por comjovem | set 10, 2019 | Artigos, Núcleo Porto Ferreira
Nos últimos anos, a qualidade de vida e as ações voltadas ao bem-estar do colaborador tem sido muito discutida e aplicada nas organizações.
Ela tem por objetivo a melhoria dos resultados, e também na qualidade de vida, assim criando interesse e autoconhecimento de cada colaborador. As ações e os programas de qualidade de vida têm apoiado algumas organizações a conquistarem novos espaços profissionais, e o aumento da sua competitividade no mercado em que estão inseridas.
A qualidade de vida tem sido uma das ferramentas mais utilizadas nas organizações, servindo para identificar o grau de satisfação dos colaboradores, principalmente dos motoristas, em seu ambiente de trabalho, tornando um indicador de experiências humanas.
O processo de trabalho do motorista pode levar a grandes prejuízos à saúde, proporcionando um estilo de vida pouco saudável, apresentando questões de natureza comportamental, tais como: dieta, sedentarismo, dependência química – tabaco, álcool e outras drogas.
Mesmo que a legislação vigente 13.103/15 normatizando uma jornada de trabalho e um controle de uso de bebidas alcóolicas e drogas através de exames toxicológicos e bafômetros, a venda, o consumo de álcool e a comercialização de anfetaminas ainda é frequente e está relacionado a três fatores principais: econômico (dirigir por um período maior), pressão das empresas (cargas perecíveis) e a própria dependência química.
O uso desses medicamentos é o principal motivo dos graves acidentes nas estradas, pois está relacionado com o fato de dormirem ao volante, já que se sentem obrigados a cumprir com suas atividades no menor tempo possível e assim retornarem para sua vida pessoal.
Os motoristas devem ser orientados sobre os riscos causados por essas substâncias (álcool e drogas psicoativas “ribites”), e as empresas de transporte precisam desenvolver ações educativas para a melhoria dos hábitos desses colaboradores, orientando para práticas de cuidado a saúde proporcionando condições mais ampla de trabalho. Essas ações devem envolver todos os motoristas e as áreas de saúde, fonoaudiologia, psicologia, nutrição fisioterapia, medicina entre outros.
. Além disso, é necessário que haja fiscalização por partes de órgãos responsáveis em postos nas estradas, a fim de impedir a comercialização de substâncias.
Diante do apresentado sobre qualidade de vida dos motoristas, nota-se que as empresas de transportes precisam ter um olhar diferenciado diante dos seus colaboradores, para quebrar o paradigma de que os motoristas não recebem as orientações necessárias, bem como o cuidado com sua qualidade de vida.
Responsável: Amanda Juliani
por comjovem | set 10, 2019 | Artigos, Núcleo Porto Ferreira
Inicialmente os meios de transporte eram limitadores do alcance das práticas comerciais, até mesmo na comercialização de produtos perecíveis. Com a evolução do capitalismo, com as técnicas reproduzidas os meios de transporte foram ganhando novas formas, funções e tecnologias mais avançadas. No século XX, por sua vez, surgia o desenvolvimento rodoviário e aéreo, sobretudo com a Terceira Revolução Industrial. Através disso, cargas, produtos e pessoas puderam ser mais facilmente deslocados.
Um aspecto a ser considerado é a espécie de um mercado financeiro criado a partir da união de diversos mercados de diferentes países, que surgiu como consequência da tecnologia. Todavia, aliados à evolução de sistemas de comunicação, os transporte permitiram a ocorrência daquilo que se assinalou como ‘compressão de tempo e espaço’, em que as distâncias do mundo “encurtaram”, ou seja, percorrem mais facilmente, reduzindo gastos principalmente, fator atrativamente importante já que presenciamos uma crise econômica no Brasil. Outrossim, o avanço comunicativo passou a ser um álibi do sistema de segurança não só pela linha de rádio, mas também pela possível disponibilidade de radares, câmeras de vídeo, senhas de estacionamentos e assim por diante. Além do mais, outro grande marco a ser pautado é o aplicativo GPS (Sistema de Posicionamento Global), que torna possível traçar uma rota exata, calculando uma estimativa de tempo que será gasto. Fatores essenciais para garantir uma viagem livre de problemas e imprevistos, mais uma vez a tecnologia facilitando nossas vidas.
Ainda vale ressaltar o uso do aplicativo Uber, que trouxe as pessoas um modo fácil e econômico de se locomover através de um simples toque. Daí a importância da digitalização que, até agora nos proporcionou inúmeros impactos logísticos, como: redução de estoques, serviços digitais, mídias sociais, restrições do uso de papel, agilidade de informações, integrações de sistemas diferenciados e etc. Ademais, toda essa tecnologia melhora a infraestrutura não apenas pela redução de custos para os usuários, mas também para o meio ambiente. Estima-se que uma estrada com pavimento de qualidade resulta na economia de 30% a 40% no gasto de óleo diesel, por exemplo.
Sendo assim, podemos chamar tais aspectos de globalização, pois ela envolve uma dinâmica de transformação cada vez mais acelerada e produtora de uma independência. Isto se trata da modificação das práticas humanas a partir das técnicas transformadas, que atuam no processo de constituição das práticas sociais. Além disso, ser globalizado é estar presente em um mundo repletos de rápidas informações, ou seja, que gira em torno da necessidade tecnológica. Para comprar um produto a longa distância precisamos fazer o uso da internet primeiro, para que ele seja realizado, produzido e depois exportado, onde entra o transporte, exemplificando.
Diante do exposto, portanto, é culminante o uso tecnológico e essa era globalizada em nossa sociedade contemporânea. Sem todos esses avanços e saltos que pudemos perceber não seria possível o acesso a diversas “coisas” que se tornaram essenciais em nossas vidas ou até mesmo costumes. E nos meios de transporte, também, não seria diferente, uma extinção de tecnologia nos levaria novamente a era que hoje tratamos como “primitiva”. No entanto, se a tendência é beneficiadora e podemos alcançar isso, porque não digitalizar, globalizar e atualizar ainda mais seu mundo empresarial, com o intuito de ser o diferencial no mercado de trabalho, agora, tecnológico.
Responsável: André Juliani
por comjovem | set 4, 2019 | Artigos, Núcleo Curitiba
Nos últimos anos presenciamos um aumento exponencial da quantidade de caminhoneiros autônomos em nosso país, consequência de uma isenção de IPI em 2012. Com isso, houve um aumento natural da oferta do frete para uma mesma demanda, ocasionando assim uma ociosidade do serviço.
Em 2013. 2015 e principalmente 2018, presenciamos uma greve da classe, que parou o país. As exigências eram principalmente uma redução dos tributos do combustível e um tabelamento do frete.
Com isso, os caminhoneiros teriam uma segurança em relação ao valor que deveriam receber. Porém, como o valor estava elevado e impraticável em muitas circunstâncias, muitas empresas, que antes utilizavam-se do serviço, passaram a ter frota própria, e outras começaram a carregar os caminhões com peso acima do permitido em lei.
Sabendo da defasagem de fiscalização rodoviária, o carregamento com sobrepeso acabou tornando-se cada vez mais comum, causando diversas consequências ao pavimento, ao caminhão e à sociedade.
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou um informativo sobre as vantagens de não transportar com sobrepeso. São elas: diminuição dos danos aos caminhões; redução do consumo de combustível; não gera danos ao pavimento; diminui o risco de acidentes; não gera multas; e ajusta melhor o mercado (CNT, 2019).
Outra consequência do excesso de peso seria a imposta aos veículos. Conforme citado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte – DNIT, o excesso no peso bruto total (PBT), danifica eixo, freios, molas; há um aumento do risco de acidentes causados pelos danos aos equipamentos e componentes do veículo; prejudica o escoamento normal da via, por conta da menor velocidade de tráfego; e um dano as obras-de-arte, por serem dimensionadas para suportar um trem-tipo. (DNIT, 2009).
A atual legislação brasileira sobre pesagem é composta por uma série de artigos, cuja origem provêm do decreto 62127/68, aprovando o Código Nacional de Trânsito. As mudanças sempre foram voltadas a aumentar o PBTC permitido, conforme demonstrado no gráfico:
No caso do PBT, os valores permitidos atualmente seriam:
- • Eixo isolado com dois pneus: 6 ton
- • Eixo isolado com quatro pneus: 10 ton
- • Eixo com dois direcionais e dois pneus cada: 12 ton
- • Eixo tandem duplo com quatro pneus: 17 ton
- • Eixo tandem triplo com quatro pneus: 25,5 ton
Mesmo com esse aumento significativo dos pesos permitidos, ainda há um número muito grande de veículos que trafegam com sobrepeso. Os efeitos desse aumento do PBT e o transporte de carga com sobrepeso, sem o preparo ideal do pavimento, causam transtornos aos usuários. Exemplificando, veículos que transitam com 5% de sobrepeso nos eixos, danificam em mais de 20% o pavimento, isso significa que, para pavimentos dimensionados para ter uma vida útil de 10 anos, com tal sobrepeso, esse tempo cai para 7 anos. O ato de frear o veículo consiste em uma troca de energia cinética em energia térmica e sonora, essa energia cinética é uma relação direta da massa do veículo. Resumidamente, a frenagem dos veículos é dada pela relação entre a soma dos pesos dos eixos pelas suas respectivas forças de frenagem conforme indicado:

FF = Onde:
FF = Força de Frenagem do veículo;
Fi = Força de Frenagem, por eixo;
Pi = Peso, por eixo.
Aumentando os pesos dos eixos, diminuem as forças de frenagem dos veículos, acarretando sérios problemas, como: superaquecimentos dos freios, falhas mecânicas e, principalmente, aumentando a distância de parada, conforme indica o gráfico:

Com todos os tipos de informações disponíveis, ainda vemos, e muito, diversos veículos comerciais trafegando com sobrepeso. As consequências são enormes para todos.
Uma solução para tal problema seria aumentar a fiscalização e aplicar mais multas aos motoristas/empresas que continuam a desobedecer a determinação.
Porém muito se sabe que as rodovias brasileiras ainda têm uma defasagem muito grande quanto à fiscalização de balança. Por isso, até resolvermos os problemas de infraestrutura e aplicarmos penalizações mais severas àqueles que continuam a desobedecer a lei e trafegar com sobrepeso, iremos permanecer com os mesmos problemas, arriscando casa vez mais, a vida dos usuários.
Responsável: Tiago Schreiber Greca
por comjovem | set 3, 2019 | Artigos, Núcleo Sul de Santa Catarina
Subir na boleia de um caminhão para viajar o Brasil e países vizinhos já não é mais tão interessante quanto foi subir na boleia de um caminhão para viajar o Brasil e países vizinhos já não é mais tão interessante quanto foi nos anos 70. As ambições de quem acompanhou as aventuras de Pedro e Bino nos anos 80 parecem ter ficado para a geração passada. Hoje, os nascidos nos anos 90, que estão na casa dos 20 a 30 anos, entram no mercado cada vez com menos vontade de pegar a estrada a trabalho, e isso se deve a fatores como a melhoria no acesso a educação e o alto risco de dirigir nas estradas brasileiras.
Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte – CNT, realizada entre agosto e setembro de 2018, o mercado de trabalho dos caminhoneiros é composto por homens (99,5%) com idade média de 44,8 anos. Entre os pontos negativos elencados na pesquisa, 65,1% reclamam da insegurança, 31,4% alegam ser uma profissão desgastante e 28,9% sentem o convívio familiar comprometido. Sendo esses os principais problemas elencados, quais devem ser as atitudes dos gestores para solucionar essas questões? Visto que o motorista exerce função imprescindível, até porque o advento dos veículos 100% autônomos ainda é um horizonte distante na realidade brasileira, como atrair uma geração de profissionais que tem cada vez menos interesse ou condições de realizar a função?
Hoje, um empresário articulado não investe apenas em veículos, implementos e softwares: ele investe empessoas. Se 99,5% dos caminhoneiros são homens, por que não fomentar a inserção de mulheres nas transportadoras? Investir na presença feminina em áreas majoritariamente masculinas para trazer diversidade não é novidade, como se vê em projetos bem-sucedidos que incentivam mulheres a serem cientistas (“Meninas Super Cientistas”, da Unicamp) e programadoras (“Kode with Klossy”, de Karlie Kloss). Segundo reportagem do jornal Metrópoles, com dados do Departamento Nacional de Trânsito – Denatran, apenas 6,5% do total de quase 3 milhões de carteiras profissionais aptas a dirigir caminhão são de mulheres, sendo Santa Catarina o 4º estado com o maior número de mulheres motoristas.
A falta de profissionais também pode ser vista como resultado de um problema criado pelo próprio setor: a indisponibilidade de treinamento. Muitos dos motoristas atuantes hoje no mercado são de idade mais avançada, pois empresas tendem a não se dar ao trabalho de treinar um motorista inexperiente para depois perdê-lo para a concorrência. Mais importante do que pensar nas outras ofertas de trabalho que o funcionário poderá receber, o gestor deve focar em: “como posso valorizar este motorista de maneira que ele continue trabalhando comigo?”. Artigos mostram que a geração millennials, que compreende os nascidos entre 1980 e 1990, possui desejos mais complexos do que suas antecessoras. Segundo pesquisa Innovare, 75% desses novos trabalhadores querem “mentores” ao invés de meros chefes tradicionais; 58% aceitariam receber até 15% menos para trabalhar em uma empresa que compartilhe dos seus valores pessoais, pois 85% acham que negócios têm tanto potencial quanto o governo para resolver problemas da sociedade. Ou seja: o novo profissional que entra no mercado de trabalho hoje, em especial o profissional qualificado, não busca apenas dinheiro, mas também um propósito.
A escassez de mão de obra é um reflexo das mudanças que vêm acontecendo no país e no mundo nos últimos anos de forma cada vez mais acelerada. É preciso que se entenda no setor dos transportes que não são apenas os objetos do ofício que se desatualizam e precisam de substitutos mais eficientes – a maneira de encarar o trabalho daqueles que exercem não apenas a função de motorista, mas que são embaixadores da empresa estrada afora, também precisa ser vista com novos olhos.
Fontes:
https://www.metropoles.com/materias-especiais/mulheres-caminhoneiras-superam-preconceitos-pelas-estradasdo-brasil-2
http://innovarepesquisa.com.br/
Responsável: Franco Scarabelot Gonçalves
por comjovem | ago 22, 2019 | Artigos, Núcleo Joinville
Angela Merke, Chanceler da Alemanha
Christine Lagarde, Diretora do FMI
Luiza Trajano Donato, Fundadora das lojas Magazine Luiza
O que estas mulheres possuem em comum? Todas são grandes líderes inspiradoras que através de muita determinação conquistaram sucesso e reconhecimento de todo o mundo.
Foi uma longa jornada até que estas mulheres pudessem assumir papéis antes somente exercidos por homens. Durante a chegada da Revolução Industrial e a necessidade cada vez maior de contribuir com o sustento das famílias, as mulheres foram inseridas em um mercado desleal de trabalho. Já em tempos atuais, segundo IBGE, mulheres entre 25 a 45 anos ainda recebem somente 79,50% do que os homens na mesma faixa etária. Segundo a folha de São Paulo as mulheres irão ganhar o mesmo que os homens apenas em 2085.
Na logística não é muito diferente, observam-se muitas empresas onde os homens são a grande maioria e quando se depara com uma mulher na função de motorista por exemplo, a reação é no mínimo de surpresa e as vezes infelizmente até mesmo de espanto.
Nosso intuito não é fazer um discurso femista*, mas sim de igualdade. A logística é uma profissão muito promissora e em ascensão e tanto homens e mulheres deveriam poder sonhar e almejar esta carreira. Se pararmos para pensar nas empresas de transporte e logística que conhecemos, a maioria dos colaboradores são homens ou mulheres?
Sou proprietária há 15 anos de uma transportadora juntamente com minha irmã e percebemos que muitas coisas mudaram ao longo destes anos, porém muito ainda tem a ser feito.
No início enfrentávamos muito preconceito em uma negociação pelo fato de sermos mulheres, ou para tratar de uma manutenção ou compra de um veículo e em algumas situações até hoje. Lembro de um fato curioso na aquisição do nosso primeiro veículo: nenhuma revendedora nos deu atenção e tivemos que pedir para que nosso pai fosse até uma revendedora para sermos atendidas.
Podemos enumerar diversas dificuldades que enfrentamos, mas que no final nos fortaleceram e fizeram valer a pena.
Atualmente somos uma empresa que emprega muitas mulheres e temos grande reconhecimento por parte de atendimento, satisfação dos clientes e organização. Acredito que este fato se deve muito a nossa equipe diversificada e multifuncional. Não tratamos somente como um fator ético como nossa equipe é composta e sim como uma estratégia inteligente do ponto de vista econômico.
Desejamos incentivar para que as transportadoras e empresas de logística analisem seu quadro de colaboradores e considerem com igualdade uma mulher em uma entrevista de emprego por exemplo. Cada um pode fazer sua parte para a construção de um mundo mais tolerante e justo. Nossa empresa é um exemplo constante que a mulher a frente da logística é perfeitamente viável e promissor.
* é a ideologia que prega a superioridade do gênero feminino sobre o masculino. É considerado o equivalente ao machismo, mas fazendo com que os oprimidos sejam os homens, enquanto que as mulheres seriam as opressoras.
Responsável: Ana Carolini Pavanello
por comjovem | ago 22, 2019 | Artigos, Núcleo Santos
Falta de infraestrutura é a principal dificuldade do transporte rodoviário de carga no Brasil. Apesar de o setor logístico ser um dos principais na economia brasileira, o investimento destinado a esse setor não é suficiente. Por isso, surgem os gargalos logísticos, que afetam o transporte rodoviário de carga de muitas maneiras diferentes. Esse setor é um dos mais prejudicados por esses gargalos.
Nesse artigo, trazemos os principais fatores que atrapalham o transporte rodoviário de carga, aumentando custos e prejudicando as empresas. Confira quais são eles e o que fazer para melhorar a logística de carga:
1 – O que são gargalos logísticos?
Dentro da logística, os gargalos são todos os obstáculos que influenciam o processo e acabam prejudicando os resultados de uma empresa. A maioria deles acaba atingindo diretamente o transporte rodoviário de carga e é sobre eles que falaremos aqui. Os gargalos logísticos geram consequências como aumento de custos, redução da produtividade e qualidade. Assim, os clientes ficam insatisfeitos, o que diminui sua fidelização e, consequentemente, o lucro da empresa, bem como deixa a marca com uma má reputação.
2 – Gargalos logísticos e seus efeitos para a economia:
Diante das dificuldades encontradas, muitas empresas deixam de produzir ou optam por atuar em outro lugar. As más condições das rodovias acabam afetando diretamente os custos relacionados ao transporte rodoviário de carga no Brasil, gerando custo de manutenção, conserto e troca. Isso é um grande desincentivo para empresas, bem como o alto valor de impostos e pedágios, leis inflexíveis e a falta de concorrência. Esse cenário acaba diminuindo a geração de riqueza, o número de empregos e a arrecadação de impostos. Por isso, a economia acaba sofrendo efeitos negativos.
3 – Gargalos logísticos no transporte rodoviário de carga:
Muitas áreas são afetadas pelos gargalos logísticos. Mas como o transporte rodoviário de carga é um dos principais modais utilizados no país, listamos aqueles que afetam esse meio de transporte. Sabendo quais são, é possível projetar melhorias, gerando uma logística mais fluida e vantajosa para a empresa e seus clientes.
a) Rodovias precárias prejudicam o transporte rodoviário de carga
A falta de estrutura nas rodovias é o principal gargalo logístico para o transporte rodoviário de carga. A má notícia é que mudar esse cenário não depende das empresas, mas sim dos investimentos federais na infraestrutura do país. Investimentos que poderiam, inclusive, incentivar o transporte ferroviário com a manutenção e criação de ferrovias. Esse é o principal modal em diversos países, pois representa baixo custo, entre outros benefícios.
Em seu portal, a Associação Brasileira de Logística (Abralog) divulgou uma matéria sobre a falta de investimentos na infraestrutura do Brasil. Um dos pontos fala ainda sobre a falta de manutenção, que torna o quadro ainda pior. Pois, além de o investimento em novas rodovias ser muito menor que o necessário, uma vez que o que foi investido se perde devido à falta de manutenção.
Já a falta de expansão das rodovias resulta em uma incompatibilidade entre o aumento da frota circulando nas estradas, que cada vez aumenta mais, e o número de rodovia disponíveis.
“Essas rodovias recebem menos recursos que o mínimo previsto para fazer a manutenção. Por isso, não conseguem ter melhora na sua qualidade” – diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista, para a Abralog.
b) Valor do pedágio
O valor do pedágio é um fator que encarece e muito o processo de transporte. E, com o aumento do pedágio, esse custo só tende a ficar maior para empresas. Esse pode ser um gargalo logístico decisivo, uma vez que pode comprometer os lucros da empresa. Uma transportadora que circula no Estado de São Paulo paga em média R$ 1,00/km em pedágio, o valor do pedágio tomou tamanha vultuosidade que é o mesmo custo que uma transportadora tem com combustível.
Por isso, é importante traçar um planejamento logístico eficiente, alinhando o transporte e carga à armazenagem e à produção. É necessário diminuir ao máximo os custos de transporte, mas sem afetar a entrega para os clientes, pois isso pode fazer com que eles busquem a concorrência.
c) Distância a ser percorrida
Mais um gargalo logístico referente às características do Brasil: a longa distância que os caminhões precisam percorrer devido às dimensões do país. Isso significa mais tempo de viagem, mais gastos com combustível e maior dano aos veículos. Nesse ponto, é importante evitar o transporte ocioso — quando o transporte volta descarregado após entregar a mercadoria. Isso significa prejuízo para empresa, já que estão sendo gastos recursos sem obter retorno. A maneira de contornar essa situação é com uma logística carga bem planejada e o transporte de carga terceirizado.
d) Restrição de circulação
As longas distâncias que precisam ser percorridas se tornam ainda maiores com a restrição de circulação de caminhões e carretas em grandes centros urbanos. Ou mesmo pode ser necessário um tempo maior de viagem, ou um remanejamento de horários para que o veículo respeite o horário da restrição, caso haja.
e) Idade do transporte rodoviário de carga
Muitas empresas, acabam deixando sua frota própria envelhecer. Pensando em não investir um valor alto na compra de novos caminhões, as empresas acabam gerando mais custos devido ao número maior de manutenção, reparos, problemas mecânicos e combustível, conforme mais velho o veículo fica. No entanto, de um modo geral, a frota de transporte rodoviário de carga que circula pelo Brasil tem uma idade média de 20 anos. Por isso, quando buscar por uma empresa de transportes para realizar o serviço, certifique sobre a idade da frota.
f) Falta de segurança para o transporte rodoviário de carga
Além da infraestrutura deixar a desejar, há também o problema da falta de segurança nas estradas. O motorista, a carga e o veículo correm perigo durante as viagens. A maneira de se prevenir contra prejuízos e garantir a segurança do motorista é investindo na tecnologia de rastreio. Mas, claro, garantir a segurança de caminhões e carretas vai além de rastrear o veículo. Não é apenas a ação de criminosos que põe a viagem em risco. Motoristas sem treinamento, falta de manutenção e falha no planejamento de rotas são alguns dos aspectos que também põe em risco a viagem da carga.
g) O excesso de normas, leis e regras que permeiam o universo do transporte de cargas, faz com que transportadoras sérias e honradas nos seus cumprimentos com a lei despendam muito tempo e dinheiro para atender, em contrapartida o Governo e Agências criadoras desse emaranhado de regras não disponibilizam fiscalização ostensiva para o devido cumprimento, gerando transportadoras a margem da lei que prejudicam o País e ainda ganham a concorrência.
Responsável: José Carlos Ornellas Priante