O motorista do futuro: transformações e revoluções tecnológicas no TRC

É impossível falarmos em futuro e deixarmos de lado as tecnologias, ainda mais quando levamos em conta a velocidade na qual elas estão se desenvolvendo e os retornos positivos nos mais diversos setores. O transporte rodoviário de cargas (TRC) não fica por fora dessas transformações, exigindo dos profissionais uma capacidade maior de adaptação.

De forma geral, noto que grande parte das pessoas têm dificuldade em aceitar abertamente processos transformadores, pelo menos no momento inicial. Exatamente por ser uma questão muito corriqueira no dia a dia de muitos, esse bloqueio tem sido estudado por diversos psicólogos e psiquiatras, que classificam o comportamento como “Aversão ao Risco”.


No entanto, para que permaneçamos ativos no mercado de trabalho, é preciso se aventurar. Tenho acompanhado como essas evoluções tecnológicas podem influenciar os motoristas profissionais, revolucionando o TRC. Se antes a ocupação de motorista era solitária, levando a vida pelas estradas na boléia do caminhão, o profissional do futuro sentirá a necessidade de estar muito mais em contato, tanto com sua base, quanto com os clientes.


Isso porque com a automação dos veículos, os motoristas deixarão de desempenhar funções repetitivas na direção, assumindo a inteligência por trás do trabalho. Um estudo realizado pelo Laboratório do Futuro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontou que 27 milhões de trabalhadores podem ter suas tarefas assumidas por robôs ou sistemas de inteligência artificial até 2040. A pesquisa também apontou que a profissão de motorista de caminhão tem 79% de chances de serem substituídas pela automação.


Tais dados geram grandes questionamentos sobre o futuro dos profissionais da área, voltando novamente ao início de minha reflexão: a capacidade de paralisação provocada pelo medo de mudanças. Com isso, venho observando a necessidade de treinarmos intensamente nossos profissionais, para que eles possam desenvolver também habilidades analíticas, com o intuito de se tornarem analistas de logística.
Ainda que contemos com as mais inovadoras tecnologias, a verdade é que sempre haverá a necessidade da inteligência, presença e experiência do motorista profissional para o funcionamento do transporte de cargas e direção de grandes caminhões nas rodovias.


Ouso dizer que, não contaremos apenas com o motorista do futuro, mas sim com uma nova forma de realizarmos o transporte rodoviário de cargas, tendo como proposta mais qualidade de trabalho e bem-estar para os nossos colaboradores, além de benefícios para as empresas
transportadoras. Os caminhões autônomos visam diminuir a carga de trabalho repetitiva do motorista e não os excluir de seus postos, de modo que grandes montadoras, já apontam a importância do componente humano nesta nova tecnologia de caminhões elétricos.


Com esta revolução no TRC, nós transportadores também conseguiremos reduzir significativamente custos de manutenção de veículos, por exemplo, gerando outras oportunidades de investimentos, como treinamentos e capacitações pertinentes ao novo cenário.


Portanto, tenho notado que o papel das tecnologias que têm adentrado o setor de transporte é aumentar a produtividade dos processos, além de proporcionar um sistema mais seguro e flexível, levando em conta o papel fundamental do motorista de transporte de cargas na viabilização dessas mudanças.


Por: Bruno Gomes – COMJOVEM Rio de Janeiro

Como Tratar os Dados? (Data Leak – Caldeirão de Dados)

Atualmente, as empresas se veem diante de um grande desafio: tratar todos os dados dos quais está em posse, seja de clientes, funcionários ou fornecedores.


São tantos dados sensíveis em poder das empresas (data leak) que a maioria ainda está engatinhando na adequação à nova lei geral de proteção de dados, a LGPD – justamente devido ao volume de dados sensíveis é que muitos empresários estão cheios de dúvidas, até mesmo por onde começar.


Mas qual a razão da necessidade de uma lei que visa proteger dados?

Por mais que a operacionalização do controle de dados se mostre difícil inicialmente, o tratamento dos mesmos mostrará o quanto são sensíveis, e como é importante proteger informações delicadas de pessoas físicas e jurídicas.


Muitas vezes, não percebemos o quanto nossos dados, informações que nos identificam como pessoa física ou jurídica, são sensíveis, e como podem ser de grande valia para criminosos, seja pelo meio virtual ou pelo físico.

Com o alcance da internet, nossos dados são facilmente obtidos, seja por descuido do portador, ao fornecê-los de forma displicente em sites não confiáveis, seja por má-fé de pessoas que os obtêm e passam a vendê-los a empresas que pretendem aumentar suas vendas de forma ilícita e invasiva – o portador pode vir a ter prejuízos não apenas através das propagandas indevidas e indesejadas, mas também através do uso dos dados por alguém que não seja o titular, com o objetivo de praticar golpes ou fraudes – enquanto isso, o titular, sem saber desse uso indevido, só terá conhecimento das fraudes quando for contatado e acusado de alguma atitude ilícita.


É uma grande responsabilidade para as empresas: proteger os dados de todos os seus funcionários, desde a fase pré-contratação, até o desligamento. As empresas deverão se responsabilizar pelo controle de dados até mesmo de não-funcionários: ao ser entrevistado para uma vaga de emprego, um candidato fornece seus dados sensíveis em seu currículo, e o empregador deve ter bases bem definidas sobre como tratar esses dados de forma segura. Dados contratuais com fornecedores e clientes também são alvo da proteção da lei.

Cabe aos empresários buscar o máximo de informação sobre a lei, sobre as consequências do seu descumprimento e, principalmente, CAPACITAÇÃO. A empresa deve capacitar os colaboradores que manuseiam dados sensíveis, através de cursos e treinamentos constantes, além de prover as condições operacionais para a proteção de dados físicos e digitais.


Agora no início, pode parecer bastante penosa a tarefa de se adequar à nova lei. Entretanto, devemos pensar na adequação não apenas como empresários, mas também como possíveis vítimas de uso indevido. A lei beneficiará a todos com a exigência de um uso mais racional e cuidadoso de informações sensíveis.

Por: Daniella Mori Kujiraoka – COMJOVEM CAMPINAS

A Falta de Motorista e Reflexões

A falta de motorista profissional no mercado de trabalho é um assunto que exige um olhar mais atento da sociedade, principalmente das transportadoras, embarcadores, governo e entidades relacionadas. Assim como já acontece na Europa e Estados Unidos, esta preocupação assola o Brasil, ainda mais quando o modal rodoviário é o principal utilizado no país.

A quantidade de motoristas categoria C caiu drasticamente entre 2015 e 2020. As informações foram divulgadas pelo IPTC – Instituto Paulista do Transporte de Carga, em parceria com o SETCESP – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e São Paulo e Região1.

A redução foi de 5,9% ao ano no número de motoristas com CNH C desde 2015, com queda mais acentuada em 2017 e 2018, quando caiu 8,9%. Isso implica em um número superior a 1 milhão de motoristas.

Além do setor estar sofrendo com a falta deste profissional, o turnover tem chamado atenção e demandando providências. O motivo desta grande rotatividade vai muito além do reconhecimento financeiro. Ele é importante, porém proporcionar um bom ambiente de trabalho, oferecendo qualificações, respeitando os direitos e valorização dos motoristas são pilares fundamentais para a retenção deste profissional.

Não há dúvidas sobre a importância dessa classe para toda população e economia do país, mas as vezes é necessário relembrar o que foi visualizado de forma clara na Greve de Caminhoneiros em 2018 que durou 10 dias. Com caminhões parados, bloqueando parcialmente as rodovias, combustíveis deixaram de ser entregues em diversos postos e outras atividades que esperavam matérias-primas e produtos essenciais, como alimentos, também acabaram desabastecidos. No oitavo dia da greve, 90% dos postos de combustíveis estavam sem estoque2.

Não há como negar que de fato que várias melhorias foram e vem sendo implementadas, como a Lei do Motorista (Lei 13.103/15) que protege o motorista de jornadas exaustivas; a evolução dos veículos de carga, que equipados com cama, cozinha, ar-condicionado, câmbio automático e tecnologias embarcadas, oferecem muito mais conforto, comodidade e segurança que os caminhões de anos atrás; a disponibilidade de treinamento e cursos, tais como do SEST SENAT que disponibiliza uma vasta opção de cursos de qualificação presencial e/ou à distância para atualização profissional como para a comunidade de quem busca iniciar esta profissão ou um motorista desempregado que deseja se atualizar também poderão participar. No entanto, é de suma importância o despertar na sociedade da conscientização de quanto ao longo dos anos o transporte e consequentemente a profissão de motorista evoluiu.

Em uma pesquisa realizada com cerca de 50 motoristas em três transportadoras da região de Joinville/SC, foi levantado que a falta de reconhecimento/respeito com a profissão e a falta ou precariedade nos pontos de parada eram os principais motivos que eles não indicariam um filho ou parente próximo para a profissão de motorista. Ademais, a dificuldade de iniciar a profissão sem experiência, a insegurança nas estradas e o longo período longe da família são outros fatores negativos da profissão pontuados pelos entrevistados.

A partir disso, faz-se a seguinte reflexão: O que podemos e devemos fazer para que esta percepção seja mudada?

Nesta mesma pesquisa, verificou-se que muitos motoristas iniciaram a carreira tendo o pai como modelo, um exemplo vivido em casa, numa época em que ser caminhoneiro era símbolo de valorização.

Fundado nesta opinião, surgiu a ideia de desenvolver um projeto de incentivo a profissionalização do jovem que quer uma oportunidade de motorista, criando oportunidades nas transportadoras através de um programa de inserção do jovem que já trabalha como ajudante por exemplo ou um filho de um motorista que almeja este crescimento profissional.

Atualmente temos programas de menor aprendiz e trainees que são de grande valia para inserção do jovem no mercado de trabalho. E porque não nos inspirarmos nestas iniciativas para trazer e capacitar os jovens para a profissão de motorista?

Segundo pesquisa de 2019 da CNT3 a idade média dos motoristas é de 44,8 anos. Criando estas oportunidades acima citadas para os jovens sem experiência e os qualificando, aumentaríamos quantitativamente e qualitativamente esse profissional tão cobiçado no ramo de transporte além de reduzir a idade média destes profissionais.

Em virtude dos fatos apresentados vale a reflexão de formas para recrutar, qualificar e reter esse profissional tão valioso para nossa sociedade. Além disto, criar uma conscientização geral da valorização desta profissão essencial tão importante para todos nós.

 1 ZINGLER, Fernando M. A falta de motoristas para as empresas do TRC. Acesso em: 28 mar. 2021. Disponível em: <https://setcesp.org.br/wp-content/uploads/2020/09/Falta-de-motoristas-na-base-do-SETCESP-1.pdf>.

2 GREVE dos caminhoneiros: a cronologia dos 10 dias que pararam o Brasil. Acesso em: 28 mar. 2021. Disponível em: <https://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2018/05/30/greve-dos-caminhoneiros-a-cronologia-dos-10-dias-que-pararam-o-brasil.htm?cmpid=copiaecola&cmpid=copiaecola>.  

3 AGÊNCIA CNT Transporte Atual. Conheça o perfil dos caminhoneiros do Brasil. Acesso em 28 mar. 2021. Disponível em: < https://www.cnt.org.br/agencia-cnt/pesquisa-cnt-perfil-caminhoneiros-brasil-2019>.  

Por: COMJOVEM Joinville

Pensamento LEAN – Desdobramento Da Estratégia E A Importância Em Tempos De Pandemia

Desde janeiro de 2020, a crescente proliferação do novo Corona vírus tornou-se um dos maiores desafios da humanidade. Lidar com uma pandemia infecciosa de proporções continentais e mundiais certamente provocou mudanças profundas em padrões de comportamento, nos hábitos de consumo, no uso de tecnologia, na visão sobre riscos e incertezas que impactaram fortemente a gestão das empresas. 2021 começou e os desafios continuam considerando o panorama entre o presente e o futuro, iniciar uma gestão lean é e será, cada vez mais, o fator decisivo ou até mesmo uma “virada de chave” para as organizações. Seja por uma questão de sobrevivência ou para o sucesso organizacional.

Desdobrar e alinhar os objetivos estratégicos do negócio, possibilita às pessoas controlarem pontos críticos dos principais processos. Desta forma em todos os níveis da organização é possível que as pessoas estejam cientes dos objetivos da empresa, saibam de que maneira pode contribuir para que estes objetivos sejam alcançados e estejam engajadas com o propósito maior.

Um passo importante para o início do desdobramento é a definição dos indicadores de progresso, que devem ser claros, objetivos e gerar dados que sejam facilmente identificados no processo e tragam clareza sobre a direção que deve ser tomada. Por isso é tão importante a escolha precisa destes indicadores. Além dos indicadores, criar a cultura lean dentro da organização é fundamental para que se obtenha bons resultados no desdobramento da estratégia, definição dos indicadores e ajustes, para isso foram descritas abaixo algumas sugestões.

 Filosofia lean a longo prazo: Desenvolvimento de treinamento sobre lean e suas ferramentas. Reuniões de times, incluindo a alta direção, utilizando o gerenciamento diário e grupos de melhorias.

 Análise dos fluxos dos processos e desperdícios: mapeamento do fluxo de valor, utilizando a ferramenta, definir gargalos nos processos e identificar as perdas. Identificar como cada processo deve ser medido para que se gere melhorias.

 Nivelamento da carga de trabalho: acompanhamento das leis no setor de transportes e controle de jornada do motorista. Monitoramento e rastreamento dos veículos para posterior análise e criação de rotograma, visando a segurança e otimização das viagens.

· Análise e solução de problemas e cultura da qualidade: um dos pontos fundamentais para evolução de qualquer processo é saber identificar quando algo foge do comum e quando isso é um problema. A avaliação do motorista pelo cliente final, pesquisa de clima com os colaboradores para avaliar o ambiente com as novas mudanças, planilha de qualidade no atendimento operacional dos clientes e implementar caixa de sugestões para os colaboradores, são ações que irão levantar os dados para posteriormente serem tratados.

 Padronização de tarefas e funcionários capacitados: conscientização do colaborador do valor de seu trabalho na organização, criação de setor específico de treinamento.

 Controle Visual: Divulgação dos indicadores para motoristas, divulgação da política organizacional por toda a empresa, implementar controle visual direcionado para o setor operacional e de manutenção.

 Desenvolvimento de líderes com filosofia da empresa: desenvolvimento dos líderes com foco em gestão de pessoas, cursos voltados para performance e resultado.

 Aplicação de ferramentas lean como: Kaizen (melhoria contínua), 5S, A3, Poka-yoke, JIT e outras à medida que a necessidade surgir no processo de implementação.

Modelos mentais como estes diferenciam uma empresa que está indo rápido a lugar algum, de outra que está fazendo acontecer a coisa certa. Verifique se os colaboradores entendem esses modelos mentais ao ponto de praticá-los no dia a dia, antes de desdobrar a estratégia de sua empresa. Toda organização pode estar apta a apreender o sistema de gestão lean, mas se não estiver apta a praticá-lo da forma correta, não obterá êxito. Faça uma reflexão sobre o sistema de indicadores de sua organização. Será que ele atende plenamente os pontos descritos? Quanto mais esse sistema for aprimorado nesse sentido, mais ele amadurecerá e contribuirá para a melhoria contínua e competitividade da organização.

REFERÊNCIAS

DENNIS, Pascal, Fazendo acontecer a coisa certa: um guia de planejamento e execução para líderes, São Paulo: Lean Institute Brasil, 2007.

PICCHI, Flávio Augusto. 10 elementos fundamentais de um sistema de indicadores lean, Lean Institute Brasil, 2021. Disponível em: < https://www.lean.org.br/artigos/1222/10-elementos-fundamentais-de-um-sistema-de-indicadores-lean.aspx >. Acesso em: 15 de março de 2021.

Por: Fernanda Mateus Silva

Como a pandemia influenciou o transporte rodoviário de cargas

Pandemia. Esta foi possivelmente a palavra mais utilizada em 2020. Em dezembro do ano passado o vírus do Covid-19, iniciou de uma forma mais acelerada, a sua contaminação na China e em março de 2020 o tão famoso Coronavírus, se instalou no Brasil. A Pandemia cresceu exponencialmente e, em semanas da chegada dela em nosso país, várias cidades e regiões entraram em lockdown. Diversos segmentos econômicos sofreram um forte impacto em suas receitas por estarem impossibilitados de faturar. Indústrias entraram em férias coletivas, pararam suas linhas de produção, malha viária afetada, voos e rotas aéreas fixas canceladas, comércio de rua e shopping fechados, restaurantes sem clientes e escolas vazias. Por outro lado, o e-commerce evoluindo, a demanda pelo transporte sobre duas rodas cresceu muito, o marketing digital, as plataformas de comunicação a digitalização e integração eletrônicas nunca foram tão desejadas, os mercados de varejo lotados e o setor imobiliário residencial em crescimento exponencial. Por outro lado, infelizmente hospitais e farmácias, foram setores com alta demanda e crescimento.
O setor do transporte rodoviário de cargas, não diferente dos demais, sofreu muito nesse período. A falta de cargas em determinados segmentos afetou drasticamente várias empresas do ramo, inclusive declarando falência. O transporte de cargas como um todo, é praticamente inteiro “analógico”. Movimentação de cargas, armazenagem, transporte, estas atividades são 100% presenciais. A falta de mão de obra por afastamentos médicos, suspeitas do COVID-19 e conforme as regras de segurança do ministério da saúde, afastamento dos grupos de risco, trouxe muitos efeitos negativos para o segmento. Para os empresários/gestores da área sabem que motoristas acima de 60 anos representam uma considerável fatia dos profissionais de mercado e quando falamos de bons motoristas, esta representatividade, pela experiência destes colaboradores, é muito mais enfática. A queda de faturamento da grande maioria obrigou as empresas a realizarem downsizes que também prejudicou a execução do trabalho diário. A falta de infraestrutura tecnológica em grande maioria das companhias do segmento de transporte rodoviário de cargas prejudicou a informatização e aplicação do home office, impossibilitando que a implantação ocorresse de uma forma mais adequada. A alta do dólar trouxe um aumento significativo nos principais insumos do setor, como combustível que é a curva dos custos de uma transportadora. Bem como demais despesas e custos que dependem de exportação. As novas demandas e protocolos de segurança da saúde também trouxeram custos extras na operação. Todavia o setor seguiu firme durante a pandemia atendendo as demandas da população e garantindo o abastecimento nacional dos principais insumos.
Determinados segmentos dentro do segmento de transporte tiveram um ano satisfatório, com aumento de faturamento e aumento de carteira de clientes, onde as operações atreladas aos grupos econômicos estavam em alta como: farmácia, insumos hospitalares e correlatos, agronegócio e interligado, alimentos de baixo valor agregado, transporte fracionado e entregas de e-commerce tiveram aumento de suas demandas.
A logística 4.0 chegou forte, a digitalização e uso de aplicativos para gestão, ferramentas de gerenciamento a distância, nunca tão importantes, neste ano tiveram a atenção total dos empresários. A disrupção no mindset antigo da forma de conduzir o negócio foi inevitável. A busca pela reinvenção e inovação salvou as empresas que “acordaram” antes para o “novo normal”.
A Pandemia permitiu também aos embarcadores que de fato conseguissem diferenciar os bons transportadores e operadores logísticos do mercado amador. A valorização das empresas estruturadas e que sempre investiram em tecnologia, frotas, gerenciamento de risco, comunicação e nível de serviço, ocorreu este ano devido ao fechamento de empresas desorganizadas que prejudicavam a recuperação tarifária do setor de transporte.
Ao longo de 2020 toda a economia sofreu um forte impacto e com certeza foi o ano mais desafiador da última década. Com tudo esse período enalteceu a resiliência, perseverança, inovação e capacidade de gestão. O setor de transporte mostrou ao Brasil e ao mundo a sua capacidade de reinvenção e mais uma vez a potência e importância na economia nacional.

Por: Felipe Medeiros

Como a pandemia influenciou o transporte rodoviário de cargas

Diante de um dos cenários mais atípicos vividos mundialmente, a pandemia veio afetar um dos serviços essenciais mais utilizados o transporte rodoviário de cargas.

Como isso afetou o setor, quais malefícios foram adquiridos diante de uma crise mundialmente vivida.

Fomos um dos serviços essenciais mais utilizados por todos os países, o setor de transporte rodoviário de cargas corresponde a cerca de 65% de tudo o que circula no país.

O transporte rodoviário de cargas não parou, apesar de enfrentar uma queda geral de 26,14% no volume de cargas em relação à operação normal das transportadoras.

Vários setores do segmento tais como cargas fracionadas, cargas lotação, sofreram quedas e desaceleração.

Diante das medidas de restrição impostas por governantes de cada estado, o setor sofreu alto impacto levando o transporte de cargas a sofrer várias consequências.

Nossas transportadoras tiveram que se reinventar como novas medidas de segurança para não serem abaladas pela pandemia, implementando novos processos de prevenção e cuidados, tanto no despache quanto na entrega.

Com a tentativa de reabertura econômica e flexibilização em alguns estados nosso setor tenta retomar aos poucos seu patrão normal, sem esquecer que a curva de contágio da Covid19 tenta se normalizar.

Empresários e entidades do setor não sabem dizer quando o prejuízo pode ser recuperado, sendo assim estão adotando medidas como pedidos de prorrogação de recolhimento de impostos e linhas de crédito para sobreviver ao momento.

Por: COMJOVEM ABC