred
  • TruckPag

Apoio Institucional

  • Sistema Transporte – CNT / Confederação Nacional do Transporte / SEST SENAT – Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte / ITL – Instituto de Transporte e Logística
  • FuMTran – Fundação Memória do Transporte

Apoio Logístico

  • Braspress
NTC&Logística participa do 10º Fórum CNT de Debates e reforça compromisso com a transição energética e a sustentabilidade no transporte

NTC&Logística participa do 10º Fórum CNT de Debates e reforça compromisso com a transição energética e a sustentabilidade no transporte

Evento discutiu os caminhos para a descarbonização do setor, com painéis sobre políticas públicas, soluções tecnológicas e inovação para o futuro da mobilidade no Brasil

A NTC&Logística marcou presença, nesta quinta-feira (23), em Brasília, no 10º Fórum CNT de Debates, promovido pelo Sistema Transporte, reunindo autoridades públicas, especialistas e lideranças empresariais de todo o país. A entidade foi representada pelo vice-presidente extraordinário de Assuntos Políticos, José Hélio Fernandes; pela vice-presidente extraordinária da Pauta ESG, Joyce Bessa; pelo vice-presidente regional para o Centro-Oeste e presidente da FENATAC (Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas & Logística), Paulo Afonso Lustosa, e pela assessora de Relações Institucionais, Edmara Claudino. Também participou o presidente da TransJordano, João Bessa, além de representantes de diversas empresas e instituições do setor.

Com o tema “Caminhos para a Descarbonização dos Transportes”, o Fórum promoveu um amplo debate sobre os desafios e oportunidades da transição energética no transporte brasileiro, abordando desde o papel das políticas públicas até as inovações tecnológicas que estão moldando um novo cenário de mobilidade sustentável.

A abertura contou com a presença de nomes de destaque, como a presidente da Petrobras, Magda Chambriard; o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB), e o ex-presidente do Sistema Transporte e fundador do SEST SENAT, Clésio Andrade, além de representantes do governo federal, da indústria e de entidades ligadas ao setor.

Entre os temas abordados nos painéis, o primeiro discutiu o papel do Brasil na transição energética do transporte, com foco nas metas climáticas nacionais (NDCs), nas ações do governo federal e nas oportunidades de financiamento e investimento para a redução das emissões. Especialistas do Ministério dos Transportes, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e BNDES destacaram a importância de políticas integradas e de uma governança ambiental robusta para acelerar a descarbonização da cadeia logística.

Já o segundo painel trouxe uma visão prática e tecnológica, com executivos da Anfavea, Petrobras, Viação Santa Cruz e Bravo Serviços Logísticos debatendo o papel dos biocombustíveis avançados, do diesel verde, da eletrificação e do hidrogênio verde na construção de uma matriz energética mais limpa e competitiva. Foram apresentados cases e perspectivas sobre o impacto dessas soluções no transporte de cargas e de passageiros, destacando a necessidade de incentivo à inovação e de políticas de transição gradual.

O evento reforçou o protagonismo do Sistema Transporte na agenda da sustentabilidade e da inovação, integrando as discussões preparatórias para a COP30, quando o setor terá participação ativa por meio da Estação do Desenvolvimento – espaço dedicado às pautas de descarbonização, infraestrutura verde e desenvolvimento sustentável.

Ao participar do Fórum, a NTC&Logística reafirma seu compromisso com a evolução tecnológica e ambiental do Transporte Rodoviário de Cargas, que vem sendo tema frequente das atividades da Associação, fortalecendo o diálogo institucional e a colaboração entre empresas, governo e entidades representativas em prol de um futuro mais sustentável para o setor.

CNT propõe agenda de longo prazo para ampliar investimentos e reequilibrar a matriz logística

CNT propõe agenda de longo prazo para ampliar investimentos e reequilibrar a matriz logística

Encontro do MoveInfra reuniu lideranças públicas e privadas em torno de propostas estruturantes e da assinatura do pacto pela infraestrutura

Durante o evento “Infraestrutura em Movimento: desafios para transformar o Brasil”, realizado nessa quarta-feira (22), em Brasília, o diretor de Relações Institucionais da CNT, Valter Souza, destacou a importância de um pacto nacional de longo prazo para garantir recursos e transformar a matriz logística do país.

O encontro, promovido pela MoveInfra, reuniu autoridades institucionais, empresários e especialistas para debater os rumos da infraestrutura brasileira. A programação incluiu painéis temáticos, entrevistas e a assinatura do Pacto pela Infraestrutura Brasileira, que une oito associações do setor em torno de quatro propostas legislativas prioritárias até 2026.

Em sua participação no painel de abertura, que tratou da convergência entre investimentos públicos e privados, Valter Souza ressaltou a necessidade de ampliar os aportes no setor. “Os investimentos públicos em infraestrutura evoluíram na forma de entrega, mas ainda estão abaixo do necessário. Precisamos recuperar a capacidade de investimento e garantir previsibilidade”, afirmou.

O diretor também chamou a atenção para a necessidade de diversificar a matriz de transporte no país. “Não podemos continuar transportando dois terços da carga por caminhão e 90% dos passageiros por ônibus. Isso eleva os custos, impacta a indústria e aumenta a poluição”, alertou.

Valter Souza destacou ainda o protagonismo da CNT na articulação por avanços legislativos e institucionais, como a PEC da Transição, e anunciou que a Estação do Desenvolvimento será o espaço do Sistema Transporte na COP30, em Belém (PA). “Queremos frete mais barato, menos poluição e garantia de aportes pelos próximos dez anos, independentemente de transições entre governos”, concluiu.

O painel contou também com a participação do secretário executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro; do diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Guilherme Sampaio; do secretário executivo do Ministério de Portos e Aeroportos, Tomé França; do secretário executivo do Ministério das Cidades, Hailton Madureira, e do diretor de Relações Institucionais da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Roberto Muniz. O debate foi moderado pelo jornalista Daniel Rittner e abordou temas como fortalecimento das agências reguladoras, licenciamento ambiental, concessões e novas fontes de financiamento para mobilidade e logística.

O evento foi aberto pelo CEO do MoveInfra, Ronei Glanzmann, que destacou o otimismo do setor com relação aos investimentos em curso. “O Brasil está investindo R$ 280 bilhões em infraestrutura, e a previsão para 2026 é de R$ 300 bilhões em todos os modais de transporte e energia. Os leilões estão acontecendo, e temos uma agenda forte pela frente”, afirmou.

Após a assinatura do Pacto pela Infraestrutura Brasileira, Ana Patrízia, diretora executiva da ANP Trilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos), falou em nome da Aliança pela Infraestrutura e ressaltou o caráter colaborativo da iniciativa. “A Aliança nasce do reconhecimento de que a infraestrutura é essencial para o desenvolvimento do país e a melhoria da vida dos brasileiros. Queremos modernizar o marco legal, garantir segurança jurídica, acelerar o licenciamento e proteger ativos estratégicos, com cooperação e apoio entre os setores público e privado e a sociedade, para que a infraestrutura seja, de fato, uma política de Estado”, afirmou.

O encerramento contou com a palestra do economista Marcos Lisboa sobre os desafios macroeconômicos para o crescimento sustentável. O evento teve apoio da EcoRodovias; Hidrovias do Brasil; Motiva; Rumo; Santos Brasil e Ultracargo, além de parceria da CNN Brasil e da Agência iNFRA. O diretor adjunto nacional do SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), Vinicius Ladeira, também acompanhou os debates.

Obras de implantação do Lote 4 da BR-419/MS aproximam-se dos 70% de execução

Obras de implantação do Lote 4 da BR-419/MS aproximam-se dos 70% de execução

Até o momento, já foram entregues 51 quilômetros de TSD e duas interseções concluídas integralmente

No Mato Grosso do Sul, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) segue trabalhando firme nas obras de construção do Lote 4 da BR-419/MS.

Próximo dos 70% de conclusão do empreendimento, a autarquia está executando a pavimentação de 55 quilômetros, entre o Km 189 e o Km 244, distribuídos em duas etapas: 42 quilômetros da Ponte sobre o Rio Taboco até a interseção do primeiro acesso a Aquidauana e 13,5 quilômetros do contorno de Aquidauana até a BR-262/MS, junto ao Sindicato Rural. Esse trecho garante a ligação de Rio Verde a Aquidauana, integrando o eixo norte-sul da rodovia.

O empreendimento, com ordem de início dada em agosto de 2021, abrangeu execução de projetos, Plano Básico Ambiental (PBA) e estudos ambientais, e início efetivo das obras em agosto de 2022, com a execução de 45,76 quilômetros de TSD (Tratamento Superficial Duplo) e três obras de arte especiais até o final de 2024.

Em 2025, o DNIT segue os serviços com a conclusão de obras de arte especiais: a ponte sobre o Rio Taboco; a ponte sobre o Córrego João Dias; o viaduto rodoviário e ferroviário sobre a MS-450 (ligando Aquidauana a Camisão e Piraputanga), e a ponte sobre o Rio Aquidauana (interligando a BR-419 à BR-262), além da pavimentação de 9,7 quilômetros e da execução de cinco interseções estratégicas de acesso a Aquidauana e região.

Até o momento, já foram entregues 51 quilômetros de TSD e duas interseções concluídas integralmente. Para 2025, são R$ 55 milhões de investimentos previstos. No total, porém, o Governo Federal, por meio do Novo PAC, vai investir R$ 208 milhões no segmento. A previsão é que a obra seja concluída no primeiro semestre de 2026.

Importância

A BR-419/MS é uma rodovia federal de ligação brasileira, localizada no Mato Grosso do Sul, próximo ao Pantanal. Inicia-se no entroncamento com a BR-163, em Rio Verde de Mato Grosso, segue no sentido norte-sul, atravessa cidades como Aquidauana e Nioaque, e termina em Jardim. A execução da obra é importante para a integração socioeconômica da região, tendo em vista a necessidade de melhorias nas condições de trafegabilidade, aumento da velocidade de tráfego e das condições de segurança para veículos e pedestres.

NTC&Logística orienta transportadores sobre adesão à notificação eletrônica da ANTT

NTC&Logística orienta transportadores sobre adesão à notificação eletrônica da ANTT

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), atenta aos problemas que temos relatado e que são enfrentados pelo transportador para solucionar questões relativas às multas lavradas pela Agência – falta e demora na notificação do autuado; dificuldade de acesso aos autos de infração; dificuldade para o pagamento da multa; a indevida inclusão do nome de empresas autuadas no CADIN – Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal, gerando restrições ao exercício da atividade empresarial – decidiu atender antiga demanda do setor já prevista na regulamentação, facilitando o acesso às informações sobre as multas aplicadas.

A NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) traz esclarecimentos necessários sobre a medida adotada pela Agência, que poderá dar ao empresário de transporte maior segurança jurídica e transparência nas informações sobre a lavratura de autos de infração e o caminho para receber notificação pela via eletrônica, possibilitando a defesa e o seu pagamento.

A Resolução nº 6.051/24 alterou o anexo da Resolução nº 5.083/16, incluindo o Sistema de Notificação Eletrônica e a possibilidade de pagamento das multas da ANTT com desconto de 40%, conforme as condições dispostas no art. 83-A.

Cabe ressaltar que as disposições acima não se aplicam aos autos de infração lavrados com base no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), por exemplo, de excesso de peso e evasão de balança.

Havendo interesse em receber suas notificações de forma eletrônica e garantir o desconto de 40%, o usuário deverá seguir as orientações abaixo:

1. Acesse a Área do Autuado da ANTT por meio do link: https://appweb1.antt.gov.br/spmi

2. Realize o cadastro, se você ainda não o possui – é simples e intuitivo.

3. No menu, selecione a opção “Notificação Eletrônica”. Para confirmar a adesão será necessário dar o aceite no “Termo de Adesão à Notificação Eletrônica”, onde o usuário toma ciência de que:

a) abrange somente as infrações de transporte;

b) deixará de receber as notificações pelos Correios;

c) notificações serão automaticamente inseridas no sistema;

d) o pagamento com 40% de desconto está condicionado à renúncia tácita ao direito de impor defesa e recurso.

4. Após o cadastro, as notificações referentes aos autos de infração de transporte serão disponibilizadas nos seguintes locais:

Acesse o documento oficial aqui.

ALERTA: Considerando que os prazos para apresentação de defesa e recurso passam a contar a partir da disponibilização da notificação no SIFAMA – Sistema Integrado de Fiscalização, Autuação, Multa e Arrecadação, mesmo sem leitura pelo usuário, a NTC&Logística recomenda, aos seus associados interessados na Notificação Eletrônica da ANTT, que adotem rotina diária de monitoramento da Caixa Postal gov.br e da Área do Autuado (SPMI), pois a tramitação será mais célere.

Jurídico NTC& Logística

NTC&Logística homenageia os cinco anos do Movimento Vez & Voz

NTC&Logística homenageia os cinco anos do Movimento Vez & Voz

Nesta terça-feira (22), o presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, acompanhado da assessora executiva da presidência, Elisete Balarini, realizou a entrega de uma placa em homenagem aos cinco anos do Movimento Vez & Voz, iniciativa criada por Ana Carolina Ferreira Jarrouge, presidente executiva do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP) e membro do Conselho de Ex-Coordenadores Nacionais da COMJOVEM.

A homenagem feita ao Movimento, cuja implementação é conduzida pelo SETCESP – entidade representada pelo presidente do Conselho Superior e de Administração, Marcelo Rodrigues; pela presidente executiva Ana Jarrouge e pela gerente de Comunicação e coordenadora do Vez & Voz, Camila Florêncio –, ocorreu na subsede da NTC&Logística, em São Paulo.

A placa celebra a trajetória de conquistas do Movimento desde a sua criação, em 2020, e enfatiza a importância de iniciativas que promovem a valorização e o fortalecimento da presença feminina no Transporte Rodoviário de Cargas.

Signatária do Movimento desde 2021, a NTC&Logística reconhece o valioso trabalho conduzido pelo SETCESP por meio do Vez & Voz e ratifica o empenho com a promoção da equidade de gênero e com o desenvolvimento das lideranças femininas no setor.

O presidente Eduardo Rebuzzi destacou o simbolismo e a relevância do Vez & Voz, como um Movimento que inspira e transforma. “Ele representa a união de muitas pessoas em torno de causas essenciais para o TRC: a inclusão, o respeito e a valorização da mulher no setor. Ana Jarrouge teve a sensibilidade e a coragem de iniciar um projeto que, hoje, é referência nacional, e a NTC&Logística se orgulha de apoiar essa iniciativa desde 2021”, ressaltou Rebuzzi.

Transporte rodoviário de cargas projeta crescimento no segundo semestre

Transporte rodoviário de cargas projeta crescimento no segundo semestre

O Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) encerrou o primeiro semestre de 2025 em alta, mantendo o otimismo do setor. Segundo o Panorama Transportes, publicado pelo Observatório Nacional de Transporte e Logística da Infra S.A., todos os modais registraram aumento na movimentação de cargas entre janeiro e junho.

Nas rodovias, o volume transportado atingiu 42,5 milhões de metros cúbicos, um crescimento de 7% em relação ao mesmo período de 2024. As ferrovias movimentaram 252,7 milhões de toneladas, alta de 0,1%, enquanto os portos somaram 483 milhões de toneladas, aumento de 0,8%. Já o transporte aéreo de cargas pagas ultrapassou 700 milhões de quilos em junho, avanço de 1,5%.

Além do aumento no volume transportado, o estudo aponta queda no número de acidentes fatais em todos os modais. Nas rodovias, as ocorrências diminuíram 0,9%; no transporte aéreo, 28,6%; nas ferrovias, 25,4%, e no aquaviário, 6,3%. Esses resultados indicam maior eficiência e segurança nas operações logísticas e fortalecem a confiança de empresas e transportadores.

Transporte rodoviário aquecido por combustíveis e grãos

Para Ana Jarrouge, presidente executiva do SETCESP (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região) e diretora da CNT (Confederação Nacional do Transporte), o bom desempenho do transporte de cargas está diretamente ligado à retomada de segmentos estratégicos da economia. “O crescimento registrado no primeiro semestre reflete uma combinação de fatores. Ela relaciona a retomada gradual da atividade econômica, o avanço de setores como combustíveis e agronegócio, e o aumento da demanda por abastecimento urbano. O modal rodoviário segue sendo a principal engrenagem da logística nacional”, afirma.

Segundo a executiva, a dinâmica mais intensa de produção e distribuição de grãos e combustíveis ampliou a demanda por transporte. Além disso, impulsionou o volume de cargas nas estradas.

Expectativa positiva para o fim do ano

O setor também projeta um segundo semestre mais aquecido, especialmente nos meses de outubro, novembro e dezembro, quando o consumo e a produção aumentam por conta das demandas de fim de ano. O varejo, a indústria e o agronegócio devem puxar novamente o crescimento, elevando o volume de cargas e mantendo o ritmo de operação nas principais rotas logísticas do país.

Otimismo com cautela

Apesar da retomada, o cenário ainda exige atenção. “O que temos ouvido dos empresários e executivos é que, embora o ambiente econômico e regulatório siga desafiador, há uma percepção positiva quanto à atividade. O volume operacional aumentou, mas esse crescimento nem sempre se traduz em rentabilidade, principalmente por causa da alta dos custos fixos e variáveis”, observa Ana Jarrouge.

Combustível, folha de pagamento, manutenção e encargos fiscais continuam pressionando o caixa das empresas. Mesmo assim, o setor demonstra resiliência e capacidade de adaptação. “O sentimento predominante é de otimismo cauteloso”, conclui a dirigente.

Por fim, com desempenho sólido no primeiro semestre e perspectivas de crescimento no segundo, o Transporte Rodoviário de Cargas reafirma seu papel como pilar da logística brasileira e motor essencial para o desenvolvimento econômico do país.