Instituição consolida sua atuação com a geração de emprego e apresenta iniciativas de qualificação no setor de transporte
O SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) participou, nessa quarta-feira (9), de uma reunião no MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), em Brasília, para debater estratégias de fortalecimento do empreendedorismo e da empregabilidade no país. Convocado pelo ministro Wellington Dias, o encontro reuniu representantes de ministérios, confederações do setor produtivo e entidades do Sistema S, com foco na construção de ações integradas que ampliem o acesso a oportunidades de trabalho e renda.
Na ocasião, a diretora executiva nacional do SEST SENAT, Nicole Goulart, apresentou as principais iniciativas da instituição voltadas à promoção de emprego e renda. Ela ressaltou a atuação integrada da entidade em três frentes: qualificação profissional, intermediação de mão de obra e articulação com diferentes instituições do setor.
Entre os destaques, foram apresentados os resultados do ACT (Acordo de Cooperação Técnica) firmado com o MDS há cerca de um ano. Por meio do projeto Mais Motoristas, a parceria já possibilitou a capacitação e contratação de motoristas profissionais, com prioridade para beneficiários do CadÚnico.
Outra ação relevante compartilhada durante a reunião foi a Feira Emprega Transporte. A iniciativa promove encontros presenciais entre empresas e trabalhadores que estão em busca de oportunidades de emprego, contribuindo, de forma direta, para a inserção no mercado de trabalho. Em 2024, foram realizadas 20 edições da Feira e, para 2025, estão previstas mais de 60, abrangendo todas as regiões do país.
Diante dos resultados apresentados, o ministro do MDS, Wellington Dias, elogiou a atuação do SEST SENAT e propôs que as Feiras tenham a participação de outras entidades do Sistema S. Segundo ele, a iniciativa pode ser uma ferramenta eficiente para promover a qualificação de profissionais e ampliar o acesso a oportunidades de emprego.
Também estiveram na reunião Luiz Carlos Everton, secretário de Inclusão Socioeconômica do MDS; Osmar Júnior, secretário executivo do MDS; Tadeu Alencar, secretário executivo do MEMP (Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte); Daniel Carrara, diretor-geral do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural); Valmor Boelhower, chefe de gabinete do diretor-geral do Sistema CNA/Senar; Gustavo Leal, diretor-geral do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial); Marcus Fernandes, diretor-geral do Departamento Nacional do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial); José Cirilo, diretor-geral do Departamento Nacional do Sesc (Serviço Social do Comércio); Carlito Merss, gerente de Políticas Públicas do Sebrae Nacional; Tânia Zanella, superintendente do Sistema OCB, e Sérgio Mendonça, superintendente do Conselho Nacional do Sesi.
SEST SENAT: um agente ativo na promoção de emprego e renda
No encontro, Nicole Goulart apresentou outras iniciativas do SEST SENAT voltadas à promoção de emprego e renda, como a plataforma Emprega Transporte, que conecta empresas a profissionais do setor, e o Conexão RH, projeto que mapeia as demandas específicas das empresas para orientar, de forma mais estratégica, a oferta de cursos e programas de qualificação. A diretora disse ainda que o SEST SENAT está em articulação com o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) para integrar a plataforma ao Sine (Sistema Nacional de Emprego), o que deve ampliar ainda mais o alcance da ferramenta.
Essa atuação integrada se complementa com o investimento contínuo na formação técnica. Em todo o Brasil, o SEST SENAT oferta cursos em áreas como logística, mecânica, eletroeletrônica e manutenção de aeronaves, alinhados às demandas e necessidades do setor transportador. A instituição também tem o objetivo de se credenciar como CFC (Centro de Formação de Condutores), o que permitirá ampliar sua capacidade de atendimento às crescentes demandas do setor de transporte.
Para Nicole Goulart, esse conjunto de ações reforça o papel estratégico do SEST SENAT no apoio às políticas públicas de empregabilidade. “Iniciativas assim posicionam o SEST SENAT como um agente ativo na promoção de emprego e renda, especialmente entre pessoas em situação de vulnerabilidade social”, finalizou a diretora, destacando que a articulação com o MDS tem sido essencial para potencializar os resultados alcançados.
A expectativa é levar internet com tecnologia 4G ou superior a 500 localidades e beneficiar cerca de 800 mil pessoas
O Ministério das Comunicações publicou, nesta segunda-feira (14), portaria com as diretrizes para o próximo leilão de telefonia móvel, a partir da exploração das subfaixas de 700 MHz. A proposta prevê a instalação de infraestrutura de internet móvel em regiões atualmente desatendidas, incluindo rodovias.
A expectativa é levar internet com tecnologia 4G ou superior a 500 localidades e beneficiar cerca de 800 mil pessoas. Também está prevista a cobertura de até 8 mil quilômeros de rodovias federais, incluindo trechos, hoje sem sinal, das BRs 101, 116, 135, 163, 242 e 364. A BR-101, por exemplo, deverá alcançar 100% de cobertura até 2026.
Além da ampliação da cobertura, o novo leilão vai estabelecer exigências de atendimento a usuários visitantes por meio do roaming obrigatório entre prestadoras. A medida busca ampliar a interoperabilidade e garantir conectividade em locais onde apenas uma operadora esteja presente.
Com a publicação da portaria, caberá à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) elaborar o edital do leilão seguindo as diretrizes. O documento deverá incluir critérios de priorização a operadoras regionais e ser submetido ao Tribunal de Contas da União (TCU) antes da versão final.
A previsão é que o certame seja lançado ainda no segundo semestre deste ano. Os primeiros compromissos de cobertura devem começar a ser cumpridos em 2026.
Medida garante resposta rápida a eventos climáticos extremos e reforça segurança nas rodovias Rio-São Paulo
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) acaba de dar um passo inédito na gestão de contratos de concessão rodoviária no Brasil. Pela primeira vez, a Agência aplicou a modalidade de reequilíbrio econômico-financeiro “baseado em evidências”, prevista na Instrução Normativa nº 33/2024, para responder de forma mais ágil a impactos de eventos climáticos extremos.
A medida foi aprovada por meio da Deliberação nº 206/2025, beneficiando a concessionária CCR RioSP, responsável pelo Sistema Rodoviário Rio-São Paulo. O foco são as obras emergenciais de recomposição de terrenos na BR-101/RJ/SP, danificados por instabilidades geológicas causadas pelas fortes chuvas ocorridas entre 31 de março e 1º de abril de 2022.
Com a decisão, a ANTT reconheceu 60% do valor pleiteado pela concessionária como medida mitigadora, o equivalente a cerca de R$ 115 milhões, já atualizados na data-base de outubro de 2019. Esse valor será liberado com recursos vinculados, de forma controlada e transparente, enquanto a análise do processo principal de recomposição integral segue seu trâmite regular, com prazo estimado de até 24 meses.
Essa solução tem caráter provisório, precário e reversível. Ao final da análise definitiva, o valor poderá ser ajustado — para mais ou para menos — de acordo com as comprovações técnicas e documentais a serem apresentadas.
Por que isso é importante?
Além de reforçar a segurança e a continuidade dos serviços prestados nas rodovias, a medida representa um avanço na modernização regulatória da ANTT. De acordo com o Superintendente de Infraestrutura Rodoviária – SUROD/ANTT, Fernando Bezerra, a adoção da modalidade “baseada em evidências” permite que situações de urgência sejam tratadas com rapidez, sem abrir mão da análise técnica rigorosa e da prestação de contas posterior.
“Esse formato foi pensado justamente para dar resposta mais rápida a eventos imprevisíveis, como desastres naturais, ao mesmo tempo que preserva o equilíbrio financeiro dos contratos de concessão — um pilar essencial para garantir investimentos contínuos em infraestrutura”, explicou o superintendente.
A Instrução Normativa nº 33/2024, que embasa a decisão, foi publicada no final do ano passado como parte de um esforço da Agência para tornar os processos de reequilíbrio mais previsíveis, transparentes e juridicamente seguros. A norma detalha os procedimentos para análise de pleitos e prevê diferentes instrumentos de mitigação, como o reequilíbrio parcial, agora utilizado pela primeira vez.
“Com essa aplicação pioneira, a ANTT reafirma seu compromisso com a eficiência regulatória, a segurança dos usuários e a estabilidade dos contratos de concessão, protegendo o interesse público em momentos críticos”, concluiu Fernando Bezerra.
Empresários citam complexidade tributária, falta de mão de obra qualificada, burocracia e insegurança jurídica como entraves para a competitividade industrial
Pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 45% dos empresários industriais brasileiros acreditam que a bitributação e a complexidade tributária são as principais barreiras para a competitividade internacional. Em seguida, aparecem o Custo Brasil, com 35% dos empresários; a falta de mão de obra qualificada, com 31%; burocracia e ambiente regulatório, 25%, e a insegurança jurídica, 22%.
A lista ainda traz inovação e tecnologia, 14%; reputação e imagem do Brasil, 13%; custos de energia, 13%; exigências da legislação ambiental internacional, 11%; falta de crédito para a exportação, 10%, e cumprimento de exigências ambientais de clientes, 8%.
O impacto do Custo Brasil
“O Custo Brasil é esse conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que prejudica o ambiente de negócios do país, pois encarece os custos das empresas, atrapalha investimentos e compromete a competitividade. Todos os fatores apresentados na pesquisa estão ligados ao valor do Custo Brasil, estimado em R$ 1,7 trilhão por ano, o que equivale a 20% do PIB brasileiro”, pontua o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Visão regional
Quando comparado regionalmente, 55% dos empresários do Nordeste afirmam que a bitributação e a complexidade tributária são os fatores que mais influenciam a competitividade industrial, seguidos dos industriais do Sudeste, com 45%; do Sul, 43%, e do Norte/Centro-Oeste, com 33%.
Quando o assunto é o cumprimento de exigências ambientais de clientes, apenas 7% dos empresários da região Sul acreditam que esse fator pode impactar a competitividade industrial, enquanto 8% dos industriais do Sudeste acham o mesmo; 9%, do Norte/Centro-Oeste, e 11%, do Nordeste.
Fortalecimento da imagem da indústria e aumento da exportação
Outra pergunta destaque da pesquisa é se o fortalecimento da imagem da indústria brasileira pode contribuir para o aumento da exportação do setor. Os empresários são otimistas e 77% acreditam que sim; 29% informaram que o fortalecimento pode “aumentar muito” a exportação, enquanto 48% disseram “aumentar um pouco”. Já 19% responderam que o fato não interfere.
A pesquisa Sustentabilidade e Indústria foi realizada pelo Instituto de Pesquisa Nexus e ouviu representantes de mil empresas industriais de pequeno, médio e grande portes, em todo o país. As entrevistas foram realizadas entre 15 de maio e 17 de junho de 2025.
Expectativa para a inflação, medida pelo IPCA, é de 5,17% ao fim deste ano, ligeiramente abaixo da previsão de 5,18% na pesquisa anterior
Analistas consultados pelo BC (Banco Central) reduziram a projeção para a inflação brasileira neste ano pela sétima semana consecutiva, mantendo a previsão para a alta dos preços em 2026, enquanto também subiram a expectativa em relação ao crescimento da economia no próximo ano, segundo a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira (14).
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para a inflação, medida pelo IPCA, é de 5,17% ao fim deste ano, ligeiramente abaixo da previsão de 5,18% na pesquisa anterior. Para 2026, a projeção para a alta dos preços no país foi mantida em 4,50%.
O centro da meta contínua perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Na semana passada, o Ministério da Fazenda também alterou sua expectativa para a inflação neste ano ao divulgar seu mais recente Boletim Macrofiscal, projetando que o IPCA fechará este ano com alta de 4,9%, ante avanço de 5% na projeção de maio.
Para 2026, o ministério prevê que a inflação será de 3,6%, mesmo nível estimado antes.
A pesquisa semanal do BC com uma centena de economistas mostrou ainda a previsão de que o PIB (Produto Interno Brasileiro) suba 1,89% no próximo ano, acima da projeção de crescimento de 1,86% na semana anterior. Em 2025, a expectativa para a expansão econômica ficou inalterada em 2,23%.
Sobre a política monetária do Banco Central, houve manutenção na expectativa para a taxa básica de juros neste ano e no próximo.
A mediana das projeções para a Selic ao final de 2025 é de 15%, enquanto para o término de 2026 a previsão é que a taxa atinja 12,50%, no que foi a 24ª semana consecutiva de manutenção desse patamar. No momento, a Selic se encontra em 15% ao ano.
No Focus desta segunda, houve ainda reduções nas expectativas para o preço do dólar no final de 2025, a R$ 5,65, de R$ 5,70 na semana anterior, e no encerramento de 2026, a R$ 5,70, ante R$ 5,75 há uma semana.
A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 10,2% neste ano, em movimento puxado por um processo de correção de preço após sua disparada no fim do ano passado, e maior incerteza em relação aos planos tarifários dos Estados Unidos.
A NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) realizará a segunda edição do CONET&Intersindical 2025 nos dias 21 e 22 de agosto, no Dall’Onder Grande Hotel, em Bento Gonçalves (RS). O evento tem como entidade anfitriã a Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul (FETRANSUL), com o apoio dos Sindicatos filiados à entidade.
O CONET&Intersindical é dividido em duas etapas:
CONET: apresentação de pesquisas de mercado realizadas pelo Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas (DECOPE) da NTC&Logística, além de debates sobre custos e tarifas do setor;
Intersindical: discussão de temas relacionados ao desenvolvimento do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC).
A programação preliminar do evento reúne os principais temas de interesse do Transporte Rodoviário de Cargas em dois dias intensos de debates, troca de experiências e relacionamento entre empresários, autoridades e lideranças do setor. No primeiro dia, dedicado ao CONET, o destaque fica para a palestra magna da economista Zeina Latif, uma das mais respeitadas especialistas em macroeconomia do país, que abordará o cenário econômico e as perspectivas para o setor. A programação inclui ainda apresentações técnicas do DECOPE, painéis sobre gestão, inovação, além de um painel empresarial segmentado por tipo de carga. Já o segundo dia, voltado à Intersindical, traz uma agenda focada em temas jurídicos, tributários e estruturais, como negociações trabalhistas, segurança, seguros e os impactos da Reforma Tributária no TRC.
O CONET&Intersindical consolidou-se como um dos eventos mais importantes do setor, congregando os principais protagonistas do TRC, promovendo debates estratégicos, troca de experiências e oportunidades para o fortalecimento de parcerias.
Confira a programação preliminar do evento
21 de agosto de 2025 | CONET
9h30 – Credenciamento e Abertura Oficial
Painel Técnico
• Atualização do INCT (Índice Nacional de Custos do Transporte)
• Pesquisa de Mercado DECOPE 2025
• Nova ferramenta da NTC para simulação de frete
Gestão e Inovação
• Apresentação de soluções práticas para gestão de custos e tomada de decisão nas transportadoras
Coffee-break e networking
Palestra Magna – Tema: Cenário Econômico e Perspectivas para o Transporte Rodoviário de Cargas
Palestrante: Zeina Latif, economista, colunista do jornal O Globo e uma das principais vozes da macroeconomia no Brasil
Painel Empresarial por Segmento
Discussão sobre os principais desafios e oportunidades em diferentes áreas do TRC: Farmacêuticos | Perigosos | Fracionados | Granéis | Lotação | Bebidas | Alimentícios
18h30 – Encerramento
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22 de agosto de 2025 | INTERSINDICAL
9h – Abertura INTERSINDICAL
Painel Trabalhista
• Negociações coletivas
• Lei do Motorista
• Precedentes normativos do TST
Painel de Seguros
• Atualizações legislativas e novas práticas
Painel de Segurança
• Aliança Nacional pela Segurança Logística
Painel de Infraestrutura
Painel Tributário
• Aplicação da Reforma Tributária no TRC: impactos e oportunidades
NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística)
Entidade Anfitriã
FETRANSUL (Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul)/
Apoio
Sindicatos filiados à FETRANSUL
Patrocínio
AUTOTRAC
FENATRAN
TOTVS
TRANSPOCRED
XBRI PNEUS
Apoios Institucionais
Sistema Transporte (CNT – Confederação Nacional do Transporte; SEST SENAT – Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte; ITL – Instituto de Transporte e Logística)
FuMTran (Fundação Memória do Transporte)
Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários)
O reflexo já aparece nas estatísticas: o Porto do Rio movimentou 5,4 milhões de toneladas no primeiro quadrimestre de 2025, alta de 27,48% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Antaq
Após mais de uma década em declínio, perdendo espaço para portos concorrentes em Santa Catarina e no Espírito Santo, o Porto do Rio de Janeiro começa a recuperar sua relevância nas rotas logísticas do país. A avaliação é de Filipe Coelho, presidente do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), em entrevista exclusiva ao portal Transporte Moderno. A retomada foi impulsionada por mudanças fiscais, melhorias na infraestrutura e maior articulação entre setor privado e governo estadual.
“Estamos recuperando cargas que, por lógica, sempre deveriam ter vindo para o Rio, mas migraram por causa da guerra fiscal”, afirma Filipe Coelho. Segundo ele, a virada teve início em 2020, com a aprovação de uma lei estadual que passou a oferecer incentivos fiscais semelhantes aos do Espírito Santo, autorizados por convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), um acordo firmado entre os estados que trata de questões fiscais e tributárias, especialmente relacionadas ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
A regulamentação atrasou durante a pandemia, mas os efeitos começaram a aparecer em 2023. Desde então, três grandes tradings já passaram a operar pelo Rio: a Comexport, a Sertrading (do BTG Pactual) e a CS Trade (especializada em pneus importados).
A competitividade logística também ganhou fôlego com a conclusão das obras de dragagem do canal principal, em abril deste ano, que ampliaram o calado do porto para 15,3 metros — acima dos 14,2 metros operacionais de Santos. O novo calado permite a entrada de navios de longo curso com até 800 contêineres a mais. “Esse diferencial faz do Rio uma escala estratégica para aliviar carga antes de Santos, que opera no limite”, afirma Coelho.
O reflexo já aparece nas estatísticas: o Porto do Rio movimentou 5,4 milhões de toneladas no primeiro quadrimestre de 2025, alta de 27,48% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O destaque foi a carga conteinerizada, que cresceu 21,92%, somando 3,8 milhões de toneladas. O granel líquido teve alta de 74,98% e atingiu 540 mil toneladas. Também avançaram o granel sólido (20,86%) e a carga geral (60,85%).
No recorte por tipo de navegação, a cabotagem — que reflete o transporte entre portos nacionais — cresceu 35,18%, com 1,1 milhão de toneladas. O longo curso, que inclui exportações e importações, somou 3,6 milhões de toneladas, alta de 19,61%.
Além da dragagem, o porto recebeu outros investimentos relevantes, como o leilão do terminal RDJ11, voltado para granéis sólidos e produtos siderúrgicos, com concessão de 10 anos e R$ 6,8 milhões em aportes previstos.
“Os números refletem a nova política de investimentos e modernização da infraestrutura portuária brasileira”, afirma Alex Ávila, secretário nacional de Portos.
Avanço no ranking e localização estratégica
Com esse desempenho, o Porto do Rio retomou a quarta colocação no ranking nacional de movimentação de cargas e mira agora a vice-liderança. “Já foi o primeiro. Depois caiu até a oitava posição. Agora está de volta ao quarto lugar, e a meta é que seja novamente o segundo maior porto do país”, diz Coelho.
Foto: Divulgação: Portos Rio
A localização estratégica também pesa a favor. O Rio está a menos de 500 km dos três maiores PIBs estaduais — São Paulo, Minas Gerais e o próprio Rio — e oferece tempos de trânsito menores e custos logísticos mais baixos do que concorrentes no Sul e Sudeste.
Com o fim dos incentivos fiscais previsto na reforma tributária a partir de 2032, o peso do fator logístico tende a aumentar ainda mais. “O Rio voltou ao jogo. Nosso foco agora é comunicar essas vantagens e atrair mais empresas para operar por aqui”, conclui o presidente do Sindicarga.
Capacitação gratuita será presencial, em São Paulo, e está com inscrições abertas até 27 de agosto
Pela primeira vez, profissionais do transporte terão acesso a uma capacitação executiva gratuita e especializada em gestão de ativos. O ITL (Instituto de Transporte e Logística), em parceria com a Abraman (Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos), lançou um curso inédito e gratuito voltado exclusivamente ao setor. Com 40 vagas disponíveis, a formação será realizada presencialmente, em São Paulo (SP), a partir de outubro. As inscrições estão abertas até o dia 27 de agosto.
Responsável pela condução do curso, a Abraman é referência nacional em boas práticas em manutenção e gestão de ativos, reconhecida pelo alinhamento às diretrizes internacionais da ISO 55001. A Associação reúne instrutores com sólida experiência em gestão estratégica, engenharia de confiabilidade, análise de falhas e outros temas fundamentais para empresas que buscam eficiência, longevidade de ativos e decisões sustentáveis.
A iniciativa faz parte do Programa Avançado de Capacitação do Transporte, coordenado pelo ITL e promovido pelo SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte). Com carga horária total de 200 horas, o curso será dividido em cinco módulos presenciais, que abordarão temas como: fundamentos da gestão de ativos aplicados ao transporte; liderança organizacional; planejamento, programação e controle de manutenção de frota; maturidade em gestão de ativos; gestão de riscos e desenvolvimento de projetos aplicados.
Entre os principais diferenciais do curso, está o foco na aplicação prática dos conceitos, com o objetivo de preparar gestores e lideranças para implementar sistemas eficazes de gestão de ativos em suas organizações.
As inscrições e todas as informações sobre o processo seletivo e os módulos do curso estão disponíveis no site do ITL: itl.org.br
O Índice ABCR, que mede o fluxo nas rodovias registrou uma queda de 0,2% em junho de 2025 na comparação dessazonalizada com maio
O Índice ABCR, que mede o fluxo de veículos em rodovias concessionadas, registrou uma queda de 0,2% em junho de 2025 na comparação dessazonalizada com maio. O indicador, elaborado pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) em parceria com a Tendências Consultoria, reflete uma pequena retração tanto no segmento de veículos leves (-0,2%) quanto no de pesados (-0,2%).
Apesar do recuo mensal, na comparação com junho de 2024, o índice apresentou alta de 0,9%, impulsionado principalmente pelo aumento de 1,2% nos veículos leves, enquanto os pesados ficaram praticamente estáveis (-0,1%). No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento foi de 2,7%, com destaque para o avanço de 3,1% nos pesados, enquanto os leves subiram 2,6%.
Análise dos especialistas: mercado em acomodação
Segundo Thiago Xavier e Davi Gonçalves, economistas da Tendências Consultoria, o fluxo de veículos leves vem mostrando sinais de estabilização após um período de maior volatilidade.
“O mercado de trabalho segue como principal suporte para o consumo das famílias, com aumento da massa salarial e da ocupação, favorecendo viagens a trabalho e lazer. No entanto, a inflação e as condições mais restritivas de crédito têm limitado uma expansão mais robusta”, explicam.
Já o segmento de caminhões apresentou sua segunda queda consecutiva, após um bom desempenho no início do ano. “Isso sugere um esgotamento parcial do impulso gerado pelo escoamento da safra agrícola e uma desaceleração na demanda por bens de consumo, devido ao crédito mais apertado. Ainda assim, a força do emprego deve continuar sustentando parte da demanda por fretes no curto prazo”, completam os analistas.
Desempenho regional
Rio de Janeiro: Crescimento Puxado por Veículos Leves
Alta de 0,3% em junho (vs. maio), com leves (+0,8%) compensando a queda dos pesados (-0,9%).
Na comparação anual (junho/2024), o índice subiu 1,7%, com leves (+1,8%) e pesados (+1,5%).
Nos últimos 12 meses, acumula +2,5%, sendo +2,0% (leves) e +4,9% (pesados).
São Paulo: Pequeno recuo, mas resultado anual positivo
Queda de 0,2% em junho (vs. maio), com pesados (-0,6%) puxando a retração, enquanto leves ficaram estáveis (0,0%).
Em relação a junho/2024, o índice avançou 0,2%, com leves (+0,5%) e pesados (-0,8%).
No acumulado anual, crescimento de 2,1%, com leves (+1,9%) e pesados (+2,8%).
Apesar da leve desaceleração recente, o setor mantém uma trajetória de crescimento, sustentado pelo mercado de trabalho aquecido e pela demanda logística. No entanto, fatores como inflação e juros elevados seguem como desafios para uma recuperação mais acelerada nos próximos meses.
Evento reuniu empresários de Chapecó para discutir inflação, juros, dólar e o impacto das mudanças econômicas no transporte rodoviário
A Comissão de Jovens Empresários e Executivos do Transporte de Chapecó (ComJovem) promoveu, na última terça-feira (8), um evento com o objetivo de preparar uma nova geração de líderes atentos ao cenário econômico e ao papel estratégico do setor de transporte. O tema do encontro foi “Cenário Econômico em Movimento: O Papel das Empresas de Transporte na Nova Economia”.
A atividade foi realizada em parceria com a Mercedes Sperandio e a XP Investimentos. O debate abordou tópicos como inflação e seus efeitos na economia brasileira, a situação das taxas de juros e projeções futuras, além de expectativas em torno da taxa Selic.
O evento também discutiu a desvalorização do dólar, seus reflexos no mercado interno e a influência das potências mundiais sobre a economia brasileira. O setor de transportes foi analisado diante desses fatores, com projeções otimistas em relação ao atual cenário econômico.
Para a coordenadora da ComJovem, Ana Pellizza, entender os assuntos econômicos permite ao jovem empresário desenvolver uma visão estratégica e consciente. “O jovem empresário, ao compreender esses temas, toma decisões mais assertivas nos seus investimentos, na gestão financeira e nos rumos de sua empresa ou carreira”, afirmou.
Ela ressaltou ainda que esse conhecimento contribui para o desenvolvimento do pensamento crítico, preparando os jovens para assumir o protagonismo em um setor diretamente influenciado pelas oscilações econômicas e políticas, tanto internas quanto globais.
A ComJovem Chapecó é composta por jovens empresários e executivos do transporte rodoviário de cargas de Chapecó e região. O grupo atua por meio do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Chapecó (Sitran).
Com aprovação do TCU, BR-101/RJ receberá mais de R$ 10 bilhões em investimentos para retomada e modernização de obras
Garantir mais investimentos e modernizar a infraestrutura rodoviária. Com esse propósito, o Ministério dos Transportes, em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), obteve, nesta quarta-feira (9), a aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU) para a repactuação do contrato da Autopista Fluminense, concessionária responsável por mais de 300 quilômetros da BR-101/RJ. A medida viabiliza a continuidade de obras paralisadas e a execução de novos projetos estruturantes, com investimentos superiores a R$ 10 bilhões.
“A repactuação será conduzida segundo a nova Política Pública de Outorgas, que estabelece a gestão por desempenho, com reajuste do pedágio condicionado à entrega das obras. Essa metodologia incentiva investimentos e assegura uma rodovia mais segura e eficiente”, explica a secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse.
A rodovia é estratégica para o estado do Rio de Janeiro, impactando diretamente a população carioca, além de desempenhar papel fundamental na integração logística do país.
A decisão do TCU libera a formalização do ajuste contratual após o cumprimento das exigências definidas em julgamento anterior, de 2023. O aval da Corte permite dar continuidade a obras essenciais, marcando uma etapa fundamental para a modernização da rodovia.
O contrato original da Autopista Fluminense foi firmado em 2008, com prazo inicial de 25 anos, e agora terá a duração prorrogada por mais 14 anos. O Capex previsto para essa nova etapa é de R$ 6,18 bilhões, enquanto o Opex estimado é de R$ 4,12 bilhões.
Além da autorização, o TCU acompanhará a execução do contrato, reforçando a transparência e o cumprimento das obrigações pactuadas.
Política Pública de Outorgas
Instituída pela Portaria nº 848/2023, a Política Pública de Outorgas do Ministério dos Transportes moderniza contratos de concessão, promovendo a antecipação de obras e a vinculação do reajuste tarifário à entrega efetiva dos serviços.
“A política padroniza os contratos, simplifica processos e exige comprovação técnica e financeira para assegurar segurança jurídica e acelerar investimentos em infraestrutura”, finaliza a secretária Viviane Esse.
Desafio é reduzir os gargalos logísticos e aumentar competitividade e eficiência; encontros irão percorrer 10 capitais brasileiras
Um setor que é a base do PIB brasileiro e que se expande aceleradamente a cada ano. O agronegócio cresceu 12,2% no primeiro trimestre de 2025, em relação ao último trimestre do ano passado. No período, a economia brasileira registrou avanço de 1,4%, segundo o IBGE.
Escoar uma produção tão abundante, para dentro e fora do país, exige uma infraestrutura de transporte eficiente, com menos gargalos logísticos, que acabam elevando o Custo Brasil. Para pensar o planejamento logístico de médio e longo prazo, teve início nesta quarta-feira (9), em Brasília, o primeiro debate — de uma série de dez —, sobre o aperfeiçoamento do Plano Nacional de Logística 2050. O ministro dos Transportes, Renan Filho, abriu o evento.
“É fundamental elaborar um plano nacional para o desenvolvimento logístico que dialogue com a realidade. Então nós estamos, por exemplo, levando em consideração as notas fiscais eletrônicas para estimar o volume de carga transportada no Brasil. Isso vai dar um componente de realidade muito grande das rotas, da produção de cada região, porque estabelece os roteiros da infraestrutura, os caminhos logísticos importantes”, afirmou.
Um dos principais eixos do Plano Nacional de Logística 2050 é aproximar as zonas de produção agrícola dos centros de distribuição e terminais portuários, ampliando a eficiência do escoamento e reduzindo gargalos recorrentes.
Os portos do Arco Norte, por exemplo, têm potencial estratégico por estarem mais próximos das áreas produtoras do Centro-Oeste. Um caminhão que transporta grãos do Mato Grosso até o Porto de Santos (SP), o maior do país, consegue realizar duas viagens por mês; no mesmo período, são possíveis até seis deslocamentos rumo a alternativas do Arco Norte.
“O Mato Grosso, hoje, é o maior produtor de grãos no Brasil, com 68% da produção do país. Mas, quando a gente fala em escoar isso pelos portos do Arco Norte — tão conhecidos, que vão de Manaus até a Bahia —, só temos escoado 35% de toda essa produção”, explica Elisangela Pereira Lopes, assessora técnica de Logística da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
A descentralização das cargas tem potencial para reduzir filas em terminais e acessos, aliviar a pressão sobre a infraestrutura portuária do Sul e Sudeste, além de estimular economicamente outras regiões produtoras do país.
“À medida em que o agronegócio cresce, em que a indústria cresce — no ano passado, cresceu 4% do nosso país —, em que o setor de serviços cresce, a gente precisa cada vez mais estruturar a agenda logística do país. E é o que a gente está fazendo”, disse, durante o evento, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Investimento e desenvolvimento
Ciente do papel estratégico da infraestrutura de transporte como vetor do desenvolvimento econômico e social do país, o Ministério dos Transportes tem investido como nunca se investiu até então no setor.
Os projetos buscam adequar os modais às necessidades atuais, enfrentando o desafio de modernizar um sistema que, ao longo do tempo, se tornou defasado. Somente no segmento das rodovias, de 2023 até junho de 2025, foram concluídos 14 leilões de concessão e otimização, somando R$ 168 bilhões em recursos contratados e 7.400 quilômetros de estradas concedidas. Para se ter uma ideia, na gestão anterior, o Governo Federal realizou apenas 6 leilões rodoviários.
Intermodalidade
Ampliar a integração entre os diferentes modais de transporte, para tentar reduzir a dependência das cargas concentradas nas rodovias, também está entre os objetivos do PLN 2050. Por meio de levantamentos realizados em todas as 27 unidades federativas brasileiras, será feito um diagnóstico capaz de mapear as melhores alternativas logísticas, que podem ser executadas por ferrovias, hidrovias e aeroportos, a fim de potencializar a eficiência dos percursos.
Nesse sentido, o fluxo de mercadorias será direcionado para o modal com menor impacto poluente e melhor desempenho em longas distâncias.
“O nosso grande desafio é repensar a nossa forma de fazer logística, a nossa matriz de transporte, apostando mais em meios de transporte de alta capacidade. Mas, para fazer isso, precisamos construir o PNL por meio de uma visão de Estado, e não de governo”, comentou Davi Barreto, presidente da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF).
Sustentabilidade
Atento aos critérios de sustentabilidade exigidos pelo contexto global frente às mudanças climáticas, o PNL 2050 irá avaliar aspectos em diversos setores, com ênfase na redução das emissões de gases de efeito estufa e na promoção de práticas responsáveis, além de aprimorar as condições para a obtenção de licenciamento ambiental, essencial para a realização das obras.
Escuta ativa e estratégica
Depois deste primeiro evento em Brasília, os debates sobre o PNL 2050 seguem por outras dez capitais brasileiras. O objetivo é ouvir os setores que compõem a cadeia da infraestrutura de transporte – rodoviário, ferroviário, aeroportuário e hidroviário –, para entender as particularidades regionais e identificar oportunidades de investimento e inovação dentro do planejamento que será lançado até o final deste ano.
O PNL 2050 será o primeiro plano a ser elaborado seguindo as determinações do Planejamento Integrado de Transportes (PIT), que busca ampliar a competitividade nacional, promover o desenvolvimento regional e fortalecer a integração do território. O PIT foi instituído pelo presidente Lula, em maio de 2024, pelo Decreto nº 12.022/2024.
“O PNL vai ser uma ampla oportunidade para um debate nacional. Nós vamos fazer isso com o Ministério de Portos e Aeroportos, o Ministério do Planejamento e a Casa Civil, colaborando com a coordenação geral disso tudo”, concluiu Renan Filho.
O evento contou com a maior comitiva brasileira já reunida desde a criação do programa em 2016; ao todo, 37 empresas participaram das reuniões com compradores paraguaios
A indústria brasileira de implementos rodoviários projeta movimentar US$ 49 milhões em vendas ao mercado paraguaio nos próximos 12 meses. A estimativa é resultado direto da rodada de negócios realizada em Assunção, capital do Paraguai, nos dias 24 e 25 de junho. A ação integrou o programa MoveBrazil, iniciativa conjunta da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
Com o apoio da Câmara de Comércio Paraguai Brasil (CCPB) e da Embaixada do Brasil em Assunção, o evento contou com a maior comitiva brasileira já reunida desde a criação do programa em 2016: ao todo, 37 empresas participaram das reuniões com compradores paraguaios. Só durante os dois dias da rodada, foram concretizadas vendas imediatas de US$ 3,1 milhões.
Segundo José Carlos Sprícigo, presidente da Anfir, “a ação consolida cada vez mais a presença do produto brasileiro em um mercado de extrema importância para o Brasil”.
Participaram da rodada empresas como Facchini, Guerra, Hyva, Rodovale, Thermo Star, Sansuy, entre outras, representando uma amostra diversificada da cadeia de valor do setor — que inclui fabricantes de implementos, componentes, acessórios e soluções em tecnologia embarcada.
O programa MoveBrazil visa promover a exportação de implementos rodoviários brasileiros, fortalecendo a imagem do país como fornecedor competitivo de bens de capital. Desde sua criação, em 2016, o programa tem viabilizado a participação de empresas brasileiras em feiras internacionais, rodadas de negócios e missões comerciais.
A ApexBrasil, parceira do programa, atua na promoção comercial de produtos e serviços brasileiros no exterior, e na atração de investimentos estrangeiros diretos para setores estratégicos da economia nacional.
A recente Lei Complementar estabeleceu um marco regulatório para o setor de proteção veicular para caminhões no Brasil
A recente Lei Complementar nº 213/2025 estabeleceu um marco regulatório para o setor de proteção veicular para caminhões no Brasil, trazendo impactos significativos para o setor de transporte de cargas. Essa modalidade, que já vinha ganhando espaço como alternativa mais acessível ao seguro tradicional entre motoristas autônomos e transportadoras, agora conta com regras claras e fiscalização específica pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados).
A APVS Truck, associação especializada em proteção veicular para caminhões, está em fase avançada de adequação às novas normas. Segundo Alex Topal, presidente da entidade, “a regulamentação representa um avanço histórico, trazendo mais segurança jurídica para associados e credibilidade para as associações”.
Kleber Vitor, superintendente da APVS Brasil, explica que as novas regras beneficiam principalmente transportadores autônomos e pequenas frotas, que encontram na proteção veicular uma opção mais viável financeiramente. “O modelo de rateio de custos se torna ainda mais atraente com o respaldo legal da nova legislação”, afirma. A Lei Complementar nº 213/2025 dispõe que a regulamentação trará parâmetros gerais para todo o segmento, mas com possibilidade de ajustes específicos para categorias como transporte de cargas, algo que o setor já pleiteia junto aos órgãos reguladores.
A regulamentação cria a figura da administradora de autogestão em proteção veicular, que será responsável por fiscalizar o cumprimento das normas pelas associações, sob supervisão da SUSEP. Embora a lei estabeleça parâmetros gerais para todo o setor, o segmento de caminhões poderá contar com regras específicas, atualmente em discussão com os órgãos reguladores.
Para o consumidor, a principal vantagem está na maior transparência e segurança na contratação dos serviços. A expectativa é que a medida impulsione ainda mais a adesão à proteção veicular, especialmente entre profissionais que enfrentam dificuldades com os seguros convencionais. Com a nova legislação, o setor de transporte ganha uma alternativa regulamentada e mais confiável para a proteção de frotas e veículos individuais.
Principais mudanças
1-Todas as organizações que façam operações de proteção mutualista precisam estar regularizadas junto à SUSEP. Esse cadastro precisa ser feito. A partir dessa nova lei, todas as associações que realizam operações de proteção mutualista precisam obrigatoriamente realizar um cadastro junto à SUSEP, que é a Superintendência de Seguros Privados, órgão que regula e fiscaliza esse setor. Esse cadastro precisa ser feito dentro de um prazo específico: exatamente até 180 dias após a publicação da lei.
2-Outra mudança é a necessidade das associações de contratar uma empresa especializada, chamada de Administradora de Operações de Proteção Patrimonial Mutualista, autorizada pela SUSEP.
3-O terceiro aspecto da nova lei é a independência patrimonial dos grupos mutualistas. Assim, cada grupo deve ter seu próprio patrimônio, totalmente separado dos bens pessoais dos associados, da associação e da administradora.
4-O contrato de participação precisa ser assinado por cada associado. Nele, devem constar de maneira clara todos os direitos e deveres dos associados, as condições para ingressar ou sair do grupo, além de regras para o rateio dos custos e todas as informações sobre a forma de funcionamento do grupo.
5-Por último, as penalidades. A nova lei também trouxe maior rigor nas fiscalizações da SUSEP. Caso a associação ou administradora descumpra as regras, poderão ser aplicadas penalidades bastante severas, como multas significativas, suspensão temporária das operações ou até mesmo inabilitação permanente dos responsáveis para atuar no mercado.
Kleber resume afirmando que “a tendência é que esse segmento se fortaleça especialmente para quem tem mais dificuldade de acessar o seguro tradicional, seja por custo ou por exigências operacionais”.
O INCTF-OU mede a evolução de todos os custos da carga fracionada na operação urbana, incluindo coleta, distribuição, custos de administração e de terminais (custos indiretos), gerenciamento de riscos e custo valor. Nesses custos não estão contemplados impostos, pedágios e margem de lucro.
Tenha na íntegra o simulador e histórico do índice, abaixo:
O INCT-FR mede a evolução de todos os custos da carga fracionada na operação rodoviária, sendo assim incluindo-se transferência, custos de administração e de terminais (custos indiretos), gerenciamento de riscos e custo valor. Nesses custos não estão contemplados impostos, pedágios e margem de lucro.
Tenha na íntegra o simulador e histórico do índice, abaixo:
O DECOPE – Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas da NTC&Logística é responsável por estudos técnicos, voltados à apuração de custos de transporte rodoviário de cargas e logística, estatística do setor, estudos macroeconômicos e formação de índices de custos referenciais que medem a inflação do setor, dentre eles os dois com mais destaque são o INCTF – Índice Nacional de Custos de Transporte de Carga Fracionada e o Índice Nacional de Custos de Transporte de Carga Lotação, o INCTL.
O INCTF e INCTL têm como objetivo principal medir a evolução dos custos operacionais de transporte rodoviário de cargas e são índices do setor de transporte com grande repercussão e credibilidade, publicado no site da NTC e por todas as entidades que representam o transporte (Sindicatos e Federações), bem como em outros meios de comunicação. Eles servem ainda como instrumento de atualização de contratos públicos e privados no mercado de frete.
INFORME: Com a decisão do Governo Federal de encerrar o programa de desoneração da folha de pagamento, que permitia a substituição da contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de salários, por alíquota sobre a receita bruta da empresa, desse modo o INCT já contempla a primeira etapado processo de reoneração da folha de pagamento.
O fechamento do Acordo de Convenção Coletiva dos trabalhadores em transporte rodoviário de carga – São Paulo, base do SETCESP em junho/25, acordaram índice de 7,0% (sete por cento) para o reajuste dos salários de motoristas e outras categorias profissionais.
INCT-F DECOPE/NTC DE JUNHO/24 A JUNHO/25
A NTC&LOGÍSTICA comunica aos associados que a variação média do (INCTF[1] DECOPE/NTC) foi de 2,09% no mês de junho e acumula nos últimos doze meses 5,77%(cinco virgula setenta e sete por cento), entre julho de 2024 e junho de 2025 (junho de 2025*/- sobre junho de 2024 ou ainda, nos últimos doze meses).
O INCTF mede a evolução de todos os custos da carga fracionada, incluindo transferência, coleta e distribuição, custos administração e de terminais. Nesses custos não estão contemplados impostos, pedágios e margem de lucro.
INCTL – DECOPE/NTC DE JUNHO/24 A JUNHO/25
O INCTL[2] reflete a variação dos custos do transporte rodoviário de cargas fechadas ou lotações, ou seja, ele mede a evolução de todos os custos da carga completa, incluindo a transferência, a administração (custos indiretos), gerenciamento de riscos e custo valor. Ele, assim como o INCTF, também não contempla impostos e margem de lucro na sua apuração.
A sua variação média foi de 4,22%(quatro vírgula vinte e dois por cento) de julho de 2024 a junho de 2025 (junho de 2025 sobre junho de 2024, ou ainda nos últimos doze meses) e no mês variando 0,48%.
COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS
O preço por litro do óleo diesel S-10, teve uma retração de (0,17%) no mês de junho/25, quando comparado com o mês anterior, sendo comercializado a R$ 6,050 p/litro. No período de 12 meses (jun-25 contra jun-24), a variação acumulada é de 1,85%, resultado, principalmente ditado pela nova regra política da Petrobrás.
O aditivo Arla 32, utilizado para reduzir as emissões de poluentes não registrou variação no mês. Desde março/12 até hoje, o aditivo já acumulou queda de (22,37%).
O óleo diesel comum, ainda consumido pela frota brasileira, teve variação acumulada em 1,70% nos 12 meses. No mês de junho, o óleo foi comercializado a R$ 5,98 p/litro, contra R$ 5,880 p/litro no mesmo período do ano anterior, já o período mensal registrou variação de (0,33%).
COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DOS DEMAIS INSUMOS NA FRACIONADA
No mês, o veículo de transferência registrou uma retração de (0,81%) e o veículo de distribuição urbana uma variação de 2,10%, já os implementos tanto de transferência como o de distribuição não registrou variação, pneu – 275/80 R 22,5 com variação de (6,89%), recapagem (0,22%), salário do motorista 7,00%, seguro (0,74%).
Considerando o período de 12 meses, os insumos que contribuíram para a variação do INCTF na operação de transferência foram: veículo (1,63%), carroceria baú 3,99%,pneu – 275/80 R 22,5 com variação de (4,02%), recapagem (5,63%), rodoar 5,45%, lavagem com 3,40%, salário do motorista 7,00% e seguro do casco (1,28%).
Na operação de coleta e distribuição, os insumos que tiveram variação foram: veículo com variação de 5,41%, carroceria ¾ baú de alumínio com variação de 3,89%, pneu 215/75 – R 17,5 com 4,97%,recapagem com (7,85%),lavagem com 3,40%, seguros do casco e contra terceiros com 5,31%, salário de motorista 7,00% e salário de ajudante 7,00%.
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
As despesas administrativas de uma forma geral registraram em junho variação 4,66% de 2025, quando comparada com as despesas do mês anterior. Já as despesas administrativas, exceto os salários, variaram 0,22%.
Nos 12 meses, as despesas administrativas vêm registrando alta de 8,10%, agravado principalmente, pelo reajuste do IPTU para 2025. A evolução acumulada das despesas administrativas, exceto salários, foi de 3,48%.
COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DOS PRINCIPAIS INSUMOS NA LOTAÇÃO
Nos 12 meses (jun/25 contra jun/24), o cavalo mecânico teve variação de 4,14%, semirreboque 4,22%, seguros 4,15%, DAT – 5,75%, recapagem com (0,93%), lavagem 3,40%, rodoar 5,45% e (0,06%) pneus – 295/80 R22.
INCT-FR, INCT-FOU INCVT e INCT-FRIG
A evolução completa do INCTF, do INCTL e dos demais índices (INCTFR, INCTFOU, INCVT – Índice Nacional do Custo Variável do Transporte e INCTFRIG Índice Nacional do Custo do Transporte Frigorífico), assim como dos insumos do transporte encontra-se à disposição dos filiados da NTC&LOGÍSTICA na área restrita aos associados do site www.portalntc.org.br. Para acessar esta área, clique no canal Técnico e Econômico. Em seguida, clique “Downloads”.
O Departamento Técnico e Econômico da NTC&LOGÍSTICA (DECOPE) coloca-se à disposição das empresas e entidades associadas para prestar qualquer informação complementar pelo telefone (0xx11) 2632-1526/1536 ou pelo e-mail economia@ntc.org.br.
[1] É livre a reprodução total ou parcial desta nota em qualquer meio de comunicação, desde que não sejam omitidos ou alterados aspectos essenciais à compreensão da mesma e desde que seja citada a fonte como segue: DECOPE/NTC&LOGÍSTICA – Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas/Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística.
[2]Este custo inclui custo peso, GRIS, custo valor para mercadorias de baixo valor (R$ 6.192,89 TON.) e PIS/COFINS. Não inclui taxa de lucro e pedágios. Franquia de 6 horas para carga e descarga. Acima disso, o custo adicional é de R$ 234,30 p/hora útil parada, ou R$ 9,37 por tonelada por hora útil.
Iniciativa da CNT segue até 17 de julho e vai subsidiar propostas para auxiliar no enfrentamento de desastres naturais e fortalecer a capacidade de resposta do setor
A CNT (Confederação Nacional do Transporte) está conduzindo a Sondagem de Resiliência Climática do Setor de Transporte, iniciativa que busca compreender como as mudanças climáticas têm afetado as empresas do setor e quais medidas estão sendo adotadas para enfrentar desafios provocados por desastres naturais, como enchentes, secas e deslizamentos. A coleta de dados segue aberta até o dia 17 de julho.
No contexto do transporte, resiliência climática representa a capacidade de se antecipar, se adaptar e superar adversidades causadas por eventos naturais severos. Assim, a participação de empresas de todas as modalidades é fundamental para subsidiar políticas públicas mais eficazes e orientar soluções concretas para enfrentar as vulnerabilidades ambientais.
A Sondagem busca identificar boas práticas, desafios enfrentados e estratégias já implementadas ou em fase de planejamento. O questionário leva cerca de oito minutos para ser respondido, e todas as informações fornecidas serão mantidas em sigilo. Os dados serão analisados exclusivamente pela CNT e divulgados de forma agregada, sem qualquer identificação individual dos participantes.
A Confederação reforça o convite para que as empresas do setor contribuam para essa iniciativa estratégica.
Sistema inédito no Brasil dispensa o uso de TAGs e traz mais eficiência, segurança e transparência para o transporte rodoviário de cargas.
A ROADCARD INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTO INTEGRADO DA LOGÍSTICA S.A. é a 1ª empresa homologada pela ANTT para o uso do modelo operacional de Vale-Pedágio Obrigatório (VPO) que utiliza a identificação automática de placas veiculares, por meio de tecnologia de Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR), eliminando a necessidade do uso de TAGs eletrônicas tradicionais.
O novo modelo operacional do VPO com o OCR representa um avanço significativo para o transporte rodoviário de cargas no Brasil, trazendo mais eficiência, segurança e transparência, alinhado às tendências de modernização e digitalização da logística rodoviária brasileira.
Mudanças representam avanço inédito no processo de fiscalização eletrônica do piso mínimo de frete, tornando mais precisos os cruzamentos de dados
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deu mais um passo importante para garantir o cumprimento da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC). Por solicitação da Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas (SUROC), foram implementadas novas validações no Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e), por meio da Nota Técnica 2025.001.
As mudanças representam um avanço inédito no processo de fiscalização eletrônica do piso mínimo de frete, tornando mais precisos os cruzamentos de dados e fortalecendo a atuação da ANTT na proteção dos transportadores.
A nova Nota Técnica altera o layout do MDF-e, exigindo o preenchimento de informações essenciais sobre a operação de transporte de carga lotação, especialmente quando envolver a contratação de Transportadores Autônomos de Cargas (TACs).
Entre os principais pontos, destacam-se:
obrigatoriedade do preenchimento dos valores de pagamento do frete no grupo infPag, inclusive com detalhamento da forma de pagamento e dados bancários do transportador;
inclusão do NCM do produto predominante na carga lotação, fundamental para o cálculo do piso mínimo;
maior rastreabilidade das informações fiscais e contratuais, facilitando o controle automático por parte da ANTT.
Essas alterações refletem o compromisso da Agência com a melhoria contínua dos mecanismos de regulação do setor, aliando tecnologia, transparência e segurança jurídica.
FISCALIZAÇÃO MAIS EFETIVA E INTELIGENTE
Com as novas informações estruturadas no MDF-e, a ANTT passa a contar com ferramentas mais robustas para a análise automatizada de fretes contratados abaixo do piso mínimo. A iniciativa permite a identificação de possíveis infrações de forma mais ágil e com maior precisão, reforçando a capacidade fiscalizatória da Agência.
A verificação será feita a partir dos próprios dados declarados pelos emissores do MDF-e, cruzados com a tabela vigente de pisos mínimos. Com isso, a ANTT promove um ambiente mais justo e equilibrado para os transportadores, especialmente os autônomos, que são os principais beneficiários da política de piso mínimo.
A Nota Técnica 2025.001 já se encontra disponível no ambiente de homologação desde julho de 2025, com entrada em produção prevista para outubro. A SUROC recomenda que empresas, transportadores e desenvolvedores de sistemas realizem as atualizações necessárias para garantir a conformidade com as novas exigências.
COMPROMISSO COM O TRANSPORTE JUSTO
A iniciativa reforça o papel da ANTT como agente regulador atuante e comprometido com o fortalecimento do transporte rodoviário de cargas. “Essa atualização representa um marco no uso da tecnologia para garantir os direitos dos transportadores. Estamos usando inteligência regulatória para assegurar que o frete contratado seja justo e dentro da legalidade”, destaca a Superintendência da ANTT.
Proposta de nova portaria estabelece critérios e procedimentos atualizados para regulamentação prevista na Lei nº 13.103/2015
O Ministério dos Transportes publicou, por meio da Portaria nº 485/2025, a abertura de consulta pública com objetivo de receber contribuições à proposta de portaria que define os procedimentos gerais para o reconhecimento e manutenção dos Pontos de Parada e Descanso (PPDs) no âmbito da Lei nº 13.103/2015. A nova proposta revoga a Portaria nº 45/2021 e estabelece um novo marco regulatório para o tema.
A consulta estará aberta por 15 dias corridos a partir da data de publicação da portaria, conforme determinado pela normativa. Durante esse período, os interessados poderão acessar os documentos disponibilizados na plataforma Participa + Brasil, por meio do endereço eletrônico www.gov.br/participamaisbrasil/pagina-inicial.
As contribuições devem ser encaminhadas exclusivamente por meio de formulário eletrônico disponível na plataforma, com identificação do proponente e justificativas técnicas ou operacionais pertinentes. O processo será conduzido pela Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário, vinculada ao Ministério dos Transportes.
A iniciativa atende à necessidade de atualização das regras que tratam dos PPDs, previstos na legislação que regulamenta o exercício da profissão de motorista no transporte rodoviário de cargas e passageiros. Os Pontos de Parada e Descanso são estruturas destinadas ao repouso dos motoristas profissionais em condições adequadas de segurança e infraestrutura.
A nova proposta busca revisar os critérios de reconhecimento, manutenção e eventual descredenciamento de estabelecimentos classificados como PPDs. A atualização normativa poderá afetar operadores logísticos, concessionárias de rodovias, entidades públicas e privadas, e demais agentes envolvidos na infraestrutura do transporte rodoviário.
Apesar da queda de 4,2% nas vendas gerais, segmento de implementos leves teve alta relevante no primeiro semestre de 2025
O setor de implementos rodoviários encerrou o primeiro semestre de 2025 com queda de 4,2% nas vendas totais em relação ao mesmo período do ano anterior. Conforme dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR), de janeiro a junho, a indústria brasileira entregou 72.183 unidades, ante 75.351 produtos entregues no primeiro semestre de 2024. Apesar da retração geral, o segmento Leve ultrapassou o Pesado em volume de emplacamentos.
De acordo com a ANFIR, a queda nas vendas gerais de implementos foi puxada pelo desempenho negativo da linha Pesada. No primeiro semestre, o segmento somou 35.831 unidades vendidos, 19,78% a menos que as 44.664 registradas no mesmo período de 2024.
Ainda assim, algumas linhas específicas conseguiram avançar dentro do segmento Pesado. Os destaques foram os implementos do tipo baú lonado (+31,54%); baú carga geral (+31,14%); porta contêiner (+18,36%) e carrega tudo (+12,42%).
“Recuo não é boa notícia, mas se há algo a se pontuar é termos um semestre com a manutenção da curva positiva de vendas da linha Leve”, avaliou José Carlos Sprícigo, presidente da ANFIR.
Segmento Leve teve crescimento acentuado
O segmento de implementos Leves apresentou desempenho robusto no semestre. De janeiro a junho de 2025, os fabricantes entregaram 36.352 unidades, número 18,46% superior ao registrado no mesmo período de 2024, quando foram comercializadas 30.687 unidades.
Além disso, todas as linhas que compõem o segmento Leve apresentaram curvas positivas. Assim, a ANFIR projeta que, mantido esse ritmo, o setor de implementos Leves pode fechar o segundo semestre com 80 mil unidades vendidas.
As projeções da ANFIR também apontam que o segmento Pesado poderá ultrapassar 70 mil unidades até o fim do ano.
O INCTL reflete a variação dos custos do transporterodoviário de cargas fechadas ou lotações, ou seja, ele mede a evolução de todos os custos da carga completa, incluindo a transferência, a administração (custos indiretos), gerenciamento de riscos e custo valor. Ele, assim como o INCTF, também não contempla impostos e margem de lucro na sua apuração.
Tenha na íntegra o simulador e histórico do índice, abaixo: