Reunião tratou de assuntos relevantes para o Transporte RODOVIáRIO de Cargas no Brasil
Foi realizada, na manhã desta quarta-feira (25), a Reunião Ordinária da Seção II – do Transporte Rodoviário de Cargas, da Confederação Nacional do Transporte (CNT), referente ao mês de junho, com a presença de representantes das entidades do setor que compõem a Seção – 13 Federações, cinco Associações e um Sindicato Nacional –, lideranças e especialistas, além da participação especial de Vincent Erard, diretor sênior de Estratégia e Desenvolvimento da IRU (International Road Transport Union), e de Ana Luiza Taliberti, assessora jurídica sênior de TIR (Sistema de Trânsito Global). O encontro foi conduzido pelo presidente da Seção II, Eduardo Rebuzzi, que também preside a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística).
A pauta da reunião incluiu temas como a Sondagem CNT sobre a resiliência do setor de transporte; o Programa Rota da Acessibilidade do Sistema Transporte, promovido pelo SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte); o relatório de ocorrências no transporte de produtos perigosos em São Paulo, no ano de 2024, compilado pela ABTLP (Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos); o apoio para o curso obrigatório de Condutores de Veículos de Carga (CVC), requerido pela ABTLP; o requisito de aferição de tacógrafo para caminhões zero quilômetro antes da venda e o Plano Nacional de Logística.
O fórum foi prestigiado com a apresentação do trabalho desenvolvido mundialmente pela IRU. Convidados especialmente para o encontro, Vincent Erard e Ana Luiza Taliberti, representantes da organização, destacaram ações em defesa do Transporte Rodoviário de Cargas, projetos internacionais e iniciativas de apoio aos operadores logísticos em diversas regiões. As possíveis parcerias entre o SEST SENAT e a IRU, visando fortalecer a representatividade internacional do setor de transporte brasileiro, foram abordadas pela diretora executiva nacional do SEST SENAT, Nicole Goulart.
A criação da Aliança Nacional pela Segurança na Logística – iniciativa da NTC&Logística que visa unir unir forças públicas e privadas no enfrentamento aos crimes que impactam diretamente o setor logístico, como roubo, furto e receptação de cargas, entre outros –, foi ponto enfatizado pelo presidente Eduardo Rebuzzi.
Também foi tratado o tema da ADPF 5322, que aborda o tempo de direção dos motoristas. Foram discutidos os próximos passos e o andamento das ações que já vêm sendo conduzidas pela CNT e pela NTC&Logística, e as iniciativas que o setor deverá seguir adiante.
“O momento é de união e construção de soluções conjuntas. A criação da Aliança Nacional pela Segurança na Logística representa um avanço importante na consolidação de uma agenda integrada para a segurança do setor. Precisamos, mais do que nunca, intensificar o diálogo entre entidades, poder público e empresários para reduzir riscos e proteger as operações de transporte em todo o Brasil. Os demais temas da reunião comprovam a amplitude dos desafios que o setor enfrenta e a nossa disposição em buscar soluções efetivas”, salientou o presidente Rebuzzi.
A Seção II da CNT segue como espaço fundamental de análise e construção de propostas para o fortalecimento e o desenvolvimento do transporte de cargas no país.
A segunda edição de 2025 do Seminário Itinerante da NTC&Logística será recepcionada pela FETRANSPAR – Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná, pelo SINTRATOL – Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Cargas de Toledo e pelo Núcleo da COMJOVEM Toledo, no dia 22 de maio, às 8h30, na sede do SEST SENAT de Toledo.
Criado há mais de 20 anos, o Seminário Itinerante tem o propósito de levar a NTC&Logística – Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística a diversas regiões do país, promovendo capacitação técnica e oportunidades de negócios para empresários e executivos do setor de transporte de cargas e logística.
A programação contará com temas de grande relevância para o setor, impactando diretamente as atividades das empresas. A organização do evento conta com o apoio da COMJOVEM – Comissão de Jovens Empresários e Executivos do Transporte RODOVIáRIO de Cargas.
Reforçando a missão da NTC&Logística de estar ao lado do transportador rodoviário de cargas, de Norte a Sul do Brasil, o Seminário Itinerante já percorreu diversos estados ao longo de mais de duas décadas.
O evento será realizado presencialmente, no SEST SENAT de Toledo, localizado na Rua Dr. Cid Marcondes de Albuquerque, 415 – Jardim Panorama – Toledo (PR). A participação é aberta a todos os empresários da região, que contribuem para um Transporte Rodoviário de Cargas cada vez mais forte.
Cel. Sérgio Malucelli, Presidente do Sistema FETRANSPAR
Allan Tressi, Presidente do SINTRATOL
Carolina Silveira, Coordenadora do Núcleo de Toledo (PR)
09h40 às 10h10 – Palestra
Biometano com energia renovável e sustentável no TRC
Palestrante – Allan Tressi, Presidente do SINTRATOL e Sócio-Diretor da Transportadora Tressi
10h10 às 10h40 – NTC TALKS com
TRANSPOCRED – Adriano Douglas Platau, Gerente de Unidade de Cascavel, e Mario Brabilla Junior, Gerente Regional do Paraná
AUTOTRAC – Fabiano Silveira Lemos, Gerente Regional, e Kelly Alves, Sócia Proprietária da CAVELTRAC
10h40 às 11h00 – Coffee break de networking
11h00 às 11h50 – Palestra
Potencializando equipes – “A chave para a eficiência no Transporte”
Palestrante: Professor Carlos Eduardo S. de Moura
11h50 às 13h00 – Palestra 1
A jornada de trabalho do motorista após a ADI 5322 no Transporte de Carga
Palestra 2
Alterações na NR-1 e os Riscos Psicossociais
Palestrante: Dr. Narciso Figueirôa, Assessor Jurídico da NTC&Logística
13h – Encerramento
Realização
NTC&Logística – Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística
FETRANSPAR – Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná
SINTRATOL – Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Cargas de Toledo
Núcleo da COMJOVEM Toledo – Comissão de Jovens Empresários e Executivos da NTC&Logística
Patrocínio
Autotrac
Fenatran – Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas
TOTVS
Transpocred
Apoio
Anfir – Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários
Apoio Institucional
Sistema Transporte – Confederação Nacional do Transporte – CNT / Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte – SEST SENAT / Instituto de Transporte e Logística – ITL
Proposta aprovada na CICS respeita as diretrizes da Lei nº 11.442/2007 e atende às principais demandas apresentadas ao relator; texto agora segue para a CCJC
A CICS (Comissão de Indústria, Comércio e Serviços) da Câmara dos Deputados aprovou, nessa terça-feira (29), o parecer favorável ao substitutivo do Projeto de Lei nº 3.757/2020, que cria o Marco Regulatório do Operador Logístico. O texto aprovado foi construído em alinhamento com a CNT (Confederação Nacional do Transporte), a NTC (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) e a Abol (Associação Brasileira de Operadores Logísticos) e contempla as principais preocupações do setor, especialmente no que diz respeito à preservação das diretrizes da Lei nº 11.442/2007, que regula o transporte RODOVIáRIO de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração.
O projeto é de autoria do deputado Hugo Leal (PSD/RJ) e teve relatoria na CICS do deputado Lucas Ramos (PSB/PE). O substitutivo aprovado estabelece parâmetros legais para a atuação dos operadores logísticos, responsáveis pelo gerenciamento e pela execução de atividades em diferentes etapas da cadeia de suprimentos. Esses profissionais já atuam no mercado, especialmente em operações multimodais de transporte de cargas, mas ainda careciam de reconhecimento legal específico.
A atuação em conjunto das entidades foi decisiva para que o texto respeitasse as legislações já consolidadas no setor e evitasse sobreposições regulatórias. Desde o início da tramitação, a Confederação acompanhou a proposição e defendeu ajustes que garantissem segurança jurídica ao transporte rodoviário. As sugestões apresentadas foram incorporadas ao parecer final relatado por Lucas Ramos.
Para Marcella Cunha, presidente da Abol, o apoio da CNT é fundamental nesse processo, pois reforça a importância da colaboração entre as entidades para o avanço sustentável da logística nacional. “A aprovação do PL 3757/2020 é essencial também para modernizar e dar segurança jurídica à atividade dos operadores logísticos no Brasil. Com regras claras, redução de custos regulatórios, ajustes na responsabilidade civil e uniformização da fiscalização, o projeto corrige lacunas históricas e fortalece a competitividade do setor”, afirma Marcella.
Com a aprovação na CICS, o texto segue agora para a CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania), última etapa da tramitação na Câmara dos Deputados. Por ser um projeto de caráter terminativo, não precisará passar por votação no Plenário.
A proposta faz parte da Agenda Institucional Transporte e Logística, da CNT, documento que reúne prioridades legislativas e ações estratégicas que impactam o setor transportador brasileiro.
CNI reuniu usuários de transportes marítimos e ANTAQ para debater dificuldades da indústria para a exportação de cargas industriais, que vêm causando prejuízos aos setores
Cancelamentos de rotas, atrasos nos navios, omissão de escalas e filas excessivas são alguns dos muitos problemas enfrentados pela indústria para escoar cargas nos portos brasileiros. Esses transtornos têm causado enormes prejuízos para o setor produtivo nacional.
Nos últimos meses de 2024 e neste começo de ano, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem sido procurada por uma série de entidades representantes de setores industriais, com relatos de problemas nos portos e no transporte marítimo.
Para se ter ideia do tamanho do problema, 71% dos navios de contêineres que transportaram café tiveram atrasos ou mudanças de escalas com impacto nas exportações do produto, em dezembro do ano passado. Isso corresponde a 206 de 290 porta-contêineres, segundo dados do Boletim Detention Zero (DTZ).
O diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, ressalta que os portos são o principal elo da cadeia logística da indústria nacional, respondendo por 96% das mercadorias exportadas pelo Brasil em toneladas.
“A movimentação de cargas em contêineres chegou a 13,9 milhões de TEUs em 2024, o dobro da registrada em 2010. Esse tipo de carga exerce um papel relevante para a economia de um país, especialmente por incluir produtos manufaturados e de maior valor agregado. É o caso das exportações de carnes refrigeradas, produtos de madeira e celulose, café e produtos químicos”, destaca Muniz.
De acordo com Ramon Cunha, de forma geral, a situação para exportação de produtos em contêineres piorou muito no país desde o segundo semestre do ano passado.
“A indústria exportadora tem uma previsão de que o navio vai buscar a carga, mas o transportador por algum motivo cancela, informando com tempo insuficiente para o empresário se programar. Outro problema é o atraso e a omissão da escala pelo transportador, passando direto pelo porto onde está a carga, o que, além do prejuízo pelo adiamento no transporte da carga, resulta em cobranças indevidas por tempo adicional de uso do contêiner”, detalha o especialista da CNI.
A CNI apresentou, em reunião neste mês de fevereiro, as principais reclamações e demandas dos embarcadores industriais à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). A reunião técnica contou com a participação virtual do superintendente de Regulação da Agência, José Renato Fialho, e mais de 20 representantes de associações, federações das indústrias e empresas.
A busca por qualificação nesse campo é impulsionada pelo crescimento globalizado e por novos modelos de negócios, especialmente com o avanço do e-commerce
O Brasil enfrenta um grande desafio para atender à crescente demanda por profissionais qualificados na área industrial nos próximos anos. Segundo o Mapa do Trabalho Industrial 2025-2027, elaborado pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI), o país precisará qualificar 14 milhões de pessoas para ocupações industriais até 2027. Desse total, 2,2 milhões são para formação inicial, visando substituir inativos e preencher novas vagas, enquanto 11,8 milhões exigem treinamento e desenvolvimento de trabalhadores que já atuam no setor e precisam se atualizar.
Entre as áreas mais demandadas, a logística e o transporte se destacam, liderando a necessidade de profissionais em 96,15% dos estados brasileiros. A exceção é Alagoas (AL), onde o setor aparece em segundo lugar. A busca por qualificação nesse campo é impulsionada pelo crescimento globalizado e por novos modelos de negócios, especialmente com o avanço do e-commerce.
Guilherme Salles, professor do curso de Logística EAD da UniCesumar, aponta que o setor logístico tem experimentado uma expansão significativa, com o transporte sendo um dos pilares dessa evolução. “O transporte é fundamental em todas as etapas do processo logístico. Como diz uma frase popular: ‘Movimentou? Então, é logística’”, destaca o especialista.
Além disso, Salles observa que o e-commerce tem gerado um impacto crescente na área. “A demanda por compras e entregas rápidas exige processos logísticos mais integrados. No e-commerce, visualizamos praticamente todos os processos logísticos, que precisam funcionar de forma fluida. Cada etapa depende da anterior para garantir a entrega no prazo e com eficiência”, comenta.
Formação e habilidades
Para ocupar cargos intermediários na logística, é essencial ter graduação superior. Cargos iniciais exigem ao menos que o candidato esteja cursando a graduação. “Na UniCesumar, oferecemos o curso de Tecnólogo em Logística, com duração de dois anos, que prepara os alunos para o mercado de trabalho, abrangendo áreas como transporte, produção, logística internacional e reversa”, destaca Salles.
Entre as habilidades mais valorizadas pelos recrutadores estão: pensamento crítico e analítico; capacidade de adaptação; resolução de problemas complexos; organização e atenção às padronizações dos processos.
A infraestrutura rodoviária do Brasil enfrenta desafios, como pavimentação insuficiente. Concessões e projetos intermodais são chave para avanços até 2025
A infraestrutura rodoviária desempenha um papel essencial na logística e na economia do Brasil, um país que depende fortemente do transporte RODOVIáRIO para a circulação de bens e pessoas. Para 2025, é fundamental analisar as perspectivas para este setor, destacando os principais desafios, avanços esperados e iniciativas em andamento.
Atualmente, a malha rodoviária brasileira é uma das maiores do mundo, com mais de 1,7 milhão de quilômetros de estradas. No entanto, apenas uma pequena fração é pavimentada, o que reflete a necessidade de investimentos significativos em manutenção e expansão. Problemas como buracos, falta de sinalização adequada e infraestrutura insuficiente em regiões remotas continuam a ser desafios críticos.
Nos últimos anos, o governo brasileiro tem apostado em concessões rodoviárias para atrair investimentos privados. Até 2025, espera-se que novos leilões sejam realizados, abrangendo importantes rodovias federais e estaduais.
Essas concessões devem contribuir para a modernização da infraestrutura, com a implementação de pedágios eletrônicos, ampliação de faixas e melhorias na segurança viária, o que trará maior segurança aos usuários e ao transporte de cargas.
Noutro aspecto, é relevante lembrar que a sustentabilidade tem ganhado destaque no planejamento de infraestrutura. Projetos que priorizam o uso de materiais recicláveis e tecnologias mais eficientes na construção de rodovias devem se tornar mais comuns. Além disso, o uso de ferramentas de monitoramento digital e ITS (Sistemas de Transporte Inteligente) pode melhorar a gestão do tráfego e reduzir custos operacionais.
A integração entre o transporte rodoviário e outros modais, como ferrovia, hidrovia e portos, é vista como essencial para aumentar a eficiência logística. Até 2025, espera-se avanços em projetos intermodais, como corredores logísticos que conectem as regiões produtoras de commodities aos principais portos do país.
Muito embora o Sudeste e o Sul concentrem grande parte da infraestrutura de qualidade, regiões como o Norte e o Nordeste devem receber maior atenção até 2025. Projetos como a pavimentação da BR-319, que liga Manaus/AM a Porto Velho/RO, ilustram os esforços para melhorar a conectividade nessas regiões.
Apesar das perspectivas positivas, há desafios significativos no caminho do desenvolvimento do país, senão vejamos:
Burocracia: processos lentos de licenciamento ambiental e concessão atrasam a implementação de projetos;
Falta de recursos: financiamento público é limitado, exigindo maior participação do setor privado;
Manutenção: a falta de manutenção preventiva pode comprometer os avanços realizados.
Enfim, as perspectivas para a infraestrutura rodoviária no Brasil em 2025 são favoráveis, com avanços esperados em termos de investimentos, sustentabilidade e integração modal. Contudo, para que estas melhorias se concretizem, é primordial superar desafios como burocracia e falta de recursos.
A modernização das rodovias brasileiras não é apenas uma necessidade logística, mas também um passo fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país, que, há muito, tem defasagem de investimentos no que diz respeito a esse segmento.
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