por Sistema | out 7, 2020 | Artigos, Núcleo Porto Alegre
A crise causada pela pandemia do coronavírus atingiu os mais diversos setores da economia, pegando de surpresa pequenos, médios e grandes empreendedores. Muitas medidas tiveram de ser tomadas, desde o desligamento de funcionários até fechamento de unidades e contenção de gastos. Porém, na atualidade, a economia dá leves sinais de retomada.
Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o faturamento do setor industrial cresceu 11,4%; as horas trabalhadas, 6,6%; e o emprego permaneceu constante, com queda de -0,8%. Ao mesmo tempo, a massa salarial caiu -8,5% e o rendimento real, -6,5%, um resultado dos programas de redução de jornada e de salários e do elevado nível de desemprego.
No Transporte de Cargas, como apresentado em meu último artigo, os dados são animadores e representam um início de respiro para as transportadoras de modo geral. Os empresários esboçam até uma certa animação com os sinais de recuperação. Mas, a pergunta que fica é a seguinte: como será essa retomada?
Economistas acreditam que a retomada da atividade está também relacionada às fortes medidas de política monetária, aumento de liquidez e de política fiscal adotadas pelos bancos centrais e pelos governos, tanto no exterior quanto no Brasil. Como por exemplo, o auxílio emergencial, que movimentou expressivamente a economia.
A grande questão é como os setores irão se comportar quando essas injeções acabarem. Como inovaremos, quanto tempo iremos demorar para a reconstrução total de nossos caixas, quantas medidas de contenção ainda serão utilizadas. Apesar e não ser economista, uma coisa é clara em minha visão: a nossa união será essencial para ajudarmos uns aos outros nesse período turbulento
Por : Lucas Scapini
por comjovem | out 29, 2019 | Artigos, ComJovem
Concorrente nos remete a uma sensação de rivalidade e ou competição com demais pessoas ou empresas, mas em sua essência, concorrente é simplesmente algo que corre ou ocorre no mesmo momento, ou seja, esta simultâneo com outra pessoa ou empresa, porém, vamos ficar com aquela que nos dá o melhor sentido nos negócios.
Ao longo dos anos em minha carreira sempre entendi que concorrente é nada mais que a condição dada entre dois ou mais atores (pessoas, empresas, atletas, etc…) competindo por recursos escassos, onde apenas um dos atores terão o sucesso no final da disputa. Essa relação entre competição e disputa, onde o sucesso de uma é baseado na derrota das demais, foi uma grande ferramenta administrativa muito importante e muito utilizada durante os ciclos econômicos mais liberais, pautados por taxas de juros exorbitantes e escassez de demanda.
Com a crise de 2008 o mundo capitalista, principalmente as regiões norte americana e europeia conheceram o caos deste modelo econômico predatório e arrebatador, e logo depois a regiões sul-americanas, que em meados de 2014 também foi arrebatada pelo caos, tanto que o Brasil vive ainda hoje os reflexos da “marolinha” informada pelo presidente da época.
Hoje quando olhamos para o cenário do dia a dia de algumas empresas, ainda deparamos com empresários e gestores traçando diferentes estratégias, mas com a mesma ideologia de identificar os concorrentes (inimigos) e aniquila-los para atingir o público alvo que supostamente acredita ser escasso e exclusivo dela ou dele. Este modelo de empresa normalmente são engessada, pouco produtiva e normalmente lenta para as mudanças sistemáticas dos dias atuais, onde vivem em um círculo vicioso.
Pode até parecer estranho os modelos que estão sendo desenvolvidos atualmente como sendo cooperativos e parceiros ao invés da competição que muitos de nós conhece. Um bom exemplo deste modelo é o chamado “Clusters”, que em bom português significa arranjos produtivos. Este modelo tem como fim criar conglomerados positivos, que são propulsores de todas as empresas que acabam estabelecendo diversos acordos de cooperação nos processos, tais como: empresas de compras como a Amazon, que com elaborados processos políticos que viabilizam a comunicação entre os sistemas pode melhorar e promover produtos com custos cada vez mais competitivos e chegando mais rápido em seus consumidores.
Com um pé no futuro, as empresas tem que se atentar nas características que as separam das organizações do passado e a relação entre concorrentes tem que virar uma relação de parceiros, onde certamente terão condições de perpetuar seus negócios e desenvolver técnicas mais valiosas para suas empresas.
Portanto, conheça corretamente seus concorrentes e analise a possibilidade de transformá-los em grandes e reais parceiros, pois antes de ser seu adversário, ele pode muito bem ser uma peça fundamental para o atingimento de seus objetivos, bem como no desenvolvimento e a perpetuação dos seus negócios em um mercado cada vez mais globalizado.
Responsável: Marcos Souza
por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Joinville
Em maio, completou um ano da greve dos caminhoneiros autônomos que paralisou o Brasil de norte a Sul. Greve esta que trouxe reflexos na economia do país e ao setor de transportes. Não há dúvidas que os motoristas autônomos foram reconhecidos pela sociedade afirmando ser um movimento legítimo a época, e, igualmente reconhecido pelos governantes.
Esse reconhecimento ocorreu pela publicação da MP 832/18, depois convertida em lei 13.703/18, que instituiu Políticas de Preço Mínimos do Transportes Rodoviário de Cargas. A resolução ANTT 5.820/2018 trouxe regulamentação da lei, os valores válidos por tipo de operação e quilometragem percorrida.
O piso mínimo foi aclamado por muitos e aclamados por outros tantos. Para estes o “tabelamento” de fretes fere os princípios da livre iniciativa e livre concorrência. Enquanto para aqueles, a inexistência de uma remuneração mínima fere os princípios da dignidade humana.
Entretanto, esse tema não está próximo do fim. De um lado, os grandes embarcadores, que propuseram uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no STF, e de outro, os caminhoneiros que ameaçam outra paralisação se ocorrer mudanças no piso mínimo de transportes.
Não menos importante, as empresas transportadoras de carga também amargam consequências do movimento grevista, muitos transportadores foram obrigados a estacionar seus veículos em local não apropriado.
Na expectativa de liberação das vias, e sob o argumento de que empresas estariam envolvidas no movimento, a Advocacia Geral da União impetrou uma Ação de descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 519 junto ao STF requerendo a liberação das vias, sob pena de multa pecuniária.
Da análise jurídica dos autos, é possível identificar inúmeras heresias jurídicas, mas que imputou indevidamente um valor aproximado a R$ bilhão em multas para transportadoras de todo país.
Sem adentrar ao mérito da ação, é preciso lembrar que as transportadoras estavam impedidas de movimentar seus veículos, podendo colocar a vida dos motoristas e o patrimônio em risco.
Ainda, a imputação da pena pecuniária, e a sua execução, estão pautadas em uma decisão provisória (liminar) com valores calculados de forma equivocada. Restando, portanto, a confiança que justiça prevalecerá com anulação das indevidas multas.
Ficou demonstrado que o setor de transporte vive um momento único junto ao Governo Federal. Essa afirmação está baseada em decisões do presidente de revogar aumento de diesel, suspensão da decisão liminar do STF que impedia a aplicação de multas por descumprimento do piso mínimo de transportes, ou reuniões ministeriais quando do risco de nova paralisação.
É o momento do transportador, autônomo ou empresa, rever procedimentos, qualificar-se e adotar práticas que permitam sustentar sua atividade independente de ações externas.
Responsável: Alex Albert Breier
por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Belo Horizonte
O Supply Chain é um dos ecossistemas mais ricos em dados e informações dentro das companhias. Agora, graças a Inteligência Artificial e Machine Learn as empresas estão usando esses dados para transformar sua velocidade de resposta e sua capacidade de crescimento.
As informações e os dados fluem pela cadeia de suprimentos a partir de uma variedade cada vez mais diversificada de fontes. A IOT permitiu que as companhias aumentassem seus sistemas de planejamento e gerenciamento de inventário com informações em tempo real sobre a localização do produto obtida a partir da utilização de softwares WMS alinhado com o melhor posicionamento de localização do produto, aumentando performance e reduzindo custos.
Esses avanços já trouxeram uma série de benefícios para as companhias pois permitem que os produtos sejam rastreados com mais precisão, entregues mais rapidamente e armazenados com mais eficiência.
Neste momento percebemos que o Supply Chain das companhias estão sofrendo uma forte transformação com o advento de tecnologias que geram dados massivamente e ainda analisa-os em tempo real e identificando oportunidades ocultas que possibilitam a melhora do desempenho operacional.
Por exemplo, os sistemas WMS atrelados a IA usam os dados das transações (leiam se movimentações de produtos dentro do Centro de Distribuição) para melhorar o layout interno do armazém usando somente algoritmos sem necessidade da intervenção humana.
Outra análise de extrema importância que poder ser realizada com os dados gerados pela própria operação é a capacidade de informar o tempo que leva para coletar cada pedido, como é o mapa de calor dos colaboradores que realizam o picking e através dessas informações é possível realizar de forma mais eficaz o planejamento de rotas e otimizar o tempo de coleta reduzindo custos e aumentado a performance dos colaborares.
A ideia da criação de uma logística conectada capaz de gerar dados suficientemente auto sustentável e fantástica, no entanto, por ser ainda uma tecnologia nova, o uso generalizado do Big Data ainda possui alguns fatores dificultadores. A primeira grande barreira é a dificuldade que as empresas têm para encontrar as informações corretas sobre suas cadeias de estoque e suprimentos em uma gama gigantesca de dados.
A ideia da logística conectada se faz presente e necessária neste momento de transformações que estamos vivenciando, no entanto, existem alguns exemplos de empresas
que sabem que têm centenas de milhares de unidades de estoque, mas não têm dados dimensionais sobre elas – não sabem se cada produto é minúsculo, pequeno, médio, grande ou enorme.
Neste contexto, uma empresa sem dados detalhados sobre suas próprias operações se esforçará para tirar o máximo proveito do big data e é aí que mora o perigo.
Há receios de que essas empresas possam adotar o big data e a IA somente porque lhes disseram que é o futuro, mas primeiro, elas precisam identificar claramente sobre exatamente o que estão tentando alcançar com a utilização destas tecnologias, sendo necessário a alta direção realizar as seguintes perguntas: Como a análise de big data melhorará os negócios e os ajudará a atender melhor os clientes?
Somente a partir destas respostas a companhia deverá se aventurar na logística conectada traçando o plano de ação correto para a implementação da melhor tecnologia aplicável ao caso específico para de fato proporcionar maior performance, flexibilidade e competitividade para a companhia.
Responsável: Daniel Simas
por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Belo Horizonte
Hoje vivemos em um mundo em constante transformação e evolução que atinge todos os setores produtivos. O mundo VUCA, ou modelo VUCA, como atualmente conhecido, é, segundo VICENTE (2017), um modelo que representa a dinâmica do ambiente corporativo que vivemos, um mundo de Volatilidade, incerteza (Uncertainty), Complexidade e Ambiguidade. Este modelo não pretende resolver as situações do mundo moderno, mas categorizá-las. Isto permite que o gestor identifique as situações com as quais está lidando – ou lidará – e se prepare proativa ou reativamente para enfrentar o ritmo acelerado de mudanças.
A volatilidade deste modelo é atribuída ao volume e a agilidade com a qual as mudanças estão ocorrendo, o que torna mais complicada a capacidade das corporações se adaptarem ao mercado. A incerteza está ligada a imprevisibilidade cada vez maior no cenário atual. A complexidade, por sua vez, é a dificuldade de agir em um ambiente cada vez mais conectado e interdependente. E por fim, a ambiguidade é a falta de clareza, que dificulta a assimilação entre causa e efeito das coisas e acontecimentos, o que gera interpretações múltiplas para uma mesma realidade. (VICENTE, 2017)
Neste contexto as empresas devem estar alinhadas com as principais técnicas e ferramentas de gestão moderna. Dentre as diversas ferramentas atuais destacam-se o LEAN e o AGILE.
A metodologia LEAN – ou Manufatura Enxuta em tradução livre – foi criada pela Toyota após a Segunda Guerra Mundial, como estratégia de recuperação econômica. Esta metodologia possibilitou que sua criadora se tornasse uma das montadoras de maior referência no que tange produtividade, qualidade e performance operacional.
Este sucesso foi possível devido ao uso de ferramentas, tais como: Kaizen (melhoria contínua), just-in-time (planejamento de entrega), fluxo contínuo (produção contínua), jidoka (automação) e a aplicação de pilares pautados em uma filosofia empresarial profunda galgada na compreensão das pessoas e na motivação humana, cultivando lideranças, equipes, cultura e mantendo um ambiente propício à aprendizagem.
Muitas empresas implementam estas ferramentas, mas não os pilares (Filosofia, Processo, Pessoas/ Parceiros e Solução de Problemas) e por isso não conseguem atingir o objetivo desejado. Falta de cultura empresarial e baixo comprometimento de líderes e equipes são os principais fatores para o fracasso na implementação de um sistema enxuto de produção.
O AGILE foi originalmente criado no ambiente de desenvolvimento de software, e divulgado nos anos 2000 em forma de manifesto, que definiu doze princípios básicos. Atualmente grandes corporações buscam incansavelmente aplicar estes princípios para obter maior desempenho e adaptação em um ambiente em constante mudança. Dentro do mundo corporativo, para que qualquer organização inicie a aplicação do AGILE, é necessária a implementação de três pilares básicos: dividir a equipe em pequenos times com autonomia, assumir o cliente como centro do negócio e criar organizações em forma de rede.
Assim como o LEAN, o AGILE também utiliza diversas ferramentas, se destacando: Scrum (ciclos rápidos), Kanban (sistema de cartão ou sinalização), Devops (sinergia entre desenvolvimento e operação), Squads (pequenos times autônomos), Design Spint (técnica de desenvolvimento de produto) dentre outras, todas voltadas para a melhoria de performance e entrega de resultado.
A complexidade do mundo atual, que está em constante mudança, leva as grandes corporações a refletirem e criarem novos modelos de gestão. Os modelos antigos não podem mais ser aplicados, uma vez que não surtem efeitos tão satisfatórios, sendo necessário implementar processos mais criativos e comprovadamente eficazes.
Neste artigo apresentamos duas grandes tendências de gestão que buscam de forma experimental, aberta e colaborativa o sucesso dos negócios. O uso de ferramentas de gestão colabora fortemente para a eficácia dos empreendimentos, porém o sucesso destas ferramentas não é possível se não investimos na formação de pessoas. Hoje as pessoas são o maior ativo de uma grande corporação e devem ser o foco principal dos investimentos de uma organização.
Referências
ALVES, Paulo Vicente dos Santos. Guia de sobrevivência no mundo VUCA. Nova Lima, DOM: v.11, n.32 , p. 62-70, maio/ago. 2017
SITE: https://agilemanifesto.org. Acesso em 07 de setembro de 2019
LINKER, Jeffrey K.. O Modelo Toyota: 14 Princípios de gestão do maior fabricante do mundo. Bookman, Porto Alegre. 2005
Antônio Augusto Andrade Lodi
por comjovem | out 1, 2019 | Artigos, Núcleo Belo Horizonte
Com a abertura da economia brasileira em 1990, o país atraiu vários investidores estrangeiros, que começaram a participar cada vez mais do capital das empresas brasileiras.
Em virtude a abertura da economia brasileira, as empresas nacionais também começaram a comercializar suas ações nas bolsas de valores norte americanas, assim estas empresas foram obrigadas a seguirem um padrão imposto pelas regras do Securities and Exchange Commmission – SEC, órgão que regula o mercado norte americano de capitais, fazendo com que os empresários nacionais tenham contato com acionistas mais sofisticados e exigentes.
O SEC regula os aspectos contábeis, a transparência das operações e a divulgação de informações pelas sociedades, que nada mais são do que princípios da Governança Corporativa – GC.
As práticas da boa governança foram importadas para o Brasil e, vêem sendo aplicadas com êxito nas sociedades anônimas, sendo essas práticas delimitadas pela BM&FBOVESPA.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC, a GC é o conjunto de práticas que tem por finalidade otimizar o desempenho de uma empresa ao proteger todas as partes interessadas, tais como investidores, empregados e credores, alinhando interesses de sócios, administradores, e stakeholders em geral, facilitando o acesso ao capital e contribuindo para a sua longevidade.
Ocorre que, não existem notórios estudos sobre a aplicabilidade da boa governança em sociedades limitadas, seja por timidez da doutrina seja pelo espanto causado aos estudiosos que vislumbram este instituto como algo intimamente relacionado ao mercado de capitais.
Entretanto, entendemos que, atribuindo uma visão ampla a governança corporativa, é notório que este versa sobre uma forma de controle e governo de uma instituição empresária, independente de ser limitada ou sociedade anônima.
Assim, pode perfeitamente a sociedade Limitada inserir- se neste ambiente de boas práticas de governança e valores éticos, favorável à sua 2
perpetuidade no mercado, de maneira em que se maximizam os resultados atraindo mais cliente em função das práticas e princípios adotados.
A estrutura de governança, nada mais é que, um conjunto de regras e procedimentos que norteiam as relações entre os envolvidos diretamente com o funcionamento da sociedade, com o intuito de fazer com que esta alcance os seus fins, e cumpra de forma eficiente as premissas contidas em seu objeto social.
Para maior longevidade, as grandes empresas Limitadas têm adotado os princípios de boa governança, com o objetivo de evitar conflitos e adotando critérios para a organização empresarial viabilizando uma gestão mais transparente e ponderada.
Assim, com a grande entrada de capital estrangeiro no país, causando um imenso intercâmbio de normas e culturas, que, aos poucos, estão sendo incorporadas em nosso ordenamento jurídico, pode se concluir que, só irão sobreviver no cenário competitivo mundial às empresas que possuírem uma estrutura administrativa capaz de transmitir confiança tanto no setor público como no privado.
Fonte: http://www.ibgc.org.br/Home.aspx
Responsável: Ana Luiza Lobato