Ministro da Infraestrutura defende participação do setor privado na contratação de obras

Ministro da Infraestrutura defende participação do setor privado na contratação de obras

Tarcísio Freitas participou de evento da Escola de Negócios e Seguros

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, defendeu, nesta quinta-feira (1º), a participação de diferentes setores da iniciativa privada no processo de contratação de obras públicas em um modelo que visaria à desoneração do poder público, maior eficácia de fiscalização e maior segurança.

Durante evento organizado pela Escola de Negócios e Seguros (ENS), ele ressaltou a importância do papel de empresas certificadoras e de bancos nesse processo.

Tarcísio também avaliou que a Lei Federal 8.666/1993 instituiu normas de licitação que precisavam ser atualizadas porque limitava as possibilidade para a contratação de obras. Sancionada em abril deste ano, Lei Federal 14.133/2021 teria contribuído para alterar o cenário.

Segundo o ministro, o Brasil vem se atualizando com práticas que estão em sintonia com o que se observa na Europa e nos Estados Unidos. “As contratações são design-build, ou seja, são contratações integradas, projeto e obra. Isso é interessante porque não dilui responsabilidade. E aí evito problemas como aconteceu na queda do Viaduto Batalha dos Guararapes, em Belo Horizonte. Ele caiu e fica a questão de quem é a culpa. O construtor aponta o dedo para o projetista e o projetista diz que a culpa é do construtor.”

O ministro destacou o acompanhamento da elaboração do projeto e de cada etapa da obra por empresas certificadoras credenciadas pelo poder público. “Cada parte do projeto entregue, a certificadora vai lá e atesta se atende a norma técnica e os requisitos. Ela faz o controle tecnológico da obra e diz se está sendo entregue conforme a norma. Você tira a carga da administração em termos de fiscalização.”

Para o ministro, um dos pontos do modelo é a participação do setor bancário, através das seguradoras. Elas seriam capazes filtrar as empresas que vão concorrer na licitação, pois a comercialização dos seguros leva em conta a aptidão e a responsabilidade do contratante. Além disso, também teriam interesse em ajudar no acompanhamento e fiscalização na obra.

“Já tenho a certificadora controlando o projetista e construtor e tenho o banco controlando todos. É um arranjo de contratação de obra que acaba sendo integralmente privado. E isso libera força de trabalho da administração pública e aumenta o resultado”, acrescentou Tarcísio.

O ministro disse ainda que o Ministério da Infraestrutura está atuando com base em quatro pilares: transferência massiva de ativos para a iniciativa privada; resolução de passivos herdados como concessões que deram errado; conclusão de obras inacabadas; e fortalecimento institucional e preparação da regulação. Segundo ele, em seus dois anos e meio de gestão, houve até o momento concessão de 70 ativos.

Comércio exterior brasileiro tem superávit recorde de US$ 37,5 bi no primeiro semestre

Comércio exterior brasileiro tem superávit recorde de US$ 37,5 bi no primeiro semestre

Puxada pelo crescimento das exportações de commodities agropecuárias e minerais, a balança comercial brasileira registrou um superávit de U$ 37,5 bilhões nos seis primeiros meses de 2021.

Foi o mais elevado saldo semestral da história, com um acréscimo de US$ 15,2 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado.

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O valor é resultado da diferença entre US$ 136,7 bilhões em vendas ao exterior, com alta de 35,8%, e US$ 99,2 bilhões em importações, com uma expansão de 26,6%.

A alta no preço internacional das commodities, produtos primários com preços formados em bolsas no exterior, e o câmbio ajudaram. Nos seis primeiros meses de 2021, minérios de ferro e de cobre tiveram alta de 172,1% e 82,6% na exportação, respectivamente.

Café, produtos do complexo soja, açúcar, petróleo e siderúrgicos também se destacaram na performance exportadora.

As taxas de crescimento do comércio exterior brasileiro foram ainda mais expressivas em junho, quando as exportações superaram as importações em US$ 10,37 bilhões, o mais alto superávit mensal de 2021.

Exportações aumentaram 60% em junho
As vendas externas, de US$ 28,1 bilhões, subiram 60,8% ante o mesmo mês de 2020, e os gastos no exterior, de US$ 17,73 bilhões, aumentaram 61,5%.

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O desempenho da balança comercial levou o Ministério da Economia a projetar um superávit de US$ 105,3 bilhões em 2021, com alta de 106% em relação a 2020. A estimativa anterior era de um saldo de US$ 89,4 bilhões.

Expansão da indústria do Brasil ganha força em junho e tem ritmo mais forte em 4 meses, mostra PMI

Expansão da indústria do Brasil ganha força em junho e tem ritmo mais forte em 4 meses, mostra PMI

PMI industrial do Brasil subiu a 56,4 em junho, ante de 53,7 em maio

O crescimento do setor industrial do Brasil acelerou em junho e chegou ao maior nível em quatro meses, com aumento das vendas e da produção e fortalecimento da confiança, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

A IHS Markit divulgou nesta quinta-feira que seu PMI da indústria brasileira avançou a 56,4 em junho, de 53,7 em maio, nível mais elevado desde fevereiro e bem acima da marca de 50, o que indica crescimento.

“Os resultados do PMI de junho apresentaram outro conjunto de desfechos positivos no setor industrial brasileiro. Apesar da batalha contínua contra outra onda de casos da Covid-19, as empresas viram seus pedidos aumentarem substancialmente em relação ao mês passado”, afirmou em nota a diretora associada da IHS Markit, Pollyanna De Lima.

O setor apontou fortalecimento da demanda em junho, com a entrada de novos negócios em alta pelo segundo mês seguido.

Esse resultado teve como base o aumento dos pedidos de exportação pelo quinto mês consecutivo e no ritmo mais rápido desse período. Os participantes da pesquisa citaram a retomada da atividade normal dos clientes no exterior e a oferta de itens escassos em outros lugares como razão para a expansão.

Diante do aumento de novos pedidos, os fabricantes brasileiros elevaram a produção, superando a média de longo prazo da pesquisa.

A força da demanda também ajudou na criação de novas vagas de trabalho no setor industrial, com a taxa de aumento sendo a mais alta em sete meses.

“A resiliência do setor industrial alimentou o mercado de trabalho, já que as empresas estavam confiantes na retomada e contrataram mais trabalhadores”, disse De Lima.

O mês ainda registrou a expansão mais intensa da compra de insumos desde fevereiro, com os fabricantes buscando se proteger contra a escassez de insumos.

Mas os preços de insumos registraram nova alta, com muitas empresas citando a falta de matéria-prima, com destaque para metais, embalagens, plásticos e semicondutores.

Com as margens sob crescente pressão, os aumentos dos custos foram repassados aos clientes, com a taxa de inflação de venda sendo uma das mais intensas desde o início da coleta de dados no começo de 2006.

“Além da COVID-19, a escassez de matéria-prima continua sendo um risco-chave de queda para a recuperação do setor… Como os custos adicionais continuam sendo transferidos para os preços de venda, a força da demanda será testada nos próximos meses”, alertou De Lima.

Ao longo do próximo ano, os fabricantes registraram previsões de crescimento da produção, com o nível de sentimento positivo no patamar mais elevado em seis meses.

O otimismo se deve às expectativas de maior disponibilidade de vacinas e de que a pandemia recue, e as empresas pretendem aumentar o marketing e preveem crescimento dos investimentos.

O futuro da logística reversa e seus benefícios

O futuro da logística reversa e seus benefícios

Procedimento se torna mais habitual nas últimas décadas e ganha força dentro das empresas

Com certeza você já ouviu falar em coleta seletiva de lixo e como isso pode ajudar a preservar o meio ambiente. Contudo, o lixo gerado pelas indústrias também pode causar um grande impacto na natureza se não for descartado corretamente. Por esse motivo, devemos nos questionar se as empresas em que trabalhamos descartam esses resíduos de forma segura.

Para isso há um processo chamado logística reversa, que atua nesse procedimento para reduzir a poluição e o desperdício de materiais por meio da reutilização, da reciclagem e da recuperação de produtos que seriam descartados em aterros.

A metodologia da logística reversa permite que o consumidor retorne à instituição um produto após seu uso para que o fabricante possibilite um descarte correto e contribua com o movimento ecológico dentro e fora da empresa, contribuindo para um mundo mais sustentável para nós e, principalmente, para as próximas gerações.

Esse procedimento conta com dois principais tipos: a logística reversa de pós-venda e a de pós-consumo. A primeira é aquela em que produtos, logo após a sua venda, precisam retomar ao método de distribuição por determinado motivo, sejam defeitos de fabricação, erros na expedição do pedido ou problemas técnicos. Sua principal função é a satisfação do cliente e a imagem que a empresa passa nestes processos.

Por outro lado, a logística reversa do pós-consumo está relacionada ao descarte de bens que não servem mais ao dono, muitas vezes por terem chegado ao fim de sua utilidade. Nesse cenário, os produtos retornam à distribuição visando à reutilização e à reciclagem, além de conseguir um descarte seguro e correto, sem agredir o meio ambiente.

Pensando nesse desenvolvimento sustentável, Luiz Gustavo Nery, diretor comercial do Grupo Rodonery, observa a habitualidade dessa prática: “Até pouco tempo atrás não se tinha uma preocupação com o correto descarte de materiais, que muitas vezes eram destinados a aterros sem uma devida separação e reciclagem. Porém, diante dessa situação, surgiu essa prática ecológica como uma forma de planejamento e controle para que todos os resíduos sejam coletados e destinados de forma adequada, o que deve ser indispensável dentro das empresas”.

O principal benefício desse processo dentro das empresas é a redução de custos, além da preservação ambiental, garantindo também que os consumidores tenham acesso a produtos de igual qualidade, funcionamento e durabilidade que os novos. Os gastos de produção são 40% menores, e muito menos recursos são utilizados na indústria.

“A grande preocupação atual é vivermos em um mundo cada vez mais tecnológico, conectado e, ao mesmo tempo, sustentável. Então, para alcançarmos esse objetivo, a logística reversa será uma grande aliada. Ainda assim, não podemos nos esquecer de manter esse hábito todos os dias dentro e fora de casa também para contribuirmos de todas as formas possíveis para um mundo melhor”, aponta Nery.

Diante das informações apresentadas e dos benefícios da logística reversa, o empresário apresenta seu questionamento a respeito de se há futuro da logística reversa no Brasil: “Para mim, a resposta é certamente sim. Acredito que o futuro para essa ação seja gigante não somente em nosso país, mas em todo o mundo. Vivemos em uma era de grande consumo, e isso provou o boom do e-commerce neste momento de pandemia. Com isso, quanto mais consumirmos, maior serão as necessidades de retorno desses produtos à cadeia de distribuição, sejam por motivos de pós-venda ou de pós-consumo. Ressalto que essa ação, sendo cada vez mais frequente daqui em diante, é primordial para tornarmos o mundo um lugar melhor, mais sustentável e mais ecológico”, finaliza o diretor.

Fiscalização de exames toxicológicos começa nesta quinta-feira

Fiscalização de exames toxicológicos começa nesta quinta-feira

Prazo para fazer o exame e ficar com a situação regularizada se encerra hoje, 30 de junho

A fiscalização do exame toxicológico periódico de motoristas com CNH (Carteira Nacional de Habilitação) da categoria C, D e E, com vencimento entre março e junho deste ano, começa a partir desta quinta-feira (1º). De acordo com o Contran (Conselho Nacional de Trânsito), haverá multa automática no valor de R$ 1.467,35 para quem não estiver com o exame em dia. Além da multa, são previstos sete pontos na CNH (multa gravíssima) e suspensão do direito de dirigir por três meses. O prazo para fazer o exame e ficar com a situação regularizada termina hoje, 30 de junho.

A Nova Lei de Trânsito (Lei n.º 14.071, de 2020) estabelece que motoristas com CNHs nas categorias C, D e E, com idade inferior a 70 anos, realizem o exame com periodicidade de 2 anos e 6 meses, a contar da data da emissão ou renovação da CNH. Levantamento da Abtox (Associação Brasileira de Toxicologia) mostra que cerca de 115 mil motoristas do primeiro grupo ainda não realizaram o exame toxicológico periódico. Antes prevista para iniciar em 12 de abril deste ano, as novas datas foram decididas por conta da pandemia e debatidas dentro do Fórum TRC (Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Cargas), com a participação da CNT (Confederação Nacional do Transporte) e de outras entidades, como a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e a Abtox.

Quer saber mais sobre o assunto?

Acesse aqui documento com perguntas e respostas (FAQ) sobre exames toxicológicos

A necessidade de buscar soluções logísticas para o transporte de cargas

A necessidade de buscar soluções logísticas para o transporte de cargas

Transportadoras têm buscado soluções mais eficientes para resolver os problemas de infraestrutura e logísticas no meio rodoviário

Com o objetivo de buscar soluções para o escoamento da produção brasileira que o segmento de transportes vem enfrentando, o Diretor executivo da Ghelere Transportes, Eduardo Ghelere falou ao Brasil Rural sobre as medidas possíveis para enfrentar o problema.

De acordo com o diretor, o que falta é a infraestrutura, que sofreu poucas modificações desde 1980. Num curto prazo, a solução é apostar na eficiência, como a modernização dos portos, o investimento no melhoramento das rodovias, que ainda é baixo, e a gestão do próprio negócio deve melhorar, além do aprimoramento da tecnologia dos caminhões.

“Você tem todo um mercado que é autossustentável. O que falta é um pouco de ousadia dos empresários e, na minha opinião particular, falta as cooperativas largarem mão de horizontalizar tudo, e permitir que os empresários consigam ter um pouco mais de liberdade para investir para investir no seu negócio, porque a cooperativa quer controlar o agricultor…” fala o diretor sobre a restrição que os transportadores e produtores têm com seus próprios produtos.

Confira aqui a entrevista completa