Foi a resposta da maioria dos consultados em enquete feita durante a entrega do Melhores do Agronegócio, em São Paulo
A logística da safra 2023/24 foi apontada como a principal preocupação pelas empresas participantes da 19ª edição do prêmio “Melhores do Agronegócio”, realizado pela Globo Rural. Em enquete na premiação, 41,5% dos mais de 200 executivos presentes no evento apontaram a cadeia de distribuição do setor como principal desafio a ser superado no próximo ano, seguido da mão de obra, citada por 26,1% dos participantes, e da tributação, apontada por 25,4% dos executivos.
A apreensão com a logística ocorre em um ano de atrasos. Em Mato Grosso, principal Estado produtor, a semeadura da soja alcançou 91,82% da área no início deste mês, abaixo dos 96,17% registrados na mesma época do ano passado da média dos últimos cinco anos, de 95,51%. Como consequência do calendário apertado, o plantio do milho safrinha pode ser prejudicado.
Os participantes do prêmio também foram questionados sobre as perspectivas para a economia brasileira no próximo ano, apontando números em linha com as previsões do Banco Central. Para 40,3% dos executivos, a economia brasileira deve crescer até 2% no próximo ano, enquanto 25,4% afirmaram esperar um crescimento entre 2% e 3,5%. Para 33,4%, a economia brasileira fica estável ou cai de 1% a 2% em 2024.
Em relação ao foco dos investimentos em inovação a serem realizados no próximo ano, ciência e tecnologia foi mencionada por 29,2% como principal destino dos recursos em 2024, seguido de ferramentas de gestão (25,4%) e inteligência artificial (17,7%). Conectividade e máquinas e equipamentos foram elencadas como principal esforço em inovação por 13,8% dos participantes cada uma.
Os recursos para os investimentos deverão vir majoritariamente de recursos próprios, citado por 46,7% das empresas participantes do prêmio, seguido de crédito junto a instituições financeiras nacionais (21,7%) e títulos privados do setor, citados por 15% das empresas.
O prêmio “Melhores do Agronegócio” reconhece as empresas que se destacaram em 21 segmentos ligados à atividade agropecuária e leva em consideração os dados das demonstrações contábeis das companhias (receita líquida, rentabilidade, margem e endividamento, entre outros), os relatórios sobre a responsabilidade socioambiental e suas respostas a questionários sobre o tema. Ao todo, mais de 500 empresas se inscreveram no prêmio este ano.
Um cenário com possibilidades mais viáveis no comércio internacional e nos negócios vem sendo destacado nas alamedas do transporte de cargas, principalmente com a expectativa relacionada à criação da Rota Bioceânica. A rodovia terá a capacidade de ligar os oceanos Atlântico e Pacífico, no Chile, ao Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul (MS), como ponto de partida do Brasil.
O Corredor Bioceânico, que inclui uma ponte internacional, estradas e alfândegas, pode encurtar em duas semanas a distância nas exportações brasileiras, especialmente para a Ásia. Pensando no impacto na movimentação de produtos para o estado do Mato Grosso do Sul, grande produtor de grãos, o corredor significará uma redução de 25% a 30% em seus custos na hora de escoar a produção segundo dados do governo do estado.
Danilo Guedes, presidente da ABC Cargas – empresa com especialidade no transporte internacional de cargas –, destaca a importância do desenvolvimento do setor na exportação e na importação das mercadoria entre os países: “Sem dúvida, a Rota Bioceânica vai agilizar e diminuir os custos de muitas empresas que exercem esse tipo de atividade, além de causar um impacto positivo na nossa economia”.
Para ajudar na desburocratização, o Brasil vem se mostrando forte aliado no desenvolvimento da modernização e da agilidade dos processos relacionados ao transporte de cargas. Um grande exemplo disso é a participação efetiva no transporte internacional rodoviário (TIR).
De acordo com a Organização Mundial do Transporte Rodoviário (IRU), o TIR demonstrou reduzir os tempos de transporte e os custos em até 80% e 38%, respectivamente. É um sistema de trânsito único global que pode agilizar os procedimentos nas fronteiras, algo que pode auxiliar no trânsito entre os países componentes do Mercosul.
Assim, no último mês, houve um encontro no Mato Grosso do Sul (MS) realizado pela IRU com diversas lideranças governamentais e do setor de transporte e logística de vários países do Mercosul em que puderam debater esse sistema na Rota Bioceânica.
Danilo, um dos participantes e organizador do movimento junto à Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), pondera o benefício que essa utilização trará para o Brasil e consequentemente para a América do Sul.
“A emissão do Carnet TIR agilizará o trânsito aduaneiro de carga destinada a terceiros mercados. Essa experiência poderá ser replicada em outros corredores, assim como o Bioceânico. O Brasil tem carga destinada a terceiros, então quando ingressar no corredor possibilitará a exportação de carne bovina para a China por meio de um porto chileno. São boas alternativas”.
Essa movimentação destinada à desburocratização dentro do setor decorre devido a uma maior insistência das empresas que competem nesse setor por um trabalho mais ágil, seguro e moderno. Com isso, empresários do segmento acreditam que o Brasil precisa estar em constante relacionamento com outros países para que o desenvolvimento seja ainda maior no transporte internacional de cargas.
“Tenho visto um maior interesse pela logística e pela redução de tempo dentro do setor. Rapidez e segurança são fatores importantes na escolha da rota. O passo mais importante para que o Brasil possa desenvolver ainda mais o seu papel no transporte rodoviário internacional é aderir e implementar o sistema TIR. O mesmo se aplica aos seus países vizinhos: alguns já aderiram ao TIR, mas é necessário que a implementação seja feita. Além disso, é necessário digitalizar totalmente os procedimentos de trânsito e de transporte de mercadorias”, finaliza o executivo.
O evento conta com participações de entidades como Anfavea e Sindipeças, especialistas e de executivos das mais destacadas empresas do setor de transporte de cargas e passageiros
A quinta edição do Fórum Transporte Sustentável será realizada em 29 de novembro, de forma presencial, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. O encontro irá discutir os principais temas relacionados à sustentabilidade no transporte de cargas e passageiros, com apresentação de cases e iniciativas de sucesso.
O Fórum Transporte Sustentável terá a participação de representantes dos grandes players do mercado como JSL, Coopercarga, MWM, Raízen, Marcopolo, Embraer, Scania, Maersk, Amsted Maxion, Renault, Vamos e muitos outros, além das entidades mais relevantes do setor como Anfavea, Sindipeças e Confederação Nacional do Transporte (CNT).
Os temas a serem debatidos nesta edição foram escolhidos com base no que acontece atualmente no mercado em ESG. Confira a programação abaixo.
PROGRAMAÇÃO
08h30: Credenciamento
09h00: Abertura
Fred Carvalho: Apresentador
Marcelo Fontana e Rodrigo Machado: organizadores do FTS
09h15: Às perspectivas do setor de transportes
O setor de transporte atravessa profundas mudanças nos últimos anos com as exigências cada Vez maiores de normas e programas dos governos e da própria sociedade.
• Bruno Batista – diretor-executivo da CNT
09h45: O desafio de zerar emissões
Reuniremos especialistas e líderes de opinião que estão na vanguarda da busca por soluções inovadoras e práticas para combater as emissões de carbono no setor de transporte.
• Henry Joseph Junior – diretor técnico ANFAVEA
• Gábor János Deák – diretor SINDIPEÇAS
10h15: Como diminuir a pegada de carbono. A experiência nos modais rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo.
A necessidade cada vez maior das maiores companhias do mundo em reduzir e neutralizar emissões.
• Mário Coura – diretor de engenharia AMSTED MAXION
• Francisco Gomes Neto – presidente EMBRAER
• Carlos Rocha – diretor-técnico da Frota Aliança MAERSK
• Ramon Alcaraz – presidente JSL
12h30: Brunch
13h30: Mercado de crédito de carbono
A necessidade cada vez maior das empresas trabalharem em tecnologias e produtos mais limpos exige contínuos e fortes investimentos para as mudanças necessárias. E aí o mercado de crédito de carbono aparece como uma alternativa viável e interessante. Mas como funciona o sistema? Quais são os operadores?
14h00: Novas tecnologias para o transporte sustentável
Este painel será um mergulho profundo nas inovações tecnológicas que estão moldando o futuro do transporte, destacando como a tecnologia desempenha um papel crucial na redução das emissões de carbono, no aumento da eficiência e na promoção de uma mobilidade mais limpa e inteligente.
• Alexandre Albacete – gerente de estratégia de produtos – Caminhões e Ônibus EATON
• Thiago Brito – supervisor de Novos Negócios MWM
• VIPAL
• Renata Tozzi – gerente de sustentabilidade GRUPO VAMOS
• Wagner Fonseca (moderador) – NETZ ENGENHARIA
15h00: Rodoviário de cargas e passageiros – os últimos avanços
O setor de transportes investe forte no ESG e tem destaques importantes. Os cases das melhores empresas.
• COOPERCARGA
• Gustavo Rodrigues – CEO do grupo JCA
• Ricardo Portolan – diretor comercial Mercado Interno e Marketing da Marcopolo
• MERCEDES-BENZ
• Alexandre Dias – Brazil Fleet Director da RENAULT
• SCANIA
16h00: Caminhos para o net zero: experiências práticas
Um olhar amplo sobre as soluções em energia renovável que estão sendo aplicadas na transição energética do transporte rodoviário de cargas e no transporte público de passageiros.
• Daniel O. Toloni – Diretor da BT LOGÍSTICA INTEGRADA
• Carlos Ferreira – coordenador de Sustentabilidade | ESG | SSMA e Qualidade da
JOMED
• Andreia Vendramini – gerente de Governança Corporativa da LZN LOGÍSTICA
• Felipe Zito – Gerente de sustentabilidade da MOVIDA
• Márcio Dagosto (Moderador) – Coordenador do PLVB
• LOG 20
• Ivan Vieira Lima – Gerente de frota da JADLOG
• RAÍZEN
• Guilherme Wilson – Gerente de Planejamento e Controle da SEMOV
O Brasil, com uma extensa e estratégica malha fronteiriça, reforça sua potência no setor de transporte de cargas internacional ao estabelecer pontes comerciais robustas com países vizinhos. Prova disso é o seminário “A utilização de instrumentos de trânsito internacional para a dinamização do corredor bioceânico” que ocorre hoje (26) em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, até o dia 27 de outubro.
Organizado pela IRU, pelo Ministério das Relações Exteriores e pela NTC&Logística, o evento tem a missão de elucidar o panorama atual e as potencialidades do segmento internacional de cargas, focando nas oportunidades da Rota Bioceânica.
No seminário, também será abordado o Convênio TIR, que promete revolucionar o transporte rodoviário internacional. Esta iniciativa, sob supervisão da IRU – sediada em Genebra – opera em sinergia com a Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (UNECE).
Umberto Pretto, Secretário Geral da IRU, destaca: “O TIR promete ser um divisor de águas, melhorando a conectividade dos sistemas de transporte e trânsito do Brasil. Ele não apenas otimiza os processos, mas também reforça a segurança e a eficácia. O sistema simplifica procedimentos de fronteira, reduzindo encargos e tempos de espera.”
A parceria com o Governo brasileiro é central nesta iniciativa. Pretto ressalta: “Com o mandato concedido pela ONU à IRU, temos trabalhado estreitamente com autoridades brasileiras e empresas, e a NTC&Logística tem sido peça-chave nesse processo. A adesão do Brasil à Convenção TIR está no horizonte próximo.”
O Ministro João Carlos Parkinson pontua sobre o Corredor Bioceânico: “Ele surge como uma alternativa logística estratégica, integrando regiões anteriormente isoladas e potencializando comércios adormecidos, gerando novos fluxos comerciais e atraindo investimentos. O corredor é um pilar para o desenvolvimento econômico e social, aprofundando a integração regional e facilitando o escoamento de carga para o mercado asiático.”
Sobre o seminário, o Ministro enfatiza: “O evento em Campo Grande é uma demonstração clara de que o Governo brasileiro busca modernizar e dinamizar o trânsito de mercadorias e pessoas nas fronteiras.”
Francisco Pelucio, presidente da NTC&Logística, complementa: “A IRU tem sido fundamental globalmente e estamos animados em trazer esse conhecimento para o Brasil, focando no convênio TIR e na Rota Bioceânica.”
Danilo Guedes, vice-presidente de transporte internacional da entidade, acrescenta: “O seminário é uma oportunidade única para as autoridades, empresários e entidades se aprofundarem no TIR e nas oportunidades da Rota Bioceânica para o desenvolvimento nacional.”
É importante ressaltar que o seminário marca um momento decisivo para o Brasil no cenário internacional de transporte. Representantes de entidades de transporte de cargas, tanto do Brasil quanto dos países vizinhos, empresários do setor e autoridades públicas são esperados no evento, solidificando ainda mais a importância desta reunião.
Serviço
Seminário: A utilização de instrumentos de trânsito internacional para a dinamização do corredor bioceânico
Data: 26 e 27 de outubro
Onde: BioParque Pantanal – Av. Afonso Pena, 6277 – Chácara Cachoeira, Campo Grande – MS
A IRU (International Road Transport Union), associação internacional ligada à ONU e com sede em Genebra, destacou recentemente o trabalho do coordenador nacional da COMJOVEM (Comissão de Jovens Empresários da entidade) e vice-presidente para assuntos dos jovens empresários da NTC&Logística, André de Simone. Essa menção ressalta o papel fundamental desempenhado por ele e o reconhecimento de sua contribuição para o setor de transporte no Brasil.
André é parte de uma geração de jovens empresários que está moldando o futuro do transporte no país segundo a publicação. Sua dedicação e liderança têm sido fundamentais para impulsionar a inovação e o desenvolvimento do setor, trazendo novas perspectivas e soluções para os desafios enfrentados pelo setor transportador.
A IRU, como uma organização com um papel global na transformação do setor de transporte em todos os modais, reconhece a importância do trabalho realizado por ele e destaca sua contribuição para a comunidade empresarial do Brasil e do mundo. Essa citação é de grande relevância para a NTC&Logística, que através de sua comissão de jovens empresários e executivos, tem crescido a cada dia e demonstrado sua força e influência no cenário empresarial.
A COMJOVEM, sob a liderança do presidente Francisco Pelucio e da coordenação de André de Simone, tem se consolidado como um espaço de troca de ideias, networking e capacitação para jovens empreendedores do setor de transporte. O reconhecimento da IRU reforça a importância desse trabalho e estimula o fortalecimento da comissão, que tem como objetivo impulsionar o crescimento e o desenvolvimento sustentável do setor por meio da participação ativa e engajada dos jovens empresários.
A NTC&Logística, como uma das principais entidades representativas do transporte no Brasil, orgulha-se do trabalho realizado por André de Simone e de todos os integrantes da COMJOVEM. A citação da IRU destaca o potencial e a influência dessa comissão, que está se tornando uma referência no setor e contribuindo para a construção de um futuro mais promissor para o transporte no país.
“Através do comprometimento e da liderança de jovens empresários como a do André de Simone, o setor de transporte no Brasil está sendo impulsionado por ideias inovadoras, soluções criativas e uma visão empreendedora. A NTC&Logística continuará apoiando e promovendo o trabalho da COMJOVEM, reconhecendo sua importância na transformação das transportadoras e na formação de uma nova geração de líderes empresariais. Estamos investindo nessa presença global, como a participação da Comissão este ano em três países, Estados Unidos, Suíça e Moçambique, levando a força do trabalho da entidade por meio dos jovens empresários brasileiros”, ressaltou Pelucio.
O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, destacou o engajamento do setor na busca por sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança
O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, participou, nesta quinta-feira (21), da abertura do Ciclo ESG, realizado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). O evento ocorre ao longo do dia de hoje (21) e abordará questões relacionadas às políticas e práticas de ESG – sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança – no âmbito das infraestruturas e da operação dos transportes terrestres.
“ESG é um tema do presente e merece um destaque trazer para esse evento grande parte do transporte nacional, sob a competência e regulação da ANTT”, destacou o diretor-geral substituto da Agência, Guilherme Sampaio. O diretor encerrou sua fala agradecendo, nominalmente, a presença do presidente do Sistema Transporte e colocou, como expectativa, sair, ao final do dia, com encaminhamentos que tenham a colaboração de todos os presentes.
Vander Costa aproveitou para mostrar o papel do setor na busca por ações de sustentabilidade e citou o caso do transporte rodoviário urbano de passageiros. “Se nós quisermos um país com menos emissões, teremos de incentivar o transporte coletivo. Um ônibus polui menos do que um automóvel por pessoa transportada”, exemplificou. Em relação ao transporte rodoviário de cargas, o presidente alertou para a necessidade de ter maior atenção e incentivo com relação à renovação de frota. “É fundamental, a curto e médio prazos, proporcionar a troca e retirada dos veículos antigos de circulação e encaminhá-los para a reciclagem”, destacou.
Alinhados às boas práticas de ESG, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) e o SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) mantêm, há 16 anos, o Programa Despoluir. “O Despoluir está à disposição da Agência e mede as emissões, indo até as empresas”, destacou Vander Costa. O Despoluir é o maior programa ambiental do transporte da iniciativa privada do Brasil e, nesses anos de existência, contabiliza 55 mil transportadores atendidos e 4,1 milhões de avaliações veiculares realizadas. Fazem parte dessa contabilidade 27.080 empresas e 28.235 caminhoneiros autônomos atendidos.
Ciclo ESG na prática
Os painéis de discussão do Ciclo ESG reúnem participantes oriundos do poder público e da sociedade civil. Trata-se de especialistas dos setores de infraestrutura rodoviária e ferroviária que debaterão temas como descarbonização, padrões de desempenho dos contratos de concessão, entre outros tópicos.
O gerente executivo de Desenvolvimento do Transporte da CNT, Tiago Veras, é um dos palestrantes do evento Ciclo ESG, da ANTT. Na manhã de hoje (21), ele debateu, no painel Adaptação e Resiliência da Infraestrutura, com representantes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e da Future Carbon, sociedade gestora matriz de participações sociais (holding).
A CNT levou para a pauta a adaptação e a resiliência das infraestruturas de transporte terrestre frente às diversas situações às quais elas podem ser expostas, “a exemplo de desastres naturais e eventos climáticos extremos”, pontuou Tiago Veras. As discussões giraram em torno de como manter a continuidade da operação dos serviços de transporte, que têm um caráter de essencialidade tanto para cargas quanto para passageiros.
Outros temas que estão na programação dizem respeito ao financiamento de infraestrutura sustentável: os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a abordagem ESG na regulação de transportes terrestres e na operação de transporte. O Ciclo ESG da ANTT tem por objetivo debater a integração de boas práticas ambientais, sociais e de governança à cultura organizacional e aos contratos de concessão regulados e fiscalizados pela Agência.
O diretor da ANTT, Felipe Queiroz, encerrou as falas e enfatizou também a importância da CNT no evento, representando os operadores de transporte do país. “Com relação à descarbonização do transporte rodoviário, já temos muitas iniciativas em curso. Organizando os atores, poderemos criar incentivos certos e, sobretudo, medir, de maneira efetiva, as nossas contribuições, fazendo com que a transição de frota possa ir para um patamar de emissão alinhado aos objetivos da Agenda 2030”, concluiu.
A Agenda 2030 trata do compromisso de desenvolvimento sustentável assumido, em 2015, por 193 países-membros da ONU (Organização das Nações Unidas), incluindo o Brasil, e tornou-se a principal referência na formulação e implementação de políticas públicas para governos de todo o mundo.