Dos quase US$19,83 bilhões acumulados em 2021, cerca de US$17,93 bilhões em produtos agropecuários. Montante é 13,6% maior do que em 2020
A receita gerada pelas exportações nos portos do Paraná é quase toda do agronegócio. Dos quase US$ 19,83 bilhões acumulados com os embarques em 2021, 90% — cerca de US$ 17,93 bilhões — foram em produtos agropecuários. Desse montante, o complexo soja e o frango respondem por mais da metade. Comparado com os US$ 15,78 bilhões gerados com as exportações do agro em 2020, a receita acumulada em 2021 cresceu 13,6%.
“Somos um porto que atende majoritariamente o agro não apenas do Estado, mas de todo o Brasil”, comenta o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. Segundo o gestor da empresa pública que administra os portos de Paranaguá e Antonina, pouco mais de 60% da receita gerada com as exportações são de produção paranaense. “Na sequência, os Estados que mais mandam produtos para serem embarcados pelos terminais do Paraná são Mato Grosso do Sul, São Paulo e Mato Grosso”, completa Garcia.
De carnes exportadas pelo Terminal de Contêineres do Porto de Paranaguá foram cerca de US$ 4,27 bilhões, sendo que deste montante, quase U$ 3,1 bilhões foram de frango. Outros itens de destaque que geraram receitas às exportações pelos portos de Paranaguá e Antonina são o complexo sucroalcooleiro (US$ 1,75 bilhão) e os produtos florestais (US$1,63 bilhão).
As importações do agronegócio pelos portos do Paraná somaram U$ 1,3 bilhão em 2021. Entre os produtos que mais influenciaram nesse montante foram os cereais e produtos oleaginosos (que excluem soja).
As importações do agro, no ano passado, apresentaram alta de 34% comparado com o valor registrado em 2020.
No acumulado de 2021, por sua vez, as exportações do setor agropecuário cresceram 22,22%, pela média diária
As exportações brasileiras do setor de agropecuária cresceram 52,48% em dezembro de 2021, pela média diária, em relação ao mesmo mês do ano anterior. No caso da indústria extrativa, houve alta de 14,12%. Na indústria de transformação, o avanço foi de 25,85%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
Já pelo lado das importações, houve avanço de 12,18% nas compras no mês da agropecuária, alta de 210,34% na indústria extrativa e elevação de 17,65% na indústria de transformação.
No acumulado de 2021, as exportações do setor agropecuário cresceram 22,22%, pela média diária, em relação ao calendário antecedente. Naa indústria extrativa, houve queda de 62,35%. Quanto à indústria de transformação, foi registrado aumento de 26,29%.
Por sua vez, no caso das importações, houve avanço de 30,20% nas compras da agropecuária no ano, alta 100,33% na indústria extrativa e alta de 35,07% na indústria de transformação.
Alta é 10% em relação à produção prevista para este ano
A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2022 com recorde 278 milhões de toneladas, uma alta de 10% em relação à produção prevista para este ano. Esse é o segundo prognóstico para a safra do ano que vem sendo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A estimativa divulgada hoje (9) é ainda mais otimista do que a divulgada no primeiro prognóstico, no mês passado, ao aumentar em 2,7%, ou 7,3 milhões de toneladas, a previsão para 2022.
São esperadas, para o ano que vem, altas de 3,4% para a soja, 13,9% para a primeira safra do milho, 28,4% para a segunda safra do milho e de 4,3% para o algodão herbáceo. Por outro lado, são estimadas quedas de 4,2% para o arroz e de 8,5% para o trigo.
A previsão é que a safra de 2022 se encerre com 25,2 milhões de toneladas a mais do que neste ano, que deve fechar em 252,8 milhões de toneladas, ou 0,5% abaixo da produção de 2020.
Apesar das altas de 10,5% para a soja, de 4,9% para o arroz e de 26% para o trigo, este ano deve fechar com quedas de 14,6% para o milho e de 17,6% para o algodão herbáceo.
Tradicionalmente, vemos um aumento considerável na balança comercial nos últimos meses do ano, principalmente quando consideramos que é um período de festas. Muitas importações e exportações são realizadas neste período. Porém, como mostrou a balança comercial divulgada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, tivemos uma diminuição de 78% no mês de novembro, em comparação com o ano anterior. Mas quais são os motivos dessa retração?
É claro que devemos considerar que o superávit, no ano, tem um resultado positivo quando analisamos o acúmulo, que chega a US$ 58,72 bilhões. Porém, não podemos descartar que a pandemia afetou, e ainda afeta, diretamente o comércio exterior, fazendo com que tenhamos novos desafios: preços elevados, necessidade de novas estratégias logísticas, priorização de mercados do hemisfério Norte, dentre outros. Precisamos ter atenção ao sinal de retração deste mês, principalmente considerando a atual crise no setor.
O ano de 2021 está chegando ao fim, mas as marcas deixadas no comércio exterior continuarão a serem sentidas pelos empresários. Afirmo com a convicção de que ainda precisamos avançar muito em políticas para o comércio exterior, por mais que existam ações positivas nos últimos anos. Além disso, não chegamos determinadamente ao fim da pandemia, com mercados que abriram após a vacinação vendo o aumento de novos casos da Covid-19 e suas variantes, como ocorre em Portugal; tudo isso gera preocupação e incerteza.
Por este motivo, ações do governo precisam ser tomadas, tal como ocorre na Europa e América do Norte.
Em agosto tivemos um momento adverso que gerou problemas colossais, os quais ainda sentimos hoje.
Estou falando da paralisação das atividades do porto de Ningbo-Zhoushan, na China. O local é estratégico e a demanda portuária supera todos os portos do Brasil, somados. Agora, com o início de um novo período, será que o mercado vai conseguir se estabilizar se tivermos novos casos como este pelo mundo? O momento é para evitarmos, ao máximo, situações deste patamar e isso só poderá ser atingido com um trabalho concomitante de todos envolvidos nos negócios internacionais.
O certo é que quando pensamos no Comex no ano de 2021, lembramos dos desafios e que as soluções terão efeitos apenas no longo prazo. Ainda não estamos perto de, efetivamente, declarar um estado de normalidade na logística internacional e a falta de contêineres, sentida este ano, é um indicador disso. Isso é explicitado em um levantamento da World Container Index, da consultoria Drewry, em que observamos que, os preços de transporte, que chegaram a variar entre US$ 1,2 mil e US$ 2 mil, antes da pandemia, já chegam a valores acima dos US$ 10 mil por contêiner.
Diferentemente de outros períodos da história, vivemos um momento completamente diferenciado, em que as fronteiras não são mais as mesmas. A crise tem um impacto ainda maior, principalmente com o avanço da tecnologia, e a importância da logística em um mundo cada vez mais conectado. Acredito em uma recuperação, que pode demorar mais do que imaginamos, mas que poderá abrir novas possibilidades para o comércio exterior como um todo. Porém, por enquanto, precisamos evitar a ansiedade e necessitamos de ações eficazes e concisas, buscando a mudança dessa realidade, principalmente no Brasil.
Mas como podemos sair desta situação? Acredito que o superávit no próximo ano novamente registrará um acúmulo e poderemos expandir ainda mais os negócios internacionais, principalmente se tivermos boas ações governamentais, como o OEA-Integrado Secex, lançado pelo Ministério da Economia em agosto. Porém, o desafio é mundial, e ainda sentiremos, mais intensamente nos primeiros seis meses de 2022, os impactos que tivemos nos últimos dois anos na logística internacional. Também anseio para podermos passar do desafio das novas variantes com mais inteligência e ações realmente eficazes, que salvem vidas, protejam a economia mundial e evitem novas paralisações.
Expectativa de arrecadação do governo federal em investimentos privados é de cerca de R$ 1 bilhão; além de mais de 16 mil empregos com o arrendamento
Naquele que é considerado o maior leilão portuário dos últimos 20 anos, segundo o governo, os terminais do Porto de Santos foram arrematados por R$ 558.250.000,99 pela Petrobras, nesta sexta-feira (19/11). A sessão pública 06 e 11/2021, que foi realizada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e pelo Ministério da Infraestrutura (Minfra), aconteceu na sede da B3.
O terminal era operado pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, e necessita de ampliação para atender ao crescimento da demanda, segundo o Minfra. Destinado à movimentação, armazenagem e distribuição de granéis líquidos combustíveis, possui 297.349 metros quadrados e tem investimento previsto de R$ 678,3 milhões durante a duração do contrato. Além deste valor, R$ 1,3 bilhão será usado pela empresa vencedora em gastos operacionais.
Além do complexo santista, também foi realizado o leilão do Porto de Imbituba (SC), que movimenta granéis líquidos combustíveis ou químicos.
A Companhia Docas do Estado do Rio de Janeiro (CDRJ) registrou a marca de seis milhões de toneladas movimentadas nos quatro portos que administra em setembro, superando em 6,4% o volume de agosto. A CDRJ administra os portos do Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis.
O resultado de setembro foi impulsionado pela movimentação de 5,22 milhões de toneladas no Porto de Itaguaí. O Porto do Rio de Janeiro, por sua vez, movimentou 759 mil toneladas.
O faturamento de setembro atingiu a marca de R$ 106,9 milhões, que supera em 106% o faturamento de setembro de 2020. No Porto de Itaguaí, o faturamento de setembro somou R$ 89,2 milhões. No Porto do Rio de Janeiro, o faturamento foi de R$ 16,5 milhões em setembro.
Para o diretor de Negócios e Sustentabilidade da Docas do Rio, Jean Paulo Castro e Silva, a CDRJ deve superar a marca de R$ 1 bilhão no faturamento de 2021, sendo a principal carga movimentada o minério de ferro, que apresentou crescimento em todos os meses do ano.