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Fontes Renováveis no Futuro do Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil

O transporte de cargas desempenha um papel importantíssimo na economia brasileira, movimentando bens essenciais por todo o país. No entanto, a dependência dos combustíveis fósseis tem levado a preocupações ambientais e a uma necessidade premente de buscar alternativas sustentáveis. Neste contexto, as fontes renováveis surgem como a chave para o futuro do transporte rodoviário de cargas no Brasil.
O setor de transporte é um dos principais emissores de gases de efeito estufa no Brasil. A crescente urbanização e a expansão da atividade econômica têm levado a um aumento na demanda por transporte de cargas, agravando os impactos ambientais. Portanto, a transição para fontes renováveis é crucial para mitigar os efeitos adversos no clima e promover a sustentabilidade.
O Potencial das Fontes Renováveis

  1. Biocombustíveis: O Brasil é líder global na produção de biocombustíveis, especialmente etanol e biodiesel. A utilização desses recursos no transporte de cargas reduziria significativamente as emissões de carbono, além de estimular a economia agrícola local.
  2. Eletrificação: A eletrificação de veículos de carga é uma tendência global e o Brasil não pode ficar para trás. A crescente infraestrutura de recarga e os avanços na tecnologia de baterias tornam os veículos elétricos uma opção viável e sustentável.
  3. Hidrogênio Verde: O hidrogênio produzido a partir de fontes renováveis apresenta grande potencial como combustível para o transporte. Sua utilização em células de combustível pode ser uma alternativa promissora para caminhões de longa distância.
  4. Gestão Inteligente de Logística: A eficiência na gestão de rotas e a adoção de práticas logísticas sustentáveis são fundamentais para otimizar o uso de combustíveis e reduzir as emissões.
    Desafios a Serem Superados
    Apesar do potencial das fontes renováveis, a transição enfrenta desafios significativos. A infraestrutura de recarga ou reabastecimento ainda precisa ser expandida e modernizada. Além disso, é necessário um incentivo político e econômico para a adoção generalizada de veículos movidos a fontes renováveis.
    O Papel do Governo e da Indústria
    O governo desempenha um papel crucial na promoção das fontes renováveis no transporte rodoviário de cargas. Isso pode ser feito através de políticas de incentivo, regulamentações e investimentos em pesquisa e desenvolvimento. A indústria automotiva também deve assumir a responsabilidade de inovar e produzir veículos mais eficientes e sustentáveis.
    Conclusão
    A transição para fontes renováveis no transporte rodoviário de cargas no Brasil é essencial para garantir um futuro sustentável e resiliente. Com o compromisso do governo, da indústria e da sociedade, podemos criar um sistema de transporte mais limpo, eficiente e amigável ao meio ambiente, promovendo um impacto positivo tanto na economia quanto no meio ambiente.

Por: Italo Grativol – COMJOVEM Rio de Janeiro

A Influência da IA na Logística 4.0

A Logística 4.0, também conhecida como Logística Inteligente, está redefinindo a forma como as empresas gerenciam suas cadeias de suprimentos e processos logísticos. Um dos elementos-chave que impulsiona essa revolução é a Inteligência Artificial (IA). A IA está transformando a logística, tornando-a mais eficiente, ágil e produtiva, desempenhando um papel fundamental na criação de cadeias de suprimentos mais adaptáveis e resilientes. Neste artigo, exploraremos a influência da Inteligência Artificial na Logística 4.0 e os benefícios que ela oferece.

A Logística 4.0 e seus pilares
A Logística 4.0 é uma evolução da logística tradicional que incorpora tecnologias avançadas para otimizar todas as etapas da cadeia de suprimentos. Ela se baseia em quatro pilares essenciais:
• Digitalização: Envolve a coleta e análise de dados em tempo real de toda a cadeia de suprimentos, permitindo uma visibilidade completa dos processos.
• Conectividade: Refere-se à interconexão de todos os elementos da cadeia de suprimentos, desde fornecedores até clientes, por meio de dispositivos e sistemas de comunicação.
• Automatização: Inclui a automação de tarefas e processos por meio de tecnologias como robótica e sistemas de gerenciamento de armazéns automatizados, integrando com dispositivos de Iot (internet das coisas).
• Inteligência Artificial: É o pilar que está no centro da transformação da Logística 4.0 e será nosso foco principal neste artigo.

Como a Inteligência Artificial está impactando a Logística 4.0

Previsão de Demanda
A IA é capaz de analisar grandes volumes de dados históricos e em tempo real para prever com precisão a demanda futura. Isso ajuda as empresas a otimizarem seus estoques, identificar períodos sazonais, reduzir custos e evitar a falta de produtos.

Roteirização e Otimização de Rotas

A IA é usada para calcular as melhores rotas para transporte de mercadorias, considerando variáveis como tráfego, condições climáticas, restrições de transito para caminhões e adaptabilidade as restrições de entrega. Isso com a chega do 5G no Brasil acontecerá em tempo real, gerando melhor performance das entregas, reduzindo o consumo de combustível e as emissões de carbono.

Gerenciamento de Estoque
A IA melhora a gestão de estoque por meio da previsão precisa da demanda e da identificação de padrões de consumo. Ela pode sugerir quando, onde e quanto reabastecer, minimizando o risco de excesso ou escassez de estoque.

Manutenção Preditiva
Em ambientes logísticos que envolvem veículos e equipamentos, a IA é usada para prever quando a manutenção será necessária, com base na análise de dados de sensores. Isso reduz o tempo de inatividade não planejado e aumenta a eficiência operacional.

Visibilidade da Cadeia de Suprimentos
A IA fornece uma visão completa e em tempo real de toda a cadeia de suprimentos, permitindo que as empresas identifiquem problemas rapidamente e tomem decisões informadas para resolvê-los.

Conclusão
A Inteligência Artificial desempenha um papel central na transformação da Logística 4.0, capacitando as empresas a operarem de maneira mais inteligente e eficiente em um mundo cada vez mais complexo e interconectado. Aqueles que adotam essa tecnologia têm a oportunidade de se destacar na gestão de suas cadeias de suprimentos, melhorar a satisfação do cliente e permanecer competitivos em um mercado em constante evolução. A influência da Inteligência Artificial na Logística 4.0 é inegável, e seu potencial para impulsionar a eficiência e a inovação só continuará a crescer à medida que a tecnologia evolui.

Por: Davi de Oliveira Pinheiro – COMJOVEM Rio de Janeiro

Metodologias Ágeis no TRC

Algumas abordagens são muito utilizadas hoje nas empresas para viabilizar a padronização de processos para aumentar a eficiência, melhorar as operações e oferecer serviços de qualidade superior. Aplicar esses métodos resulta em entregas rápidas, flexibilidade de escopo do projeto, criação de valor de forma progressiva e de acordo com as necessidades dos clientes, entre outros benefícios. No entanto, para que a aplicação da metodologia escolhida seja funcional, é importante identificar qual é a mais adequada para os objetivos e as necessidades da organização. Além disso, os indicadores do negócio passam a ser mais precisos, o que facilita a otimização dos processos. A metodologias ágeis mais indicadas são:

· Scrum – O método Scrum é bastante confundido com a metodologia Agile, uma vez que favorece a segmentação de tarefas e a agilidade. Entretanto, é compatível com operações mais inconstantes, que tendem a mudar a qualquer instante. Nela os gestores podem aprimorar os processos da empresa, de maneira constante, e promover tomadas de decisões mais eficientes e corretas.

· Canvas – A abordagem desse método é mais voltada ao campo visual. A Canvas também opta pela divisão das tarefas em etapas, no entanto, isso é feito por meio de exibição de um painel horizontal e progressivo. Aqui, o mais importante é compreender a técnica como um caminho que propicia a disposição progressiva das tarefas, criando um fluxo que avança para as etapas seguintes, conforme as anteriores são completadas.

· Kanban – Essa abordagem é relativamente semelhante à Canvas, uma vez que também apresenta as etapas de forma visual e separada por colunas. Contudo, o Kanban dá prioridade à operação do gestor de maneira individual, apontando o que deve ser cumprido no decorrer da semana. Por isso, é um ótimo método de organização pessoal.

As empresas de transportes de cargas têm implantado essas metodologias mas pra isso a empresa precisa definir quais são seus objetivos, determinar quais são os seus valores, precisa otimizar o trabalho, desenvolver a equipe e elaborar qual a melhor estratégia para a empresa. Por fim, é essencial ter clareza sobre o papel fundamental das metodologias ágeis nas empresas, passando a efetivamente aplicá-las nos processos logísticos. Assim, a gestão garante mais presença da sua marca e competitividade no mercado.

Por: Giovanni Moreira – COMJOVEM Rio de Janeiro

ESG no TRC

ESG é a sigla para Environmental, Social and Governance (que é traduzida como Ambiental, Social e Governança) foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), durante um evento que reuniu instituições financeiras de vários países. A proposta do conceito é definir vários critérios e ações que devem ser colocados em prática para solucionar problemas envolvendo os três tópicos. A proposta é construir mercados financeiros mais fortes e resilientes, contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade, entender e compreender os impactos nos stakeholders e melhorar a confiança do mercado nas instituições financeiras.

Mas para quem o ESG é um tema tão importante? É importante para as empresas, para o planeta e para os investimentos.

Empresas do Setor de transportes tem adotado o ESG nas suas políticas. De acordo com o relatório publicado pelo Observatório do Clima, a frota de caminhões foi responsável por emitir a maior parte dos poluentes climáticos no Brasil e se espera que essas empresas estejam pensando em algo para mudar esse cenário. Além disso, ainda segundo as informações, o setor de transportes é o maior emissor dos segmentos analisados, sendo o causador de 39% do total das emissões dos setores de energia e de processos industriais, com tudo as transportadoras começaram a adotar medidas sustentáveis que não agridem o meio ambiente e, consequentemente, proporcionam melhor qualidade nos serviços e bem-estar para os colaboradores envolvidos, pesquisas mostram que 94% dos brasileiros revelam que esperam que as empresas façam algo sobre ESG e acreditam que as empresas tem obrigação de fazer algo relacionado ao tema.

Falando sobre um futuro com essas políticas de ESG, estima-se que, até 2025, os ativos financeiros em ESG devem alcançar a marca de um terço do total de US$ 140 trilhões administrados no mundo (EY-PARTHENON, 2021). Investir em ESG é algo que irá garantir a sustentabilidade da empresa a longo prazo. Esses investimentos estarão diretamente relacionados com o valor da marca, retorno financeiro, aumentos das expectativas dos investidores e principalmente a sustentabilidade da organização.

Fugindo um pouco do setor do TRC temos algumas empresas que vem se destacando nesse tema como a Natura e Unilever; e isso só é possível porque as empresas demonstram preocupação com o tema e investem nesse assunto.

Por: Bruno Gomes – COMJOVEM Rio de Janeiro

Como Tratar os Dados? (Data Leak – Caldeirão de Dados)

Atualmente, com o avanço disparado das tecnologias, as empresas têm gerados inúmeros dados, de fornecedores, clientes e colaboradores, além dos dados que estão liberados na internet para consulta, pesquisa e que também podem ser incluídos em sua base dados.

Essa exorbitante geração de dados e disponibilidade de acesso, tem levado as empresas ao desafio de como realizar a tratativa de todos os dados que estão em sua posse, visando atender à nova lei geral de proteção de dados (LGPD).

Essa nova lei em vigor, vem trazendo muitas dúvidas para os empresários dentro de suas empresas, pois existe uma geração enorme de dados e muito desses dados contém informações importantes que devem ser tratadas de uma nova forma para atender os requisitos da nova lei. Este assunto tem sido apresentado massivamente em palestras, workshops e eventos para tentar ajudar e sanar as dúvidas e dificuldades enfrentadas para adaptação ao novo cenário enfrentado pelas empresas.

Com a facilidade do acesso à internet atualmente, dados sensíveis estão disponíveis a todo momento na rede, seja de pessoa física ou jurídica. Com isso, o avanço da criminalidade através de golpes no modelo virtual ou físico, tem ocorrido e crescido numa escala alarmante no cenário mundial. Um dos exemplos muito visto no Brasil é famoso cartão de crédito clonado ou então uma conta em seu nome que você nunca solicitou. A criminalidade tem crescido tão rápido justamente pela facilidade de acesso aos dados que estão disponíveis, sem nenhuma tratativa para proteção dos dados das pessoas.

No novo cenário a grande dificuldade é como realizar a tratativa desses dados sensíveis de pessoas físicas e jurídicas atendendo aos requisitos da nova lei. Além de novos processos que serão implementados nas empresas, existirá também a mudança de cultura em seus colaboradores para como tratar esses dados diariamente em sua base de dados,

Ao longo novo cenário, cabe as empresas, buscarem o máximo de informação possível sobre a lei com suas aplicabilidades e consequências no dia a dia e longo prazo para que seja cumprida.

Como toda mudança, existe uma resistência e para que isso ocorra dentro das empresas é necessário o investimento em treinamento e capacidade dos colaboradores para que executem os processos de forma correta e realizem a disseminação das informações necessárias e seu sucesso depende do trabalho em equipe de toda a empresa.

Na visão de curto prazo, a adaptação da lei será bem árdua dentro da empresa e gerará custos com investimentos em capacitação e treinamento. Numa visão de longo prazo, após a adaptação das empresas, essa lei busca trazer mais segurança para pessoas físicas e jurídicas, diminuindo a assim a disponibilidade de informações sensíveis na rede. Assim gerará a diminuição de golpes, caindo a criminalidades e diminuição de prejuízos financeiros de pessoas físicas e também jurídica.

Por: Felipe Almeida – COMJOVEM Rio Janeiro

O motorista do futuro: transformações e revoluções tecnológicas no TRC

É impossível falarmos em futuro e deixarmos de lado as tecnologias, ainda mais quando levamos em conta a velocidade na qual elas estão se desenvolvendo e os retornos positivos nos mais diversos setores. O transporte de cargas (TRC) não fica por fora dessas transformações, exigindo dos profissionais uma capacidade maior de adaptação.

De forma geral, noto que grande parte das pessoas têm dificuldade em aceitar abertamente processos transformadores, pelo menos no momento inicial. Exatamente por ser uma questão muito corriqueira no dia a dia de muitos, esse bloqueio tem sido estudado por diversos psicólogos e psiquiatras, que classificam o comportamento como “Aversão ao Risco”.


No entanto, para que permaneçamos ativos no mercado de trabalho, é preciso se aventurar. Tenho acompanhado como essas evoluções tecnológicas podem influenciar os motoristas profissionais, revolucionando o TRC. Se antes a ocupação de motorista era solitária, levando a vida pelas estradas na boléia do caminhão, o profissional do futuro sentirá a necessidade de estar muito mais em contato, tanto com sua base, quanto com os clientes.


Isso porque com a automação dos veículos, os motoristas deixarão de desempenhar funções repetitivas na direção, assumindo a inteligência por trás do trabalho. Um estudo realizado pelo Laboratório do Futuro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontou que 27 milhões de trabalhadores podem ter suas tarefas assumidas por robôs ou sistemas de inteligência artificial até 2040. A pesquisa também apontou que a profissão de motorista de caminhão tem 79% de chances de serem substituídas pela automação.


Tais dados geram grandes questionamentos sobre o futuro dos profissionais da área, voltando novamente ao início de minha reflexão: a capacidade de paralisação provocada pelo medo de mudanças. Com isso, venho observando a necessidade de treinarmos intensamente nossos profissionais, para que eles possam desenvolver também habilidades analíticas, com o intuito de se tornarem analistas de logística.
Ainda que contemos com as mais inovadoras tecnologias, a verdade é que sempre haverá a necessidade da inteligência, presença e experiência do motorista profissional para o funcionamento do transporte de cargas e direção de grandes caminhões nas rodovias.


Ouso dizer que, não contaremos apenas com o motorista do futuro, mas sim com uma nova forma de realizarmos o transporte rodoviário de cargas, tendo como proposta mais qualidade de trabalho e bem-estar para os nossos colaboradores, além de benefícios para as empresas
transportadoras. Os caminhões autônomos visam diminuir a carga de trabalho repetitiva do motorista e não os excluir de seus postos, de modo que grandes montadoras, já apontam a importância do componente humano nesta nova tecnologia de caminhões elétricos.


Com esta revolução no TRC, nós transportadores também conseguiremos reduzir significativamente custos de manutenção de veículos, por exemplo, gerando outras oportunidades de investimentos, como treinamentos e capacitações pertinentes ao novo cenário.


Portanto, tenho notado que o papel das tecnologias que têm adentrado o setor de transporte é aumentar a produtividade dos processos, além de proporcionar um sistema mais seguro e flexível, levando em conta o papel fundamental do motorista de transporte de cargas na viabilização dessas mudanças.


Por: Bruno Gomes – COMJOVEM Rio de Janeiro