Flat Preloader Icon
Transpoeste 2024: inscrições abertas para a maior feira de transporte e logística do Paraná

Transpoeste 2024: inscrições abertas para a maior feira de transporte e logística do Paraná

A aguardada terceira edição da maior Feira de Transporte e Logística do Paraná (Transpoeste), está com as inscrições abertas. O evento ocorrerá nos dias 20, 21 e 22 de março no Centro de Convenções e Eventos de Cascavel, um espaço amplo com mais de três mil metros quadrados, capaz de acomodar dezenas de estandes e receber até 20 mil visitantes.

Fundada em 2019 pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística do Oeste do Paraná (Sintropar), a Transpoeste estabeleceu marcas expressivas em sua segunda edição, registrando mais de R$150 milhões em negócios e a participação de 21 empresas expositoras.

Agora, dois anos depois, a Transpoeste retorna com a expectativa de ser ainda maior, buscando alcançar até  R$200 milhões em negócios e reunir aproximadamente 7000 mil visitantes, além de oferecer amplas oportunidades para o transporte de cargas na região.

Ao longo de três dias, a feira proporcionará acesso a serviços e novidades de destaque nas áreas de caminhões, tecnologia, seguros, pneus, combustíveis e acessórios. O evento reunirá os principais nomes do setor, todos compartilhando o mesmo objetivo de fomentar os melhores negócios e impulsionar o crescimento do segmento na região.

De acordo com o presidente do SINTROPAR, Antônio Ruyz, “Esse é um evento que já marca o calendário do Estado a cada edição. Estamos preparando uma feira ainda maior e com muitas novidades, para que os visitantes, em sua maioria empresários e executivos do transporte do Estado, possam conferir o que há de mais atual em produtos e serviços dos nossos expositores. Com certeza já é um sucesso a terceira edição e contamos com a participação de todos”.

A Transpoeste é promovida pelo Sintropar em parceria com a prefeitura do município de Cascavel e conta com o apoio institucional das principais entidades regionais e nacionais do setor de transporte. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas pelo site oficial da feira: www.transpoeste.com.br

Plano Safra prevê investimento de R$ 4,7 bilhões em corredores logísticos

Plano Safra prevê investimento de R$ 4,7 bilhões em corredores logísticos

O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, acompanhou o anúncio das ações que visam garantir o escoamento da produção de grãos

O governo federal apresentou, nesta terça-feira (6), uma série de ações para garantir o transporte e a exportação da safra 2023-2024 de grãos. A anúncio foi feito, em conjunto, pelos ministros Renan Filho (Transportes), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária). Os ministros falaram a uma plateia formada por representantes de entidades setoriais, técnicos do Executivo, parlamentares e jornalistas. O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, foi um dos convidados.

Em linhas gerais, o plano para o escoamento da safra direciona R$ 4,7 bilhões de recursos públicos para obras estruturantes nos principais corredores logísticos do país, com ênfase na recuperação da malha rodoviária, sobretudo das BRs que se conectam a portos. Desse modo, serão destinados R$ 2,66 bilhões para o Arco Norte, com obras nos estados de RO, PA, MA, PI, BA e TO; e R$ 2,05 bilhões para o Arco Sul Sudeste, com melhorias em trechos de MG, GO, PR, SC e RS. 

Em sua participação, o ministro Fávaro destacou a importância da infraestrutura logística para a formação de preços do agronegócio. “Um transporte mais eficiente, com modais integrados, com portos dando fluidez, isso se reverte em renda, em capacidade de ganhar mercados cada vez mais exigentes e mais competitivos”, afirmou.

O plano foi detalhado por Renan Filho, que o contextualizou como um prosseguimento dos esforços iniciados no ano anterior, que contribuíram para a movimentação de soja e milho no período. “Esses investimentos representam a melhoria da malha de forma geral e a conclusão e intensificação de obras estruturantes nos corredores do agro. De 2023 para cá, já tivemos como resultado crescentes exportação e importação, o que significa muito mais atividade econômica”, resumiu.

“Esses indicadores colocam o Brasil na rota do maior volume de investimento da América do Sul e mostra que o governo federal tem atuado, fortemente, nos corredores que facilitam o escoamento da produção e para fortalecer os portos do país”, reforçou o ministro Silvio Costa Filho. O titular de Portos e Aeroportos aproveitou a ocasião para compartilhar o portfólio de investimentos previstos pela Pasta ao longo ano, com destaque para a rodada de leilões de áreas no Arco Norte (Barcarena/PA e Santana/AP).

Acompanharam a solenidade: Jorge Bastos, diretor-presidente da Infra S.A.; Rafael Vitale, diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres); Fabricio Galvão, diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes); George Santoro, secretário executivo do Ministério dos Transportes; Viviane Esse, secretária nacional de Transporte ; Mariana Pescatori, secretária executiva do Ministério de Portos e Aeroportos; Leonardo Ribeiro, secretário nacional de Transporte Ferroviário; Jesualdo Conceição Silva, diretor-presidente da ABTP (Associação Brasileira dos Terminais Portuários); Murillo Barbosa, diretor-presidente da ATP (Associação de Terminais Portuários Privados); Sérgio Aquino, presidente da Fenop (Federação Nacional das Operadoras Portuárias); Edinho Bez, deputado federal (MDB-SC); entre outras autoridades.

Chuvas reduzem produtividade do setor de transporte de cargas

Chuvas reduzem produtividade do setor de transporte de cargas

Estimativa foi feita pelo Setcemg

O período de chuvas causa impactos em diversos setores produtivos e um deles é o das empresas de transporte de cargas no Estado. “A perda de produtividade dos veículos varia de 20% a 25% nesta época”, observa o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), Antonio Luis da Silva Júnior.

O motivo, conforme o dirigente, é que com as chuvas é necessário reduzir a velocidade dos caminhões e ainda há interdições em vários pontos das rodovias mineiras, o que faz com que o tempo de viagem aumente. “O pior mesmo é o aumento do risco de acidentes neste período do ano”, observa.

Silva Júnior diz que os prejuízos contabilizados pelo setor de transporte de cargas e logística variam de acordo com o porte da empresa e o ramo de atividade que ela atende. Ele estima que as perdas com as chuvas para o segmento podem chegar a 40%, em especial, para as transportadoras que trabalham com minério.

E para ajudar os motoristas nesta época, o presidente do Setcemg destacou que há um aplicativo que mostra em tempo real as interdições nas rodovias, que faz parte da campanha “Ir e Vir Seguro”, feita em parceria com órgãos de segurança.

Iniciada em 2022, a campanha tem o objetivo de dar maior segurança para enfrentar o período de chuvas nas rodovias e mitigar os problemas causados pelas precipitações no setor de transporte de cargas.

O dirigente ressalta que a condição precária das rodovias mineiras não é de hoje. “É uma situação de anos, fruto da falta de investimentos na manutenção”, frisa. O último levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) aponta que 78% da malha rodoviária estadual é regular, ruim ou péssima.

Para ele, as correções nas estradas deveriam ser mais rápidas, o que não acontece em razão da dinâmica das obras feitas pelo poder público, como é o caso das licitações, que têm todo um trâmite definido em lei. “A concessão é um caminho para rodovias com muito fluxo e que precisam de investimentos pesados. Além do mais, o Estado não tem recurso para tudo”, destaca. 

O presidente do Setcemg estima que o faturamento do setor em Minas no ano passado teve crescimento no patamar de 5% a 6%. “Só que vale lembrar que a margem foi reduzida por causa do aumento dos custos. O ano de 2023 pode ser avaliado como sendo de razoável para bom”, diz.

Para 2024, ele aposta em um ano complexo em razão da reoneração da folha de pagamento e o impacto negativo da concorrência chinesa em um setor importante para os transportadores, que é siderúrgico, entre outros fatores. “É difícil fazer qualquer tipo de previsão, pois tudo vai depender do ritmo da economia. É possível ter um faturamento um pouco melhor”, analisa.   

Investimentos

Silva Júnior também avaliou os investimentos de R$ 3 bilhões previstos para este ano nas estradas de Minas Gerais, anunciados pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra). Ele diz que são um “alento”, mas que o recurso ainda é pouco diante do atual estado das rodovias. “Minas Gerais tem a maior malha rodoviária do País e tudo passa pelo Estado”, observa.

O valor contempla aportes do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG) e das concessionárias de rodovias privatizadas. As obras serão para recuperar trechos, construir pontes e pavimentar locais ainda sem asfalto.

O dirigente lembra do levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado em novembro passado, que mostra que para recuperar trechos danificados das rodovias de Minas Gerais é necessário investimentos de R$ 16,63 bilhões.

O montante seria gasto com ações emergenciais, como reconstrução e restauração, além de manutenção das estradas. A projeção da 26ª pesquisa CNT de Rodovias contempla apenas a recuperação do pavimento, excluindo valores a serem destinados para melhorias na sinalização e no traçado das vias.

CNT lança publicação inédita sobre importância econômica e logística dos terminais de carga nos portos do Brasil

CNT lança publicação inédita sobre importância econômica e logística dos terminais de carga nos portos do Brasil

Estudo abrange 12 instalações portuárias localizadas em oito estados: Maranhão, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Pará e Rio Grande do Sul

Um dos maiores portos do mundo é brasileiro. O Complexo Portuário de Santos (SP) é composto por 45 terminais aptos a receber navios, sendo 39 deles públicos (arrendados) e seis de uso privado (autorizados). Essas instalações são o elo de exportação do Brasil para 154 países. Em 2022, o complexo santista registrou a maior movimentação anual dos últimos 10 anos, 126 milhões de toneladas de carga. Apesar das dimensões gigantescas, sua estrutura sofre com desafios como a falta de coordenação dos agentes públicos intervenientes nas atividades portuárias e a de infraestrutura de acesso aos terminais portuários: rodovias, ferrovias e acessos aquaviários. Tais fatores, além de influenciarem na deficiência do transporte, elevam os custos logísticos.

Os mesmos problemas abrangem outros onze terminais de carga dos portos do país retratados na publicação Terminais de Carga do Brasil – Gateways Portuários, lançado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) nesta quinta-feira (14). São eles: Terminal Marítimo de Ponta da Madeira e Itaqui (Maranhão); Terminal de Tubarão e Portocel (Espírito Santo); Paranaguá (Paraná); Terminal Aquaviário de Angra dos Reis, Rio de Janeiro e Porto do Açu (Rio de Janeiro); Rio Grande (Rio Grande do Sul); Portonave (Santa Catarina); e Vila do Conde (Pará).

Juntos essas instalações portuárias movimentaram cerca de 64% das cargas totais de longo curso nos anos de 2021 e 2022. O percentual evidencia a representatividade da amostra selecionada pelo estudo da CNT e mostra a vocação exportadora como predominância, de modo geral. O levantamento detalha como funcionam essas instalações, especializadas na movimentação de cargas internacionais. Trata-se do terceiro volume da série Terminais de Carga do Brasil, que se dedica a apresentar, de forma detalhada, esses elos das cadeias logísticas de fundamental relevância para a organização e distribuição dos fluxos de mercadorias.

Os gateways portuários para a navegação de longo curso atuam, principalmente, como portas de entrada e saída para importações e exportações. O trabalho apresenta uma caracterização abrangente dessas instalações. Dentre os aspectos analisados, estão a movimentação de mercadorias, a infraestrutura existente, os indicadores operacionais e o desempenho ambiental. Na prática, busca-se apresentar a importância desses terminais para o desenvolvimento econômico brasileiro, tanto em âmbito regional como nacional, bem como expor os principais desafios enfrentados pelo setor portuário e propor melhorias.

De acordo com a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), existem, no Brasil, 235 instalações portuárias — públicas ou privadas, marítimas ou fluviais. Desse total, 96 (41%) apresentaram movimentação de cargas de longo curso no ano de 2022, sendo consideradas nesta série, portanto, gateways portuários. Por sua vez, 28 são portos organizados (terminais públicos geridos por uma autoridade portuária e operados mediante contratos de arrendamento) e 68 são Terminais de Uso Privado (TUPs), submetidos ao regime de autorização. No estudo da Confederação, foi detalhado o perfil de seis portos organizados e seis TUPs.

Predomina nelas, de modo geral, como característica comum, a vocação exportadora. Quanto aos tipos de mercadorias transportadas, nota-se o predomínio da soja e do minério de ferro, na exportação, e de fertilizantes, na importação. Seja minério de ferro, soja ou carga conteinerizada, uma parcela expressiva do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro passa por esses portos. Decorre disso a necessidade de divulgação ampla das condições de operação e as especificidades inerentes a esses terminais de carga. Esses dados, assim, confirmam a relevância da exportação de commodities para a balança comercial do Brasil, sobretudo nos setores agropecuário e minerador.

Movimentação

Em 2022, os portos organizados movimentaram cerca de 422 milhões de toneladas de carga, ao passo que os terminais autorizados movimentaram quase o dobro desse volume, aproximadamente 786 milhões de toneladas.

No que tange à distribuição dos perfis de carga, o granel sólido tem a maior representatividade na movimentação tanto dos portos organizados quanto dos TUPs. Os terminais de Ponta da Madeira (MA) e de Tubarão (ES), ambos vocacionados para o transporte de minério de ferro, são os maiores contribuintes para esse resultado nos terminais autorizados. Por outro lado, verifica-se a relevância da movimentação de contêineres nos portos organizados (20% em 2022), impulsionada pelos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).

Os principais entraves ao desenvolvimento dos gateways portuários analisados no estudo foram a ausência ou a precariedade das infraestruturas de acesso e a insegurança jurídica e regulatória, além da pluralidade de órgãos reguladores e da excessiva burocracia no setor. Como soluções, a CNT propõe a criação de um ambiente de negócios estável e previsível e a atuação conjunta e coordenada de autoridades para a definição de normas e regulamentos.

Outro fator que afeta os gateways portuários é a ausência de representatividade nos CAPs (Conselhos de Autoridade Portuária) de todos os entes afetados por suas decisões. Na avaliação da CNT, as atuais regras de acesso devem ser revistas para incluir a participação dos TUPs — quando for o caso — nesses conselhos. O trabalho destaca ainda a ausência de uma estratégia governamental integrada de longo prazo para o desenvolvimento do setor portuário e a necessidade de adequada priorização de empreendimentos nos Planos Setoriais.

Essa publicação fornece dados e análises técnicas para auxiliar a tomada de decisão de gestores públicos e agentes privados e o adequado direcionamento de recursos. Insere-se, portanto, na visão da CNT de ser referência na produção de conhecimento sobre o setor de transporte — contribuindo para o seu desenvolvimento e de todos os demais setores produtivos, sem os quais não há como o Brasil prosperar.

Clique aqui para acessar a publicação.

Logística é principal ponto de preocupação do agronegócio em 2024

Logística é principal ponto de preocupação do agronegócio em 2024

Foi a resposta da maioria dos consultados em enquete feita durante a entrega do Melhores do Agronegócio, em São Paulo

A logística da safra 2023/24 foi apontada como a principal preocupação pelas empresas participantes da 19ª edição do prêmio “Melhores do Agronegócio”, realizado pela Globo Rural. Em enquete na premiação, 41,5% dos mais de 200 executivos presentes no evento apontaram a cadeia de distribuição do setor como principal desafio a ser superado no próximo ano, seguido da mão de obra, citada por 26,1% dos participantes, e da tributação, apontada por 25,4% dos executivos.

A apreensão com a logística ocorre em um ano de atrasos. Em Mato Grosso, principal Estado produtor, a semeadura da soja alcançou 91,82% da área no início deste mês, abaixo dos 96,17% registrados na mesma época do ano passado da média dos últimos cinco anos, de 95,51%. Como consequência do calendário apertado, o plantio do milho safrinha pode ser prejudicado.

Os participantes do prêmio também foram questionados sobre as perspectivas para a economia brasileira no próximo ano, apontando números em linha com as previsões do Banco Central. Para 40,3% dos executivos, a economia brasileira deve crescer até 2% no próximo ano, enquanto 25,4% afirmaram esperar um crescimento entre 2% e 3,5%. Para 33,4%, a economia brasileira fica estável ou cai de 1% a 2% em 2024.

Em relação ao foco dos investimentos em inovação a serem realizados no próximo ano, ciência e tecnologia foi mencionada por 29,2% como principal destino dos recursos em 2024, seguido de ferramentas de gestão (25,4%) e inteligência artificial (17,7%). Conectividade e máquinas e equipamentos foram elencadas como principal esforço em inovação por 13,8% dos participantes cada uma.

Os recursos para os investimentos deverão vir majoritariamente de recursos próprios, citado por 46,7% das empresas participantes do prêmio, seguido de crédito junto a instituições financeiras nacionais (21,7%) e títulos privados do setor, citados por 15% das empresas.

O prêmio “Melhores do Agronegócio” reconhece as empresas que se destacaram em 21 segmentos ligados à atividade agropecuária e leva em consideração os dados das demonstrações contábeis das companhias (receita líquida, rentabilidade, margem e endividamento, entre outros), os relatórios sobre a responsabilidade socioambiental e suas respostas a questionários sobre o tema. Ao todo, mais de 500 empresas se inscreveram no prêmio este ano.

Transporte internacional rodoviário passará a contar com a Rota Bioceânica

Transporte internacional rodoviário passará a contar com a Rota Bioceânica

Um cenário com possibilidades mais viáveis no comércio internacional e nos negócios vem sendo destacado nas alamedas do transporte de cargas, principalmente com a expectativa relacionada à criação da Rota Bioceânica. A rodovia terá a capacidade de ligar os oceanos Atlântico e Pacífico, no Chile, ao Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul (MS), como ponto de partida do Brasil.

O Corredor Bioceânico, que inclui uma ponte internacional, estradas e alfândegas, pode encurtar em duas semanas a distância nas exportações brasileiras, especialmente para a Ásia. Pensando no impacto na movimentação de produtos para o estado do Mato Grosso do Sul, grande produtor de grãos, o corredor significará uma redução de 25% a 30% em seus custos na hora de escoar a produção segundo dados do governo do estado.

Danilo Guedes, presidente da ABC Cargas – empresa com especialidade no transporte internacional de cargas –, destaca a importância do desenvolvimento do setor na exportação e na importação das mercadoria entre os países: “Sem dúvida, a Rota Bioceânica vai agilizar e diminuir os custos de muitas empresas que exercem esse tipo de atividade, além de causar um impacto positivo na nossa economia”.

Para ajudar na desburocratização, o Brasil vem se mostrando forte aliado no desenvolvimento da modernização e da agilidade dos processos relacionados ao transporte de cargas. Um grande exemplo disso é a participação efetiva no transporte internacional (TIR).

De acordo com a Organização Mundial do Transporte Rodoviário (IRU), o TIR demonstrou reduzir os tempos de transporte e os custos em até 80% e 38%, respectivamente. É um sistema de trânsito único global que pode agilizar os procedimentos nas fronteiras, algo que pode auxiliar no trânsito entre os países componentes do Mercosul.

Assim, no último mês, houve um encontro no Mato Grosso do Sul (MS) realizado pela IRU com diversas lideranças governamentais e do setor de transporte e logística de vários países do Mercosul em que puderam debater esse sistema na Rota Bioceânica.

Danilo, um dos participantes e organizador do movimento junto à Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), pondera o benefício que essa utilização trará para o Brasil e consequentemente para a América do Sul.

“A emissão do Carnet TIR agilizará o trânsito aduaneiro de carga destinada a terceiros mercados. Essa experiência poderá ser replicada em outros corredores, assim como o Bioceânico. O Brasil tem carga destinada a terceiros, então quando ingressar no corredor possibilitará a exportação de carne bovina para a China por meio de um porto chileno. São boas alternativas”.

Essa movimentação destinada à desburocratização dentro do setor decorre devido a uma maior insistência das empresas que competem nesse setor por um trabalho mais ágil, seguro e moderno. Com isso, empresários do segmento acreditam que o Brasil precisa estar em constante relacionamento com outros países para que o desenvolvimento seja ainda maior no transporte internacional de cargas.

“Tenho visto um maior interesse pela logística e pela redução de tempo dentro do setor. Rapidez e segurança são fatores importantes na escolha da rota. O passo mais importante para que o Brasil possa desenvolver ainda mais o seu papel no transporte rodoviário internacional é aderir e implementar o sistema TIR. O mesmo se aplica aos seus países vizinhos: alguns já aderiram ao TIR, mas é necessário que a implementação seja feita. Além disso, é necessário digitalizar totalmente os procedimentos de trânsito e de transporte de mercadorias”, finaliza o executivo.