por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Joinville
Na minha vida comercial, meu principal endereço é a estrada; toda semana me desloco a várias cidades e estados em busca de reuniões com clientes para eu transportar.
Nesses deslocamentos, meus maiores parceiros são os gigantes caminhões que ali se impõem pelo tamanho e robusteza, cada um com um aspecto diferente. Tem os rebaixados, os tunados, os detonados e os com tecnologia de ponta. Tão estudados, tão aprimorados que parecem desfilar entre os outros.
Quando saem de fábrica, saem para rodar por muito tempo e muito longe, mas não é isso que acontece geralmente.
Penso que vivo uma roleta russa, pois vejo na estrada vários tipos de acidentes, não queremos acreditar que na maioria das vezes é culpa dos caminhoneiros, mas na verdade é sim.
Esta peça que está tão difícil de encontrar, e quando aparece já se joga no caminhão para que ele rode antes que dê prejuízo, esta peça precisa vivenciar essa tecnologia. A falta de treinamento adequado, a falta de conscientização no trânsito, faz com que todo o estudo dos engenheiros buscando a segurança seja desperdiçado.
Vê-se muito caminhão rodando acima da velocidade permitida para um carro, muito motorista além de estar acima do limite, não deixa de estar por dentro dos assuntos do grupo do Watts app, compartilhando vídeos, ou mensagens, esquecendo que na sua frente existem vidas e veículos cada vez mais frágeis.
De grande parte dos acidentes que presencio nas minhas andanças, estão lá no topo da lista os veículos de ponta, que saíram quentinhos da fábrica, que o motorista sentou teve uma aula de 10 min como o caminhão funciona e saiu acelerando com seus 470 cv mínimos de força, não sabendo como usar o freio motor na descida, ou que mesmo que ele freie o motor continua em alto giro empurrado pela carreta que vem atrás.
Vejo que aqueles detonados, tunados ou velhos pouco se envolvem em acidentes. Seria que por ser veículos mais fracos, manuais, sem tecnologia? Ou por ser veículo próprio assim se tem mais cuidado com o trajeto já que se quebrar sai do seu bolso.
Ainda existe aquele mau pensamento; “Não é meu porque vou cuidar.”
A verdade que a culpa não é deles, a culpa é nossa os empregadores, deveríamos sim parar o motorista por 7 dias, estes dias de treinamento para o veículo que ele vai utilizar, mesmo que você saiba que este funcionário não vai permanecer com você mas que quando ele for para outra empresa ele já esteja treinado.
Deveríamos buscar a conscientização que 5 segundos olhando pro celular são 20 metros percorridos sem nenhuma atenção. Que a velocidade excedida no final da história, naquele trajeto encurtou 10 min da sua viagem, mas que aumentou 200% o risco de colisão, tombamento e perda de controle.
Iniciativas assim, poderiam ajudar na precaução dos acidentes. E seriam muito importantes para pessoas como eu que vivem na estrada não vermos tantos acidentes absurdos ocorridos por motivos banais.
Além de trazer uma grande economia para à empresa.
Responsável: Diego Cadnanos
por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Joinville
Pois bem, depois de um ano e meio da paralização, diga-se de passagem histórica, em nosso país, contou com apoio e comoção da sociedade e de empresários de diversos ramos. Paralização esta que dentre os motivos mais fortes era do preço do diesel e desfilou até por intervenção militar. Tal feito teve como uma resultante uma TABELA DE FRETE MINIMOS que foi batizada a posterior como POLÍTICA DE PISOS MÍNIMOS.
Particularmente quando me foi apresentada essa ideia fui contra, haja visto que uma tabela de mínimo fatalmente se transformaria numa tabela de “máximos”. Até que o tomei conhecimento e o mercado começou a pagar por ela, obviamente “surfamos” a onda por aqui e como choque foi perceber o quão distante estávamos dessa realidade apresentada.
E que realidade seria essa afinal? Como mensurar os custos de operação num país com tantas variáveis de equipamentos, regionalizações, mão de obra, e custos de operações dedicadas. A grande verdade é que o autônomo pouco sabe fazer esse cálculo e por maior, mais organizada, e criteriosa que a empresa seja ela tem suas deficiências. Então como um órgão regulador a ANTT vai controlar e ditar o preço mínimo de mercado? Qual a filosofia de mercado aberto? Como operam em outros países (os que deram certo) no modal rodoviário?
Acompanhei as audiências públicas de Porto Alegre e Brasília, fui a reuniões setoriais com a presença inclusive do próprio ministro da Infraestrutura, e o que fica claro ao menos para mim é de que: Nada do que nos trouxe até aqui, nos levará adiante. A Política de Pisos Mínimos tanto defendido por alguns e por mim durante boa parte do tempo se perde no meio dos conflitos da própria classe que deseja um aparo governamental de um Piso Mínimo. Porém os autônomos não querem novos entrantes, não querem se profissionalizar ou melhorar seu equipamento e além de tudo continua trabalhando abaixo do seu custo operacional enfim, como todo bom brasileiro, espera que o ESTADO faça o que ele não fez e não faz por si.
O transporte é um dos mercados mais hostis que já atuei. E o que realmente acredito é que tenhamos que combater os que puxam a régua para baixo. Como competir com quem negligência impostos, leis trabalhistas, leis tributarias, ou o que apenas contrata sem ter o custo fixo? Os que atuam a qualquer preço de qualquer maneira. Então fica a pergunta: O Piso mínimo resolverá as situações expostas?
Responsável: Geison Debatim
por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Joinville
Um sonho de empreender, de fazer algo diferente, e de repente! surge uma empresa, milhares de empreendedores com muita luta e perseverança driblando todas as dificuldades tributária, leis trabalhistas, falta de crédito, burocracia com alvarás, licenças, e tudo que uma empresa precisa para conseguir trabalhar legalizada e conseguir crescer em meio a concorrência desleal.
O brasileiro é guerreiro e na maioria das vezes, a empresa nasce sem nenhum planejamento, sem dinheiro, somente com a vontade do empreendedor, foi assim com muitas transportadoras que hoje são as maiores do Brasil, através da COMJOVEM tive a oportunidade de visitar a Braspress, conhecer a história do Sr Urubatan Helou que começou com uma bicicleta entregando filmes e foi em busca do seu sonho, hoje é uma das maiores transportadoras do Brasil atendendo todo o território nacional e também o Mercosul com uma frota gigante, isso só mostra que é possível sim, basta querer.
Mas o tempo passa a empresa cresce, muitas quebram, outras prosperam, e passa dez, vinte ou trinta anos e os filhos também crescem, muitas vezes é uma sociedade e tem os filhos dos sócios envolvidos na empresa, e aquele guerreiro que iniciou a empresa do zero, já está cansado de tanto lutar para manter a empresa, e agora encontra um dilema, quem vai assumir os negócios da família, quem vai dar continuidade a essa empresa, para que ela continue crescendo e gerando empregos, e alimentando os sonhos de seus funcionários e mantendo vivo o sonho do seu fundador.
Em muitos dos casos os filhos não querem dar continuidade no negócio, pois o seu sonho é outro, seguir um sonho de criança, estudar no exterior, e até mesmo por acompanhar a dificuldade que o pai enfrenta com insegurança jurídica, alta carga tributária e falta de infraestrutura nas rodovias, e acaba perdendo o interesse pelo setor de transportes, assim como já aconteceu com algumas transportadoras do Brasil que encerraram as atividades por não ter sucessores, é aí que entra a COMJOVEM (Comissão de jovens empresários e executivos do setor de transportes) que tem como objetivo a integração e capacitação dos jovens empresários e executivos, despertando-os para futuras lideranças no setor de transporte de cargas e logística em âmbito nacional, através de realizações de reuniões, eventos, fóruns, visitas técnicas e muitas outras atividades e com essa capacitação desperta o interesse nesses jovens pela continuidade.
Em outros casos em que os filhos nascem dentro das empresas e que querem sim dar continuidade nos negócios, com ideias diferentes, pensando fora da caixa, estudando muito e implantando a tecnologia e novidades do setor para dar maior produtividade, esbarra nos pais que não confiam em fazer a transição da empresa para os filhos, e tem medo das novas ideias não darem certo, pois são muitos seguros.
Em junho de 2019 através da COMJOVEM participei do Workshop Family Busines Alta Performance, evento organizado pela CNT, SEST SENAT e ITL que teve a presença de John Davis, considerado a maior autoridade mundial em gestão de empresas familiares, também esteve presente José Salibi Neto, responsável por um dos principais conceitos da gestão contemporânea nos últimos 25 anos. Outra palestrante que esteve presente foi Mary Nicoliello, especialista em governança familiar com foco na preparação de sucessores e desenvolvimento de estratégias para empresas familiares.
Foram 2 dias de muito aprendizado, vários depoimentos de pais e filhos com diferentes pontos de vistas, e aprendemos que tem que existir todo um planejamento sucessório e que o fundador da empresa tem que acompanhar e ter muito cuidado para saber a hora exata em que deixa de contribuir para empresa, e começa atrapalhar no desenvolvimento dela, sabendo o momento exato de passar o bastão, confiar no sucessor e dar poderes para que ele poça errar e acertar , só assim a empresa pode crescer, se engessar o processo e não dar autoridade, jamais vai se desenvolver e corre-se risco do filho perder o interesse pelos negócios da família.
Responsável: Geovani Serafim
por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Joinville
Atualmente, o mercado consumidor de serviços de transporte é cada vez mais exigente, buscando incessantemente prestadores mais qualificados, capazes de oferecer os melhores serviços e no menor tempo possível. Contudo, para que tais serviços sejam oferecidos de forma mais célere e com maior qualidade, é necessário uma melhor organização e adequação de seus processos, para que cada vez mais sejam aperfeiçoados e melhorados.
Ante tal entendimento, salienta-se o ramo dos transportes, no qual há grande concorrência entre os prestadores de serviços, onde cada vez mais são encontrados profissionais e empresas habilitadas para oferecer as melhores condições de operação. Um ponto de destaque para que tais serviços sejam cada vez mais qualificados é a adoção das técnicas de roteirização e programação de veículos.
A roteirização visa propiciar um serviço de alto nível aos clientes, mantendo os custos operacionais e de capital tão baixos quanto possível, pois a roteirização de veículos busca determinar roteiros de entregas a serem realizados pelos veículos, buscando gerar o menor custo possível e atender ao nível de serviço esperado pelos clientes.
O principal objetivo da implantação da roteirização é traçar as melhores rotas para as entregas dos produtos almejados pelos clientes, sempre priorizando, além da qualidade na entrega, a busca pelo melhor custo possível, com objetivo de reduzir custos operacionais e melhorar o nível de serviço, por meio da otimização das distâncias percorridas e dos tempos de trajeto.
Deve, para tanto, respeitar as restrições operacionais presentes, tais como a capacidade dos veículos, tempo de percurso das rotas, janelas de tempo disponíveis, duração da jornada de trabalho, entre outros.
É bem sabido que a implantação de sistemas de roteirização em uma empresa é capaz de gerar diversos benefícios, tais como a redução dos veículos necessários para realização da operação, redução da distância percorrida e do tempo para finalizar o trajeto e, consequentemente, redução do consumo de combustível, sendo que tudo isso faz com que se trabalhe com uma operação otimizada, atingindo, assim, o objetivo maior que é a redução dos custos para a empresa, além de aumentar sua margem de ganhos.
Contudo, a aplicação da roteirização não é um procedimento simples a ser implantado na empresa, tendo em vista que há diversos fatores e problemas a serem analisados e contornados, pois o problema de roteirização de veículos consiste em definir roteiros de veículos que minimizem o custo total de atendimento, cada um dos quais iniciando e terminando no depósito ou base dos veículos, assegurando que cada ponto seja visitado exatamente uma vez e a demanda em qualquer rota não exceda a capacidade do veículo que a atende.
Ao estudar os problemas de roteirização, observa-se que a roteirização de veículos não se trata de uma tarefa de fácil resolução, tendo em vista que está relacionada a uma série de fatores e restrições que devem ser analisados para posteriormente ser planejado todo o roteiro a ser percorrido.
Dentre os principais problemas, pode-se relacionar a localização do depósito onde o veículo se encontra para a partida e a localização do destinatário final, haja vista que durante o percurso é possível aproveitar para realizar entregas a outros consumidores que se localizam no meio do caminho, gerando assim uma redução nos custos.
A aplicação da roteirização de veículos é uma ferramenta de suma importância para a empresa que se encarrega da distribuição de mercadorias, pois buscará sempre fazer a entrega do produto ao cliente da forma mais célere, com qualidade e com o menor custo possível, priorizando sempre atender as necessidades do cliente.
Sistemas de Roteirização e Programação de veículos, também conhecidos como roterizadores, são sistemas computacionais que através de algoritmos, geralmente heurísticos, e uma apropriada base de dados, são capazes de obter soluções para os problemas de roteirização e programação de veículos com resultados satisfatórios, consumindo tempo e esforço de processamento pequenos quando comparados aos gastos nos tradicionais métodos manuais.
O emprego dos softwares de roteirização proporciona diversas facilidades e benefícios à empresa e ao colaborador que realiza o planejamento das rotas. Ao aprofundar no assunto, observa-se que a utilização desta ferramenta é de grande eficiência, haja vista que é possível proceder todo o planejamento de forma mais célere e eficaz.
Essa ferramenta, sendo utilizada eficazmente, proporciona um leque de diferentes opções de roteiros a serem traçados, pois proporciona benefícios satisfatórios à empresa, organizando as diferentes restrições de uma rota e outras formas de distribuição de produtos e serviços para seus clientes.
Enfim, a roteirização de veículos é um método no qual as empresas do ramo de transportes, principalmente aquelas que realizam entregas urbanas, necessitam se adequar e incluir em seus processos para apresentarem diferenciais aos clientes, pois através dela é possível realizar o planejamento de toda a rota a ser percorrida, desde o momento inicial de partida até o retorno do veículo a empresa, otimizando os ativos, reduzindo despesas e entregando maiores benefícios aos clientes.
Responsável: Jean Franck Baroni
por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Joinville
Era então julho de 2017 e a Petrobrás anunciava que estava alterando a política de preços. Naquele ano entrava em vigor uma nova forma de cálculo de seus produtos. Na época o discurso da empresa era, “os ajustes nos preços poderão ser feitos a qualquer momento, inclusive diariamente”. Começava ali o maior caos dos últimos anos para transportadores e para os revendedores de combustíveis. No quesito reajuste de combustíveis, foram momentos clássicos de incertezas, momentos de negociações instáveis, quando se estabelecia um preço pela manhã e a tarde você recebia a informação que teria um reajuste no próximo dia. Outras vezes em reuniões de trabalho o link via mensagem de WhatshApp levava para o site da Petrobrás, e aquela informação poderia virar uma grande piada ou um momento de muito desconforto.
Para o transportador ter o preço de seu principal insumo reajustado todos diariamente virou um terror, pois seus clientes não “entendiam” o motivo e não aceitavam realizar reajustes em suas tabelas. A concorrência muitas vezes predatória se favorecia do momento e realizava ataques a seus clientes. Do outro lado da moeda os proprietários de postos não sabiam como agir, pois as distribuidoras repassavam os custos de forma instantânea, e o posto por sua vez precisava rever as planilhas de custos.
Pouco mais de 2 anos se passaram a Petrobrás já reviu sua maneira de aplicar os reajustes mais algumas vezes, porém o problema é o mesmo. Difícil dizer se está pior ou melhor que há dois anos, pois, por mais que você tivesse reajuste diários você tinha como acompanhar esses aumentos, pois na página da própria Petrobrás era possível encontrar o histórico dos reajustes. Essa “clareza” nos reajustes foi ficando para trás e aos poucos passaram a divulgar de maneiras diferentes até chegar ao modelo de mostrar o preço por base de carregamento, porém sem histórico e a pouquíssimo tempo passaram a divulgar por base e com histórico.
Hoje, o problema está na divulgação, a população sabe sobre os reajustes por meio das notícias em TV, rádio ou jornal, mas dificilmente essa informação chega em grande escala. Costumo dizer que quando o William Bonner não anuncia no Jornal Nacional o aumento, ninguém fica sabendo.
A dor de cabeça para os dois lados da moeda é a mesma há dois anos, pois não é possível você rever suas planilhas e reajustas seus custos. Do dia 01 de agosto de 2019 a 19 de setembro de 2019 o Diesel teve um reajuste de R$ 0,19 considerando o reajuste da Base de Itajaí-SC, parece pouco mais não é, pois o diesel representa cerca de 50% dos insumos de um caminhão. Isso que dizer que a cada 10.000 litros de diesel o transportador teve um aumento em seus custos de R$ 1.900,00. Se perguntarmos a qualquer transportador se conseguiu repassar esse custo a seu frete a resposta será negativa em sua maioria, pois não é possível, muitos trabalham com tabelas fechadas e fixadas por períodos em que os clientes dizem se estar com os seus custos provisionados, não sendo possível fazer o repasse, assim sendo o transportador acaba por absorvendo esses custos.
Do outro lado os postos sofrem na mesma proporção, pois como o transportador na maioria das vezes não consegue repassar os custos, ele acaba indo para o seu fornecedor (postos) para reduzir seus preços e muitas vezes os postos para não perderem seus clientes para a concorrência acabam também absorvendo parte dos reajustes.
Ou seja, na cadeia de reajustes que vem desde a Petrobrás passando pelas distribuidoras, postos e consumidores, quem acaba pagando a conta são os postos e transportadores. Desde o pequeno transportador como a grande empresa de transportes, tudo nas suas devidas proporções e essa conta que estamos pagando é
resultado da maneira incompetente que a “nossa” Petrobrás foi administrada por anos. Onde o interesse pelo poder estava a frente dos reais interesses que se deveria ter em uma empresa deste porte, e esses interesses escusos fizeram chegar a esses patamares absurdos de preços dos combustíveis.
Então a pergunta que pode ser feita é: “A Petrobrás está correta em fazer os reajustes da forma que está fazendo, pois pelo contrário teremos um conta muito mais alta para pagar?”
Até digo que sim, pois a empresa aparenta estar sendo administrada, porém o governo não deve existir para administrar empresas, por isso o grande efeito para os dois lados na moeda acontecerá o dia que houver a quebra do monopólio e a abertura desse mercado. Assim empresas nacionais e estrangeiras irão realizar investimentos e promover a livre concorrência que hoje não existe, pois existe o monopólio e é da Petrobras. Hoje somente quem sabe o que é concorrência são os postos e transportadores, então está na hora da livre concorrência no setor de combustíveis realmente existir em toda sua cadeia desde as refinarias até os postos. Estamos cansados de pagar uma conta cara, está na hora do governo deixar para quem sabe administrar empresas fazer esse papel, os empresários.
Responsável: Jefferson Davi de Espindula
por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Joinville
Os caminhões de hoje estão muito avançados, a tecnologias embarcada nos surpreende, sim já temos caminhões autônomos em teste rodando pelo mundo a fora, talvez pela infraestrutura de nossas rodovias demore um pouquinho, mas já está batendo a nossa porta. Eu posso dizer que a evolução do caminhão é gigantesca, pois tive o prazer de acompanhar isso na prática, viajei por 10 anos com um caminhão de fabricação do ano de 1970, que não tinha direção hidráulica, ar condicionado, cabine leito, espaço interno, muito menos câmbio automático, nem freio estacionário, usava o famoso calço de madeira, e se eu for mencionar tudo que esse caminhão não tinha vamos ter uma grande lista.
Hoje o caminhão tem computador de bordo, direções elétricas ou hidráulicas, câmbio e piloto automático, ar condicionado, vidros e retrovisores elétricos, porta objetos, cabines leitos com cama, espaço para o motorista ficar de pé no seu interior, faróis inteligentes, regulagem de freios automáticas, telemetria que geram relatórios para os gestores analisar o modo de condução do motorista, e para que ele conduza esse caminhão da melhor maneira possível com segurança e maior produtividade.
Diante dessa tecnologia embarcada nos caminhões, vejo empresários investirem milhões na renovação de suas frotas, o valor de um conjunto rodo-trem pode chegar próximo de um milhão de reais dependendo do modelo do cavalo mecânico e de seu implemento, mas será que essa empresa vai investir 1% do valor dessa máquina no ser humano que vai opera-la? Conversando com alguns empresários tive a percepção que na visão deles, basta investir em um caminhão com alta tecnologia embarcada e tudo está resolvido, o ser humano é visto como um objeto. Por mais que a máquina evoluiu, nós ainda precisamos muito do ser humano, pois é ele que programa essa máquina.
Nos anos 70 a máquina era o diferencial das empresas, nos anos 80 a qualidade, nos 90 os processos e certificações como a ISO, e nos anos 2000 a tecnologia da informação, mas hoje tudo isso está mais acessível a todas as empresas, máquinas, processos, certificações, tecnologia, seja por preços mais acessíveis ou por linhas de créditos. Então a empresa que tinha tudo isso a seu favor, tinha vantagens sobre o seu concorrente, mas agora todos têm, e nós vivemos em um mercado altamente competitivo, e aí ! o que podemos fazer ?
Podemos concluir que hoje a maior riqueza de uma empresa são as pessoas, na atualidade o diferencial de uma empresa é o capital humano, não precisamos somente de mão de obras, mas sim, de cérebros de obras, precisamos de pessoas comprometidas, criativas e que vestem a camisa da empresa, que trazem novas ideias e que zelam pelo patrimônio dessa organização. A empresa que souber investir em seus colaboradores com cursos treinamentos de aperfeiçoamentos, investir no bem-estar do seu funcionário e de seus familiares, entender que a vida do funcionário não começa quando ele chega na empresa e termina quando ele sai no portão, oferecer bonificações por metas, criar programas que valorize pela meritocracia, oferecer planos de saúde e uma remuneração de acordo, para que ele se sinta valorizado e retribuir com um bom trabalho. A empresa que colocar isso na prática vai sair na frente de seus concorrentes, porque não existe máquina moderna nenhuma que produza com qualidade e rentabilidade, quando o colaborador que a opera se sente desmotivado.
Referência bibliográfica
https://trucao.com.br/8-tecnologias-para-o-futuro-dos-caminhoneiros/
Responsável: Geovani Serafim