Flat Preloader Icon

Desafios e Soluções de Segurança Cibernética no Transporte Rodoviário de Cargas.

A segurança cibernética no transporte de cargas é fundamental à medida que as operações se tornam cada vez mais digitalizadas, envolvendo sistemas de gestão de frotas, monitoramento de cargas e comunicação em tempo real. Os principais desafios incluem ataques como ransomware, vulnerabilidades em dispositivos IoT, tentativas de phishing e a manipulação de dados críticos. Para enfrentar esses desafios, as empresas precisam adotar medidas como criptografia robusta de dados, autenticação multifator, monitoramento contínuo de sistemas para detectar atividades suspeitas, e a aplicação de atualizações regulares de segurança. Além disso, o treinamento contínuo de motoristas e funcionários é essencial para criar uma cultura de cibersegurança, reduzindo a exposição a ataques e garantindo a integridade das operações logísticas.

Palavras chave: segurança cibernética; transporte rodoviário de cargas; digitalização; conectividade.

Introdução

No setor de transporte rodoviário de cargas, a digitalização e a conectividade têm transformado as operações logísticas, trazendo eficiência e inovação. No entanto, essa evolução também introduz novos desafios em termos de segurança cibernética. Sistemas de controle de veículos e de gestão de frota estão cada vez mais expostos a ataques cibernéticos, que podem comprometer a segurança e a eficiência das operações.

Segurança Cibernética – Desafios e possíveis soluções.

O transporte rodoviário de cargas, depende de tecnologias digitais para a gestão de frotas, monitoramento de cargas e comunicação entre diferentes partes da cadeia de suprimentos, e enfrenta desafios crescentes no campo da segurança cibernética. Com a digitalização, surgem novas vulnerabilidades que

podem ser exploradas por cibercriminosos, colocando em risco a integridade dos sistemas, a segurança das cargas e a continuidade das operações.

Vários são os desafios encontrados pelo setor, relacionados ao monitoramento efetivo e integral de seus dados, seus processos e suas operações. Dentre eles, podemos mencionar ataques como “ransomware”, em que os hackers sequestram sistemas de TI e exigem resgate para liberá-los, representando uma ameaça significativa para as empresas de transporte. Esses ataques podem paralisar operações inteiras, interrompendo a logística, o rastreamento de veículos e a comunicação, resultando em atrasos e perdas financeiras.

O sistema de controle dos veículos também são alvo de criminosos, pois com a introdução de veículos conectados, a superfície de ataque aumentou significativamente. Hackers podem explorar vulnerabilidades nos sistemas de controle dos veículos, acessando remotamente funções críticas, como freios, direção e aceleração. Isso representa um risco não apenas para as operações, mas também para a segurança dos motoristas e do público. Podem ainda explorar a vulnerabilidade de dispositivos IoT (dispositivos conectados à Internet

– Internet das Coisas), como sensores em caminhões e sistemas de rastreamento, que se não forem devidamente protegidos, podem ser hackeados, permitindo que invasores manipulem dados, desviem rotas ou desativem sistemas de segurança.

Nos ataques identificados como “phishing e engenharia social”, os motoristas e funcionários administrativos são alvos frequentes, em que e-mails fraudulentos são usados para roubar credenciais de login ou instalar malwares nos sistemas. E também, riscos sobre a integridade de dados, onde realizam a a manipulação ou falsificação de dados de carga, rotas ou identificação de veículos, pode levar a fraudes e desvio de cargas. Garantir a integridade dos dados em todo o processo logístico é um desafio, especialmente em ambientes onde múltiplos sistemas e fornecedores estão envolvidos.

Mesmo diante de enorme esforço desses criminosos, e todo seu aparato de equipamentos modernos e sofisticados, algumas ações podem contribuir

significantemente para que as empresas não se tornem alvos fáceis. Como por exemplo, adotar um sistema de segurança em camadas, que é crucial para proteger sistemas complexos. Isso inclui o uso de firewalls, sistemas de detecção de intrusão e antivírus para defender a infraestrutura contra ataques. Suas atualizações e revisões frequentes reforçam a eficácia da ação.

Importante que as empresas encontrem formas de capacitar e conscientizar os colaboradores com conhecimentos sobre segurança cibernética, pois isso pode ajudar a prevenir ataques baseados em engenharia social, como o phishing. Políticas de segurança claras e treinamentos regulares são essenciais para criar uma cultura de segurança.

Em paralelo, estabelecer um sistema de monitoramento contínuo para detectar atividades suspeitas ou anômalas nos sistemas de TI permite uma resposta rápida a possíveis ataques. Equipes de resposta a incidentes cibernéticos devem estar prontas para agir em caso de brechas de segurança, minimizando os danos e restaurando as operações o mais rápido possível.

Outra ação importante é a adoção de autenticação multifator para acessar sistemas críticos, que dificulta o acesso não autorizado, mesmo que as credenciais de login sejam comprometidas. Esse método requer que os usuários forneçam múltiplas formas de verificação antes de acessar os sistemas, como senhas e códigos enviados para dispositivos móveis.

Conclusão

A segurança cibernética no transporte rodoviário de cargas é uma área de preocupação crescente à medida que as operações se tornam mais digitalizadas. As empresas precisam adotar uma abordagem proativa, combinando tecnologia avançada, processos rigorosos e treinamento contínuo para proteger seus sistemas e dados contra ameaças cibernéticas. As soluções implementadas não apenas ajudam a prevenir ataques, mas também garantem a continuidade dos negócios, protegendo a integridade das operações e a segurança das cargas. A colaboração entre empresas de transporte,

fornecedores de tecnologia e especialistas em segurança é fundamental para desenvolver soluções inovadoras que atendam às necessidades do setor.

Referências

ARAÚJO, Márcio Tadeu de; FERREIRA, Fernando Nicolau Freitas. de Segurança da Informação: Guia Prático para Elaboração e Implementação. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2008.

CARVALHO,   Hugo;   SILVA,   Pedro   Tavares;    TORRES,    Catarina Botelho. Segurança dos Sistemas de Informação: Gestão Estratégica da Segurança Empresarial. Lisboa: Centro Atlântico, 2003.

FONTES, Edison Luiz Gonçalves. Praticando a Segurança da Informação. Rio de Janeiro: Brasport, 2008.

https://www.ibm.com/br- pt/security?utm_content=SRCWW&p1=Search&p4=43700078893192488&p5= p&p9=58700008629011365&gclid=Cj0KCQjwt4a2BhD6ARIsALgH7DoOWukzrJ HM-

W3Gj3av7z6Y3LCIC9Z_WM7u_V65xtGL4Wc28zYoL4QaAg2vEALw_wcB&gcls rc=aw.ds – Visto em 18 de agosto de 2024.

https://www.linkedin.com/pulse/seguran%C3%A7a-cibern%C3%A9tica-em- log%C3%ADstica-de-transporte-luis-moreira-xmolf/ – Visto em 17 de agosto de2024;

Big Data e Análise Preditiva no Transporte Rodoviário de Cargas:

O uso de Big Data no transporte de cargas envolve a coleta e análise de grandes volumes de dados de diversas fontes, como sensores de veículos e sistemas de GPS, para otimizar operações. Isso permite às empresas monitorar em tempo real o desempenho de frotas, prever demandas, ajustar rotas e evitar falhas mecânicas. A análise preditiva, uma aplicação crucial do Big Data, possibilita prever padrões de demanda, estimar tempos de entrega e gerir riscos, melhorando a eficiência operacional e a satisfação do cliente. No entanto, desafios como privacidade de dados, integração de sistemas e a necessidade de competências técnicas são obstáculos à implementação dessas tecnologias.

Palavras chave: big data; análise preditiva; transporte rodoviário de cargas; logística.

Introdução

No setor de transportes rodoviários de cargas, o uso de Big Data e análise preditiva está transformando a forma como as empresas operam e tomam decisões estratégicas. Com a coleta e análise de grandes volumes de dados, as empresas são capazes de prever padrões de demanda, otimizar rotas e horários de entrega, e aprimorar a eficiência operacional.

Big Data no Transporte Rodoviário de Cargas

Big Data refere-se ao enorme volume de dados gerados a cada momento por diversas fontes, como sensores de veículos, sistemas de GPS, transações financeiras, registros de manutenção e até mesmo redes sociais. No contexto do transporte rodoviário de cargas, a capacidade de coletar, armazenar e analisar esses dados em larga escala permite que as empresas identifiquem padrões, tendências e anomalias, o que é fundamental para a tomada de decisões mais informadas.

A aplicação de Big Data no transporte de cargas pode ser observada em várias áreas. Por exemplo, a gestão de frotas se beneficia ao monitorar o desempenho de veículos e motoristas em tempo real, permitindo que as empresas reduzam custos com combustível, otimizem rotas e previnam falhas mecânicas através da manutenção preditiva. Além disso, os dados podem ser utilizados para prever a demanda por transporte em diferentes regiões e períodos, ajudando na alocação eficiente de recursos.

Uma das principais aplicações da análise preditiva no setor de transportes é a previsão de padrões de demanda. Utilizando algoritmos de machine learning e modelos estatísticos, as empresas podem antecipar flutuações na demanda de transporte, ajustando suas operações de forma proativa para atender às necessidades dos clientes. Isso resulta em uma alocação mais eficiente de recursos e na redução de custos operacionais, possibilitando prever eventos futuros com base em dados históricos e em tempo real. No transporte rodoviário de cargas, essa capacidade preditiva é essencial para melhorar a precisão no planejamento logístico, reduzir riscos e aumentar a satisfação do cliente.

Um exemplo prático de análise preditiva no transporte rodoviário de cargas é a previsão de tempo de entrega. Ao analisar dados como condições de tráfego, clima, horário do dia e performance dos motoristas, as empresas podem estimar com maior precisão o tempo necessário para que uma carga chegue ao seu destino, permitindo que ajustem as operações para evitar atrasos. Além disso, a análise preditiva pode identificar potenciais interrupções, como acidentes ou condições climáticas adversas, permitindo que as empresas adotem rotas alternativas ou ajustem seus cronogramas com antecedência.

Outra aplicação importante é na gestão de riscos. Através da análise de dados históricos e de padrões comportamentais dos motoristas, é possível identificar aqueles que apresentam maior risco de se envolver em acidentes, permitindo que medidas preventivas sejam tomadas, como treinamentos adicionais ou reavaliações periódicas.

O acesso a dados precisos e em tempo real capacita os gestores a tomarem decisões mais informadas. A análise preditiva fornece insights sobre

tendências de mercado, comportamento do consumidor e desempenho operacional, permitindo que as empresas desenvolvam estratégias mais eficazes e inovadoras.

Empresas líderes no setor de transporte rodoviário de cargas já estão colhendo os benefícios do Big Data e da análise preditiva. Não temos informações precisas especificas sobre uma empresa do setor Rodoviário de Cargas, nem seus números, mas podemos exemplificar mencionando operações de rastreios precisos e em tempo real, que ocorrem no processamento das informações entre grandes embarcadores e suas transportadoras, como a Magazine Luiza e Mercado Livre, que disponibilizam através de IA (Inteligência Artificial), uma comunicação ativa com seus clientes, antecipando as informações do processo de rastreio das mercadorias e suas respectivas entregas, considerando prazos precisos para o sucesso das operações. Essa interação é possível através de uma perfeita comunicação entre o ERP do embarcador e da transportadora responsável pela triagem e entregas.

Apesar dos benefícios, a implementação de soluções de Big Data e análise preditiva não está isenta de desafios. Questões relacionadas à privacidade dos dados, integração de sistemas legados e a necessidade de competências técnicas avançadas são barreiras que as empresas precisam superar. Outro ponto, seria a necessidade de investimento em tecnologia e integrações entre diferentes sistemas, para que a aplicação funcione em perfeita harmonia.

Conclusão

O uso de Big Data e análise preditiva no transporte rodoviário de cargas oferece um potencial significativo para otimizar operações e melhorar a competitividade. À medida que as tecnologias evoluem, espera-se que mais empresas adotem essas soluções, impulsionando o setor para um futuro mais eficiente e orientado por dados.

A integração de Big Data e análise preditiva no transporte rodoviário de cargas não é mais uma opção, mas uma necessidade para as empresas que desejam se manter competitivas no mercado atual. Essas tecnologias permitem

uma gestão mais eficiente, segura e econômica, além de aumentar a previsibilidade das operações, contribuindo significativamente para a redução de custos e a melhoria da qualidade dos serviços prestados. Como resultado, as empresas que adotam essas práticas estão mais bem posicionadas para enfrentar os desafios do setor e atender às crescentes demandas do mercado.

Referências

BARTON, D., & COURT, D. (1 de 10 de 2012). Comece com Big Data: Amarre a  estratégia  ao  desempenho.  Disponível  em  Harvard  Business Review: https://hbr.org/2012/10/getting-started-on-a-big-data – Visto em 27 de julho de 2024.

FERRAR, J. (24 de 11 de 2014). Três maneiras de usar Big Data para construir uma força   de                trabalho  mais    inteligente.   Disponível                        em FORBES: http://www.forbes.com/sites/ibm/2014/11/24/três-ways-to-use-big- data-to-build-a-smarter-workforce/ – Visto em 27 de julho de 2024;

IBM Big Data – O que é Big Data – Estados Unidos. (sd). Disponível em http://www.ibm.com/big-data/us/en/. Visto em 03 de agosto de 2024;

TAURION, C. (27 de 06 de 2013). Entrevista com Cezar Taurion: O estágio atual do    Big      Data                   no               Brasil.           Disponível                        em IBM: https://www.ibm.com/developerworks/community/blogs/bigdata/entry/entre vista_com_cezar_taurion_o_estagio_atual

_do_big_data_no_brasil?lang=en – Visto em 03 de agosto de 2024;

BROWN, DE (5 de 6 de 2014). Qual é a diferença entre Business Intelligence e Big Data? Disponível em Eric D. BROWN: http://ericbrown.com/whats- difference-business-intelligence-big-data.htm – Visto em 17 de agosto de 2024.Decisões

Inteligência Artificial para o Setor de Transporte Rodoviário de Cargas

A aplicação da Inteligência Artificial possibilita inúmeras soluções para os problemas encontrados no dia a dia em todo o setor de Transporte de Cargas.

O objetivo da Inteligência Artificial é a criação de tecnologia que possam simular/emular o comportamento humano e raciocinar de maneira lógica para auxiliar em diferentes aspectos, gerando ganhos em produtividade e economia, com isso, permitir uma análise mais avançada através de dados armazenados e compartilhados sobre situações que podem passar despercebidos por um colaborador (mesmo com muita experiência), fazendo com que a resposta à um possível problema indesejável seja identificado antes mesmo dele acontecer.

São diversas situações que já são atendidas por algoritmos de Inteligência Artificial, utilizando-se de dados complexos e de grande escala, gerando respostas e modelos de maneira rápida e automatizadas, trazendo para o setor resultados com mais precisão e agilidade.

Um bom exemplo para ser discutido são as vantagens que podemos absorver na gestão das manutenções, gestão de frota e até mesmo no comercial. Cruzando informações de modelos de caminhões, rotas, peso, dirigibilidade, histórico de manutenção, seremos mais assertivos através de uma atuação que antecipa em uma determinada quilometragem do veículo a manutenção de uma peça através de histórico, antevendo um problema mecânico na estrada (indesejável), realizando uma preventiva nesse item e evitando uma parada inesperada e atrasos na entrega. E por que não pensar na indicação de modelos de pneu, óleos e outros itens mais adequados à realidade daquela determinada operação?

Ainda, podemos através de dados obtidos entre telemetria (muito presente nos veículos mais modernos), câmeras de fadiga, rotas e horários, fazer com que houvesse uma atuação no veículo gradativamente para que o condutor parasse o veículo em local seguro e consequentemente evitar um acidente de maiores proporções (em implantação).

Já na gestão da frota, indicar qual tipo de veículo mais adequado para determinada rota/destino observando o histórico de carga retorno disponível naquela região, visando a economia de diesel gerando maior rentabilidade àquela viagem.

Possuir dados de carregamentos e descarregamento e entregar ao embarcador informações sobre a baixa compra de seus clientes, poderá ser um aliado do time comercial, bem como, ter informações sobre tempos e ocorrências nessas condições para auxiliar a precificação do frete ou ajuste de operação.

Com base nas inúmeras vantagens que a Inteligência Artificial pode trazer para o setor, podemos afirmar que sua aplicação se torna cada vez mais necessária para a automação, gestão e tomada de decisões.

Referências:

Inteligência artificial no transporte: saiba as principais tendências. Disponível em: https://tl.trimble.com/blog/inteligencia-artificial-transporte/. Acesso em 14 ago 2023.

Aplicações da inteligência artificial no transporte. Disponível em: https://blog.praxio.com.br/aplicacoes-da-inteligencia-artificial-no-transporte/. Acesso em 14 ago 2023.

A era da Inteligência Artificial no Transporte Logístico: O atendimento humano ainda é indispensável?. Disponível em: https://mxlog.com.br/inteligencia-artificial-no-transporte-logistico/ Acesso em 15 ago 2023.

Por: Franklin Pscheidt – COMJOVEM Joinville

Fontes Renováveis no Futuro do TRC

As atividades humanas foram capazes de transformar e dominar o planeta. Através dos recursos disponíveis, a humanidade pôde garantir sua sobrevivência, satisfazer suas necessidades, desenvolver uma industrialização, conectar coisas e pessoas, de um lado ao outro do mundo. Numa população de 8 bilhões de pessoas, os recursos energéticos garantem a ordem e a globalização, ao passo em que o aprovisionamento energético mundial geram conflitos entre nações, o mercado e a economia disparam em preços recordes demonstrando a preocupação com a escassez de energia.

À medida que a conscientização sobre a importância da sustentabilidade cresce, surge uma oportunidade crucial para explorar e incorporar fontes de energia renováveis. E o setor de Transporte de Cargas (TRC) é um dos principais contribuintes para as emissões de gases de efeito estufa, uma vez que desempenha um papel essencial na economia global, movimentando mercadorias de maneira eficiente.

As fontes de energia renovável são inesgotáveis, já que se renovam constantemente ao serem usadas. Entre as principais fontes renováveis estão a energia hídrica (dos rios), solar (do sol), eólica (do vento), biomassa (da matéria orgânica), geotérmica (do interior da Terra) e oceânica (das marés e ondas). A aplicação dessas fontes no TRC pode revolucionar o setor, tornando-o mais sustentável e reduzindo as emissões de carbono. Veículos de carga atualmente consomem cerca de 25% da energia usada por todos os meios de transporte, sendo que 95% dessa energia ainda vêm de combustíveis fósseis. Porém, se considerarmos que, no Brasil, 83% da matriz elétrica é originada de fontes renováveis (como hidrelétrica, eólica, biomassa e solar), a opção por veículos de carga movidos a fontes renováveis faz ainda mais sentido a médio e longo prazo.

Uma maior compreensão e disseminação do conhecimento sobre as fontes renováveis são fundamentais para impulsionar sua adoção no TRC. À medida que as gestões atuais se familiarizam com essas tecnologias e sua aplicação no setor, podem identificar oportunidades de integração mais eficazes. A educação e a capacitação desempenham um papel crucial nesse processo, capacitando futuras lideranças a liderar a transição para fontes de energia mais limpas. O Programa DESPOLUIR é um grande exemplo de ação promovida pelo setor. Representada pela CNT em parceria com o SEST SENAT, o programa visa ampliar e promover a performance ambiental do transportador através de avaliações veiculares, educação ambiental, participação em fóruns, premiação de empresas, entre outros.

O TRC pode utilizar fontes renováveis de diversas maneiras. A energia solar pode ser empregada para alimentar sistemas auxiliares em caminhões, como refrigeração e iluminação. Os veículos elétricos movidos a baterias de íon de lítio estão ganhando terreno, eliminando as emissões de escapamento e contribuindo para a redução de custos operacionais. Além disso, biocombustíveis, como o biodiesel, podem ser obtidos a partir de fontes renováveis, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis.

Vários casos de sucesso já demonstram o potencial das fontes renováveis no TRC. Empresas líderes estão investindo em frotas de caminhões elétricos movidos a baterias, reduzindo significativamente sua pegada de carbono. Além disso, a integração de painéis solares em centros de distribuição e terminais de carga está fornecendo energia limpa para operações logísticas.

A pegada de carbono no transporte de cargas é uma preocupação crítica que demanda soluções sustentáveis. As emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes do setor de transporte, em grande parte alimentadas por combustíveis fósseis, contribuem significativamente para as mudanças climáticas. No entanto, a relação entre o transporte de cargas e as energias renováveis oferece uma perspectiva promissora para mitigar esse problema. Ao adotar fontes de energia renovável, como a energia solar, eólica e elétrica, o setor de transporte de cargas pode reduzir drasticamente suas emissões de GEE. A transição para veículos movidos a energia elétrica ou híbrida, alimentados por fontes renováveis, representa uma abordagem eficaz para combater o esgotamento dos recursos naturais não renováveis e ao mesmo tempo promover a sustentabilidade ambiental no TRC.

Embora o futuro seja promissor, existem desafios significativos a serem superados, principalmente no que diz respeito aos custos e investimentos necessários para as adequações. A infraestrutura de recarga para veículos elétricos ainda precisa ser expandida e aprimorada, demandando investimentos consideráveis em estações de carregamento e infraestrutura elétrica. Além disso, a aquisição inicial de veículos elétricos pode ser dispendiosa, envolvendo um custo inicial maior em comparação com veículos convencionais movidos a combustíveis fósseis. A gestão eficiente das baterias, incluindo sua durabilidade e ciclo de vida, também requer investimentos em tecnologias avançadas. A logística de abastecimento, garantindo a disponibilidade de pontos de recarga e a sincronização das operações, representa outro desafio custoso a ser enfrentado pelo setor de transporte de cargas na transição para fontes de energia renovável.

O TRC tem potencial para liderar na adoção de energias renováveis, destacando-se como exemplo para outras indústrias e desempenhando um papel crucial na preservação do meio ambiente. A Comjovem, parceira do TRC, desempenha um papel fundamental ao promover a conscientização ambiental e impulsionar o desenvolvimento sustentável do setor por meio de ideias inovadoras e colaboração entre seus líderes, preparando as empresas do segmento para um futuro mais limpo, eficiente e competitivo.

Referências:

Caminho mais sustentável: veículos elétricos e movidos a gás ganham as estradas brasileiras. Disponível em: <https://www.poder360.com.br/conteudo-patrocinado/caminho-mais- sustentavel-veiculos-eletricos-e-movidos-a-gas-ganham-as-estradas-brasileiras/>. Acesso em 08 set. 2023.

DESPOLUIR – Apresentação institucional. Disponível em:

<https://cmsdespoluir.cnt.org.br/SiteAssets/lists/Contedo%20das%20Pginas/AllItems/Apresenta%C3

%A7%C3%A3o%20Institucional%20do%20Despoluir_OLD.pdf>. Acesso em 08 set. 2023.

Fontes alternativas de energia é tema do 2º Fórum de Inovação do Transporte. Disponível em:

<https://www.portalntc.org.br/fontes-alternativas-de-energia-e-tema-do-2o-forum-de-inovacao-do- transporte/>. Acesso em 08 set. 2023.

Programa Despoluir e ações do Sistema CNT na busca pela sustentabilidade no transporte. Disponível em: <https://www.cnt.org.br/agencia-cnt/programa-despoluir-e-aes-do-sistema-cnt-na-busca-pela- sustentabilidade-no-transporte>. Acesso em 08 set. 2023.

Por: Aline Bublitz Felix – COMJOVEM Joinville

Metodologias Ágeis aplicadas no TRC

As metodologias ágeis consistem em ciclos de desenvolvimento curtos, transformando grandes projetos em pequenos sprints de produção e controlando melhor o resultado final. Os métodos ágeis, ou “Agile”, surgiram na área de TI no contexto de desenvolvimento de produtos e softwares, substituindo o modelo anterior de modelo “cascata”, também conhecido como modelo pesado.

Os métodos ágeis são uma alternativa à gestão tradicional de projetos, com foco em satisfazer os clientes conforme as necessidades. Nesse modelo, são incentivados o trabalho em equipe, a auto-organização, a comunicação frequente, o foco no cliente e a entrega de valor. A partir da aplicação deste processo, é possível entregar ao cliente a oportunidade de avaliar os resultados do trabalho previamente, aumentando assim a sinergia entre a empresa, o cliente e o projeto.

Em 2001 foi publicado o Manifesto Ágil que trouxe alguns princípios e valores que servem como base para o desenvolvimento ágil de software. Assim, de forma simplificada, estes valores pregam: “Indivíduos e interações acima de processos e ferramentas; Software funcional acima de documentação compreensiva; Colaboração do cliente acima de negociação do contrato; Responder a mudanças acima de seguir um plano fixo”.

Mais de 20 anos após o surgimento deste conceito nas áreas relacionadas à tecnologia e o Manifesto Ágil ainda é novidade para muitos, não apenas nos conceitos teóricos e seus valores, mas na aplicação prática dentro das organizações. Entretanto, nos últimos anos estes modelos têm ganhado espaço em diversos outros setores, bem como no segmento de transporte de cargas.

Os benefícios dos métodos são diversos, como aumento significativo na produtividade, qualidade do produto, maior engajamento dos colaboradores com o projeto, redução de problemas e falhas, e sem contar com aumento na satisfação do cliente.

Dentre os principais métodos ágeis que podem ser implantados nas empresas são: Scrum, Kanban e Lean.

Scrum

O Scrum começa com um Dono de Produto, encarregado de fazer o Backlog: uma lista de tarefas e das exigências do produto final. Em seguida vem o “Sprint”, um período de tempo pré-determinado dentro do qual a equipe completa conjuntos de tarefas do Backlog. Cada Sprint termina com uma revisão, em que a equipe analisa o trabalho e discute formas de melhorar o processo.

Kanban

Modelo adaptado de um sistema de trabalho criado nos anos 60 pela empresa Toyota, que sinalizava as etapas dos processos de fabricação e previa gargalos na produção. A partir de uma representação visual, um quadro branco era dividido em três colunas: “para fazer”, “fazendo” e “feito”. Cada tarefa anotada em um post-it e deve ser movida entre as colunas, conforme o seu andamento.

Lean

O conceito de Lean (enxuto) envolve a identificação e eliminação sistemática de desperdícios, em que apenas os recursos necessários são utilizados para a realização de um processo.

O Transporte Rodoviário de Cargas

O desafio diário no segmento de TRC no Brasil é algo muito debatido. Em uma empresa, problemas e soluções passam por seus corredores e instigam os gestores e equipes a uma solução e entrega eficiente e eficaz aos seus clientes.

Após um período de pandemia, vivido entre 2020 e 2022, as transportadoras representavam um ramo de atividade classificada como essencial, vez que seu trabalho era necessário para abastecer toda cadeia que dependiam dos seus serviços para continuar atendendo, além da própria população.

A tecnologia passou a ser a palavra da vez no TRC. A implementação da cultura digital trouxe o conceito de digitalização de processos, para ampliar a qualidade e entrega ao cliente. Além disso, conceitos entraram no radar de tendências logísticas, como Internet das Coisas, Robotização e Automação, Inteligência Artificial, Big Data Analytics, Veículos Autônomos, Realidade Aumentada, entre outros.

Assim, temos um grande exemplo do conceito de mundo BANI (rittle, Anxious, Nonlinear, and Incomprehensible ou em português FANI, Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível). Esse momento fez acelerar a transformação digital em muitas empresas, além de fazer com que esse acrônimo tenha ainda mais sentido.

Assim, os métodos ágeis servem como uma solução que trará benefícios não apenas para as empresas, como também para seus clientes. Não existe a “melhor metodologia”, mas um modelo mais adequado dentro do contexto do seu negócio ou projeto.

Referências:

BARROS, Leonardo. Conheça 3 metodologias ágeis para aplicar no trabalho remoto. Disponível em: https://tangerino.com.br/blog/metodologias-ageis/. Acesso em: 23 set. 2022.

Manifesto para Desenvolvimento Ágil de Software. Acesso em: 25 set. 2022.

Métodos ágeis: o que são e como impactam o seu negócio? Acesso em: 25 set. 2022.

Mundo BANI: Conheça o conceito e esteja preparo para ele. Disponível em: . Acesso em: 25 set. 2022.

Por: Aline Bublitz Felix – COMJOVEM Joinville

A Exposição Não Intencional de Dados e a Cultura de Proteção Nas Empresas

Você já deve estar ouvindo muito falarem sobre privacidade e tratamento de dados, políticas de privacidade, LGPD, e outros termos voltamos a segurança sobre as informações e privacidade de dados pessoais.

Apesar do tema estar em alta, ele não é novo, já que a primeira lei que versou sobre este tema foi em 1970, na Alemanha. Desde então, ela sofreu várias mudanças e adaptações, uma vez que o avanço tecnológico está diretamente relacionado com o tratamento de dados pessoais, permitindo também a criação de novos modelos de negócios, assim como o aperfeiçoamento de políticas públicas.

A União Europeia foi precursora no tema e expandiu sua discussão, até que em 2012 publicou a GDPR (General Data Protection Regulation), ou o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, que inspirou o Brasil na promulgação da Lei nº 13.709, seis anos mais tarde. A legislação até hoje ainda gera dúvidas e passou a ser o foco das atenções uma vez que a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), órgão fiscalizador e regulamentador criado pelo Governo Federal para garantir o cumprimento da LGPD, poderá notificar e multar as empresas a partir de 1º de agosto de 2021.

A partir da definição de dados sensíveis, surge a seguinte questão: mas e o que acontece quando a informação de dados confidenciais e sensíveis são acessadas por terceiro não autorizado?

Esse tipo de violação, que ultimamente temos visto muito nas mídias, é conhecido como data breach ou data leak, que é a liberação intencional ou não intencional de informações seguras ou privadas e confidenciais para um ambiente não confiável. Outros termos para esse fenômeno incluem divulgação não intencional de informações, vazamento de informações e também vazamento de dados. Esse vazamento ocorre quando dados confidenciais são acidentalmente expostos fisicamente, na Internet ou de qualquer outra forma, incluindo discos rígidos ou laptops perdidos. Isso significa que um criminoso cibernético pode obter acesso não autorizado aos dados confidenciais sem esforço.

É importante ressaltar que existem diferenças entre os termos “violação de dados” e “vazamento de dados”, pois sua distinção está na forma da exposição de dados: uma “violação de dados” ou data breach, ocorre quando um ataque bem-sucedido é capaz de proteger informações confidenciais, já um “vazamento de dados” ou data leak, não requer um ataque cibernético e geralmente decorre de práticas inadequadas de segurança de dados ou ação acidental ou inação de um indivíduo.

A partir do momento que um cibercriminoso identifica um vazamento de dados, os dados divulgados podem ser usados para criar um planejamento para um ataque cibernético bem-sucedido. Portanto, ao identificar e reparar vazamentos de dados antes de serem descobertos, o risco de violações de dados é significativamente reduzido. Além disso, quanto maior a empresa, maior o interesse por informações sigilosas e estratégicas de empresas.

Então o data leak é uma exposição indevida do dado, em ambiente não seguro, intencional ou não, que pode criar vulnerabilidades e até impactos e incidentes com dados. Uma das mais graves consequências é potencializar, ou facilitar, um cyber attack.

A privacidade de dados e a sua efetiva proteção então foi o tema mais abordado pelas empresas que buscam entender a legislação e aplicá-la e seus ambientes laborais. Entretanto, a proteção de dados não se resume ao aspecto legislativo, já que a sociedade precisa da compreensão de uma nova cultura e conscientização.

Por isso, a partir das diretrizes da LGPD, as empresas precisam orientar os seus colaboradores sobre as novas regras que impactam diretamente a função que eles exercem e criar políticas de governança corporativa que visem estabelecer procedimentos que facilitem e viabilizem o cumprimento da legislação.

Dentre essas ações de boas práticas, destaca-se o mapeamento de dados, que além de ser um procedimento exigido pela própria legislação, também é um documento que dará um panorama geral de como a empresa realiza o tratamento de dados, e a análise de riscos, que identifica e minimiza eventuais situações que coloquem a organização e tratá-las de forma eficaz, rápida e adequada.

Referências:

CANDIDO, J. P. S.; ARAÚJO, T. F.; RIBEIRO, W. A. C.; Histórico da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Disponível em: <https://advocatta.org/historico-da-lei-geral-de-protecao-de-dados-lgpd/> Acesso em 24 set. 2021.

COELHO, André M. O que é um vazamento de dados? Disponível em: <https://www.palpitedigital.com/que-e-vazamento-dados/> Acesso em 24 set. 2021.

SERPRO. Quem vai regular a LGPD? Disponível em: <https://www.serpro.gov.br/lgpd/governo/quem-vai-regular-e-fiscalizar-lgpd>. Acesso em 24 set. 2021.

Por: Aline Bublitz Felix – COMJOVEM Joinville