Desde segunda-feira (21), agentes do DNIT estão no km 884, sentido Boa Vista (RR) -Manaus (AM), autuando os veículos com excesso de peso
Desde segunda-feira (21), os caminhões que trafegam pela rodovia BR-174, no sentido Boa Vista (RR) a Manaus (AM), estão sendo fiscalizados na balança do Km 884, de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Segundo a autarquia, a fiscalização tem como objetivo principal garantir a segurança viária, a preservação da infraestrutura das rodovias federais e a manutenção de condições adequadas de tráfego para todos os usuários. A pesagem e coleta de dados de veículos comerciais são ferramentas essenciais para a administração pública na defesa do interesse coletivo.
De acordo com o DNIT, serão utilizadas Unidades Móveis Operacionais (UMO), equipadas com balanças portáteis estáticas e balanças móveis dinâmicas, além de outros sistemas e equipamentos associados para a pesagem e coleta de dados.
A ação visa coibir o excesso de peso, que pode causar danos significativos à malha rodoviária, aumentar o risco de acidentes e comprometer a segurança e o conforto dos usuários da via.
A fiscalização está amparada pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que estabelece o trânsito em condições seguras como um direito de todos e um dever dos órgãos de trânsito. O art. 21 do CTB designa o DNIT como entidade executiva rodoviária da União, responsável por assegurar esse direito.
Segundo a autarquia, a fiscalização será conduzida por agentes da autoridade de trânsito, garantindo a supervisão e o acompanhamento de toda a operação de pesagem, pautada pelos princípios da eficiência e eficácia.
A medida é crucial para a longevidade das estradas federais e para a segurança de todos que trafegam pela BR-174. Motoristas de caminhões e carretas são orientados a verificar o peso de seus veículos antes de iniciar a viagem, a fim de evitar autuações e contribuir para um trânsito mais seguro e fluido. Mais informações no site do DNIT.
Consulta é dirigida a empresas e entidades do setor para mapear os reflexos das tarifas americanas a partir de 1º de agosto
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) está promovendo um levantamento para compreender e avaliar os efeitos das novas tarifas que os Estados Unidos aplicarão, a partir de 1º de agosto de 2025, com alíquotas fixadas em 50% sobre produtos importados.
A consulta é dirigida a empresas associadas e também às entidades representativas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística. O foco é captar uma visão abrangente sobre possíveis impactos no custo operacional, volume de cargas, rotas, relações comerciais e estratégias adotadas para mitigar efeitos adversos.
Com base nas respostas, a NTC&Logística pretende elaborar um diagnóstico que subsidie sua atuação junto a autoridades nacionais e internacionais, além de orientar o setor e seus associados na tomada de decisões diante do cenário tarifário.
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), iniciou uma importante pesquisa voltada às empresas transportadoras de carga de todo o Brasil. A iniciativa tem como objetivo avaliar a situação econômica do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) no primeiro semestre de 2025, identificando os principais desafios enfrentados, além de oportunidades e tendências que impactam diretamente o desenvolvimento e a sustentabilidade do setor.
A coleta de dados será feita por meio de um questionário objetivo, com perguntas de múltipla escolha, o que garante uma participação ágil e acessível às empresas. A participação ativa do setor é fundamental para que o levantamento reflita a realidade do transporte de cargas no país e ofereça dados qualificados para embasar políticas públicas e estratégias.
Os resultados consolidados serão apresentados durante a segunda edição de 2025 do CONET&Intersindical (Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado), que será realizado no dia 21 de agosto, na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.
Evento acontece no estado de São Paulo e reunirá lideranças do transporte de todo o país.
As inscrições estão abertas para o Congresso NTC 2025 – XVIII Encontro Nacional da COMJOVEM. O evento, que reúne empresários do Transporte Rodoviário de Cargas de todo o Brasil, será realizado no Club Med Lake Paradise, em Mogi das Cruzes (SP), entre os dias 27 e 30 de novembro de 2025.
Realizado pela NTC&Logística, em conjunto com a COMJOVEM – Comissão de Jovens Empresários e Executivos da NTC&Logística, o Congresso consolidou-se como um ambiente propício para a troca de conhecimentos, networking e desenvolvimento de parcerias estratégicas. Representantes de federações e sindicatos do setor de todo o país reúnem-se com os Núcleos Regionais da Comissão para discutir as perspectivas do setor, participar de atividades de interesse empresarial e celebrar conquistas alcançadas.
A programação oficial constará de painéis de discussão, palestras de motivação, workshops como ferramentas de aprendizagem teórica e prática, e outras experiências produtivas. Na programação de lazer, os participantes terão a oportunidade de desfrutar das belezas naturais e aproveitar as comodidades oferecidas pelo Club Med Lake Paradise.
O presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, ressalta: “Esse é um dos grandes eventos de relevância promovidos pela entidade, assim como todos os outros que realizamos com o compromisso de contribuir com o desenvolvimento do setor. É um espaço que proporciona importantes trocas de experiências, fortalecimento das relações institucionais e discussões sobre os principais temas que impactam o Transporte Rodoviário de Cargas. Convido todos os empresários, executivos e jovens lideranças a se organizarem para estar conosco neste encontro. A participação de cada um faz a diferença para o presente e o futuro do nosso setor”.
A Resolução ANTT nº 5.982/2022, que regulamenta os procedimentos para inscrição e manutenção no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC), trouxe novas regras para empresas, cooperativas e transportadores autônomos que atuam no Transporte Rodoviário de Cargas remunerado em todo o território nacional.
Vale relembrar alguns dos principais pontos
Obrigatoriedade de inscrição e manutenção atualizada no RNTRC para exercer a atividade de transporte rodoviário remunerado de cargas nas seguintes categorias:
· Transportador Autônomo de Cargas (TAC);
· Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC);
· Cooperativa de Transporte Rodoviário de Cargas (CTC).
· Requisitos específicos de cadastro para cada categoria, incluindo comprovação de experiência, posse de veículos, documentação e capacidade financeira.
· O Certificado no RNTRC passou a ter validade indeterminada com a instituição da revalidação ordinária para atualização dos dados cadastrais.
As alterações trazidas pela Resolução ANTT nº 6.068, de 17 de julho de 2025, estão no artigo 4º da Resolução nº 5.982/2022, principalmente nos requisitos para inscrição e manutenção no RNTRC, com destaque para a obrigatoriedade de contratação de seguros por todos os transportadores para três modalidades:
· RCTR-C: Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga (cobertura para acidentes com o veículo, como colisão, tombamento, incêndio etc.).
· RC-DC: Responsabilidade Civil por Desaparecimento de Carga (cobertura para roubo, furto, apropriação indébita, estelionato e extorsão envolvendo a carga).
· RC-V: Responsabilidade Civil de Veículo (cobertura de danos corporais e materiais causados a terceiros pelo veículo utilizado).
Destaque para outras exigências
· Detalhamento da condição de posse ou propriedade de veículos, admitindo como válido também o arrendamento e o comodato, e mantendo o limite de três veículos para TAC.
· Ter capacidade de direitos e deveres na ordem civil (TAC).
· Exigência de comprovação de capacidade financeira para o exercício da atividade para a ETC.
· Ter registro na Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB ou na entidade estadual, se houver, mediante apresentação dos estatutos sociais e suas alterações posteriores (CTC).
A Resolução nº 6.068 entrou em vigor em 18 de julho de 2025, mas os procedimentos para comprovação dos seguros obrigatórios RCTR-C, RC-DC e RC-V serão definidos por Portaria específica da ANTT. Essas atualizações trazem um maior rigor aos critérios de cadastro no RNTRC, especialmente quanto à contratação de seguros obrigatórios para todas as categorias de transportadores.
Estudos demonstram cautela na economia, custo com acidentes e infraestrutura deficitária, afirma CNT em encontro com empresários na ACRJ
Com foco em promover um debate fundamentado sobre os desafios e as perspectivas do transporte rodoviário, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) participou, nessa quinta-feira (17), de reunião do Conselho Empresarial de Logística e Transporte da ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro). Nessa oportunidade, a Confederação apresentou dados sobre a confiança dos empresários do setor e a realidade das rodovias fluminenses.
A diretora executiva interina da entidade, Fernanda Rezende, destacou que a confiança dos transportadores ainda é considerada baixa no Rio de Janeiro, com índice geral de 48,6%. Embora as expectativas dos empresários tenham apresentado um índice mais alto, de 51,9%, a percepção sobre as condições atuais do setor permanece em cautela. Esses dados foram levantados na última edição do Índice CNT de Confiança do Transportador referente ao segundo trimestre de 2025.
“Com o Índice de Confiança do Transportador, conseguimos captar o sentimento dos empresários do setor diante das condições econômicas e operacionais, um importante termômetro para decisões de investimento, expansão e ações de defesa do setor”, afirmou Fernanda Rezende.
Outro ponto central da apresentação foi o retrato da infraestrutura rodoviária e seus impactos no custo operacional e na segurança viária. A malha rodoviária pavimentada do estado representa apenas 28,9% do total, e os desafios em relação à adequação das vias, à falta de sinalização e à ausência de acostamento foram apontados como possíveis fatores agravantes de acidentes.
Em 2024, o estado registrou mais de 6 mil ocorrências, com custo estimado de R$ 487 milhões, incluindo 333 mortes, sendo a maioria em acidentes com motocicletas e automóveis.
A diretora da CNT apresentou propostas para superar os entraves, como mais investimentos públicos, parcerias público-privadas, uso integral da Cide-combustíveis (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico sobre Combustíveis) em obras e ações emergenciais nos trechos críticos, além de reforço à educação no trânsito.
A reunião contou com a presença do presidente da Seção de Transporte Rodoviário de Cargas da CNT e da Fetranscarga (Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro), Eduardo Rebuzzi, e de empresários do setor, que ressaltaram a importância de dados técnicos para subsidiar decisões estratégicas e pleitos junto ao poder público. A apresentação reforçou o papel da CNT na articulação por dados consistentes para subsidiar melhorias estruturais e mais segurança no transporte rodoviário de cargas no estado.
Organizado pela Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de São Paulo (FETCESP) e reconhecido como um dos principais prêmios de sustentabilidade no transporte rodoviário, o “PremiAR – Transportando um Mundo Verde” chega à reta final para as inscrições da sua 4ª edição. As empresas interessadas têm até 31 de julho para participar, e a cerimônia de premiação está marcada para setembro de 2025.
As inscrições estão abertas a transportadoras que integram o programa Despoluir, iniciativa da FETCESP junto ao SEST SENAT que oferece avaliações veiculares ambientais às transportadoras, incentivando a redução da emissão de poluentes e promovendo a melhoria da qualidade do ar e economia de combustível. Na edição passada, a premiação recebeu 81 inscrições e premiou 46 empresas na categoria ouro.
“O PremiAR é mais do que uma premiação, é um reconhecimento público ao esforço de empresas que, mesmo diante de um cenário desafiador, escolhem investir em sustentabilidade. Por isso, iniciativas como o PremiAR são fundamentais para mostrar que é possível fazer diferente e melhor”, diz Carlos Panzan, presidente da FETCESP.
Flávio Teixeira, engenheiro ambiental e coordenador do DESPOLUIR, ressalta a importância da valorização das empresas comprometidas com a sustentabilidade. “Estamos na reta final das inscrições e queremos garantir que nenhuma boa iniciativa fique de fora. É o momento de mostrar ao país que o transporte rodoviário pode, sim, ser verde”, conclui.
As inscrições podem ser feitas até 31 de julho de 2025, diretamente pelo site oficial do evento: premiarfetcesp.com.br.
Concórdia – O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Oeste e Meio-Oeste Catarinense (SETCOM) encaminhou um ofício à supervisão do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) de Joaçaba solicitando melhorias na estrutura da ponte sobre o Rio Uruguai, localizada na BR-153, que liga os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A entidade, que representa o setor de transporte rodoviário em 61 municípios e abrange uma frota de mais de 25 mil veículos, apontou a necessidade urgente de instalação de postes de iluminação em todo o trecho da ponte, além da implantação de câmeras de segurança na entrada e saída da estrutura, tanto do lado catarinense quanto do lado gaúcho.
Segundo o documento, o objetivo das medidas é aumentar a segurança na travessia, inibindo furtos de materiais, equipamentos, cargas e veículos. O SETCOM destaca que a ponte tem grande fluxo de caminhões e veículos de passeio, o que justifica a adoção das medidas de reforço à segurança.
De acordo com o presidente Paulo Simioni, a entidade reforça que a iniciativa visa proteger motoristas e garantir mais tranquilidade no tráfego entre os dois estados, especialmente diante do crescimento da movimentação logística na região. O sindicato aguarda retorno do DNIT e reitera a importância da atenção a essa demanda, considerada essencial para a segurança viária.
O mercado de reposição assume papel estratégico no caixa das fabricantes de autopeças, que aceleram em serviços, tecnologia e expansão internacional
Em um cenário em que financiar um caminhão ficou mais caro, a produção de veículos pesados encolheu e as vendas recuaram, mas a indústria de autopeças seguiu na contramão. Puxada pelo mercado de reposição, que tem se mostrado cada vez mais estratégico, não só driblou os efeitos dos juros altos como também acelerou o ritmo de crescimento. O setor encerrou 2024 com desempenho positivo no faturamento nominal, tendo bom resultado proveniente do mercado de reposição, que aumentou 13,6% – com incremento de 16,7% nas vendas para a linha leve e de 1,4% para a linha pesada –, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
A curva de crescimento continuou neste ano. Em janeiro, o faturamento das empresas cresceu 18,4% na comparação com dezembro e 20,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando as vendas para a reposição aumentaram 13,1%, puxadas pelos veículos pesados que avançaram 39%.
O Sindipeças avalia o resultado de janeiro como o melhor no pós-pandemia, mesmo considerando que o primeiro mês do ano costuma ser atípico por conta das interrupções para ajustes técnicos, revisões do planejamento estratégico, férias de verão, entre outros fatores.
No primeiro bimestre, o faturamento das autopeças teve incremento de 19,7%, com vendas favoráveis em todos os canais de distribuição – montadoras, alta de 18,7%, exportações de 34,7% e reposição de 13,7%. Mas o Sindipeças destaca que o resultado positivo é reflexo da evolução estrutural positiva do mercado da reposição. “Com destaque para o crescimento em termos nominais de 12,8% das vendas para a linha leve e de 18,0% para a linha pesada.”
No primeiro trimestre, o avanço na receita líquida nominal foi de 17,8% em relação a igual período de 2024, e o crescimento das vendas ao mercado de reposição aumentou 14,31%, destacando a força deste segmento para as empresas.
No primeiro quadrimestre de 2025, o aumento no faturamento nominal foi de 15,0% em relação aos quatro meses do ano passado. Em termos reais, o crescimento foi de 11,4%. As vendas diretas para as montadoras garantiram às empresas um incremento de 14,5% – em termos reais, o aumento foi de 10,9%. Ao mercado de reposição o avanço foi de 11,2%.
As exportações em reais contribuíram com 23,4% ao faturamento das empresas nos quatro meses deste ano, quando comparado com igual período do ano anterior. Em dólar, o aumento foi de 6,1%. O Sindipeças atribui esse resultado positivo ao momento favorável por conta da recuperação das vendas automotivas nos países da América do Sul, principalmente a Argentina.
Nos cinco meses de 2025, o avanço no faturamento nominal foi de 15,2% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Em reais, o crescimento foi de 11,7%. As vendas diretas para as montadoras apresentaram crescimento de 15,6% – em termos reais, o aumento foi de 12,1%. O mercado de reposição mostrou um incremento de 10,8%, com elevação de 7,36% da linha pesada. Em reais, a alta foi de 7,4%, tendo um avanço de 4,13% da linha pesada.
As exportações em reais garantiram aumento de 19,4% ao faturamento nominal das empresas até maio deste ano, quando comparado com os cinco meses do ano anterior. Em dólar, o aumento foi de 3,85%. E as vendas intrassetoriais garantiram crescimento de 13,2%. Em reais, o aumento foi de 9,61%.
As fabricantes de autopeças Schaeffler, Continental, Randoncorp e a SKF revelam para a Transporte Moderno quais as expectativas para o mercado de reposição, diante do alto custo para o financiamento dos veículos pesados como reajuste da Selic – taxa de referência da economia – fixada em 14,75% ao ano pelo Banco Central. Esse aumento já começou a impactar o mercado de caminhões com a queda de 10,6% na produção e de 14,1% nas vendas de modelos pesados de janeiro a maio deste ano.
Na era dos serviços e da tecnologia
A Schaeffler prevê grande crescimento no serviço de reparação de caminhões e ônibus urbanos nos próximos anos, o que deverá impulsionar o mercado de reposição.
“Notamos que a reparação automotiva está crescendo muito e nem teve baixa durante a pandemia – quando foi considerada serviço essencial a manutenção de veículos –, principalmente nos pesados, que fazem entregas”, afirma Rubens Campo, vice-presidente sênior Schaeffer Vehicle Lifetime Solutions (VLS).
Na Schaeffler, a área de reposição tem participação expressiva globalmente, com importância ainda maior na América do Sul, onde a companhia tem alcançado grande crescimento, segundo Campo. O executivo destaca que, na linha de veículos pesados, é comum entre os grandes frotistas a manutenção preventiva e, para facilitar o trabalho de reparação, a Schaeffler oferece treinamento técnico para capacitar os mecânicos.
Diante das perspectivas promissoras, a Schaeffler prepara para o segundo semestre deste ano o lançamento sensor de óxido de nitrogênio (NOx) ao mercado de reposição. Será o seu primeiro fornecimento após a aquisição, em outubro do ano passado, da Vitesco Technologies, fabricante de componentes eletroeletrônicos para o setor automotivo. Esse produto, que controla a emissão de gases de caminhões e ônibus, tem 90% de participação nas montadoras no fornecimento global.
No setor automotivo, a Schaeffler é reconhecida pelas marcas LUK, que faz embreagens; INA, que produz motores, e a FAG, que fabrica rolamentos de rodas que equipam caminhões e ônibus no mundo. Para ampliar a participação em todo o ecossistema de reparação, a companhia alemã, conhecida como Schaeffler Automotive Aftermarket, fez alteração global na sua identificação. Desde abril deste ano, passou a ser chamada Schaeffler Vehicle Lifetime Solutions (VLS) para criar valor nos serviços e sistemas de motor, transmissão e powertrain, além de novas tecnologias digitais e modelos de negócios.
Mais global e mais forte
A Randoncorp espera um crescimento de mais de 20% das suas empresas de autopeças no mercado de reposição de caminhões e ônibus. Além de diversos lançamentos de produtos, a empresa aposta no bom desempenho dos seus negócios com a aquisição da European Braking Systems (EBS), distribuidora britânica de sistemas de freios para veículos comerciais.
A companhia, reconhecida no mercado brasileiro com a produção de implementos rodoviários, tem as autopeças como grande vetor para o crescimento, com 70% de participação nos seus negócios. Essa divisão é composta pela Suspensys, que faz eixos para caminhões, a Castertech, que produz tambores e discos de freios, a Master, que fabrica freios, e a Jost, que faz a quinta roda e peças de acoplamento dos veículos pesados.
“Com as aquisições feitas pela Frasle e as demais empresas de autopeças, o setor de reposição vem ganhando representatividade na organização”, afirma Ricardo Escoboza, vice-presidente executivo América do Sul da Randoncorp. “Isso ocorre pelo fato de a empresa estar mais perto dos clientes e detalhar os produtos em diversos canais da cadeia automotiva e junto às montadoras”, explica o executivo.
Com a presença em todas as fabricantes de caminhões e ônibus por meio do fornecimento de peças originais, a reposição se torna um elo bastante forte nessa cadeia automotiva, segundo Escoboza. “Estamos sempre presentes para oferecer a melhor solução para os fabricantes de veículos e ter produtos originais para o setor de reparação automotiva.”
Na trilha dos pesados
A SKF, fabricante sueca de rolamentos, está confiante no avanço dos seus negócios no mercado de reposição. A empresa, que tem grande tradição no segmento industrial, avançou bastante no setor automotivo, tendo, em todo veículo que sai da montadora, 70% de suas peças, tanto rolamento quanto vedações.
“A empresa vem tendo um ganho expressivo na reposição”, afirma Mauricio Ribeiro, gerente nacional de Vendas da SKF para reposição automotiva no Brasil.
Hoje, metade do que a SKF vende no mercado automotivo é para reposição, e o segmento de pesados, que antes representava 8% dos negócios, tem hoje 20% de participação. “Foi uma virada de chave muito grande com a minha chegada na companhia porque eu venho do segmento de pesados e foi um potencial enorme que encontrei aqui”, comenta Ribeiro.
“No mercado de pesados, a empresa tem concentrado grande foco na linha de rolamentos e vedações. Vivenciamos um momento mais favorável e estamos complementando o portfólio com produtos que fazem parte do DNA da companhia, como é o caso do rolamento. Estamos trazendo da Europa o produto com as configurações dos veículos feitos no Brasil”, revela o gerente.
Ribeiro ressalta que a SKF não quer toda a fatia do mercado de reposição, mas disponibilizar produtos para veículos com eixo tracionado e eixo do baú, por considerar que a qualidade e a segurança estão na tração. “A SKF tem boa perspectiva para o mercado de reposição porque a frota está envelhecendo e a inflação pressionou muito o orçamento das empresas, e temos no Brasil mais de 850 mil homens que vivem do seu caminhão. E esse pessoal foca muito no quesito preço”, destaca o gerente.
No centro da estratégia
Na Continental, a reposição tem ganhado relevância, respondendo atualmente por 30% das suas vendas, e a empresa está confiante na expansão deste mercado. De 2019 a 2023, o faturamento da companhia dobrou no mercado de reposição, e a projeção é crescer 300% até 2028.
“O Brasil tem uma frota de veículos pesados relativamente antiga e uma taxa de juros aumentando, dificultando o financiamento. Com os dois fatores combinados, esperamos um incremento expressivo na reposição de veículos pesados, com aumento no nível de reparo dos caminhões”, afirma Ricardo Rodrigues, diretor de Veículos Comerciais da Continental no Brasil.
O executivo também conta com a retomada forte da agricultura para ampliar o serviço de manutenção e manter os caminhões em dia.“A Continental está olhando muito para isso. Investindo, inserindo novos produtos, digitalizando a rede de apoio, trazendo soluções mais tecnológicas e mais modernas aos clientes, para que eles possam atender melhor os seus clientes e tirar dali o melhor para os seus negócios”, diz Rodrigues.
Um dos produtos para o qual a empresa espera grande crescimento na reposição é a linha de tacógrafos. O seu mais recente lançamento para atender às montadoras e ao mercado de reposição é o tacógrafo digital BVDR 2.0, da marca VDO. Esse componente atua como uma “caixa preta” do caminhão ou do ônibus, registrando os dados de desempenho e de comportamento do veículo e do motorista, incluindo velocidade, distância percorrida e período de condução. E as informações poderão ser utilizadas em treinamentos de condutores, para determinar as causas e responsabilidades em casos de irregularidades ou acidentes, além de atenderem às normas de trânsito vigentes.
Com a sua fábrica instalada em Guarulhos (SP), a Continental produz tacógrafos, painéis de instrumentos para veículos leves e pesados, além de itens de reposição sob as marcas VDO – utilizada para linhas de injeção eletrônica, temperatura, relés, instrumentação e sensores – e ATE, usada para sistemas de freios.
O diretor da Continental avalia que a regulamentação do Mover, com US$ 19,2 bilhões de recursos para os próximos cinco anos, sendo US$ 6,8 bilhões para este ano, permite incrementar os desenvolvimentos e investimentos em engenharia aplicada às demandas do mercado brasileiro. “É um fomento positivo, que fará a companhia trazer mais engenharia para o Brasil, além de investimentos em novas linhas, em novas tecnologias associadas à sustentabilidade”, afirma Rodrigues.
Evento, realizado nesta quinta-feira, 17, contou com a presença de representantes da Comjovem
O Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), por meio da Comjovem BH e Região, participou do evento “Liderança de Impacto: Como as Entidades Jovens Movimentam o Presente e Constroem o Futuro?”, promovido pela Comissão Estadual de Jovens Empreendedores de Minas Gerais (Cejuve-MG), em parceria com a Cotec. O encontro foi realizado nesta quinta-feira,17, no Shelf Bar e Jogos, em Belo Horizonte.
O evento reuniu representantes de entidades jovens de diferentes setores para compartilhar e conhecer iniciativas potentes que vêm sendo conduzidas em diversas frentes e mostrou que o futuro já está sendo construído por lideranças comprometidas com impacto social, político e desenvolvimento econômico. Consolidando um novo marco de cooperação, foi anunciada a criação de uma comissão permanente entre as entidades participantes, com o objetivo de promover o diálogo contínuo, fortalecer parcerias e construir uma agenda integrada de ações voltadas ao desenvolvimento das juventudes organizadas em Minas Gerais.
Para a coordenadora do núcleo da COMJOVEM Belo Horizonte e Região, Ana Paula de Souza, a participação no evento reforçou o compromisso do Setcemg com a formação de novas lideranças no setor de transporte e logística, fortalecendo o papel dos jovens na construção de soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios da mobilidade de cargas no estado.
Segundo Ana Paula, O núcleo vem atuando de forma constante na articulação entre as lideranças jovens do setor econômico mineiro, e receber esse convite representa um importante reconhecimento desse esforço. A criação dessa comissão permanente é uma iniciativa inédita, que fortalece os laços entre as entidades e abre espaço para construirmos, de forma conjunta, políticas e ações que realmente transformem o presente e o futuro do nosso estado.
“É gratificante testemunhar a COMJOVEM Belo Horizonte e Região ocupando esse espaço de diálogo e colaboração, contribuindo ativamente para o fortalecimento do ecossistema de lideranças do nosso estado”, afirmou Ana Paula
Dentre as diversas ações desenvolvidas para impulsionar o protagonismo jovem no setor de transporte, destacam-se a criação da Delegacia Regional do Setcemg em Sete Lagoas, a implementação de programas de formação de lideranças e o incentivo à participação de jovens em conselhos e sindicatos. Tais medidas refletem o compromisso mútuo da COMJOVEM BH e Região e do SETCEMG em preparar uma nova geração de lideranças mais conectada, colaborativa e pronta para os desafios do presente e do futuro da logística e do transporte no Brasil.
Teve início nesta segunda-feira (14), em Belo Horizonte (MG), a primeira turma do curso de aperfeiçoamento em Sucessão nas Empresas Familiares do Transporte, promovido pelo Instituto de Transporte e Logística (ITL) em parceria com o SEST SENAT e ministrado pela renomada Fundação Dom Cabral (FDC). A iniciativa busca preparar gestores de empresas familiares do setor de transporte rodoviário de cargas para os desafios da continuidade dos negócios, com foco em governança corporativa, inovação e visão estratégica.
A capital mineira sedia uma das etapas dessa importante jornada de formação executiva, que já beneficiou mais de 4.700 gestores desde 2014, com investimento superior a R$ 162 milhões por parte do Sistema Transporte. Durante a abertura oficial, a diretora adjunta do ITL, Eliana Costa, ressaltou o compromisso da entidade com o desenvolvimento sustentável do setor por meio da educação executiva:
“Estamos investindo para que o setor esteja cada vez mais preparado, com líderes capacitados e capazes de honrar o legado de suas famílias, sem medo de transformá-lo.”
Entre os participantes da turma em Belo Horizonte, destacam-se membros da COMJOVEM BH e Região, grupo de empresários jovens comprometidos com a inovação e o futuro do transporte:
Vandressa Barroso – Vice-Coordenadora da COMJOVEM BH e Região
John André Barroso – Integrante da COMJOVEM BH e Região
Lucas Costa – Integrante da COMJOVEM BH e Região
Ana Paula Pedrosa – Integrante da COMJOVEM BH e Região
A participação ativa desses jovens líderes reforça o papel da COMJOVEM na renovação e continuidade das empresas familiares do transporte. Também representa o compromisso da nova geração em conduzir negócios com responsabilidade, visão de longo prazo e gestão profissional.
Outro destaque entre os participantes é a empresária Renata Rodrigues, da empresa Rodomais, associada ao SETCEMG, que também integra a turma com o objetivo de fortalecer a gestão e garantir a perpetuidade de sua empresa familiar no setor.
Com duração de oito meses, o curso representa uma oportunidade única de crescimento e desenvolvimento para os empresários do TRC mineiro, reafirmando o papel estratégico da educação na transformação do setor.
No dia 30 de junho de 2025, a COMJOVEM BH e Região promoveu uma visita técnica ao Terminal de Cargas do BH Airport, em Confins/MG, com o objetivo de proporcionar uma imersão prática no ambiente logístico aeroportuário. Durante a atividade, os participantes conheceram de perto os processos de segurança, armazenagem, movimentação e rastreabilidade de cargas, além de interagirem com lideranças do setor como Daniel Miranda (CEO do BH Airport), Geovane Medina de Freitas (Gestor de Planejamento e Segurança Operacional) e Carlos Henrique Soares Reis (Coordenador Comercial).
A experiência reforçou a importância da integração entre modais e destacou a relevância da inovação e da infraestrutura estratégica para o desenvolvimento logístico de Minas Gerais. A ação também fortaleceu o networking entre os integrantes do núcleo, promoveu a aproximação com grandes operadores logísticos e reafirmou o compromisso da COMJOVEM com a formação técnica, a visão estratégica e a representatividade no setor de transporte.
Com o objetivo de entender com profundidade a realidade enfrentada pelas empresas em relação aos seguros no Transporte Rodoviário de Cargas, a NTC&Logística, por meio do seu Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas (DECOPE), está conduzindo uma pesquisa voltada exclusivamente aos transportadores de todo o Brasil.
A iniciativa surge também como sugestão do Comitê de Seguros, recentemente criado pela entidade, com o propósito de debater os desafios do setor e propor soluções práticas para o aperfeiçoamento das relações entre transportadoras e seguradoras. A partir dessa articulação, identificou-se a necessidade de um levantamento amplo e técnico que embasasse futuras ações da NTC&Logística junto ao mercado e aos órgãos reguladores.
A pesquisa aborda temas como os tipos de apólices contratadas; ocorrências de sinistros; coberturas mais utilizadas; frequência de negativas; vigência e valores das apólices, além da influência de exigências externas e da satisfação com os serviços prestados. Os dados obtidos serão essenciais para a construção de um diagnóstico representativo e atualizado sobre o cenário atual dos seguros no TRC.
Para o presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, a participação dos transportadores é fundamental para que a entidade possa agir com mais precisão e representatividade: “A pesquisa é uma ferramenta estratégica. Precisamos ouvir quem está na ponta, entender as dificuldades, os custos envolvidos, a efetividade das coberturas e como o seguro tem impactado o dia a dia das operações. Com esses dados em mãos, teremos embasamento sólido para propor melhorias e construir soluções em diálogo com as seguradoras, sempre em defesa do setor de transporte de cargas”, afirmou.
A NTC&Logística ressalta que todas as informações serão tratadas com sigilo e utilizadas exclusivamente para fins estatísticos e institucionais. A pesquisa pode ser respondida de forma rápida e está disponível no link abaixo.
A NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) realizará a segunda edição do CONET&Intersindical 2025 nos dias 21 e 22 de agosto, no Dall’Onder Grande Hotel, em Bento Gonçalves (RS). O evento tem como entidade anfitriã a Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul (FETRANSUL), com o apoio dos Sindicatos filiados à entidade.
O CONET&Intersindical é dividido em duas etapas:
1. CONET: apresentação de pesquisas de mercado realizadas pelo Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas (DECOPE) da NTC&Logística, além de debates sobre custos e tarifas do setor;
2. Intersindical: discussão de temas relacionados ao desenvolvimento do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC).
A programação preliminar do evento reúne os principais temas de interesse do Transporte Rodoviário de Cargas em dois dias intensos de debates, troca de experiências e relacionamento entre empresários, autoridades e lideranças do setor. No primeiro dia, dedicado ao CONET, o destaque fica para a palestra magna da economista Zeina Latif, uma das mais respeitadas especialistas em macroeconomia do país, que abordará o cenário econômico e as perspectivas para o setor. A programação inclui ainda apresentações técnicas do DECOPE, painéis sobre gestão, inovação, além de um painel empresarial segmentado por tipo de carga. Já o segundo dia, voltado à Intersindical, traz uma agenda focada em temas jurídicos, tributários e estruturais, como negociações trabalhistas, segurança, seguros e os impactos da Reforma Tributária no TRC.
O CONET&Intersindical consolidou-se como um dos eventos mais importantes do setor, congregando os principais protagonistas do TRC, promovendo debates estratégicos, troca de experiências e oportunidades para o fortalecimento de parcerias.
•Atualização do INCT (Índice Nacional de Custos do Transporte)
•Pesquisa de Mercado DECOPE 2025
•Nova ferramenta da NTC para simulação de frete
Gestão e Inovação
•Apresentação de soluções práticas para gestão de custos e tomada de decisão nas transportadoras
Coffee-break e networking
Palestra Magna – Tema: Cenário Econômico e Perspectivas para o Transporte Rodoviário de Cargas
Palestrante: Zeina Latif, economista, colunista do jornal O Globo e uma das principais vozes da macroeconomia no Brasil
Painel Empresarial por Segmento
Discussão sobre os principais desafios e oportunidades em diferentes áreas do TRC: Farmacêuticos | Perigosos | Fracionados | Granéis | Lotação | Bebidas | Alimentícios
18h30 – Encerramento
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22 de agosto de 2025 | INTERSINDICAL
9h – Abertura INTERSINDICAL
Painel Trabalhista
•Negociações coletivas
•Lei do Motorista
•Precedentes normativos do TST
Painel de Seguros
•Atualizações legislativas e novas práticas
Painel de Segurança
•Aliança Nacional pela Segurança Logística
Painel de Infraestrutura
Painel Tributário
•Aplicação da Reforma Tributária no TRC: impactos e oportunidades
● NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística)
Entidade Anfitriã
● FETRANSUL (Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul)/
Apoio
● Sindicatos filiados à FETRANSUL
Patrocínio
● AUTOTRAC
● FENATRAN
● TOTVS
● TRANSPOCRED
● XBRI PNEUS
Apoios Institucionais
● Sistema Transporte (CNT – Confederação Nacional do Transporte; SEST SENAT – Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte; ITL – Instituto de Transporte e Logística)
● FuMTran (Fundação Memória do Transporte)
● Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários)
Projeto inclui oitava rodada de duplicação, criação de área de escape e conectividade em toda a extensão da rodovia
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Ministério dos Transportes, a concessionária Nova Rota do Oeste e o Governo de Mato Grosso anunciaram, nesta sexta-feira (18/7), nova rodada de investimentos na BR-163, durante solenidade realizada no estado. Considerada a maior obra de infraestrutura em andamento no país, a duplicação da BR-163, somada à implantação de melhorias como área de escape na Serra de São Vicente e conectividade 4G LTE, reafirma o compromisso do Governo Federal com a modernização da malha rodoviária nacional.
Presente no evento, o diretor-geral da ANTT, Guilherme Theo Sampaio, destacou a relevância da concessão da Nova Rota do Oeste como referência para o setor. “Estamos diante de um modelo que reúne parceria federativa, segurança jurídica e foco na melhoria da experiência do usuário. A BR-163 é hoje um símbolo do novo ciclo de concessões do país”, afirmou.
Com investimento total de cerca de R$ 449 milhões, três novas frentes de obras foram viabilizadas por meio da Revisão Quinquenal do contrato de concessão, aprovada pela ANTT em janeiro deste ano. A duplicação do trecho entre Várzea Grande e Rosário Oeste será executada em duas etapas. A primeira, lançada nesta sexta-feira, prevê a duplicação de 56,2 quilômetros da rodovia, além da recuperação da pista existente, construção de vias marginais, pontes, viaduto, passarela e acessos. O prazo estimado para conclusão é de 32 meses.
Também será construída uma área de escape no Km 350,8 da BR-364/163, na Serra de São Vicente, com investimento de R$ 17,8 milhões. O dispositivo contará com dois pórticos rolantes e quatro guinchos, com capacidade de remoção de até 80 toneladas por operação. Já o sistema de conectividade 4G LTE garantirá acesso à internet em toda a extensão da BR-163 sob concessão — 850,9 quilômetros entre Itiquira e Sinop. Atualmente, apenas 45% do trecho possuem cobertura de operadoras móveis.
Durante o evento, o Governo de Mato Grosso e a concessionária Nova Rota do Oeste reforçaram o compromisso com a conclusão das obras. O governador Mauro Mendes afirmou que mais de 90% da população do estado é diretamente impactada pela BR-163 e destacou os investimentos estaduais que somam R$ 2,3 bilhões para viabilizar as duplicações. “Já entregamos 100 quilômetros no ano passado e, até dezembro, serão mais 130 quilômetros com uma das tarifas mais baixas do Brasil”, disse.
Para o presidente do Conselho de Administração da Nova Rota, Cidinho Santos, a duplicação entre Várzea Grande e Jangada atinge um dos trechos mais críticos da rodovia, com intenso tráfego de veículos pesados. “É o trecho mais perigoso da BR-163. Em breve, todo o percurso até Sinop estará duplicado, com novas pontes, trevos, viadutos, vias marginais e internet. Isso é segurança e informação”, afirmou.
O diretor-presidente da Nova Rota, Luciano Uchoa, acrescentou que a concessão será pioneira na implantação de conectividade integral. “Nosso foco é a duplicação, mas também investimos em tecnologia. A Nova Rota será a primeira concessão do Brasil a implantar 4G em toda a extensão da rodovia”, destacou.
A cerimônia contou ainda com a presença da diretora de Infraestrutura do BNDES, Luciana Costa, que destacou a confiança do Banco e do Governo Federal no projeto, viabilizando R$ 5 bilhões em empréstimos para as obras de infraestrutura no estado.
Nova edição do Barômetro da Infraestrutura, obtida com exclusividade pela CNN, mostra a concessão de estradas liderando a intenção de investimentos pela primeira vez em sete semestres
As concessões de rodovias ultrapassaram o saneamento básico como área de maior intenção para investimentos privados em infraestrutura nos próximos três anos.
O indicativo surge no 13º Barômetro da Infraestrutura Brasileira, pesquisa semestral realizada pela Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), em parceria com a EY-Parthenon – braço de estratégia e transações da EY.
Foram ouvidos 329 investidores, gestores e especialistas na estruturação de projetos.
A nova edição do barômetro foi obtida com exclusividade pela CNN e aponta, pela primeira vez em sete semestres, as rodovias substituindo o saneamento básico na liderança do interesse privado.
Quando se pede aos entrevistados para apontar os três segmentos da infraestrutura com maior perspectiva de investimentos, nos próximos três anos, as respostas são:
Rodovias: 46,6%;
Saneamento básico: 45,4%;
Energia Elétrica: 40,6%;
Ferrovias: 32,6%;
Petróleo: 27,5%;
Infraestrutura social: 24,5%.
Na pesquisa anterior, feita no segundo semestre de 2024, as prioridades apontadas eram:
Saneamento básico: 56,7%;
Energia elétrica: 45,0%;
Rodovias: 35,4%;
Mobilidade urbana: 31,4%;
Ferrovias: 24,1%;
Infraestrutura social: 23,5%.
O sócio da EY-Parthenon para governo e infraestrutura, Gustavo Gusmão, afirma que o crescimento do interesse por investimentos em rodovias se deve a uma série de anúncios de projetos pelo governo federal e por governos estaduais.
Além de 15 leilões organizados pelo Ministério dos Transportes e pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), empreendimentos bilionários estão sendo oferecidos em São Paulo, no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais.
Na sexta-feira (18), por exemplo, foi assinado o contrato de concessão da BR-364 em Rondônia. A concessão prevê investimentos de R$ 10,2 bilhões ao longo de 30 anos.
O consórcio 4UM/Opportunity venceu o leilão do trecho, que liga Porto Velho a Vilhena, em fevereiro. O projeto envolve duplicações e implantação de faixas adicionais.
Gusmão avalia que a manutenção do saneamento básico na liderança das intenções de investimento, por tanto tempo, tem ligação direta com o marco legal de 2020.
“Ainda temos muitos novos projetos nessa área para os próximos anos, que passou por um hiato de licitações até o início de 2025, o que contribuiu para a mudança [na pesquisa]”, diz o executivo.
“Vale sinalizar também que a COP30 no Brasil acelerou bastante o leilão do saneamento básico no Pará, por exemplo”, acrescenta Gusmão.
Na contramão da agenda de sustentabilidade, houve um aumento nas intenções de investimento em petróleo.
“O setor ainda se encontra um pouco cético sobre os impactos reais que a COP trará.”
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 5,17% para 5,10% este ano. É a oitava redução seguida na estimativa, publicada no Boletim Focus desta segunda-feira (21). A pesquisa é divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Para 2026, a projeção da inflação foi reduzida de 4,5% para 4,45%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,8%, respectivamente.
A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior, 4,5%.
Em junho, mesmo pressionada pela energia elétrica, a inflação oficial – divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – perdeu força e fechou em 0,24%, marcada pela primeira queda no preço dos alimentos depois de nove meses. Apesar da desaceleração nos últimos meses, o índice acumulado em 12 meses alcançou 5,35%, ficando pelo sexto mês seguido acima do teto da meta de até 4,5%.
Esse período de seis meses acima de 4,5% configura estouro da meta pelo novo regime adotado em 2024. Cada vez que isso acontece, o presidente do BC tem que divulgar, por meio de carta aberta ao ministro da Fazenda, que preside o CMN, a descrição detalhada das causas do descumprimento, as providências para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos e o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito.
Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Apesar do recuo recente da inflação, as incertezas em relação à economia fizeram o colegiado elevar os juros em 0,25 ponto percentual na última reunião, no mês passado, sendo o sétimo aumento seguido da Selic em um ciclo de contração na política monetária.
Em ata, o Copom informou que deverá manter os juros no mesmo patamar nas próximas reuniões, enquanto observa os efeitos do ciclo de alta da Selic sobre a economia. No entanto, não descartou mais aumentos, caso a inflação suba.
A decisão surpreendeu parte do mercado financeiro, que não esperava um novo aumento e, nesse cenário, a estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 em 15% ao ano.
Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,5% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio
A estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano permaneceu em 2,23% nesta edição do Boletim Focus. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) foi reduzida de 1,89% para 1,88%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2%, para os dois anos.
Puxada pela agropecuária no primeiro trimestre de 2025, a economia brasileira cresceu 1,4%, de acordo com o IBGE.
Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021 quando o PIB alcançou 4,8%.
A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,65 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,70.
Retração no crédito é puxada por veículos novos; usados mostram resiliência e crescem 0,6%
O volume de caminhões financiados no Brasil caiu 6,4% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo levantamento da B3 obtido por Transporte Moderno, foram registradas 121.144 operações de crédito entre janeiro e junho contra 129.376 no mesmo intervalo de 2024.
O recuo reflete o ambiente macroeconômico ainda desafiador para o transporte rodoviário de cargas, impactado pela taxa de juros elevada, que reduz o apetite ao risco tanto de bancos quanto de transportadores.
A retração foi puxada principalmente pela menor procura por caminhões novos. No semestre, foram 54.767 unidades financiadas, queda de 13,6% na comparação com as 63.413 registradas um ano antes. Em junho, houve um leve alívio, com 9.670 financiamentos — alta de 19% em relação a maio (8.127), mas ainda 14,5% abaixo do volume de junho de 2024 (11.310).
O Crédito Direto ao Consumidor (CDC), principal modalidade utilizada na aquisição de veículos novos, também sofreu retração. Foram 43.346 operações no semestre, contra 53.218 no ano anterior, uma queda de 18,5%. Já os consórcios avançaram 28%, com 7.978 adesões ante 6.229 no mesmo período de 2024.
Usados mostram resiliência
Enquanto o mercado de caminhões novos enfrenta retração, os usados demonstraram estabilidade, com leve crescimento. No acumulado de janeiro a junho, foram financiadas 66.377 unidades, alta de 0,6% sobre as 65.963 do ano anterior.
Em junho, no entanto, foram 11.716 operações, queda de 4,1% em relação a maio (12.215) e praticamente estabilidade frente a junho de 2024 (11.731).
O CDC continua liderando também entre os usados, com 54.554 operações no semestre, variação positiva de 0,4%. Os consórcios registraram alta mais expressiva, com 9.850 financiamentos, aumento de 12,2% na comparação com os 8.579 realizados no primeiro semestre do ano passado.
Projeções em baixa para o ano
Diante do cenário de crédito restrito e juros elevados, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) revisou para baixo suas projeções para o mercado de caminhões em 2025. A nova estimativa aponta para 113.562 emplacamentos até o fim do ano, uma queda de 7% frente aos 122.099 registrados em 2024. Antes, a previsão era de crescimento de 4,5%.
“Sabemos que o mercado de caminhões é muito vinculado ao PIB e ao crédito acessível, mas a taxa de juros chegou muito forte e está afetando o setor”, afirmou Arcelio dos Santos Júnior, presidente da Fenabrave.
Em junho, foram vendidos 8.374 caminhões no país, o que representa uma queda de 5,77% em relação a maio (8.887 unidades) e de 13,32% na comparação com junho do ano passado (9.661 unidades). No acumulado do semestre, os emplacamentos somaram 53.420 unidades, recuo de 3,62% ante as 55.425 de igual período de 2024.
Pesados em queda, semipesados e médios em alta
A retração nas vendas tem sido puxada, sobretudo, pela menor renovação de frotas, especialmente entre os caminhões pesados. Com maior peso nas vendas totais do setor, esse segmento registrou queda de 14,31% no semestre, com 24.587 unidades, frente às 28.690 vendidas em igual período do ano passado.
Em contrapartida, os semipesados apresentaram alta de 12,29%, passando de 15.201 para 17.069 unidades, enquanto os médios cresceram 20,41%, com 7.494 unidades emplacadas ante 6.224 em 2024.
Entre os modelos mais leves, o desempenho foi negativo: os caminhões leves recuaram 4,41%, de 2.725 para 2.604 unidades, e os semileves caíram 15,47%, de 1.932 para 1.633 veículos vendidos.