IBGE prevê aumento de 10% na safra de grãos em 2022 no país

IBGE prevê aumento de 10% na safra de grãos em 2022 no país

Foto: CNA/Wanderson Araujo/Trilux

Alta é 10% em relação à produção prevista para este ano

A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2022 com recorde 278 milhões de toneladas, uma alta de 10% em relação à produção prevista para este ano. Esse é o segundo prognóstico para a safra do ano que vem sendo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A estimativa divulgada hoje (9) é ainda mais otimista do que a divulgada no primeiro prognóstico, no mês passado, ao aumentar em 2,7%, ou 7,3 milhões de toneladas, a previsão para 2022.

São esperadas, para o ano que vem, altas de 3,4% para a soja, 13,9% para a primeira safra do milho, 28,4% para a segunda safra do milho e de 4,3% para o algodão herbáceo. Por outro lado, são estimadas quedas de 4,2% para o arroz e de 8,5% para o trigo.

A previsão é que a safra de 2022 se encerre com 25,2 milhões de toneladas a mais do que neste ano, que deve fechar em 252,8 milhões de toneladas, ou 0,5% abaixo da produção de 2020.

Apesar das altas de 10,5% para a soja, de 4,9% para o arroz e de 26% para o trigo, este ano deve fechar com quedas de 14,6% para o milho e de 17,6% para o algodão herbáceo.

Infraestrutura lidera aportes bilionários em solo gaúcho

Infraestrutura lidera aportes bilionários em solo gaúcho

Assim como tem ocorrido nos últimos anos, a infraestrutura lidera os investimentos no Rio Grande do Sul. Um dos destaques é a energia eólica. As iniciativas somam R$ 7,5 bilhões e estão previstas para Tapes, Rosário do Sul, Santana do Livramento, Alegrete, Quaraí e Uruguaiana. Os projetos são possíveis, também, graças a obras bilionárias em linhas de transmissão e subestações, que começaram há alguns anos no Estado, e que tiveram continuidade neste ano.

Na carteira de projetos, cresce a expectativa pelos quase R$ 6 bilhões anunciados pelos espanhóis do Grupo Cobra para o complexo de regaseificação e usina térmica a gás em Rio Grande, iniciativa esperada há mais de 10 anos.

O segundo setor com maior volume de investimentos em 2021 é a indústria, com R$ 8,7 bilhões em aportes. A agroindústria mais uma vez mostrou o seu peso para a economia gaúcha. Fábricas ligadas à atividade agrícola lideram os investimentos em um ano marcado pela supersafra de soja.

Esta movimentação também se reflete em algum nível de recuperação no mercado de trabalho do Estado, em que a indústria lidera na geração de empregos formais. O setor gerou 38,8% dos 118,8 mil novos postos de trabalho nos primeiros oito meses do ano no Rio Grande do Sul, com destaque para o setor de máquinas agrícolas.

O ranking é seguido do setor de Serviços (37,6% do total), Comércio (16,8%), Construção (4,7%) e Agropecuária (2,1%). Ao avaliar o intervalo entre setembro de 2020 e agosto de 2021, o Novo Caged apontou alta de 7,65% na geração de empregos no Rio Grande do Sul.

BRDE celebra o alto volume de contratos deste ano

ITAMAR AGUIAR/ PALÁCIO PIRATINI/DIVULGAÇÃO/JC

Leany Lemos conta que o banco teve o melhor primeiro semestre em 25 anos

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) é um dos sinalizadores de que o Estado termina 2021 com recuperação econômica. De acordo com a atual diretora de operações para o Rio Grande do Sul do BRDE, Leany Lemos, foram mais de R$ 1 bilhão contratados no Estado, em um universo de R$ 3,5 bilhões em toda a região atendida pelo BRDE, até o final de novembro.

“Foi o nosso melhor primeiro semestre em 25 anos e, no volume total de contratos no ano, estamos praticamente certos com o segundo melhor resultado da história do banco. Em um ano marcado pela recuperação da economia, este dado é muito significativo para nós. Porque o BRDE foi, de fato, um parceiro nas transformações necessárias neste momento, com a atuação digital, mudanças nas avaliações de garantias e disponibilidade de capital de giro”, aponta a diretora, que até outubro presidiu o banco.

Além do setor agrícola, o BRDE avançou em 2021 nos financiamentos na área de energias renováveis, que foi justamente um dos trunfos no avanço dos investimentos em infraestrutura gaúcha neste ano. Conforme Leany, este será o caminho dos próximos anos. “Estamos alinhados com objetivo traçado pelo governador Eduardo Leite na COP-26, de reduzir em 50% a pegada de carbono do Rio Grande do Sul até 2030. O caminho para isso é incentivarmos cada vez mais a produção limpa e a renovação da indústria gaúcha. Pensamos não apenas em um banco mais verde, mas em um futuro sustentável, ambiental e socialmente”, completa.

Plano Nacional de Logística 2035 traça oportunidades e necessidades futuras para a infraestrutura de transportes

Plano Nacional de Logística 2035 traça oportunidades e necessidades futuras para a infraestrutura de transportes

O planejamento também orienta os setores público e privado na tomada de decisões para dar mais eficiência aos serviços

O novo Plano Nacional de Logística 2035 traça uma visão estratégica da rede de transporte no futuro e, pela primeira vez, integra todos os modos de transporte. O plano foi apresentado nesta sexta-feira (3/11) pelo Ministério da Infraestrutura e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL). Um dos principais objetivos do PNL 2035 é a transformação da matriz de transporte do Brasil para torná-la mais racional e sustentável.

No planejamento, foram elaborados nove cenários futuros que indicam necessidades e oportunidades para a infraestrutura de transportes que possam trazer melhoria de serviços, aumento da eficiência do transporte de cargas do país e redução de custos.

O secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, destacou a importância de ter um planejamento coerente e detalhado para o setor.

“Hoje, o Ministério da Infraestrutura sabe para onde quer ir, onde quer chegar. Queremos ter uma matriz de transporte balanceada, com mais de 30% da nossa matriz sendo composta pelo sistema ferroviário. Nossa expectativa é reduzir em termos de 14% as emissões de CO2, de gases poluentes. Também queremos ter um transporte de 9% a 10% mais seguro com os investimentos que vão ser feitos”, disse Sampaio.

Nas simulações dos cenários futuros foram levados em conta mais de 2 mil empreendimentos ou ações que foram mapeados como, por exemplo, contratos de concessões e parcerias vigentes, obras públicas em andamento e em estudo de viabilidade, novas ferrovias e todo o conjunto de arrendamentos, desestatizações e ampliação de capacidade de portos.

Nos cenários de maior oferta de infraestrutura foram considerados empreendimentos que totalizam até R$ 789 bilhões em investimentos públicos e privados até 2035.

Impacto positivo dos investimentos

O relatório executivo do PNL 2035 registra que os investimentos em infraestruturas de transportes em todos os cenários resultaram em impactos positivos na economia tanto nacional quanto regional.

“No cenário 1, que apresenta investimentos mais conservadores em infraestruturas de transportes, o impacto positivo observado no crescimento do PIB nacional foi de 6%. Já no cenário 6 que apresenta um dos maiores volumes de investimentos em infraestruturas de transportes, o impacto no crescimento do PIB foi de 11%”, registra o texto.

“O PNL 2035 apresenta nove cenários futuros configurados por meio da alteração de quatro atributos: a infraestrutura, a macroeconomia, a legislação e a tecnologia. Em relação à infraestrutura na simulação dos cenários futuros foram considerados vários investimentos que totalizam quase R$ 800 bilhões em investimentos públicos e privados. Esse é o novo marco para construir uma rede integrada de transportes”, afirmou o diretor-presidente da EPL, Arthur Lima.

Necessidades identificadas

A análise comparativa entre os cenários indicou algumas necessidades gerais para o desenvolvimento da rede de transportes brasileira. Uma delas é a necessidade dos modos de transporte ferroviário e aquaviário (cabotagem e navegação interior), desenvolverem iniciativas para modernização das frotas e melhorias operacionais para compensar ou amenizar a queda de velocidade média proporcionada pela migração da carga.

Outra é a necessidade dos modos de transporte de grande porte anteciparem as ampliações de capacidade (principalmente, o ferroviário e o portuário).

No que diz respeito ao meio de transporte rodoviário, o investimento na prevenção de acidentes, tendo em vista o desenvolvimento econômico também é uma das necessidades identificadas pela análise.

Construção participativa

Uma das novidades da construção desse Plano Nacional de Logística 2035 foi uma maior participação social ao longo do processo de elaboração, contemplando eventos para coleta de subsídios como a realização de webinars, reuniões participativas com atores do setor e consulta pública.

Governo deve instalar em Mato Grosso agência da ANTT que atenderá mais 5 Estados

Governo deve instalar em Mato Grosso agência da ANTT que atenderá mais 5 Estados

(Foto: arquivo/Julio Tabile)

Cuiabá deve ganhar, ano que vem, uma Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a criação de uma unidade regional da ANTT para atender também Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima.

O assunto foi tema de mais uma rodada de discussão para o alinhamento da ação com empresários, o supervisor de Fiscalização da agência, Sandro Rogério Fuloni Carvalho, e o autor da indicação aprovada na Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM). “Estamos pedindo que venha essa unidade pra cá. Para se ter uma ideia, a BR-163 quem fiscaliza é a agência que fica lá no Rio Grande do Sul, totalmente fora, e não dá para ter disponibilidade frequente para virem aqui. Então, solicitamos à bancada federal para que façam a cobrança e implante aqui um polo regional da agência para atender toda essa região, fiscalizar e trabalhar, principalmente, na ferrovia que estamos implantando aqui, uma grande malha ferroviária”, defende Botelho.

“Ficando mais perto facilita a fiscalização e a interação com os empresários, inclusive, com passageiros, beneficia a todos. Próximo passo é encaminhar o pedido para a ANTT e usar a força dos nossos deputados federais e senadores para que seja atendido o pedido em Mato Grosso”, explicou o deputado, ao acrescentar que vai melhorar a competitividade, infraestrutura e logística.

O supervisor de Fiscalização da ANTT em Mato Grosso, Sandro Rogério Fuloni Carvalho, defende a instalação da unidade regional em Mato Grosso. “Hoje, estamos vinculados a sede em Brasília. Então, estamos distantes das decisões e acabamos ficando preteridos quando há distribuição de recursos, recursos humanos, operações, fiscalização. E a realidade de Mato Grosso é diferente de Brasília. Então, é necessário que a agência fique próxima do mercado regulado. Melhora a atuação junto ao mercado regulado, seja na fiscalização no transporte rodoviário de cargas, de passageiros, fiscalização das concessionárias que administram as rodovias. É preciso fiscalizar a execução do contrato e nada melhor que o fiscal esteja no estado para ver a execução das obras, isso feito à distância não tem o mesmo impacto”, disse Carvalho, através da assessoria.

Diretor financeiro da NTC&Logística visita sede da Mira Transportes em São Paulo

Diretor financeiro da NTC&Logística visita sede da Mira Transportes em São Paulo

Ontem, quarta-feira (1), o diretor financeiro da NTC&Logística, Marcelo Rodrigues, foi recebido na sede da Mira Transportes em São Paulo pelo presidente da companhia, Roberto Mira, e pelo diretor geral da empresa, Roberto Mira Júnior.

Durante o encontro, foi possível conhecer ainda mais a estrutura da transportadora e ficar por dentro dos planos e projetos futuros. A empresa possui mais de 40 anos de atuação em todo o Brasil por meio de 11 filiais que dão dinamismo e suporte ao trabalho desenvolvido.

A transportadora ainda possui certificações importantes, investe constantemente em tecnologia, segurança, ações de responsabilidade social e meio ambiente, além de prezar pela qualidade em seus serviços com alto rigor técnico.

Segundo Rodrigues, “Foi uma visita de cortesia a um dos mais antigos associados e parceiros da entidade. Acreditamos muito em uma maior proximidade da diretoria da NTC junto aos associados, é de extrema importância continuarmos alinhados com os anseios dos transportadores, buscando o desenvolvimento em prol dos transportadores”, destacou.

Ipea prevê cenário positivo para a produção agrícola em 2022

Ipea prevê cenário positivo para a produção agrícola em 2022

Perspectiva é de safra recorde para a soja, diz Conab

A análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada hoje (1º), mostra cenários positivos para a safra de grãos em 2022. “Os dois principais grãos, soja e milho, contarão com estimativa de produção positiva, o que pode contribuir para uma maior oferta no mercado doméstico”, analise Ana Cecília Kreter, pesquisadora associada do Ipea.

O estudo do Ipea contou com a participação de técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).

“A perspectiva é de safra recorde para a soja (+3,4%), recuperação e expectativa de recorde na produção de milho (+34,1%) – prejudicada pela seca e geadas em 2021”, explica o superintendente de Inteligência e Gestão da Oferta da Conab, Allan Silveira, que participou da pesquisa junto com economistas do Ipea.

Segundo o boletim econômico, o terceiro trimestre deste ano mostrou uma estabilidade “em patamares elevados” para os preços domésticos, na comparação com o trimestre anterior. Destaque para a soja, que teve alta causada pelos baixos estoques e demanda aquecida. E do milho, que teve alta justificada pelas preocupações com o clima, a boa demanda doméstica e a elevada paridade de importação.